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domingo, 9 de fevereiro de 2020

CARTA A UMA LINDA PROFESSORA – Geraldo Maia


Linda professora, que posso dizer a não ser que durante mais de três décadas militei na esquerda, acreditei nas teses do socialismo comunismo, mas quando vi importantes escritores, poetas e artistas como Jorge Amado, Pablo Neruda, Juan Gelmon, Mario Benedetti, Maiakovski, Vargas Lhosa, só para citar alguns, abandonarem essas teses que ceifaram mais de cem milhões de vidas inocentes, diante da revelação dos crimes de Stalin, Mao, Even Hocha, Fidel, Santos, Ortega, Radic, Morales, Lula, Dilma, Dirceu, Palocci, etc, eu ainda, por um tempo, fiquei ao lado dessa esquerda que depois percebi melhor só visa o poder pelo poder. Por isso roubou tanto, mais de três trilhões de reais, para ficar ‘eternamente’.

Mas depois que foram também sendo revelados os crimes cometidos pela esquerda no Brasil, iguais ou ‘melhores’ que os da direita, me afastei da militância política, mesmo tendo contribuído para a criação do PV e logo depois da Rede, ainda teimosamente acreditando no discurso e algumas práticas da Marina Silva. Não adiantou nada. Marina vendeu a Rede a profissionais dessa esquerda escrota, sem amor, sem ética, sem valores, sem princípios, sem família, sem moral, sem verdade, sem honestidade, porque, segundo essa esquerda ensina, todas essas coisas terão a sua versão socialista substituindo essa cultura burguesa através do ‘realismo socialista’ imposto aos artistas de um modo geral para fazer propaganda do estado totalitário que, segundo as cartilhas socialistas, não precisa de Deus, afinal a cosmovisão de Deus precisa ser destruída para dar lugar ao domínio da cosmovisão marxista leninista.

Então, diante de tantos crimes cometidos por essa esquerda escrota vindo à tona, começa a ser criado nas pessoas um sentimento contra essa mesma esquerda que assalta os cofres públicos porque está apenas ‘desapropriando’ a grana burguesa roubada do povo que essa esquerda julga defender, mas na verdade trata-se de uma pseudo vanguarda que quer as benesses do poder em nome do povo.

Aí chega Bolsonaro, de extrema direita?

Ruim?

Quem acha?

Alguém fez melhor que ele? Em quase vinte anos no poder, ou mais? Como nunca deu certo em lugar nenhum, nem na França ateia, nem nos colonizadores Portugal, Espanha, Itália, Holanda e Reino Unido, em suas versões mais moderadas, e nem em ditaduras de extrema esquerda como Cuba, Coreia do Norte, China (uma espécie de ditadura capitalista de estado),e nem com a versão gramsciana de marxismo cultural a esquerda conseguiu algum sucesso.

Mas você me pergunta se eu apoio o atual governo tido como fascista.

Fascista? Mas o fascismo prega o estado totalitário, a censura da imprensa (marco regulatório do PT), da cultura com o aparelhamento de TODOS os órgãos de cultura do país, e das artes (realismo socialista imposto por Stálin) manipuladas no Brasil pela militância petista aparelhada).

O fascismo prega e pratica a perseguição e morte de minorias como LGBT, índios, ciganos, negros e dissidentes, mas isso tudo é praticado pelo socialismo, o que o “Bozo” pratica (vejo isso todo dia) é liberdade de imprensa e pensamento (os ataques contra o governo são livres e diários baseados em mentiras e verdades distorcidas), os gays são livres (o governo banca através do SUS cirurgias de redesignação sexual), os índios são livres e vivem em suas reservas por livre escolha, o estado que o “Bozo” quer é o estado mínimo, com os meios de produção na mão da iniciativa privada, que essa esquerda chama de empresários burgueses e quer eliminar essas pessoas em paredões e gulags.

Bem, eu sou contra as práticas e teses fracassadas dessa esquerda, tenham o nome que tiverem.

Mas como pode alguém inteligente e culto como você, uma professora, estar ao lado dessas teses fracassadas, obsoletas, e ainda por cima ir para um partido chamado Partido Socialismo e Liberdade. Mas onde existiu ou existe liberdade em um país socialista?

Socialismo, assim como o fascismo, prega o domínio total do estado sobre o indivíduo, considerado como um ‘zero a esquerda’. Onde o socialismo foi vitorioso? Na ex-URSS? Só quero um exemplo.

Sou contra o fracasso, a violência dessa esquerda, sua ignorância e estupidez, suas mentiras e desonestidade, seu cinismo e sua incompetência.

