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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Via Láctea (Olavo Bilac)


VIA LÁCTEA 

(Olavo Bilac)


 

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.

 

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista, contista, cronista e poeta brasileiro, considerado o principal representante do parnasianismo no país. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 15 da instituição, cujo patrono é Gonçalves Dias. 

(Wikipédia)

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 Academia de Letras de Itabuna lança Hino oficial

 


A Academia de Letras de Itabuna (ALITA) sentir-se-á honrada com a presença de Vossa Senhoria e família na sessão de lançamento de seu hino oficial, que será realizada no dia 16 de setembro, às 19,30, no auditório do Hospital de Olhos Beira-Rio, com a apresentação do Coral da CEPLAC; haverá também na oportunidade o lançamento do livro Os Saberes nas Narrativas de Jorge Amado, de Cyro de Mattos.

Letra: Cyro de Mattos,Música: Marcelo GanemInterpretação: Coral dos Servidores da CEPLAC

Local: Auditório do Hospital de Olhos Beira Rio.Data: 16/09/2022Horário: 19:30



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terça-feira, 30 de agosto de 2022



 

Quadrinhas

Cyro de Mattos

 

Ingratidão tira afeição,

Pior se feita pelo irmão,

Sendo a vida boa e bela,

Uns não dão valor a ela.

 

O ímpio com certeza  

Faz a beleza ficar feia,   

Põe as amargas na pança,   

Rancor grande na veia.      

 

A soberba é farto vício,

O duro orgulho também,

Bebe e lambe essas drogas  

Quem nunca gosta do bem. 

 

Sem justeza o audaz vivente,   

Descontente chuta o menos,

Sua cegueira não permite 

Ter remorso, volte atrás.  

 

Deus o livre do pequeno,

Sua presença mal lhe faz,

Com os comparsas comilões   

O seu arroto vale mais.

 

Cyro de Mattos é contista, poeta, romancista, ensaísta, cronista e autor de livros para crianças. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia.  Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Jô 2: Ser H na vida

Ignácio de Loyola Brandão



As noites de nosso grupinho com Jô Soares começavam com um rabo de galo no 'Jeca', esquina da Ipiranga com São João, ainda não tanto celebrada. Aperitivo para diminuir o estresse do dia, se é que aquilo era estresse, adorávamos a tensão jornalística. Prosseguíamos com uma parada num banco da Praça da República para decidir onde ir. Ficávamos ali entre oito e meia e nove. Parece loucura, o tempo era outro. Hoje não atravesso praça ao meio-dia.

A decisão era a mesma, jantar no Clubinho, o Clube dos Artistas e Amigos da Arte, no porão do Instituto dos Arquitetos, na Rua Bento Freitas. Durou de 1945 aos anos 70. Bebida e comida baratas e um picadinho imbatível (que reencontrei agora no Bar da Dona Onça, da Janaína Rueda). Ali estavam, sempre, Polera, pianista - que, se não me engano, era irmão de Joubert de Carvalho, autor da canção Maringá -, Rebolo, Mario Gruber e Clovis Graciano, Sérgio Milliet, Arnaldo Pedroso d'Horta, Marcos Rey e seu irmão e Mário Donato, cujo romance Presença de Anita tinha sido best-seller fenomenal, o que levava Jô a dizer, 'o melhor pornô que já li, dá tesão e é boa literatura'.

Ali circulava Maiza Strang da Rocha, jovenzinha, autora de um romance, Incerteza, de 1959, que deu uma entrevista ao nosso Dorian Jorge Freire dizendo coisas como 'o homem esquece que a mulher tem direito de ter sexo' - ou seja, foi pioneira do feminismo. Pela entrevista, Jô, naquela noite, pagou o jantar de todos e, imenso, redondo, abraçou apertado o Dorian, que pequenino, magérrimo, quase foi sufocado.

As noites eram longas e os lugares, muitos. Vinha o roteiro dos 'inferninhos', designação estranha, nunca definida. Eram bares onde rolava prostituição disfarçada. Ali as mulheres ficavam à espera do chamado dos homens para uma bebida e o acerto do quantum pelo programa. A região era a boca de luxo. Aquelas mulheres deviam ter sempre ao lado um homem que era um falso noivo, falso marido, etc. Este acompanhante era chamado de 'H' e era pago pelo dono da boate para fingir companhia. Não era um cafetão. Jô, Gilberto di Pierro - antes de ser o célebre colunista Giba Um -, Marco Antonio Rocha - depois editorialista deste jornal - , o jornalista José Roberto Pena, um dos criadores da revista Quatro Rodas, David Aierbach, comentarista político, e eu, algumas vezes consideramos a possibilidade de, tendo fracassado na vida, quando velhos, lá pelos 60 anos, sermos um H, sem nada a fazer, sentados num bar, ganhando um uísque, talvez obtendo uma graça de graça de uma daquelas jovens. Dorian e Pena morreram há muito anos, Marco e eu sobrevivemos, Jô tornou-se um gênio que deixou um vazio no ar. Lamento, continuarei.

