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domingo, 1 de julho de 2018

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Ata, em teu coração, os meus ais – Paulo Bezerra


Ata, em teu Coração, os meus Ais

Ata, em teu coração,
Meus ais enormes.
Caminha, e serei, para ti
a mão que ampara.
Deita, e guardarei teu ser
enquanto dormes.
Dorme, e velarei teu sono
que espia.

Canta, e te porei na boca
o doce canto.
Luta, e guardarei, por ti
as armas tuas.
Chora, e secarei de ti
o denso pranto.
Fala, e colherei de ti
verdades nuas.

Fica, e estarei sentado
ao lado teu.
Vence, e terei teus louros
em minhas mãos.
Vive, e cada instante findo
será meu.
Planta, e colherei pra ti
frutos e grãos.

(O ESTRO QUE ILUMINA O SER)
Paulo Bezerra
..................

Paulo Bezerra – Juiz do Trabalho da 19ª Região – AL
Presidente da Vara de União dos Palmares - AL


* * *

AS TRÊS PRIORIDADES - Rodrigo Constantino


29/jun/18
As três prioridades


Estive no Brasil nas últimas semanas, rodando por São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Nesse não pisava há mais de ano. A deterioração é visível, especialmente do espírito. O clima é o pior possível. Com todos que conversei, desde motoristas e cabeleireiros até grandes empresários, a sensação é de derrota, cansaço e desesperança. Se pudesse, a maioria se mudava ontem.

As três prioridades identificadas são: segurança, emprego e resgate de valores morais. Ninguém aguenta mais ser refém dos bandidos, mas como não é possível se enclausurar e deixar de viver, as pessoas se adaptam, ainda que com medo. No dia em que fui embora, três senhoras foram assaltadas por um motoqueiro e seu cúmplice. Basta ver uma moto com alguém na garupa para sentir calafrios. Isso não é normal, mas o carioca se esquece.

Já a economia é o básico: a condição de vida está ruim para todos, com 13 milhões mergulhados no desemprego. Motoristas de Uber têm rodado mais tempo para compensar, e muitos sequer conseguem pagar as contas. Diversos reclamaram que a situação vem piorando. Dois me disseram que pretendem arriscar uma ida para Portugal ou Estados Unidos.

A corrupção generalizada e a degradação de valores morais também jogam lenha na fogueira da revolta. A turma não aguenta mais os políticos do establishment e a mídia “progressista”, que distorce a realidade e ignora as demandas do povo em troca de pautas sem sentido, produzidas por figuras estranhas que querem “lacrar” nas redes sociais. O anseio por algum “outsider” durão que confronte “isso tudo que está aí” e coloque ordem na bagunça vem crescendo.

Em palestras para empresários, não foi difícil identificar o pavor que produz a ideia de um retorno da esquerda radical, por meio de Ciro Gomes ou do PT. Esse pânico, totalmente legítimo, e a fragmentação de um “centrão” que não decola, tem feito muita gente esclarecida flertar com a candidatura de Jair Bolsonaro, como uma alternativa menos pior.

Quando lembram que o liberal Paulo Guedes poderá ser seu ministro da Fazenda, os riscos são mitigados pelo selo de qualidade, ainda que o candidato seja o capitão, não o economista. Mas o desespero tem feito com que o desejo por mudança fale mais alto do que qualquer cautela. Basta andar pelo País para entender como a “análise” de que Bolsonaro vai desidratar não passa de pura torcida. O fenômeno é real e bastante significativo, pois ele já se tornou um símbolo de uma reação a esse caos todo, não importa se com ou sem fundamento.

Por fim, retornei para minha casa na Flórida. Passei pela imigração com toda a documentação em dia. O Trump “malvadão” não me separou dos meus filhos. Os brasileiros esquecem que em países sérios os crimes costumam ser punidos. Por isso são sérios…



Rodrigo Constantino é economista, escritor e um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”

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DE ESTADO SOBERANO A ESTADO CLIENTE - Péricles Capanema


1 de julho de 2018
  Péricles Capanema

Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos, desembarcou em Brasília na 3ª feira, 26 de junho [foto]. De lá foi para Manaus. No aeroporto manauara, não o esperavam nem o governador nem o prefeito da cidade. Ficou dois dias entre nós.

O presidente Donald Trump ainda não veio ao Brasil. Em quase dois anos de governo, visitou a Itália (duas vezes), o Vaticano, Bélgica, Canadá, China, França, Alemanha, Israel, Japão, Filipinas, Polônia, Arábia Saudita, Cingapura, Coreia do Sul, Suíça, Vietnã.

