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terça-feira, 8 de agosto de 2017

SERESTA DOS PAIS ABERTA AO PÚBLICO NA AABB ITABUNA

Carlos dos Teclados é a atração musical.
Comemoração do Dia dos Pais é com seresta na AABB


Em evento aberto para todos que curtem seresta, a AABB Itabuna comemora o Dia dos Pais na véspera, sábado, 12/08, em seu Salão Social. É a Seresta dos Pais. Não sócios também têm acesso através de mesas com direito a quatro pessoas.

A atração musical é o vocalista e tecladista Carlos dos Teclados. Nome consagrado da seresta, Carlos irá interpretar músicas marcantes deste gênero musical que sofre influência do bolero, da serenata e até do arrocha, e é por muitos considerado como a mais autêntica música popular brasileira.

A AABB Itabuna oferece serviço próprio de bar e restaurante, com pratos tradicionais, tira-gostos, bebidas prontas e preparadas na hora. Tudo sob responsabilidade de uma equipe permanente de cozinheiras e servido por uma experiente equipe de garçons. E com os preços do restaurante do clube, sempre bastante acessíveis.

As reservas já podem ser feitas na Secretaria do clube, pessoalmente ou através dos telefones (73) 3211-4843 e 3211-2771 (Oi fixo). Para os não sócios, mesa para 4 pessoas custa R$ 60,00. Sócios pagam R$ 40,00. A Seresta dos Pais começa às 21h00 do sábado, 12 de agosto, e é um evento único para toda família curtir, comentar e compartilhar o Dia dos Pais.


Contato – Raul Vilas Boas: (73) 9.9112-8444 (Tim) / (73) 9.8888-8376 (Oi)

Assessoria de Imprensa – Carlos Malluta: (73) 8877-7701 (Oi) / (73) 9133-4523 (Tim)

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10 DE AGOSTO: DIA DE JORGE AMADO - Os anos de aprendizado

Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original
Os anos de aprendizado


Eu vinha de uma infância nas terras bravias do cacau, assistira ao drama da conquista da selva, ouvira a voz dos advogados nos júris dos coronéis de toda audácia, ainda infante fora banhado pelo sangue de meu pai ferido numa tocaia. Traduzia dentro de mim os ecos da grande epopeia e também os lamentos lancinantes dos trabalhadores curvados nas rocas, numa vida de bestas de carga.

Os anos de adolescência na liberdade das ruas da cidade do Salvador da Bahia, misturado ao povo do cais, dos mercados e feiras, nas rodas de capoeira e nas festas dos candomblés e no átrio das igrejas centenárias, foram minha melhor universidade, deram-me o pão da poesia, que vem do conhecimento das dores e das alegrias de nossa gente. Ao rememorar esse tempo, posso medir e pesar a infinita compreensão, a paciência do coronel João Amado de Faria, conquistador de terra e plantador de cacau, e de dona Eulália Leal Amado, sua esposa, que muitas vezes dormiu com a repetição ao lado do leito como ainda hoje ama contar. Como todos aqueles rudes desbravadores, eles desejavam ver o filho feito doutor, advogado, médico ou engenheiro. E o filho desprezava os manuais de estudo para atirar-se à vida, procurar a redação dos jornais, escrever inconsequências em pequenas revistas de limitada duração. Souberam eles compreender e confiar e, se alguma coisa realizei de perdurável a eles devo, à sua constante e comovente solidariedade.

A eles e ao povo de meu Estado. Com o povo aprendi tudo quanto sei, dele me alimentei e, se meus são os defeitos da obra realizada, do povo são as qualidades porventura nela existentes. Porque, se uma qualidade possui, foi a de me acercar do povo, de misturar-me com ele, viver sua vida, integrar-me em sua realidade. Seja no mundo heroico e dramático do cacau, seja no oleoso mistério negro da cidade de  Salvador da Bahia.