O Estado de S. Paulo, 28/08/2022

 https://www.academia.org.br/academicos/ignacio-de-loyola-brandao

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Ignácio de Loyola Brandão - Décimo ocupante da Cadeira 11 da ABL, eleito em 14 de março de 2019 na sucessão do Acadêmico Helio Jaguaribe.

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sábado, 27 de agosto de 2022


      TROVA DE AMIGO  
     Cyro de Mattos



Eu vivo Itabuna,
Itabuna vive em mim,
Nunca pensei ser grande,
Tudo fica é mesmo aí.

Quem quiser se engane,
Ache até que é um deus,
Na cidade dos pés juntos
Onde estão os sonhos seus? 

Tudo cabe nas gavetas,
Essa fome não sossega,
Já pensou quanta soberba
Ela engole mais e mais.

Procure ter mais juízo,
Não se julgue um porreta
Nas asneiras  do que faz,
Quem te avisa aqui jaz.

 

Cyro de Mattos é contista, poeta, romancista, ensaísta, cronista e autor de livros para crianças. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia.  Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Academia de Letras da Bahia- Trecho do Livro Tenta dos Milagres de Jorge...

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Amor (Hilda Hilst)

 


AMOR

Hilda Hilst

 

Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua de estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas.
E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena.
E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.

 

Hilda de Almeida Prado Hilst, mais conhecida como Hilda Hilst, foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. 

Nascimento21 de abril de 1930, Jaú, São Paulo

Falecimento4 de fevereiro de 2004, Campinas, São Paulo

(wikipédia)

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JAIR BOLSONARO - PÂNICO - 26/08/22

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

O LADRÃO livre foi um tiro no pé veja o desespero da PETRALHADA






Claro que os petistas já perceberam que a soltura de Lula seria um fiasco. A estratégia falhou. Eles pensaram que Lula botaria fogo no país, voltaria a mobilizar as massas, e ressurgiria como a Fênix de Garanhuns. Ledo e mortal engano. A soltura do bandido mostrou aos petistas a face mais cruel da realidade: o desprezo do povo pelo ex-presidente LADRÃO. Lula, hoje, é carregado por um punhado de puxa sacos pelo país, como um cadáver putrefato, fedorento, que as pessoas sentem náusea ao avistar.

A figura do LADRÃO causa repulsa, nojo, asco, na maioria do povo. Seus discursos não conseguem reunir um número minimamente decente de pessoas, nem na internet, e ainda por cima, têm de aguentar os protestos e xingamentos de muitos (fora a já tradicional CHUVA DE OVOS).

A desmoralização é total, e os petistas notaram isso. Estão estupefatos, pois o choque de realidade foi grande demais. Agora, estão sem saber o que fazer com a carcaça pútrida. Preso, ainda tinha alguma relevância, por conta do discurso vitimista. Solto, perdeu tudo, até mesmo a narrativa mentirosa de preso político.

Mas, a vida segue. Rei morto, rei posto. Afinal, agora, o Sistema aceitou que não pode mais contar com uma hipotética ressurreição de Lula.

Então agora, eles têm um problema: quem poderia substituir o LADRÃO na batalha pelas eleições de 2022? O Sistema não consegue encontrar alguém na centro esquerda ou mesmo no Centrão, que seja páreo para Bolsonaro. Na esquerda, Ciro Gomes não tem mais relevância. Maia? Uma piada! Huck? Pior ainda!

Calcinha Atolada? Suicidou politicamente!

A esperança era Lula. Lula não existe mais. Poderiam apelar para um plano B, mas a verdade é que também não existe um plano B. O desespero é grande. A tendência é que, se não encontrarem um nome forte, terão de aguentar a reeleição de Bolsonaro, e, ainda o ver fazendo um sucessor. O golpe seria duro demais.