Ampliando, até agora não visitou apenas o Brasil, de fato não pôs os pés em nenhum país da América Latina, coalhada de tradicionais aliados. A situação reflete deprimente realidade, nem é preciso comentar — para ambos os lados. Os fatos urram. De passagem, está marcada para 30 de novembro próximo visita de Donald Trump a Buenos Aires para a reunião do G-20.

Em boa parte, política é símbolo. Em certo sentido, é sobretudo símbolo. Que a constatação leve a um trabalho sério para aumentar objetivamente a importância da América Latina.

Repito, Mike Pence desembarcou em Brasília. A primeira gestão do mandatário, tentou coordenar com as autoridades brasileiras atitude mais enérgica em relação a Caracas. Mais que mera gestão, veio para isso. Deveria ter sido recebido com entusiasmo por tal objetivo.

Fracassou redondamente. O chanceler Aloysio Nunes Ferreira [à esquerda de Mike Pence]jogou um balde de água fria na esperança do norte-americano que, no caso, só queria mais efetividade e menos lero-lero na compaixão que sentimos do povo venezuelano e maior consciência das ameaças pelas quais passa o Brasil. Disse o vice-presidente dos Estados Unidos: “O Brasil liderou esforços para expulsar a Venezuela do Mercosul, uniu-se aos EUA para suspender a Venezuela da OEA. Agora, chegou a hora de agir com mais firmeza, e os EUA pedem ao Brasil e às outras nações mais atitudes contra o regime de Maduro”.

O recado era direto: chegou a hora de atuar com mais firmeza, de resolver o caso. A resposta brasileira foi também direta: chegou nada, não vamos proceder com mais firmeza, vai continuar o lero-lero, azar do povo venezuelano. Sublinhou o chanceler, ao frisar que a posição dos EUA sobre a Venezuela não coincide totalmente com a do Brasil. “Somos contra qualquer iniciativa unilateral em matéria de sanções. Para nós, o tema da Venezuela está colocado onde deveria estar colocado: na OEA, a Organização dos Estados Americanos”.

Quem de momento mais sofre com as atitudes lenientes do Brasil com a ditadura de Maduro? O povo venezuelano. Quem poderia estar se deliciando com a frieza e o distanciamento do Brasil em relação aos Estados Unidos? A esquerda em geral, claro, em especial a China comunista. Pode ter dividendos amazônicos, é o que veremos.

Quem sofrerá duramente no futuro, se o rumo não for mudado? Nós. Volto a assunto que nenhum brasileiro esclarecido deveria situar fora de suas preocupações. Michel Temer não visitou Washington. Donald Trump não visitou Brasília. Michel Temer visitou Pequim. Xi Jingping, presidente da China, já visitou Brasília. Lembro, política é símbolo.

Política é realidade. Estamos nos lances iniciais de uma gigantesca disputa comercial entre Estados Unidos e China que pode degenerar em guerra comercial generalizada e daí, sabe Deus, em embates até piores. Em tais choques, a China, perdendo mercado dentro dos Estados Unidos, pela força das circunstâncias buscará novos fornecedores e novas parcerias.

À primeira vista, situação favorável para o Brasil. Poderá substituir os Estados Unidos no fornecimento de numerosas commodities e apresentar oportunidades de aplicação de capitais. É, aliás, o que já divulgam setores ligados aos interesses chineses no Brasil. E vão continuar procurando criar clima de simpatia pela posição chinesa, por apresentar reflexo favorável aos interesses brasileiros. De parceiros comerciais seríamos alçados à condição de aliados estratégicos. Balela, soft powerdiplomacia.

Recolho repercussões iniciais de fenômeno perigoso com potencial gigantesco de expansão. “Para o chinês, o investimento não é resultado de uma parceria geopolítica, ele é parte dessa parceria”, declarou Eduardo Centola, sócio do Banco Modal, instituição parceira da estatal CCCC (China Communications Construction Company). Aliás, a bem dizer todo o investimento chinês no Brasil provém de estatais chinesas.

Talvez o Sr. Centola não tenha percebido, mas parceria geopolítica, por ele tanto elogiada, o que é? Geopolítica. Obviamente, favorecer interesses chineses nessa parte do mundo. Qual deles salta logo à vista? Sitiar os Estados Unidos. Aqui está tarefa à qual se prestaria o Brasil.

Vamos adiante. “A China olha o Brasil como um país onde pode escoar capital, tecnologia e capacidade ociosa”, corrobora Kevin Tang, diretor-executivo da Câmara de Comércio Brasil-China.

