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domingo, 9 de setembro de 2018

COMO SUAVIZAR AS ONDAS DA VIDA - Gloria Wendroff



Ligue o vídeo abaixo:

Se teu coração fosse um oceano, que tipo de oceano gostarias que ele fosse? Agitado, tumultuoso? Tranquilo, sereno? Conscientemente escolherias o oceano tranquilo, um oceano ideal para um veleiro, suavemente ondulado pela brisa. Não escolherias um oceano tempestuoso, um furacão, um tufão, um ciclone, um redemoinho no mar. Sabes muito bem que escolherias um oceano calmo. Entretanto, amado, o que tens escolhido com mais frequência? Um coração turbulento.

Quantas vezes por semana te agarras ao teu coração? Quantas vezes por semana ele desaba? Quem é que escolhe para onde teu coração vai? Mesmo em mares turbulentos, manterias teu equilíbrio. Mas, com teu coração  deixas que aconteça qualquer coisa, que ele vá para qualquer lado; para cima, para baixo, para a extrema esquerda, para a extrema direita, para frente e para trás, deste jeito ou daquele jeito… fazes uma tormenta do teu coração, mesmo quando ele está seguro no porto. Teu coração não precisa ser selvagem. Teu coração não precisa ser uma “ópera de sabão”, uma telenovela.

Teu coração não precisa ser um navio na tormenta. Tem pena do teu coração, e deixa que ele enfrente a vida com calma. Não há nenhuma necessidade de destruíres teu coração. Dizes que queres paz, entretanto o que tens vivido? Mesmo quando há uma tempestade na vida, não precisas maltratar teu coração. Corações são feitos para o amor, não para perturbação. Corações são destinados a velejar suavemente pela vida. Faz as pazes com teu coração. Se teu coração fosse um navio, nem sempre o navegarias a todo vapor. Serias um proprietário mais amável; permitirias que teu coração tivesse momentos de descanso.

Sê um mestre gentil para o teu coração. Não o faças passar por acessos de raiva. Sê agradável ao teu coração. Diga ao teu amigo fiel: Calma, calma, coração. Não precisas viver numa tempestade; fica em águas tranquilas. Providenciarei para que descanses de atividades horríveis. Sou grato a ti. Bates por mim tantas vezes a cada minuto; entretanto, podes tomar fôlego entre uma batida e outra.

Vou afrouxar as rédeas e deixar que caminhes numa pulsação tranquila. Isto é o mínimo que posso fazer por ti. Não te farei trabalhar tão duro de agora em diante. Vou te conduzir às águas serenas. Vou te mostrar como remar ao longo da vida como se estivesses numa canoa sobre águas cantantes. Vou acalmar-te e abençoar-te. Permitirei que vivas em paz e tranquilidade. Não vou mais aborrecer-te.. Seja o que for que aconteça, não vou mais chicotear-te.

Não vou deixar-te irritado, nem acelerado nem aborrecido. Deixarei que sejas o coração que Deus me deu; não vou mais permitir que te agites. Peço que me desculpes, meu coração, por toda perturbação que tenho causado a ti. Tens sido um coração bom, fiel e esforçado, e não mais o farei trabalhar tão duro. De agora em diante, vou ser uma bênção para ti. Nós – eu e tu, querido coração – velejaremos para cima e para baixo pelos Altos Mares do Amor, e isto é o que nos ocupará. Ouço tua batida, meu coração, e ela é firme e uniforme. Obrigado por permaneceres junto a mim e por me mostrares como suavizar as ondas da vida.

"Gotas de Crystal 20" uchacrystal@yahoo.com.br
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MÚSICA:  Sentiments > ERNESTO CORTAZAR  

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (95)


23º Domingo do Tempo Comum – 09/09/2018

Anúncio do Evangelho (Mc 7,31-37)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole.
Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!”
Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.
Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


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Ligue o vídeo e acompanhe a reflexão do Dom Alberto Taveira Corrêa:

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Abrir os sentidos para o encontro
 pexels.com

“Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia...(Mc 7,31)

Uma imagem constante no evangelho de Marcos: Jesus, portador da Vida, é um itinerante; rompe os espaços geográficos-culturais-religiosos e transita com muita liberdade pelo território pagão. Ali também se encontravam os excluídos, aspirando viver relações mais humanizadoras.

Nesse deslocamento, algumas pessoas trazem um surdo-mudo a Jesus e pedem que lhe imponha a mão. O surdo-mudo poderia ir ao encontro d’Ele, mas não teria como expressar seu pedido.  Portanto, parece lógico, que alguém tivesse que atuar para conduzir o surdo-mudo até Jesus, para que fosse “tocado”; aqui aparece a força do contato. 