Pior para o Sistema composto por vermes que infestam e aparelham todo o testamento político e burocrático, e que terminarão morrendo à míngua. Melhor para os patriotas e pessoas de bem, deste país.

São novos tempos…Graças a Deus!

Texto de Devacir Carneiro

https://verdadealagoas.com.br/2021/11/04/o-ladrao-livre-foi-um-tiro-no-pe-veja-o-desespero-da-petralhada/

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terça-feira, 23 de agosto de 2022

 Um dia triste para o jornalismo

 


Os ativismos de William Bonner e Renata Vasconcellos transformaram a "entrevista" na TV Globo em um tribunal de inquisição. Bolsonaro faz gol de bicicleta elogiando os ex-ministros candidatos e deixa entrevistadores com cara de bobos.

Por Cláudio Magnavita*

 

Gostando ou não de Jair Bolsonaro, quem assistiu o que seria uma entrevista com um Presidente da República, que disputa a reeleição, viu ela se transformar em um tribunal de inquisição. Renata Vasconcellos e William Bonner estavam visivelmente treinados para provocar Jair Bolsonaro e levá-lo a algum rompante intempestivo, atingido o objetivo de produzir manchetes para a mídia de oposição.

Só que, desta vez, o Bolsonaro na bancada do JN era bem diferente do candidato de 2018. Eles estavam entrevistando um chefe de estado, o presidente da República Federativa do Brasil, fato que a dupla ignorou o tempo todo, até a derrapagem de Vasconcellos, que o chamou de Presi… logo corrigindo para candidato. Traquejado e como líder da nação, Bolsonaro agiu como um estadista. Respeitou o tempo, os entrevistadores e não atacou a Globo. Cumpriu o seu objetivo de fio a pavio. Já os dois entrevistadores, especialmente o William, foi de uma soberba constrangedora. Ria jocosamente, colocava o dedo indicador ofensivamente na frente e interrompia o entrevistado. Se fossem cronometradas as intervenções do casal, pode vir a ser constatado que os dois falaram um tempo quase equivalente ao do candidato.

Tentaram desconstruir a figura do Presidente, pescando frases e expressões folclóricas fora de um contexto. Agiram como crucificadores debochados, procurando cravar o prego em cada possível incoerência entre o que se falou e do que foi feito. Erraram feio. Bolsonaro, presidente e enfrentando a missão de administrar o país com uma pandemia, seca e guerra e uma facada, o transformou em uma pessoa insone e com enorme peso nos ombros. A sua frase mais lapidar resume este cenário: "é diferente do que você quer fazer, do que você pode fazer". Falou com responsabilidade.

Outra grande diferença foi ignorar as provações quase colegiais da dupla global e dar números e resultados do governo. Ele teve o que contar e relatar o que fez.

Cada vez que Bolsonaro decolava nas suas assertivas, os dois se desesperavam e tentavam cortá-lo e voltar às perguntas de picuinhas. Com uma audiência de milhões de brasileiros, turbinada pelo apoio da militância bolsonarista, eles ficaram só no ataque e não falaram do Brasil que vai sair das urnas. Estavam tão encruados em desconstruir o presidente que se esqueceram de perguntar sobre os planos de governo para um próximo mandato. Cometeram aí um grande pecado. Chamava-o de candidato e todas, todas as perguntas mesmo, eram feitas sobre os quatro anos de Governo. Foi o tribunal de inquisição do Presidente da República.

Quem assistiu percebeu que a Globo, e o experiente editor William Bonner, jogou fora a oportunidade de resgatar valores do bom jornalismo, sem ativismo. Não é sem razão que a credibilidade do jornalismo da Rede Record e da Bandeirantes superam a Globo já há algum tempo. A credibilidade foi jogada no lixo. De forma premonitória, o Correio da Manhã publicou em manchete que a entrevista iria revelar o antagonismo da Globo contra Bolsonaro. Foi exatamente este ponto que tomou conta das redes sociais. Foi um dia triste para o jornalismo e, sem dúvida, um dia que Renata Vasconcellos e William Bonner rasgaram seus diplomas e colocaram no pescoço o colar dos inquisidores medievais. Já Bolsonaro deixou a Globo exatamente como entrou: com a altivez de um presidente ungido pelas urnas e que respeitará eleições limpas.