Penso, assim , poder afirmar que chego à vossa ilustre companhia pela mão do povo, pela fidelidade conservada aos seus problemas, pela lealdade com que procurei servi-lo tentando fazer de minha obra arma de sua batalha contra a opressão e pela liberdade, contra a miséria e subdesenvolvimento e pelo progresso e pela fartura, contra a tristeza e o pessimismo, pela alegria e confiança no futuro. Segundo a lição da literatura baiana, fiz de minha vida e de minha obra uma coisa única, unidade do homem e do escritor, aprendida na estrela maior do céu baiano, o poeta Castro Alves, estrela matutina da liberdade, estrela vespertina dos ais de amor.


(TRECHO DO DISCURSO DE POSSE NA ABL)

Jorge Amado
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JORGE AMADO - Quinto ocupante da Cadeira 23 da ABL, eleito em 6 de abril de 1961, na sucessão de Otávio Mangabeira e recebido pelo Acadêmico Raimundo Magalhães Júnior em 17 de julho de 1961. Recebeu os Acadêmicos Adonias Filho e Dias Gomes.

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JORGE PORTUGAL LANÇA LIVRO NA FLIPELÔ

Por que o Subaé não molha o mapa  é o título do livro que o compositor, professor e atual Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal, vai lançar no próximo dia 11, sexta feira, as 17h30  na Casa das editoras baianas no Pelourinho.
O lançamento fará parte da programação da FLIPELÔ.

O livro que leva o selo da Caramurê Publicações, reúne 15 crônicas e tem como cenário a cidade de Santo Amaro, ou “Santinho”, como carinhosamente cita o autor na dedicatória. Numa abordagem particular e uma linguagem muitas vezes bem humorada, Portugal, consegue mostrar a cidade no seu íntimo, com personagens anônimos e conhecidos se relacionando num misto de ficção e realidade.

Antes dos autógrafos o autor convida Pasquale Cipro Neto e Roberto Mendes em um bate papo com o público sobre literatura e música.“Portugal é um ícone da cultura da Bahia, ele tem o carisma do educador e alma de compositor, comenta o editor da Caramurê Fernando Oberlaender.

A Caramurê na Flipelô

Além do lançamento do livro de Jorge Portugal vários outros autores da editora estarão participando de eventos na Casa Amarela como: Ruy Espinheira Filho, que junto com Antônio Brasileiro participará de uma mesa de bate papo no dia 10/8, quinta feira ás 20h com o tema “Literatura e perspectivas”. Em seguida Ruy estará autografando o seu livro “Uma Alegria na Família”. Antes, as 15 h, os autores Saulo Dourado e Breno Fernandes estarão na mesa “Literatura Contemporânea   nas Mídias Sociais”.

 No dia 11/8, sexta feira, a agenda será cheia. Além do lançamento a autora Maria Antônia Ramos Coutinho participa da mesa “Mestres dos saberes na literatura infantil” e às 17h Aleilton Fonseca autografa o seu livro “As Marcas da Cidade”.

 As 17h30, ​no dia seguinte, (12) ​o poeta José Carlos Capinan bate um papo com Gesse Gesse sobre música e literatura e autografa o seu livro “Vinte Canções de Amor e um Poema quase Desesperado”. E no Domingo, dia 1​3​ /8, com a produção da Caramurê, a autora Emília Nunes faz contação de história e autografa o seu livro “A menina da Cabeça Quadrada”.

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Mais informações à imprensa:
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TRUMP QUER INVESTIGAR SE COTAS RACIAIS PREJUDICAM BRANCOS

3 de agosto de 2017

O jornal americano “New York Times” informou ontem que o governo do presidente Donald Trump prepara uma investigação sobre se a política de cotas para negros em universidades americanas está discriminando candidatos brancos. O Departamento de Justiça americano estaria iniciando a seleção de pessoal para investigar as políticas de ação afirmativa — o que pode vir a ser a base para uma mudança das políticas que visam reduzir a diferença de escolaridade e de renda entre brancos e negros nos Estados Unidos.

