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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Sem motivo – Geraldo Maia


Sem motivo
  
Dei pra você todos os motivos

para desistir de mim e eu agradeço
por você partir e me deixar sem
um motivo pra tentar lhe esquecer.

Eu dei pra você toda minha vida
jogada no lixo como coisa inútil,
mas reconheço que tudo fiz pra
você me tratar com tanto desprezo.

Eu errei com você
só te fiz tanto mal
Te amar te deixou
muito mais infeliz
afinal o amor não
é como se diz
um negócio de amantes
com juros e correção
juras sem coração
investimento afetivo.

E por nada pedir
apenas te ver sorrir
meu amor foi punido
por nada querer em troca
nem mesmo a tua volta
meu amor foi chacota;
e eu queria saber
se você me humilhar
e se zombar de mim
e se me abandonar
foi o seu butim
sua forma de se vingar
provar que foi muito ruim
te amar sem motivo.


Geraldo Maia, poeta 
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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DOIS DE NOVEMBRO — Dia de Finados, vida eterna após a morte


2 de novembro de 2018

Como Nosso Senhor Jesus Cristo nos advertiu, a morte virá de repente, como um ladrão, oculto e de noite (I Tes. 5, 2) e como nos ensina e reafirmamos no Símbolo dos Apóstolos: “Creio na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém”.

 ♦  Paulo Corrêa de Brito Filho

Em nossos dias impregnados de materialismo e ateísmo, procura-se evitar a lembrança da morte, embora seja ela a única coisa que nos acontecerá com absoluta certeza.

Causa-nos temor recordar essa verdade, a ponto de muitos evitarem passar pelo cemitério até mesmo por ocasião de algum enterro, e outros procuram eliminar os aspectos trágicos, pungentes e tristes da morte. Chega-se ao extremo de tornar festivos os ambientes dos funerais, parecidos a lugares para encontros sociais mundanos.

Contrapondo-se a essa tendência materialista, a Santa Igreja nos faz lembrar de uma vida eterna após a morte. Incentiva-nos a meditar os “novíssimos do homem” — morte, juízo final, céu e inferno — e aconselha: “Em todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e jamais pecarás (Ecl. 7, 40).

Como mãe, a Igreja associa-se às nossas lágrimas e consola nossas dores na perda de um ente querido. Também nos incentiva a tributar todo respeito aos mortos, participar de funerais, sepultar dignamente os cadáveres, visitar as famílias enlutadas, rezar, oferecer sacrifícios e assistir à Missa em sufrágio das almas dos falecidos, para que sejam libertadas das penas do Purgatório e conduzidas ao Céu.

No dia de Finados, é especialmente louvável recordar as almas dos fiéis defuntos, de modo particular de nossos parentes e conhecidos, rezar por eles e visitar seus restos mortais nos cemitérios.

Para que nossos leitores possam medir quanto o mundo moderno se encontra distante de uma atitude varonil e católica perante o luto e a morte, a revista Catolicismo reproduz na edição de novembro um conjunto de oportunas considerações do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o luto — os costumes tradicionais, as honras fúnebres, as manifestações e a concepção cristã de luto — e como esses valores vão sendo esquecidos e abandonados, devido ao conceito materialista de viver como se nunca fôssemos morrer. Como Jesus nos advertiu, a morte virá de repente, como um ladrão, oculto e de noite (I Tes. 5, 2).

Desejo aos prezados leitores uma proveitosa leitura de tal matéria, peço à Sagrada Família, Jesus, Maria e José, que nos conceda a todos a graça de uma boa morte. E peço também que aumente em nós a esperança da ressurreição, conforme nos ensina e reafirmamos no Símbolo dos Apóstolos: “Creio na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém”.




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