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domingo, 19 de maio de 2019

HUMOR INCOLOR! - Antonio Nunes de Souza*



Esse sentimento, sensação ou estado de espírito é de uma importância sem limite para que uma pessoa possa viver bem, e tenha a satisfação de ser vista por todos como alguém especial!

Verdadeiramente comprovada, a falta de humor mexe muito com a cabeça, provocando sinais de debilitação, saúde, tristeza e, chegando até a um estado depressivo, temporário ou permanente!

As pessoas bem-humoradas, geralmente, são simpáticas, agradáveis, sorridentes e comunicativas. Pois, sempre estão prontas para ouvir e responder com sutilezas, algumas vezes até com frases de sentidos dúbios, fazendo com que o humor seja mais prolongado e atraente, dando uma conotação especial ao bate papo.

Todos nós, queiramos ou não, estamos passivos de encontrar em nossos caminhos indivíduos com péssimos humores, com uma postura de seriedade e falta de humildade, nos deixando pouco a vontade e com desejo de ir embora rapidamente. Esse risco é muitíssimo provável de acontecer nos dias atuais com mais frequência, em função da situação nada agradável do nosso país, atingindo os bons e maus humorados!

O Brasil no exterior é considerado um país de ótimo humor, em função da verve humorística do povo em geral que, curiosamente, debocha e zomba das suas próprias misérias e falta de oportunismo! Esse comportamento, por incrível que pareça, ajuda nosso navio que está a deriva de terminar chegando a um porto seguro. Tomara que sim!

Intitulei como “humor incolor”, pois, infelizmente, existe o velho e exagerado humor negro, que sempre é aplicado para denegrir algo ou alguém não merecido. Mas, faz parte da vida, pois, em outros países acontece a mesmíssima coisa!

Analise-se, reflita, observe as reações de terceiros e veja se você é uma pessoa que está sempre de bom humor, é chamado para participar de reuniões, festas, ou para fazer parte de uma equipe de trabalho. Se isso não tiver ocorrendo, fique certo que seu comportamental está deixando a desejar!

“SORRIA, POIS, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO!”


*Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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PODE A VENEZUELA ESTAR SUJEITA A PODERES INFERNAIS?


19 de maio de 2019

É difícil explicar como o povo venezuelano se resigna ante a degradação imposta pela tirania socialista-comunista.

Vídeos no Youtube apresentam o povo servindo-se da água de esgotos ou comendo restos obtidos em caminhões de lixo.

Essa inércia da população, segundo testemunhas venezuelanas, seria resultado de invocações públicas a espíritos obscuros, em rituais parecidos à macumba, espiritismo ou satanismo, para tomar conta do país.

Um casal venezuelano exilado no Brasil descreveu os cultos de líderes socialistas-populistas às potências infernais, para manter o país sob controle.

Seria esta uma explicação para a desgraça que se abateu sobre a nação vizinha, cujas consequências já atingem o Brasil.



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ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Desertos – Geraldo Maia


DESERTOS
Geraldo Maia


Se o sol perder o ânimo
Se a lua entrar em pânico
Se a chuva errar de alvo
Se o mar se por a salvo

Se a terra abortar
O estupro do átomo
Se o vulcão devorar
As luas de asfalto

Se o vento escapar
Pelos horizontes
Se o amor implodir
Nos indiferentes

E se o rio engasgar
E se a ponte fingir
E se a rua ruir
E se o riso rasgar

E se o olhar tropeçar
E cair no espelho
E se o cheiro do tempo
Estiver vencido

E se o gosto do veneno
For o antídoto

E se tocar der barato
E se ouvir for calar
E se falar for sem rosto

E se o efeito de pensar
For imediato
E se todo sentimento
Investir no mercado

E se as cédulas
Rasgarem as celas
Sem piedade
E se as selvas
Salvarem as cidades
Do vírus
Civilizado

Então está revelado: é hora de se
Despir
Do deserto das casas

É hora de se vestir asas de
Audácia
E sobrevoar a culpa do
Perdão
E se exercitar nos
Gestos
Deus no coração


Geraldo Maia, poeta
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (131)


5º Domingo da Páscoa – 19/05/2019

Anúncio do Evangelho (Jo 13,31-33a.34-35)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Cleberson Evangelista:


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No princípio está o Amor

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,35)

A revelação bíblica afirma que Deus é o Criador e Senhor, que envolve a criação com seu Amor dinâmico e criativo. É um Deus ativo, providente, fonte de vida, que realiza obras admiráveis e santas. Em seu Amor Oblativo, Ele vem ao nosso encontro e nos introduz no movimento de sua própria Vida. Somos seres agraciados(as). Viemos de Deus e voltamos para Ele. “N’Ele vivemos, nos movemos e existimos”.

Aqui nos encontramos como que no centro do mistério único, que é o mistério do Deus Criador e Providente, do Deus que “dá a Vida”, que cuida do universo, do Deus de quem tudo procede e para quem tudo retorna; em síntese, trata-se do mistério do Amor em excesso de Deus. Portanto, no princípio está o Amor e de suas entranhas tudo procede; cada criatura é uma irradiação de Deus, uma faísca da divindade, um transbordamento do amor de Deus. Tudo fala de Deus, tudo revela o seu Amor. Tudo está “amortizado”; o Amor se faz presença, se faz visível, se manifesta em cada detalhe da criação. No Amor tudo entra em movimento expansivo e aberto.

Jesus, em sua vida, sempre deixou transparecer esse Amor do Pai. O amor de Jesus, extenso e profundo como o oceano, nunca teve fronteiras: envolveu a todos, acolheu a todos sem preconceito de raça, cultura, sexo e religião. O mandamento do amor, mais que um mandato é, antes de tudo, um dom e uma revelação de Jesus a seus discípulos.