Satisfeita pelo novo quadro, constata Marianna Waltz, diretora da agência de risco Moody’s; “o Brasil faz parte da estratégia global [da China] de garantir acesso à matéria-prima e de construir a infraestrutura necessária para importá-la”. De novo, houve noção da envergadura do que disse? Pois esse é o papel que desempenhavam as regiões colonizadas em relação às metrópoles nos séculos XIX e XX. Forneciam matéria-prima, as potências colonizadoras construíam sua base.

Com esse quadro de conjunto, para qual situação o Brasil vai sendo empurrado? Para a de Estado cliente. Estado cliente, para quem anda desmemoriado, é Estado econômico, política, às vezes militarmente subordinado a outro. Sinônimos da expressão, Estado finlandizado, Estado satélite, Estado vassalo, Estado tributário, protetorado.

Fascinado por bruxedos aliciantes, passo pesado, o Brasil bambaleia atordoado numa estrada cujo ponto de chegada — Estado cliente — vem sendo escondido. À vera, a estação de destino ainda está pouco clara até mesmo para muitos de seus setores mais responsáveis. Recorro a Mike Pence, chegou a hora de acordar.


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PALAVRA DA SALVAÇÃO (85)


Solenidade de São Pedro e São Paulo – Domingo 01/07/2018


Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-19)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? ”Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM:

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Quando Jesus é "rocha" em nosso interior...

“Tu és Pedro, e sobre esta rocha edificarei a minha igreja...” (Mt 16,18)

Há indicações históricas de que já no séc. IV se celebrava uma festa em honra de S. Pedro e S. Paulo. Não é fácil descobrir as razões que levaram aqueles primeiros cristãos a unir em uma mesma celebração litúrgica duas figuras humanas tão diferentes. O mais provável é porque os dois foram martirizados em Roma durante a perseguição de Nero e quase ao mesmo tempo. Pode ser também porque suas sepulturas estivessem juntas durante muito tempo. É também provável que muito cedo se descobriu a complementariedade desses dois homens. De qualquer forma, são um claro exemplo de que personalidades tão diferentes, que inclusive discutiram duramente aspectos importantes da primitiva fé cristã, pudessem ser dois seguidores autênticos de Jesus. 

Mas, desde sempre, Pedro e Paulo foram considerados como as colunas da Igreja. No caso de Paulo é tão evidente que alguns estudiosos chegaram a dizer que ele foi o verdadeiro fundador da Igreja, enquanto organização. Pedro é o personagem mais destacado em todo o NT. Mesmo assim, sabemos muito pouco de sua vida. Pelo contrário, Paulo é a pessoa melhor documentada. É o único apóstolo do qual podemos fazer uma biografia quase completa. 

O texto do Evangelho da festa de hoje nos ajuda a reler nossa vida. Ali afirma-se nossa identidade: temos um nome, que carrega algo sólido, firme, resistente, que não se desfaz com as adversidades existenciais (crises, fracassos...). A identidade de uma pessoa é dada por aquilo que é consistente, seguro... no seu interior e não pelo nome em si.

“Tu és Pedro e sobre esta rocha edificarei minha Igreja..." 

E sobre ela, ao longo dos séculos, se assentou a fé dos cristãos de todos os tempos. Mas a Pedra da qual Cristo fala não é Pedro, pois a pedra da sua presunção, de sua segurança, de seu orgulho se transformou em cacos com suas negações na noite da Paixão. Mais tarde, Pedro, estará em condição de entender que a Pedra é unicamente Jesus. Somente Ele oferece toda a segurança. Pedro nos alenta na fé: confirma os seus irmãos, mas a fé é em Jesus Cristo.

O fundamento da Igreja é Jesus Cristo. Quem é decisivo na Igreja é Ele. O papa, os bispos, a clero tem sua missão e sua importância, mas a pedra angular é o Senhor. Igualmente decisivo é o Reino de Deus, não a Igreja. A Igreja é aquela que trabalha em favor do Reino de Deus, mas o fundamento último é o Reino de Deus. Um Reino de justiça, de amor e de paz.

Mateus, no evangelho deste domingo, nos situa diante de um jogo de palavras entre “petros” (pedregulho, pedra sem estabilidade e que se esfarela) e “petra” (rocha firme, consistente). Simão é, por si mesmo, um “petros”, mas através de sua confissão messiânica, acolhendo a revelação de Deus e confessando Jesus como o Cristo, Filho de Deus vivo, alargou sua interioridade para que o mesmo Jesus ali se fizesse “petra” (Rocha – fundamento). Pedro chega ao grau máximo de identificação com Jesus, que mais tarde Paulo afirmará: “Não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim”. Pedro é proclamado bem-aventurado porque na sua fragilidade (petros) Jesus se faz presença solidificada (petra). A Igreja se fundamenta na misericórdia de Deus, não na força dos homens. A Igreja é a comunidade dos pecadores perdoados, não a comunidade dos perfeitos. 

