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domingo, 16 de outubro de 2016

CAMINHOS... - Wagner Albertsson

CAMINHOS...

SÃO TANTOS
CAMINHOS
PERCORRIDOS... 
SÃO TANTAS
ESTRADAS
PARA CONHECER...
SÃO TANTAS POESIAS,
PESSOAS
PARA SE
AMAR... 
SÃO TANTAS
VIDAS
PARA SE
VIVER...

WAGNER ALBERTSSON

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CORDEL EM SOLIDARIEDADE AOS PROFESSORES DO PARANÁ - 2015

MOTE:
"A nação, quando  sangra um professor
mostra ao mundo a lição mais vergonhosa"

Zé De França:
(Paulista-PB)
As maiores potências mundiais
Como a França, a Alemanha e o Japão
Priorizam primeiro educação
E chamam os mestres de heróis nacionais
No Brasil se botou policiais
Pra bater nessa classe valorosa
E nossa pátria de forma desastrosa
Ganha as páginas do mundo neste horror
A nação, quando sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Eduardo Teles:
(Barra dos Coqueiros-SE)
Todo dia eu vejo sangramento
A correr no rosto dos professores
Quando há dois alunos sem amores
Reclamar de famílias sem alento
Pobres mestres que só com sentimento
Querem dar a lição mais valiosa
Sem ter tempo, pois a verba é vergonhosa,
Que é preciso ter tempo para o amor
A nação, quando sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Izabel Nascimento:
(Aracaju-SE)
Um cenário de terror à luz do dia
Professores desmaiados e feridos
Massacrados como se fossem bandidos
Pela mão da polícia vil e fria
Questionei: "Onde estás, democracia?"
Pra intervir nesta ação tão criminosa
Magistério brasileiro em polvorosa
O Paraná viveu cenas de horror
A nação, quando sangra um Professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Zé De França:
(Paulista-PB)
Nosso piso é apenas parcial,
Nossos mestres apanhando em Curitiba
Uma greve legal na Paraíba
Um juiz afirmou ser  ilegal,
Paraná mostra um crime tão banal
De maneira covarde e perigosa
Um vampiro de farda criminosa
De soldado passou a agressor.
A nação, quando sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Zé De França:
(Paulista-PB)
Professor no Brasil é obrigado
A sofrer a maior humilhação
E apesar de educar essa nação
É tratado de pobre e de coitado;
Só faltava um fantoche de soldado
Pra bater nessa classe gloriosa
A polícia de forma escandalosa
Permitiu bater num educador.
A nação, quando sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Izabel Nascimento:
(Aracaju-Sergipe)
Eu, enquanto professora, lamentei
O massacre que ocorreu no Paraná,
Os problemas que os docentes passam lá
Semelhantes aos daqui, que eu bem sei,
O Piso Salarial, que há muito é Lei,
Já é quase propaganda enganosa
Mas a luz da esperança, tão teimosa,
Ainda brilha no peito do Educador.
A nação, quando sangra um Professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Izabel Nascimento:
(Aracaju-SE)
No Brasil, o discurso é tão bonito,
Mas é só no período de eleição
Se promete investir em educação
Que o valor do docente é irrestrito
Mas depois ninguém mais escuta o grito
As promessas que não passavam de prosa
Professor: profissão tão perigosa
Pois liberta oprimido de opressor.
A nação, quando sangra um Professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Zé De França:
(Paulista-PB)
O poder oligárquico nos afeta
Por agente tornar cidadãos seres,
Conscientes a direitos e deveres
E esta ação ao poder muito inquieta
Porque quer a nação analfabeta
Que a nação consciente é perigosa
Por dá fé da maneira escandalosa
Que aliena o país causando dor.
A nação, quando  sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Júnior Adelino:
(Pombal-PB)
No papel anda tudo às maravilhas,
Mas na prática é um país que pede esmolas
Professores mal pagos e as escolas
Sobrevivem de verbas maltrapilhas
Nossos mestres se infiltram nas guerrilhas
E lutam contra uma classe poderosa
E nessa luta de cravo contra a rosa
Sempre o cravo termina vencedor.
A nação, quando sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Izabel Nascimento:
(Aracaju-SE)
O magistério, no corpo chora o corte,
Que remédio, com o tempo, cicatriza,
Mas na alma, a ferida se eterniza,
A esperança agoniza em quase morte
Não dá mais para contar com a sorte
E exercer a profissão mais honrosa
Que a "Pátria Educadora" desastrosa
Nega àquele que tem, o seu valor.
A nação, quando sangra um professor
Mostra ao mundo a lição mais vergonhosa.
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Data: 1o de Maio de 2015. 
Mote: Izabel Nascimento (SE)
Versos: Adelino Júnior (PB)
Eduardo Teles (SE)
Izabel Nascimento (SE)
José de França (PB).


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