Quanto ao Bolsonaro, por enquanto nada tenho a dizer, observo o que fez no primeiro ano de governo, e acho açodado expor algum tipo de análise crítica. Só o cara ser honesto, hétero, crer em Deus, amar a pátria e a família, já é uma boa coisa para mim.

Mas, cara Virgínia, pensar diferente faz parte da vida, nada é igual no universo, nada, no máximo as coisas e pessoas podem ser diferentes, iguais nunca, para mim igualdade é o direito e o dever de cada um ser e estar diferente. Sob a eterna proteção de Deus. Por isso, professora, por favor não me queira mal pelo exposto, porque eu amo você sempre, por mais, e ainda bem, que seja diferente de mim.

Para começo de conversa você é mulher, uma linda, poderosa, carinhosa e maravilhosa mulher.

Beijo, carinho, te amo e fica com Deus.

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Geraldo Maia, poeta
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.


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PALAVRA DA SALVAÇÃO (169)


5º Domingo do Tempo Comum – 09/02/2020


Anúncio do Evangelho (Mt 5,13-16)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos, que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


https://liturgia.cancaonova.com/pb/

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Ligue o vídeo abaixo a acompanhe a reflexão do Padre Roger Araújo:

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Ilumina teu andar com a luz que há em ti mesmo


“Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,14)


 O evangelho deste domingo é continuação das bem-aventuranças; estamos no início do primeiro discurso de Jesus, conhecido como “Sermão da Montanha”. É, portanto, um texto ao qual Mateus quer dar suma importância. As duas imagens, luz e sal, tem forte impacto na vida do(a) seguidor(a) de Jesus, pois sua presença no mundo deveria fazer a diferença: iluminar e dar sabor.


A mensagem de hoje é muito simples e de grande valor; efetivamente, todo(a) aquele(a) que alcançou a iluminação, ilumina. Se uma vela está acesa, necessariamente tem de iluminar. Se colocamos sal no alimento, este necessariamente ficará temperado. O encontro com Aquele que é a Luz ativa a luz, talvez atrofiada, em nosso interior.


Quanto mais luz emergir de dentro, mais brilhante será o mundo em que vivemos. Sabemos que a luz, por si mesma, é contagiosa e expansiva; em oposição às trevas, a luz exalta o que belo e bom, na realidade e nas pessoas. Pelo fato de ser benfazeja e criadora, ela nos permite dizer com o poeta Thiago de Mello, no meio de impasses, ameaças e conflitos que pesam sobre nossa vida: “Faz escuro, mas eu canto”. 


Mas, quê queremos dizer quando aplicamos a uma pessoa humana o conceito de iluminada? Todos os grandes líderes espirituais falam de iluminação. Não é fácil entender o que isso significa. Na realidade, só pode compreender isso quem faz a experiência de estar iluminado. Quando as tradições religiosas falam de iluminação, elas se referem a uma pessoa que despertou, ou seja, que ativou todas as suas possibilidades de ser humano. Estamos, então, falando de uma pessoa plenamente humana: aquela que vive uma interioridade iluminada. 


Isto é precisamente o que está nos dizendo o evangelho de hoje. Dá por suposto que o caminho do seguimento de Jesus é um “caminho de humanização”, é uma experiência de iluminação; os discípulos, na convivência com o Iluminado, são despertados, mobilizam seus recursos iluminantes e tornam-se também iluminados; como consequência, são capazes de expandir suas luzes e mobilizar a luz escondida nos outros. É inútil tentar iluminar os outros, estando apagados, adormecidos, paralisados em sua obscura vida.


Devemos ter cuidado de iluminar, não deslumbrar. Como é sedutor estar no candeeiro! Há muitos que anseiam estar no candeeiro, mas não tem luz. Não se trata de “subir” ao candeeiro, mas possibilitar que a luz interior ilumine a partir dele.


O candeeiro não é para que os outros nos vejam; é para que a luz de nossas vidas ilumine melhor. O candeeiro não é para que estejamos mais alto, e sim, para que a luz interior se espalhe mais e desperte a “faísca de luz”, presente no coração dos outros. “Estar no candeeiro” significa estar a serviço do outro, pensando no bem dele e não em nossa vaidade; devemos oferecer o que o outro espera e necessita, não o que nós queremos lhe oferecer.