Finalmente, para quem entende de política, mereceu aplauso a sapiência de Bolsonaro de ignorar as provocações e fazer desfilar a lista de ministros candidatos, como Tereza Cristina, Tarcísio de Freitas e Gilson Machado, que ganhou mais tempo. O Jornal Nacional deu a oportunidade de alavancar estas candidaturas e defender a participação da maioria parlamentar ao lado do Presidente. Neste momento de sabedoria política, Renata e Bonner ficaram com cara de bobos. Bolsonaro fez um Gol de bicicleta na frente dos dois inquisidores.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

 

https://www.correiodamanha.com.br/colunistas/magnavita/2022/08/17788-coluna-magnavita-entrevista-na-globo-vira-tribunal-de-inquisicao.html


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domingo, 21 de agosto de 2022

A LUTA CONTINUAVA – Carlos Pereira Filho


            

               Nesse tempo, Henrique Alves negociava na “Loja Sempre-Viva”, na estrada do Banco da Vitória. Já se falava que ele além de corajoso, era homem duro; quando não gostava das coisas opunha o seu veto “à moda inglesa”.

            A “Gazeta de Ilhéus” publicou como escândalo o bárbaro assassinato de José Grande. Assassinado, castrado, cortada a língua, retalhado aos pedaços e queimado numa estufa. O jornal bradava pedindo providências, clamando justiça, sem todavia anunciar o nome do mandante do crime. Dizia em letras grandes ”O mandante deste bárbaro crime, deste miserável assassinato, é demasiadamente conhecido, reside à beira da estrada, é protegido da situação dominante. A polícia precisa punir esse monstro, que mata, que castra, que tripudia sobre o corpo de sua vítima vencida, morta”.

            Quinze dias depois da notícia, depois do alarma, apareceu, em Ilhéus, no jornal, acompanhando José Grande, em pessoa, vivo e fagueiro, Henrique Alves. Apresentou ao redator Laudelino Pimentel o José Grande, que fora assassinado, castrado... E explicou o equívoco. José Grande estava foragido no Estreito d’Água, morando lá. Tinha estado evidentemente em sua fazenda, preso, roçando um pasto, para pagar uma dívida. À noite fugiu, desapareceu e se não fosse “ter morrido” tão barbaramente, o teria deixado onde se encontrava no “Estreito d’Água”...

            Em Tabocas, a luta continuava forte, apaixonada, desassistida do Poder Público ilheense. Firmino Alves publicou um protesto enérgico no “Jornal de Notícias”, de Salvador, no qual alegava que, em 1879, quando Tabocas possuía somente oito casas, seu pai pedira uma escola a Domingos Lopes e este nomeara o Professor Joaquim Marcelino que foi o primeiro mestre do povoado. Agora solicitava escolas e nem resposta. Os dominadores de Ilhéus só queriam impostos e humilhação ao povo.

            A resposta a esse atrevimento não se fez esperar. A residência de Firmino Alves e dos seus amigos Paulino Vieira Nascimento, Teófano Correia e Lúcio Pereira de Santa Rosa foram atacadas a tiros de revólver, tendo uma bala quebrado um vidro da janela da casa de Firmino Alves, considerada um palacete, naquele tempo.

            Também os índios davam investidas, no interior. De Macuco, Cândido Pinto informava que os índios flecharam uma moça de nome Zenosinda, em cima dos rins, quando lavava roupa no rio, e que estava mal.

          E dias depois chegava ao distrito a notícia do assassinato de Cândido Pinto apontado como um dos matadores de João Carlos Hohlenverger, de Ilhéus. Estava Cândido Pinto sentado depois do jantar na porta com uns amigos que foram à festa do batizado do seu filho, naquele dia tranquilamente conversando, quando inesperadamente recebeu um tiro, fechou os olhos e morreu.

            Outros dois novos acontecimentos se registraram em Tabocas, em contraste com os dias agitados. A chegada de Augusto Juvenal para a agência dos correios, arranjada por Firmino Alves, através dos amigos de Salvador, e a visita de Bento Berilo de Oliveira, que examinava as possibilidades da construção da estrada de ferro, da qual era concessionário.

            Rezam as crônicas que Bento Berilo se espantou de ver tanta gente armada numa terra de trabalho e de progresso, que naquele tempo possuía um comércio superior ao da cidade ilheense, registando mais de cento e cinquenta casas comerciais e seiscentas e cinquenta de morada, com uma população calculada em cinco mil pessoas. Uma localidade que se projetava a passos acelerados, rumo a um futuro promissor, com a produção de cem mil sacos de cacau.