De acordo com fontes sigilosas ao jornal, a proposta partiu do procurador-geral Jeff Sessions, considerado um dos nomes mais conservadores do governo Trump e que, no início de sua carreira, chegou a ser rejeitado como juiz federal por ter sido acusado de ser adepto de teses racistas. O “New York Times” informou que seriam redirecionados recursos da área de direitos civis do Departamento de Justiça para esta investigação — e não da área de Oportunidades Educacionais, que tradicionalmente cuida do tema —, e que ela poderia gerar ações judiciais sobre “discriminação intencional baseada em raça” nos processos de admissão de faculdades e universidades.

Muitos estudos indicam que as populações negra, latina e indígena tiveram mais acesso à educação superior a partir das políticas de cotas. Muitos países, inclusive o Brasil, se inspiraram nestas políticas para criar diretrizes que facilitam o acesso de negros e pobres às universidades, com reservas de vagas ou aumento de pontuação nos processos de seleção.

Claro que tanto o NYT como o GLOBO, ambos ícones do “progressismo”, iriam pintar tal decisão como racista e equivocada. Ela teria partido de alguém que já foi acusado de racismo, e “muitos estudos” indicam que as “minorias” se beneficiaram das cotas raciais. São sempre os “especialistas”…

Que tal perguntar, então, a Thomas Sowell o que seus vários estudos sobre a política apontam? Sowell, não custa lembrar, é negro. É também um respeitado economista de Chicago, e escreveu um livro com profundas pesquisas sobre cotas nos Estados Unidos e em outros países. Suas conclusões não são nada favoráveis. Ao contrário: ele mostra como elas são perigosas.

Na melhor das hipóteses, as cotas raciais beneficiam as elites negras, não os mais pobres, e à custa dos pobres brancos. O jornal afirma que populações negra, latina e indígena tiveram mais acesso, mas aumentaram as vagas totais ou eles entraram no lugar de pobres brancos? Se é jogo de soma zero, por vagas finitas, então um precisa sair para o outro entrar, um deve perder para o outro ganhar, não? Elementar.

O que Trump quer é investigar justamente isso: houve uma política de discriminação contra brancos, por serem brancos, para favorecer negros? Isso não seria racismo reverso, indo contra o que o próprio Martin Luther King desejava, com uma nação que julgassem com base no mérito, não na cor da pele?

As cotas raciais acabaram segregando ainda mais a população, e nunca antes na história americana o clima esteve tão dividido, graças em parte ao próprio ex-presidente Obama, que soube abusar da cartada racial e incitar o racha, mesmo quando era para proteger marginais negros e condenar policiais como racistas.

A quem as cotas efetivamente ajudaram? A educação pública está em declínio evidente, e Sowell, assim como Walter Williams, outro respeitado pensador negro, condenam as cotas e pregam, em seu lugar, o voucher para que os pobres, todos os pobres, independentemente da cor, tenham acesso a melhores escolas particulares. A “charter school” também é uma alternativa melhor, pois delega a administração ao setor privado, reduzindo o poder dos sindicatos e melhorando o mecanismo de incentivos.

Ou seja, quem quer realmente melhorar a situação não só dos negros, mas de todos os americanos mais pobres não deveria enaltecer a política de cotas raciais, e sim defender meios que efetivamente melhorem o resultado final da educação. O modelo atual tem falhado visivelmente, em todos os aspectos.

Todo liberal, defensor da isonomia, da igualdade perante as leis e da meritocracia, deveria condenar as cotas raciais. Os racistas podem gritar “Black Lives Matter” enquanto defendem bandidos que matam policiais, brancos e negros. Mas os patriotas deveriam gritar “All Lives Matter”. Trump acertou mais uma.

Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal.




Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

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