O evangelho de hoje também faz parte do discurso de Jesus no evangelho de João, o último e mais extenso, depois do lava-pés. É um discurso que abarca cinco capítulos, e é uma verdadeira catequese à comunidade, resumindo os mais originais ensinamentos de Jesus. Estamos vivendo o tempo Pascal e, com a ressurreição, o amor rompido renasce; com a ressurreição, o amor autocentrado nos faz sair de nós mesmos; com a ressurreição, os olhares desconfiados se tornam acolhedores; com a ressurreição podemos aprender a viver a partir de Deus; com a ressurreição o amor oblativo é capaz de mover nossa vida.

Só quem assume a Vida de Deus como sua, será capaz de expandi-la em sua relação com os outros. A manifestação dessa Vida é o amor efetivo a todos os seres humanos. O distintivo do cristão é o amor fraterno. E o amor é discreto, humilde, conhecedor de sua insuficiência, não é arrogante, não se derrama em palavras, não faz alarde, não vai se proclamando pelas praças, prefere o silêncio, passa desapercebido, prefere as obras às palavras (“o amor deve-se por mais em obras que em palavras” – Santo Inácio). 

É o Amor nosso distintivo como seguidores(as) de Jesus? O sinal pelo qual os outros reconhecerão que somos discípulos(as) seus(suas) é a capacidade de amar-nos uns aos outros. Temos insistindo demasiado no acidental: no cumprimento de normas, na crença de algumas verdades e na celebração de alguns ritos. E esvaziamos o essencial que é o Amor. O Reino não se espalha por meio de armas, nem com a propaganda e nem com marketing algum; o Reino se espalha pelo contágio, porque o “Amor é contagioso”.

Porque fracassamos estrepitosamente naquilo que é a essência do Evangelho? Porque dizemos seguir Aquele que é a visibilização do Amor do Pai e o nosso estilo de vida destila doses mortais de indiferença, preconceito, intolerância, julgamento...? Vivemos tempos de ira e de ódio, expressões de um fundamentalismo e de um fanatismo que esvaziam toda possibilidade da vivência do amor oblativo. Estamos nos acostumando a ver o ódio e a vingança como um espetáculo a mais. As mediações digitais e as manipulações ideológicas não nos deixam perceber as verdadeiras consequências do ódio sobre as pessoas. É preciso resgatar a sacralidade do amor; afinal, ele é o motor de uma vida intensa. O amor ágape se expressa justamente como impulso para o diferente, abertura a quem pensa, sente e ama de maneira diferente.

O mandamento do amor continua sendo tão “novo” que está ainda por ser vivido em sua plenitude. Não se trata só de algo muito importante; trata-se do essencial. Sem amor, não há vida cristã. Nietzsche chegou a dizer: “só houve um cristão, e esse morreu na cruz”; precisamente porque ninguém foi capaz de amar como Ele amou. Essa é, com certeza, nossa raiz e nossa essência, nossa mais profunda força que, às vezes nos rompe por dentro, outras vezes nos faz subir ao céu. Podemos amar e ser amados. Vivemos desejando encontro, carinho, palavra de compreensão e reconhecimento. Dizemos de Deus, de quem somos imagem, que é amor. E quando olhamos ao redor e vemos os outros, sonhamos viver a partir da cordialidade de braços que se estreitam, olhos que se compreendem ou mãos que se enlaçam.


O amor tem muitos nomes, muitos rostos, muitas formas e expressões. Tem inumeráveis histórias. É amizade, fé, paixão, enamoramento; é fraterno, filial, paterno/materno; é compaixão pelas vidas feridas ou inspiração por viver intensamente. É encontro, quietude ou tormenta. É aceitação incondicional e, ao mesmo tempo, fé nas possibilidades do outro. Amor é saber compartilhar; e também saber pedir ajuda àqueles a quem confiamos. É desfrutar da presença e encurtar as distâncias. É celebrar juntos a vida e chorar juntos os golpes. Às vezes é sede, e outras vezes é manancial que sacia os desejos. É sinal que estamos vivos, e há ocasiões em que a vida é canto, e outras em que é luto.

Um mandamento novo: “que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei”. O “como eu vos amei” não é só comparativo, mas originante. Quer dizer: “que deveis amar-vos porque eu os amei, e tanto como eu os amei”. Jesus é o cume das possibilidades humanas. Amar é a única maneira de ser plenamente humano. Ele ativou até o limite a capacidade de amar, até amar como Deus ama.

Jesus não propõe um princípio teórico, e depois pede que todos o cumpramos. Ele começa por viver o amor e depois diz: “como eu vos amei”. Quem revela sua adesão a Jesus ficará capacitado para ser filho(a), para atuar como o Pai, para amar como Deus ama.

O amor que Jesus pede não é uma teoria, nem uma doutrina; manifesta-se na vida, em todos e em cada um dos aspectos da existência. A nova comunidade dos(as) seguidores(as) não se caracterizará por doutrinas, nem ritos, nem normas. O único distintivo deve ser o amor manifestado em suas ações.

O amor não é um sonho, é o impulso básico das pessoas criadas livres; livres para doar-se livremente, livres para participar da infinita abundância de vida com que Deus nos cumula. O amor é a vida mesma em seu estado de maturidade e plenitude.

Texto bíblico:  Jo 13,31-35

Na oração: Repassa sua história de amor. Que nomes são importantes em sua vida? De quê maneira você ajuda o seu ambiente a estar “carregado de amor”?

Em quê circunstância da vida você se revela como pessoa amável?

Quê passos você dá para quebrar o círculo de ódio e violência, que mata o amor na raiz? 

Pe. Adroaldo Palaoro sj

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