 


(TERRAS DE ITABUNA – Cap. IX)

Carlos Pereira Filho

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Alaska in 8K 60p HDR (Dolby Vision)

O Comilão

Cyro de Mattos

 


Era um comilão incorrigível. Não passava um dia em que não comesse por quatro vezes um prato fundo com uma comida apetitosa. Insaciável, constante. Quando não tinha dinheiro para fazer uma merenda no restaurante, que constava de um prato fundo com a iguaria farta, vestia a roupa maltrapilha, de pés descalços, saía para a rua, pedindo, clamando aos transeuntes por um dinheirinho para comprar alguma coisa, estava se esvaindo de tanto passar fome.

- Um dinheirinho, moço, ainda não comi hoje.

Apertou a barriga com uma cinta de compressão para não dar na vista que estava com a pança estufada, armazenada de comidas várias.

O bigodudo homem sisudo respondeu:

- Dou-lhe dinheiro grande pra comprar um prato fundo de comida, se você morder essa pedra e mostrar que está de fato faminto.

Arregalou os olhos, a proposta vinha em boa hora da fome impiedosa.  Prontamente mordeu a pedra como se fosse um pedaço de carne, bem temperado, refogado no arroz gostoso. Voou da boca dentes para todos os lados. Cuspiu sangue, deu um grito lancinante. Ficou chorando, ui, ui, quebrei meus dentes, meu Deus, me socorre, que vou dar um troço!

De agora em diante passou a ser um comilão mais comedido, sem farsa nem artimanha.

Fazia apenas duas refeições modestas, diariamente. Não queria correr o risco de perder a dentadura nova, paga em dez prestações, com sacrifício do que recebia da aposentadoria modesta.   

 

Cyro de Mattos é escritor e poeta. Membro Titular da Academia de Letras da Bahia e do Pen Clube do Brasil. Primeiro Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz.

***

A PAIXÃO SEGUNDO CONY - Marco Lucchesi

A Paixão segundo Cony

 

Li de uma só vez, com duas pausas, se muitas, da madrugada ao amanhecer, o romance póstumo do inquieto e fascinante Carlos Heitor Cony. Como quem descobre uma carta não enviada, perdida numa gaveta entreaberta, sem destinatário – a todos e ninguém –, consignado, muito embora, o remetente, num jogo de espelhos remissivos. Faltou pouco para escoimar uma e outra parte, cortes e acréscimos, como deixou claro, na última revisão, suspensa em 2005, através de um movimento pendular: frontal e irresoluto, áspero e compassivo. Acenos de utopia e desencanto, estrela e solidão, no céu escuro deste século. Livro que flui para o leitor, na lisa superfície da narrativa, mas que se escreve sob dura condição, áspera e irregular. Legato que repousa na soma de staccati. 

Se a intenção do autor não atinge a totalidade que impôs a seus papéis – crítico feroz –, a intenção da obra resulta compacta e orgânica. Diria mesmo autossustentável. Entre as duas intenções, da obra e do autor, é privilégio de quem lê discernir os domínios da reta e o pontilhado, o que podia ter sido e o que ficou, na matéria verbal, na música do pensamento. A última parte, quando cresce a tensão entre ato e potência, surge como plano-piloto ou diário das personagens, na translúcida beleza, de que cada fragmento é portador.

A potência de Cony, feita de rocha e magma, segue irrefutável. O estilo firme, castigado, objetivo. Corte nervoso, dicção poética. A Paixão é romance de sabor carioca, erudito e popular, sem linhas divisórias. Vila Isabel, Gávea, Alto da Boa Vista. Cidade que remete a um programa literário, entre Lima Barreto e Machado de Assis. A rua e o seminário. Os delírios de Brás Cubas e Policarpo incidem no sonho de Mateus, não importa se de olhos abertos ou fechados, com deslocamento de planos, pontos de vista flutuantes, desejos e figuras. Texto primoroso, de conteúdo latente, que avança, e retrocede, segundo o índice do mistério da iniquidade, autêntico motor de sua ficção, base de sua razão existencial.

Cony jamais renunciou à dúvida metódica, ao entrechoque do novo com o antigo, mas sem querelas inúteis: sagrado e profano, utopia e distopia, Roma tropical, encarnada no Rio, e a outra, latina e metafísica, segundo uma deriva necessária. Esse entrechoque deu-lhe o sal da rebeldia, recusa e adesão. Sic et Non, podia ser o seu mote. Sentinela da noite e dos sentidos: “cuidar do estilo, mantendo unidade da primeira parte, ou preferir uma incursão declarada ao estilo misterioso e potente das duas introduções finais, do Orto e do Deserto”. Isto e aquilo, a revisão em processo, a uni- dade da escrita e o capítulo tomista, aquele da unidade, ferido, todavia, pelo mistério.

