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sábado, 21 de abril de 2018

A ASCENDÊNCIA DE MOISÉS – Jorge Luís Santos


A ascendência de Moisés

A Ciência Jurídica dar primazia a apuração da verdade real, definindo a confissão como a rainha das provas. Todos os fatos polêmicos, portanto, sejam de que natureza for, passam a ser verdades irrefutáveis, quando confessados por quem e como os praticou, não pairando sobre eles dúvidas nenhuma, no mundo dinâmico e controvertido do direito.


A ascendência de Moisés tem duas fontes: uma canônica e outra histórica, mas só tem uma versão. Tanto uma quanto a outra afirma que ele foi adotado pela filha do Faraó, depois que o encontraram dentro de um cesto, nas margens do rio Nilo.

Por que o bebê foi colocado naquele lugar? A pedido de quem o puseram no caminho da filha do faraó? Por que esta se interessou tanto por aquele menino? Afinal de contas, aquele bebe era ou não filho dela?

A presente versão pode ser considerada verossímil, apesar das interrogações sem respostas, até que apareça uma outra que a contradiga, mas com o condão irrefutável da rainha das prova. Lendo o livro O FARAÓ MERNEFTÁ, de autoria de J.W.ROCHESTER, psicografado por VERA KTYZHANOVSKAIA, deparei-me com uma informação contraditória.

Nele, a filha do faraó chamada Termutis confessa que Moisés era filho dela, com o plebeu chamado Itamar, cujo preconceito de casta tornara impossível aquela união. A irmã de Itamar que também ganhara um filho, foi quem amamentou Moisés, até o dia em que ele foi colocado naquele cesto, a pedido da filha do faraó, para voltar a tê-lo nos seus braços amorosos de mãe, embora como se um filho adotivo fosse.

A todas aquelas perguntas a versão do livro dá respostas convincentes. A confissão, o enredo e o desfecho coerente daquela trama, torna-a verdadeira e irrefutável, superando em todas as expectativas o grau de veracidade que possa ser atribuída à versão anterior.

Sob a ótica jurídica, já existe na Alta Corte jurisprudência absorvendo o réu declarado inocente pela própria vítima fatal, com fundamento na paranormalidade do ser, como aquela confissão de Termutis, repercutindo positivamente no mundo dinâmico, controvertido, mas justo e pacificador da Ciência do Direito.

Jorge Luís Santos
Advogado e cronista. Itabuna – Bahia.
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TÁBUA DE ESMERALDAS


A Tábua de Esmeraldas, conhecida como Smaragdine segundo relatos antigos, supostamente foi encontrada em Hebron, na Cisjordânia. Ela expressa, em poucas frases, a essência dos princípios da sabedoria, e revela simplesmente que existe um mundo espiritual que reflete tudo o que existe no mundo material ou vice-versa já que tudo é uma coisa só. Para quem tenta decifrá-la apenas com os olhos corporais, os seus preceitos não sugerem nada novo ou extraordinário, porque ela começa simplesmente afirmando que sua mensagem não fala de coisas fictícias, mas daquilo que é verdadeiro e seguro.

A grande verdade contida na Tábua de Esmeraldas é que tudo se manifesta em diversos planos de consciência ao mesmo tempo. Isso pode ser atribuído tanto à natureza do universo em sua essência, quanto à nossa vida pessoal. Assim como a terra e o universo visível é uma manifestação limitada da natureza de Deus, também somos uma pequena centelha da luz divina em expressão. Tudo o que está acima nos mundos superiores, é como o que vemos aqui neste mundo. Tudo é uma coisa só. Uma dimensão refletindo na outra e se relacionando mutuamente.

Em nós ocorre processo idêntico! Refletimos em nosso mundo real tudo aquilo que vem do mais íntimo do nosso ser. Como todas as coisas derivam-se da Coisa Única,  pela vontade Daquele que as criou, pelo poder de sua palavra, assim também tudo deve a sua existência a esta Unicidade,  pela ordem natural criadora. Esta passagem nos faz refletir sobre a grande verdade de que tudo o que vemos, tocamos e sentimos é uma manifestação do Poder Criador Universal que modestamente costumamos chamar de Deus. DEUS é Plenitude, Grandiosidade, Onipresença e Onipotência. É o Todo presente em tudo.

Os universos e tudo o que neles há, são partes integrantes desse poder sem limites. A compreensão desta Verdade Absoluta simboliza a porta de entrada ao Templo de Luz. Sem o reconhecimento de que tudo é manifestação do Único, não se pode abrir as portas do Santuário. Esta é a Chave; a Senha. Exercer com maestria o poder da vontade inabalável é a chave utilizada para abrir as portas do seu templo interior onde está resguardado dos olhos do mundo o seu tesouro oculto. 

As verdades contidas na Tábua de Esmeraldas: É verdade, certo e muito verdadeiro: O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está em baixo, para realizar os milagres de uma única coisa. Assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação. O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua ama. O Pai de todo Telesma do mundo está nisto. *Telesma: O Fogo que traz a vida. A Perfeição. Seu poder é pleno, se é convertido em Terra. Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia. Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores. Desse modo obterás a glória do mundo. E se afastarão de ti todas as trevas.

Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido. Esta é a fonte das admiráveis adaptações e seu mecanismo é este aqui indicado. A cooperação do Sol – a Obra Solar - está realizada e aperfeiçoada. Inúmeras adaptações do texto serão encontrada, Porém a verdade é uma só, a verdade está aqui. Eis a verdade. Somos 3 Corpos em Um: O Corpo Físico, O Corpo Astral e O Corpo Divino.

"Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail..com


(Autor não mencionado)


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O DESENCANTO DOS PETISTAS DE RAIZ – Antonio Carlos Prado


Intelectuais e militantes éticos que fundaram o PT, e depois o deixaram – discordando da política de cooptação, corrupção e autoritarismo –, olham agora para a legenda e enxergam nela um arremedo de partido
Antonio Calos Prado
13/04/18 

"O PT é que saiu de mim”…  Assim, solta, essa frase não passa toda a força do sentido que tem. Mas vamos guardá-la, ela voltará ao final desse texto, e aí soará lógica e potente. Por enquanto, fica anônima…

O PT foi fundado em São Paulo no dia 10 de fevereiro de 1980, no tradicional colégio católico Sion. Era ainda o tempo obscuro da ditadura militar, mas uma “lenta, gradual e segura” abertura política, como a definia o general Golbery do Couto e Silva, já se fazia ver no horizonte: um ano antes, a Lei da Anistia trouxera de volta ao Brasil muitos intelectuais que, asilados ou exilados, viveram a maior parte dos anos de chumbo no exterior. Retornavam, também, guerrilheiros que haviam sido banidos. Mais: sob as bênçãos da ala progressista da Igreja Católica, que seguia a doutrina da Teologia da Libertação, estourava no ABC paulista um novo sindicalismo a casar reivindicações salariais com palavras de ordem pela democracia. O seu líder máximo chamava-se Luiz Inácio da Silva. Isso mesmo, o Lula, mas nessa época o apelido servia apenas no futebol, no sindicato e no bar – não tinha sido, ainda, incorporado ao nome.

Pois bem, o fato é que a conjução de todas essas correntes sociais, compostas por uma alta “intelectualidade orgânica”, por ex-guerrilheiros e ex-presos políticos, pela Igreja e por sindicalistas, formaram a argamassa que trouxe à luz o Partido dos Trabalhadores. Programaticamente, ele nasce seguindo princípios do cientista político italiano Antonio Gramsci, na busca de uma “justa social-democracia” – a estratégia, acreditava-se, era “interpretar a luta política como forma de luta pela hegemonia ideológica”. Podemos concordar ou discordar dessa metodologia, mas é inegável que, ancorado em sérios pensadores e sérios militantes, o PT mostrava uma concreta proposta de melhorar o País. O seu principal lema era um tsunami na velha politicagem: ética! Para se ter uma ideia, a ficha número 1 do partido traz as assinaturas de dois intelectuais eternamente insubstituíveis: Antonio Candido, autor do inigualável clássico “Formação da Literatura Brasileira”, e Sérgio Buarque de Hollanda, que mergulhou na alma dos brasileiros com “Raízes do Brasil”.

O presente, muitas vezes, não faz ponte com o passado. É esse o caso. Hoje, Lula está preso devido ao “petrolão”, e o partido… bem, o partido é um arremedo de partido, “página suja da história que precisa ser virada de uma vez por todas”, na opinião do jurista Hélio Bicudo, notável fundador da legenda e que há muito tempo saiu dela. Assim como ele, outros intelectuais, que abandonaram a sigla na medida em que ela traía os seus princípios, olham-na agora, à distância e pelo retrovisor da história, e respiram: ufa, que alívio, olha a lama da qual me livrei. “O partido acabou. Há tempo não me representa mais. Restam nele resquícios religiosos”, diz o economista e jornalista Paulo de Tarso Venceslau, que foi um dos mais respeitados nomes da guerrilha brasileira. “O PT virou seita, não importam os fatos, não importa a verdade”.

O que aconteceu com Lula? O que aconteceu com o PT? Claro que toda formação partidária almeja o poder, e o tal poder chegou em 2003 com a posse de Lula na Presidência da República. Abraham Lincoln ensinou: “para descobrir o caráter de um homem, dê poder a ele”. Pois é, o Brasil descobriu o caráter de Lula. Ele mudou? Vai ver que sempre foi assim, e no Lula das greves da Vila Euclides talvez já habitasse o Lula do “mensalão” e do “petrolão”… mas voltemos à Presidência do Brasil.
“Atualmente, quando olho a imagem de Lula, fica claro que ele não tem caráter, foi um oportunista como presidente”, afirma Francisco de Oliveira, um dos mais conceituados sociólogos da América Latina. Ele diz que “Lula é mais esperto do que se imagina”. Sem dúvida. Jogando com essa esperteza ele tentou nos iludir falando em coalizões partidárias mas exercendo, na verdade, a cooptação política. Se é fato, como escreveu Marshall Berman, a partir de uma frase de Karl Marx, que “tudo que é sólido desmancha no ar”, o antes sólido PT desmanchou no chão! Coalizões partidárias integram o pacto democrático, mas não têm nada a ver com a cooptação que conduz ao aparelhamento do Estado e à corrupção.

Em 2005, a diáspora já em andamento dos condestáveis que fundaram o PT foi acelerada com o escândalo do “mensalão”. “O PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder”, diz Carlos Alberto Libânio Christo, o dominicano Frei Beto. Finalmente, voltemos à frase do início desse texto, e agora sim, exposto o real perfil do PT, ela faz todo sentido. Seu dono foi Plínio de Arruda Sampaio (falecido em 2014), um dos mais éticos homens públicos do Brasil. Fundou o partido e vinha de todas as correntes: mantinha laços com a Igreja Católica, com o movimento sindical, com a luta contra a ditadura e com o estamento intelectual. Quando, ao desfiliar-se, Plínio disse que “o PT é que saiu de mim”, deu uma clara lição: ele permaneceria com a moral e a ética que sempre teve, o PT é que fosse andar. Então é isso, quem é bom não muda! Foi o PT que mudou e perdeu tanta gente de primeira qualidade nesse País.


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