Muitas vezes, nós cristãos somos mais afeiçoados a deslumbrar que a iluminar; temos a tendência a ser presença iluminante desde que com isso se potencie nosso “ego”. Porque o ego necessita fazer-se notar e brilhar; não está disposto a consumir-se nem a passar desapercebido. Cegamos as pessoas com imposições excessivas e tornamos inútil a mensagem de Jesus para iluminar a vida real de cada dia. Quando tiramos alguém de sua obscuridade, devemos dosificar a luz para não causar dano a seus olhos.


O sal é um dos minerais mais simples (cloreto de sódio), mas também é um dos mais imprescindíveis para nossa alimentação. Mas tem muitas outras virtudes que podem nos ajudar a entender o relato deste domingo. No tempo de Jesus, eram usados blocos de sal para revestir por dentro os fornos de pão. Com isso, conseguia-se conservar o calor para o cozimento do pão. Este sal, com o tempo, perdia sua capacidade térmica e devia ser substituído. Os restos das placas retiradas eram utilizadas para compactar a terra dos caminhos. 


Agora podemos compreender a frase do evangelho: “se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens”. O sal não se torna insosso; o sal dos fornos sim, pode perder a qualidade de conservar o calor.  A expressão latina “evanuerit” significa desvirtuar-se, desvanecer-se. A tradução melhor seria assim: se o sal perde sua qualidade, como poderá recuperar-se. Esse sal “queimado” só serve para ser jogado nos caminhos e ser pisado pelas pessoas.


Há um aspecto no qual sal e luz coincidem: não tem utilidade por si mesmos. Se o sal permanece isolado em um recipiente, não serve para nada; só quando entra em contato e se dissolve nos alimentos pode dar sabor ao que comemos; para salgar, o sal precisa desfazer-se, deixar de ser o que era.  Segundo os entendidos na arte culinária, não é o sal de “dá sabor”; ele realça o sabor de cada alimento. O humilde sal é feito para os outros, para que os outros sejam eles mesmos. O mesmo acontece com a luz; se ela permanece fechada e oculta, não pode iluminar ninguém. Só quando está em meio às trevas pode iluminar e orientar. A luz não é para ser vista, caso contrário, cega. A lâmpada ou a vela produz luz, mas o azeite ou a cera se consomem. Imagens que revelam que nossa existência só terá sentido na medido em que nos consumimos em benefício dos outros. Uma comunidade cristã isolada do mundo não pode ser sal e nem luz.


Ser sal e luz do mundo nos move a encontrar outras vidas, outras histórias, outras situações…; escutar outros relatos que trazem muita luz para a nossa própria vida. Olhar a partir de um horizonte mais amplo, ajuda a relativizar nossos próprios absolutos e deixar-nos impactar pelos valores presentes no outro. Escutar de tal maneira que o que ouvimos penetra na nossa própria vida; isso significa implicar-nos afetivamente, relacionar-nos com pessoas, não com etiquetas. Acolher na nossa própria vida outras vidas; abrir espaços para que as histórias dos excluídos e diferentes encontrem morada nas nossas entranhas, na nossa memória e no nosso coração.


Ser sal e luz é dizer sim à vida. Experimentamos isso quando nos submergimos na vida, quando crescemos nela, buscando, saboreando até o final o que ela nos oferece em cada circunstância. Nunca alheios à vida, nada desprezando, nada lamentando.


Ser sal e luz não é um programa. É uma experiência de vida, um modo de estar no mundo a partir da confiança numa promessa. Enraizados na pessoa e promessa de Jesus, o chamado a ser sal e luz nos propõe um estilo próprio de vida aberto e expansivo: uma maneira alegre, pacífica, compassiva, responsável e generosa de se fazer presente neste mundo onde são centrais o cuidado de todo o vivente e o trabalho em favor da justiça. O apelo de Jesus nos move a transformar o que, com frequência, é terra insípida ou deserto inóspito em um mundo mais humano, com sabor de lar humanizador. 


Texto bíblico:  Mt 5,13-16 

Na oração: “Deus é Luz, e n’Ele não há treva alguma” (1Jo 1,5). É preciso buscar esta faísca de luz dentro de nós, no nosso eu mais profundo. Talvez por isto alguém escreveu: no ser humano há mais coisas dignas de admiração que de desprezo.

- Sua relação com os outros: deixa transparecer a luz da compaixão, da acolhida ao diferente, do cuidado...?


- Qual é o sabor que sua presença revela na realidade onde você vive? Faz diferença? Inspira?...


Pe. Adroaldo Palaroro sj

https://centroloyola.org.br/revista/outras-palavras/espiritualidade/1956-ilumina-teu-andar-com-a-luz-que-ha-em-ti-mesmo


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