Não faltam hipóteses para explicar a reserva do autor sobre o romance e sua adesão aos véus do silêncio. Importa referir, contudo, que o mérito de vir a público é todo de Regina Cony, que tomou a sábia decisão no auge da pandemia, de publicá-lo. Não como preito restrito à memória do autor, mas como quem enriquece a literatura brasileira, pela força imanente da paixão, que é de Cony e de Mateus.

                                               Jornal de Letras de Lisboa, 27/07/2022

 

https://www.academia.org.br/artigos/paixao-segundo-cony

 

Marco Lucchesi - Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Pe. Fernando Bastos de Ávila , foi recebido em 20 de maio de 2011 pelo Acadêmico Tarcísio Padilha. Foi eleito Presidente da ABL para o exercício de 2018, 2019, 2020 e 2021.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

 

O CRISTÃO, ABORTO E SOFRIMENTO

 


Padre David Francisquini

Em recente artigo publicado neste site, mostramos o papel do sofrimento na vida do cristão e sua conexão com a própria Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com efeito, comentamos um rumoroso escândalo protagonizado por autoridades públicas, ao promoverem um abortamento criminoso, utilizando falsas narrativas, com a cumplicidade de amplos setores da mídia brasileira.

Pretendo ainda, desenvolver um pouco mais a avaliação do assunto. Acontece que o aborto faz parte da agenda revolucionária internacional, difundida por inúmeros organismos de extrema-esquerda, como a ONU. Ela inclui banalizar e expor ao ridículo a religiosidade da população, em toda parte do mundo, ferindo a lei natural e divina, em especial no caso, o quinto mandamento da Lei de Deus.

Verifica-se a ausência de unanimidade entre teólogos ilustres, que discordam quanto ao momento exato em que Deus cria uma alma específica — se no momento da concepção ou adiante, como pretendem os abortistas —, mas na verdade isto é irrelevante. Para os que creem no Criador de todas as coisas, o ponto saliente desta discussão é indubitável: Deus na sua onisciência tem, desde a eternidade, o plano de criar todos e cada um dos seres humanos, até o último habitante da Terra.

De tal modo que a interrupção do processo gestacional implica, necessariamente, em interferência indevida nos planos divinos. Para os que possuem a fé, é de pouca importância saber qual o exato momento em que se dá a concepção. O que importa é a conformidade com a vontade de Deus, Senhor também dos variados episódios da vida humana, mesmo daqueles mais indesejáveis e trágicos.

Ele pode, soberanamente, tirar de todas as coisas o melhor proveito, no sentido da sua maior glória e salvação dos homens. Esse episódio causou espécie nas famílias Brasil afora, quando foi noticiada a decisão de permitir a realização de aborto em uma menina de 11 anos. O caso foi tratado como se fosse estupro, quando na realidade o que aconteceu foi fruto de conjunção carnal entre dois menores, com idade inferior a 14 anos, resultando daí uma gravidez.

Ora, esta não é a situação contemplada sequer pela frouxa e concessiva legislação brasileira em vigor, que regulamenta a questão. Nem se poderia legitimamente assim regulamentar, pois se trata de violação da lei natural, e o pecado contra a natureza clama a Deus por vingança. Omitiu-se, ademais, o fato de estar a mãe-criança carregando uma gestação ao longo de 26 semanas; a vítima era, portanto, um bebê já formado no ventre da mãe, o que configura caso de homicídio.

A respeito de tal situação, pôde-se ver em importante site de notícias toda uma manipulação verbal, com sentido de distorcer a realidade dos fatos, ocultando aqueles dados tão importantes. Assim se buscava atrair a simpatia do público leitor, por um mal-compreendido humanitarismo, tudo para dar ares de legitimidade ao feito abominável.

Este foi, sem dúvida, mais um capítulo entre tantos casos deploráveis, em que a proteção ao direito fundamental à vida foi violentamente olvidada, sob pretexto de preservação da saúde e bem-estar da portadora de uma gravidez indesejada. Abortos acarretam, invariavelmente, o agravamento da situação, nunca solução, pois ao longo de uma vida resultarão em graves consequências, físicas e psíquicas para a mãe. Mais sofrimentos, portanto. Estudos sérios e objetivos já o provaram ad nauseam.            