Sabemos pouco da riqueza de nosso contato. O contato nos cura. É um caminho de comunicação maravilhoso. Na enfermidade, muitas pessoas não buscam mais que o contato. Um verdadeiro contato nos envia sempre para dentro. Não é somente o contato da pele, mas o que nos põe em marcha para nosso interior.  O contato nos faz despertar. Existe a idade da palavra, a do ouvido, a do olhar..., mas neste momento Jesus se detém na idade do contato. O caminho do contato é o da mais profunda comunhão. A mão é fonte de contato, é canal de passagem da energia curativa.

O Mestre separa o surdo-mudo da multidão e lhe confere uma atenção especial, em um espaço protegido, onde pode estar a sós com o doente. É apenas nesse encontro entre os dois que a confiança necessária pode crescer para que aquele, cuja boca e ouvidos estão fechados, se abram.

O processo da cura do surdo-mudo é descrito aqui em cinco passos, onde Jesus abre a possibilidade para o encontro deste homem com os outros e para o encontro com o Pai: coloca os dedos nos ouvidos do surdo, toca a língua do mudo, eleva os olhos ao céu, suspira e ordena:  “Efatá” – “abre-te”. Palavra dirigida ao coração do surdo-mudo. É como se dissesse: “abre-te à tua identidade! Destrava teu interior!” Depois de tantos passos através do não-verbal, vem a palavra. E o surdo-mudo desata sua língua e começa a falar. 

Contrariamente aos outros milagres, Jesus realiza uma série de gestos que demonstravam proximidade e envolvimento: tocou o corpo do homem, olhou para o céu, exprimindo sua comunhão com o Pai, e suspirou como sinal de participação profunda no acontecimento. A cura deixa de ser um ritual puramente exterior, mas brota de um encontro, de um gesto que demonstra comunhão entre o doente e Jesus. 

Jesus, com seus sentidos abertos e acolhedores, destrava os sentidos do pobre homem excluído e o capacita a integrar-se na convivência social; com os sentidos abertos, agora ele pode expressar a riqueza de sua interioridade. Uma vez libertado da atrofia dos sentidos, o homem se emancipou, recuperou sua autonomia e agora pode manifestar-se sem bloqueios; nada mais o limita. Com todos os órgão e sentidos do seu corpo mobilizados, ele insere-se na comunidade que ouve a Deus e proclama que Ele é o único Senhor. Desaparecem as causas que lhe impediam optar com liberdade; a possibilidade de uma nova vida se abriu para ele.

Nessa nobre missão de ajudar os outros a “dar à luz” o melhor deles mesmos, Jesus foi um sábio “parteiro”: n’Ele podemos contemplar em quê consiste o saber servir de ajuda para que a vida possa emergir como dom. Jesus se dedica ao surdo-mudo de forma carinhosa, como uma mãe. Ele toca a língua do mudo com sua saliva. Este é um gesto maternal. O surdo-mudo só consegue abrir seus ouvidos e sua língua, num ambiente marcado pela confiança e pelo amor maternal.

É sugestiva a imagem de ser “parteiro da vida”, ou seja, saber favorecer o nascimento de cada um, em sua verdade mais profunda, em todas as suas possibilidades. É colaborar com o Deus Pai/Mãe nessa bela missão, ajudando cada pessoa a ser o que pode e está chamada a ser.

“Ativar e expandir vida” foi a paixão que mobilizou todo o ministério de Jesus: seu desejo de que todos tivessem vida e vida em plenitude, sua capacidade de fazer emergir a vida atrofiada, centrou-se de um modo especial nos excluídos, marginalizados, enfermos, pessoas “oficialmente pecadoras”...; pois, assim Deus o havia revelado, assim sentia Ele seu coração entrar em sintonia com o coração do Pai, que põe mais amor onde há mais necessidade. Poder “dar vida”, capacitar para que cada pessoa pudesse viver sua vida e sua verdadeira identidade foi, para Jesus, uma fonte profunda de fecundidade e de felicidade.

Assim como o surdo-mudo, também nós podemos viver dentro de bolhas, que nos atrofiam e impedem que cheguem até nós o rumor da vida dos demais, com seus problemas e suas alegrias; ou permanecer fechados dentro de nossas pequenas fronteiras, com dificuldades para expressar o que sentimos e vivemos. Enquanto permanecemos fechados, reduzidos a falsas identidades, geramos confusão e sofrimento. Acreditamos naquilo que não somos e esquecemos quem realmente somos. Tal fechamento evoca a imagem de uma jaula, feita à medida dos limites que nossa própria mente estabelece. Condenar-nos-emos a um sofrimento estéril e insolúvel, por um único motivo: confundimo-nos com algo que não somos. 