A primeira coisa que estes dois personagens, Pedro e Paulo, nos ensinam é que não é nada fácil aceitar a mensagem de Jesus e segui-lo. Precisamente, os dois foram os mais resistentes, cada um à sua maneira, na hora de dar o passo e aceitar o verdadeiro Jesus. Tanto Pedro como Paulo eram pessoas muito religiosas e que se encontravam muito confortáveis dentro do judaísmo. O encontro com Jesus desbaratou essa segurança e os fez entrar na dinâmica de uma autêntica relação com o Mestre galileu. Pedro, com toda espontaneidade, não perde ocasião de manifestar sua oposição àquilo que o Mestre dizia.  Paulo foi um fanático na defesa de sua religião. Por defender o judaísmo se converteu em perseguidor de todos aqueles que seguiam a maior heresia surgida dentro do judaísmo: “os seguidores do caminho”.

Mais ainda: pode-se perceber claramente nos evangelhos os obstáculos que eles tiveram de superar para passar do conhecimento de Jesus à vivência de tudo o que Ele pregou. Seria muito interessante descobrir que somente a partir da vivência pessoal alguém pode se lançar à missão de comunicar uma fé. Isto explica como um punhado de pessoas, em pouco tempo, foram capazes de transformar o mundo até então conhecido.

Essa dificuldade que Pedro e Paulo tiveram para seguir Jesus, pode ser de muita ajuda para nós hoje. Pedro, antes da experiência pascal, seguia a um Jesus que se encaixava em seus ideais e interesses de bom judeu. Paulo, antes da queda a caminho de Damasco, servia ao Deus do AT que estava a anos-luz do Deus de Jesus.

Não serve para nada seguir a Jesus sem conhecê-Lo a fundo, identificando-nos com seu modo de ser e viver. Só depois de termos superado os nossos pré-juízos, estaremos preparados para despertar nos outros o desejo de viver o mesmo seguimento. Todos temos de passar pelo doloroso processo de maturação na fé, pelo qual passaram Pedro e Paulo. No caso deles, a dificuldade se agravou porque os dois tiveram que dar o salto de uma religião centrada na Lei a uma experiência interior de seguimento, o que não é em nenhum caso, algo cômodo.

Da aprendizagem de uma doutrina à vivência do seguimento de uma Pessoa, há um grande percurso que todos devemos fazer. Sem essa passagem a fé se converte em pura teoria, que torna estéril nossa vida e nem desperta sedução nos outros. Talvez esteja aqui a causa de muitos fracassos no caminho da evangelização. Estamos mais preocupados em “passar” uma doutrina, uma moral, uma religião... e não deixamos transparecer em nossas vidas que somos seguidores d’Aquele que é Rocha em nosso interior.

Na origem do discipulado e da igreja está sempre presente a consciência de termos sido chamados. A vontade e a decisão de cada um são imprescindíveis, mas são despertadas pela chamado e testemunho de outros, pelo chamado de Jesus e, em último termo, pelo chamado do próprio Deus. Isso é o que significa originariamente o termo “igreja” (ekklesia): “comunidade de chamados”. No chamado de Jesus, Pedro e Paulo reconheceram o chamado de seu próprio interior, o chamado do povo sofredor, o chamado dos tempos difíceis e, em última instância, o chamado do Deus grande e próximo que lhes convidava à identificação com seu Filho e ao compromisso com o Reino. 

Texto bíblico:  Mt 16,13-19 

Na oração: É o Espírito que, guiando-nos pelo caminho da escuta de nosso “eu interior”, nos faz sentir originais, únicos, sagrados...

A oração é a chave interior que abre caminho  para chegarmos até o “eu original”, aquele lugar sólido, a rocha sobre a qual construímos nossa vida. Este é o nível da graça, da gratuidade, da abundância, onde mergulhamos  no silêncio, à escuta de todo o nosso ser. 

Nossa própria interioridade é a rocha consistente e firme, bem talhada e preciosa sobre a qual encontramos segurança para caminhar na vida, superando as dificuldades e as inevitáveis resistências na vivência do Reino.

- Dê nomes aos seus recursos internos, valores e capacidades, sonhos e desejos... que dão solidez à sua vida.

Pe. Adroaldo Palaoro sj



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