Pecados graves têm efeitos ou consequências maiores e mais drásticas do que se possa perceber em avaliações rasas. Um princípio moral vem a propósito. São João da Cruz afirma que, ao consentir num vício ou cometer determinado pecado, outros maus pendores do indivíduo são impulsionados, ganham mais força!

Para compreender a razoabilidade desse conceito, uma analogia com o mundo físico pode ajudar: no século XVII, o afamado matemático e filósofo Blaise Pascal enunciou um importante princípio, a lei dos vasos comunicantes. Por ele, a pressão exercida num ponto de um líquido se transmite a todos os outros pontos desse líquido e às paredes do seu recipiente.

Percebemos assim o enorme alcance moral que tais situações têm sobre os personagens da trama cruel e sanguinária, assim como o mal social que farão, alcançando uma multidão incontável de outras almas. É todo um sistema de ideias e princípios morais que ficarão abalados, com consequências inimagináveis na estrutura psíquica individual, no tecido social e mental da consciência da sociedade. Pior ainda, partidos de esquerda que estão engajados nesse programa da transformação paulatina da nação, por meio de leis, como por exemplo, o PT e outros partidos de esquerda.

A solução para pulverizar a uma conspiração tão maligna não resta outra alternativa a não ser oração e penitência, sobretudo o santo terço, como nos pediu a Virgem na Cova da Iria. Rezemos todos nós, assim, pelas vítimas mais frágeis envolvidas nesse gravíssimo acontecimento da vida moral brasileira. E, sobretudo pelo pronto fim desses tempos sombrios e tão cruéis. Desfecho que virá, como confiamos, pela vitória do Coração Imaculado de Maria Santíssima, que esmagará a cabeça da serpente revolucionária, como prometido por Ela mesma em Fátima.

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*Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira (RJ).

https://www.abim.inf.br/o-cristao-aborto-e-sofrimento/

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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

VEJAM ABAIXO UMA PORÇÃO DE BELEZA NOS VERSOS QUE SÓ UM MAGO PRODUZ. (Cyro de Mattos)




Infância

Bernardo Linhares


 “Não tenho certeza se vivi além da infância” 

Saint-Exupéry 



INFÂNCIA 

(ao sublime e inspirador Carl Gustav Jung) 

 

Ilha que brilha 

num mar de alegria, 

ciranda de cores, 

maré cheia. 

Soprando a vela, 

o verde é ternura, 

o branco no céu 

compõe o carrossel. 

Pintando a criança 

- peixinho dentro d’água - 

o azul silencioso. 

E esse sol que escorre 

em minha lágrima. 

 

*

CANÇAO DE NINAR

(ao inspirador e sublime Sigmund Freud)

 

Adormecendo,

diz o neném:

Papai me ama,

mamãe também.

 

Azul de amor,

sonha a criança.

No berço meigo,

que é o seu pódio,

 

ela boceja,

abrindo os olhos:

Ô revoltado,

 

 quem te pariu

 foi a inveja,

a mãe do ódio.

 

 

O IDIOTA ÚTIL

( a Lacan e seus discípulos)

 

Cara emburrada de anjo sem asas,

sem jardins, sem quintais.

O cão fareja:

“Ou não teve infância,

ou não teve pai”

 

     

Se você nega a infância, nega a vida 

Audrey Hepburn 

 

A BELEZA É A PRISÃO QUE NOS LIBERTA 

(ao mais do que sublime e inspirador Sir Roger Scruton) 

 

Mimo do céu, infância alada: 

lua, rosa e borboleta. 

Azul, azul-celeste, 

igual ao girassol, gira o planeta. 

Conto de fada, encanto: 

lua, crisálida; sol, pirilampo. 

Entre os astros da flora recende o amor-perfeito, 

floresce a sensitiva, voam pavões, 

canta a cigarra, a lua se deita. 

Enquanto a borboleta beija a flor da correnteza, 

As Três-Marias, 

pétalas de um trevo na haste de um cipreste, 

refletem à luz do dia: 

- Pequenino bem-te-vi, desenvolvendo tua pena, 

não perca o sentido da vida, 

não menospreze a Beleza, 

bondade e consolação 

que nos afirma na alegria 

e nos conforta na tristeza


BERNARDO LINHARES, o decano da Geração Prefácio, Verba Pública e Privada, autor de Flores de Ocaso, o único livro publicado sem nenhuma nota em todos os jornais de Salvador, agradece a leitura

* * *

SERÁ QUE AGORA, COM 35 ANOS DE ATRASO, OS BRASILEIROS ENTENDERAM O QUE ACONTECEU EM SEU PRÓPRIO PAÍS?