“Efatá”: “abre-te”. O ser humano, mesmo sendo pura abertura e amplitude sem limites, tende a fechar-se. Talvez, porque isso lhe traz uma sensação de segurança, ao crer que mantém o controle sobre o pequeno espaço ao qual se reduziu. Para começar, ele se fecha em seu próprio corpo, como se as fronteiras físicas do mesmo delimitassem também sua identidade; fecha-se em suas ideias atrofiadas, em sua religião burguesa, em seu legalismo e moralismo doentios, em suas intolerâncias e preconceitos...

Nesse contexto, a palavra de Jesus aparece como um convite firme a sair de qualquer identificação redutora: “abre-te”, “não te mantenhas fechado na crença de uma identidade isolada, que não pode ouvir nem contar a Beleza que realmente és”. “Abre-te”, “não te feches em nada, não te reduzas a nenhum objeto, não te deixes aprisionar em nenhuma jaula, reconheça a abertura sem limites do “oceano” que constitui tua verdadeira natureza”. “Abre-te”…, “a quê? À tua verdadeira identidade!” 

O surdo-mudo necessitava abrir os ouvidos e a língua, mas todos nós temos necessidade de abrir alguma dimensão de nossa pessoa, ou talvez alguma capacidade adormecida ou bloqueada. É provável que, normalmente, a abertura seja progressiva: à medida que consentimos abrir algo em nós, ser-nos-á mostrado o próximo passo a ser dado. Como nas “sete moradas” de S. Teresa D’Ávila, diferentes portas se sucedem, uma depois de outra; assim se revela ser nosso mundo interior. Cada porta aberta nos coloca diante de outra nova “porta”, que clama para ser também aberta. E, no percurso interior, vamos tendo acesso a espaços cada vez mais originais e inspiradores, até chegar finalmente a nos reconhecer na Divina Morada, nossa verdadeira identidade, nosso “eu profundo”. Daí nasce a sabedoria, unindo corpo-mente-afetividade, coração.

Esse caminho conduz à descoberta de que somos Um com Aquele que nos habita e nos conecta com o universo, forjando nossa identidade de filhos(as), irmão e irmã de todos. Quando conectamos com esta realidade, toda nossa vida se equilibra e adquire sentido; esbarramos na Fonte. 


Texto bíblico: Mc 7,31-37

Na oração: No evangelho deste domingo, o autor transmite a palavra chave no próprio idioma de Jesus, o aramaico “Efatá”, “abre-te”.

É preciso deixar ressoar no próprio interior esta expressão; enquanto pronuncia, pergunte-se: “A quê ou em quê preciso abrir-me?”

- Quê portas de sua vida é preciso abrir? Capacidades adormecidas (amor, ternura, alegria, generosidade, solidariedade, liberdade...), defesas protetoras que se converteram em armadura oxidada (medo, indiferença, imagem idealizada, intolerância...), “manias” nas quais se instala, costumes e rotinas que o(a) mantém fechado(a) em uma bolha de tolerado conforto... 

Pe. Adroaldo Palaoro sj


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DO INCÊNDIO AO ATENTADO — UM APELO AO BRASIL BRASILEIRO


Comunicado do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

8 de setembro de 2018

Do incêndio ao atentado — Um apelo ao Brasil brasileiro

Dois fatos, em menos de uma semana, causaram profunda comoção nos brasileiros dos mais variados quadrante e são de molde a deixar traços profundos na História nacional.

O incêndio do Palácio da Quinta da Boa Vista, atribuído ao descaso dos que deviam cuidar dele, ardeu parte de nossa História, nossa tradição e nossos símbolos.

No atentado ao candidato Bolsonaro — que para muitos brasileiros representa o contrário do ideário comunista do foro de São Paulo — não pode se deixar de ver o surgimento de um anti-Brasil, fruto da divisão causada no País pelos partidos de esquerda e do desgoverno dos últimos anos, longe do feitio nacional pacato e ordeiro.

O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira apela aos brasileiros de bem a que tirem as consequências desses fatos para unirem esforços em defesa do casamento como Deus o criou, pela vida desde o primeiro momento de sua concepção, contra as políticas de perverter os nossos filhos pelo ensinamento da ideologia de gênero, pela proteção da propriedade privada, e os conclama a dirigirem suas preces a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, para que proteja nosso País, particularmente nestes dias em que comemoramos sua independência.

Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
8 de setembro de 2018
Festa da Natividade de Nossa Senhora

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Comentário

9 de setembro de 2018
Eu já disse isso e repito: se o Brasil está do jeito como está é porque renegou sua missão de “maior país católico do mundo” e se deixou contaminar por apóstatas, blasfemos e hereges. E só sai dessa por milagre. Se Deus e a Virgem Santíssima ouvirem os católicos que restam.


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