 



Entenderam porque Médici dissolveu o STF?  

Entenderam porque o Dops metia porrada em alguns "jornalistas"?  

Entenderam porque a FAB combateu os guerrilheiros do Araguaia?  

Entenderam porque foi necessário o AI-5?  

Entenderam porque o General Olímpio Mourão Filho chutou o João Goulart?  

Entenderam porque Médici alertou Figueiredo sobre os esquerdistas no poder? ("Em 10 anos eles vão roubar até as prensas da Casa da Moeda...”).  

Entenderam porque Figueiredo disse que iríamos nos arrepender do fim do governo militar, e iríamos sentir saudades dele?  

Entenderam porque a PF prendia os "professorzinhos comunistas", que na faculdade idolatravam Che Guevara?  

Entenderam porque a imprensa e a esquerda Mentiram por anos a fio, martelando nas nossas cabeças que o regime militar foi uma ditadura? (A única ditadura no Brasil foi a de Getúlio Vargas, mas eles corrompem até a história, para servir a seus propósitos).  

Entenderam porque todos os países em que a esquerda toma o poder viram um lugar de fome, desgraça, miséria e genocídio?  

Entenderam porque pessoas normais e instruídas têm tanto nojo de esquerdistas?  

Entenderam porque não se deve ser "isentão"?  

Entenderam porque não se negocia com a esquerda (a esquerda se combate com toda a força!)?

Entenderam porque nos países mais prósperos e desenvolvidos do mundo a esquerda é ridicularizada?  

Entenderam porque em 100 anos de governos de esquerda, mais de 150 milhões de pessoas foram assassinadas por esses fanáticos?  

Entenderam porque as pessoas Fogem de países de esquerda, arriscando suas vidas e deixando tudo para trás?  

Entenderam porque a Alemanha Oriental teve que construir um muro para seus habitantes não fugirem de lá? (Assim como ocorre agora na Coreia do Norte).  

Entenderam porque os cubanos enfrentam os tubarões para fugir daquele inferno?  

Entenderam por que pilotos soviéticos roubavam seus caças MIG para cair fora daquele inferno?  

Entenderam porque toda a África sujeita a regimes de esquerda vive numa horrível e permanente desgraça?  

Entenderam porque, no Camboja, Pol Pot, líder comunista do Khmer Vermelho, matou 100% da população instruída do país?  

Entenderam porque na China a "Revolução Cultural" de Mao Tse Tung também matou Toda a população instruída?  

Entenderam porque o comunismo é o maior mal da história da humanidade?  

Entenderam porque quem não estiver contra a esquerda, estará ajudando seu pior inimigo ?  

Entenderam porque o "isentão", o diplomático, o low profile, o moderado, acabam, sem perceber, dando força para o inimigo?  

Entenderam porque o esquerdismo, em suas inúmeras e disfarçadas vertentes (progressismo, integralismo, comunismo, socialismo, social-democracia, bolivarianismo, globalismo, multiculturalismo, etc.) é o pior mal da História?  

Entenderam porque não podemos medir esforços para Extirpar essa desgraça, ou então essa desgraça acaba com a família, o país, a soberania, a cultura, o patriotismo, a liberdade e a dignidade humana?

Entendam de uma vez por todas que o esquerdismo do século XXI é mascarado de democracia... Quanto mais comunistas, mais eles usam a palavra democracia... basta ver como se intitula a  “República Popular Democrática da Coreia do Norte”.

É PRECISO ACORDAR, BRASIL! OU VAMOS SER DOMINADOS PELO COMUNISMO DE VEZ .


(Recebi via Whats – autor não mencionado)

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Olha como a praia de Boa Viagem amanheceu enlouquecendo Lulu

domingo, 14 de agosto de 2022

DIA DOS PAIS 2022

 


Meu Pai


Você vem...

Fatigado do labor,

Sempre o Amigo Perfeito!

Seu olhar impõe respeito,

Desfaz tristeza e temor.


Você Age...

Motiva, comove, atrai,

Insufla Paz, segurança,

Seu amor que não se esvai

Estimula-me a Esperança!

Seja em tempos de carência,

De turbulência ou bonança,

Da minha vida a essência

É a sua Vida, PAPAI!


Eglê S Machado

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