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segunda-feira, 25 de junho de 2018

CINQUENTÕES E SESSENTÕES


Cinquentões e sessentões


Nós estamos indo embora...

A geração de ouro (50/60) está indo. Agora quem vai nos substituir?

Sem Amor ao próximo...

Nós, que temos mais de 50/60 anos, somos uma geração única e mais compreensiva, porque somos a última geração que ouviu seus pais, avós e tios.

Também respeitamos os pais, professores, pessoas mais velhas e amávamos de verdade.

Nós tínhamos apelidos e não era desrespeito, as músicas que ouvíamos não agrediam.

Nós atravessamos a era do rock, woodstok, hippies, viagem a lua, muitas guerras que não eram nossas, crescemos protegidos pelos militares, estudamos em escolas e faculdades públicas, não havia plano de saúde, brincávamos o carnaval nos clubes, havia baile de debutantes, tínhamos dois meses de férias, namorávamos e muitos de nós casamos com a primeira namorada e estamos casados até hoje.

Somos uma edição LIMITADA!

A cada dia somos menos.

Aproveite enquanto você pode.

Aprenda conosco.

E tenha em mente que, tivemos muito trabalho para construir um MUNDO que hoje está sendo destruído por falta do que no passado tínhamos em abundância: AMOR AO PRÓXIMO.

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(Recebi via WhatsApp, sem menção de autoria)



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UM MISTO DE CULTURA EM 'OS SAMURAIS ALAGOANOS E A BAMBINA PAULISTA - MIGRAR É PRECISO'


06 Junho 2018

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Maria Gravina Ogata nasceu na cidade de Polignano a Mare, na região da Puglia, no sul da Itália. Com dois anos de idade imigrou para o Brasil, alguns anos após o término da Segunda Guerra Mundial. É brasileira naturalizada, Geógrafa e Advogada, com Mestrado em Geografia Física e Doutorado em Administração Pública.
Até 2008 atuou no setor público como funcionária de carreira do governo do estado da Bahia nas áreas de planejamento territorial, recursos naturais, recursos hídricos e meio ambiente, sempre publicando muitos trabalhos técnicos. Atualmente mora em Cotia, São Paulo, Brasil e atua profissionalmente como consultora jurídica na área de meio ambiente. Contudo, entrou no mundo literário ao publicar o livro infantil “O amiguinho inesperado”, em 2016, publicado pela Reino Editorial. “Os samurais Alagoanos e a Bambina Paulista: Migrar é Preciso...”, que acabou de publicar, é a sua segunda aventura literária.

“Esses grandes movimentos nem sempre são direcionados por desejos pessoais, mas principalmente em razão dos fatores históricos que induzem as pessoas a saírem de seus lugares em busca de melhores oportunidades de vida.”

Boa leitura!


Escritora Maria Gravina Ogata, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a escrever “Os Samurais Alagoanos e a Bambina Paulista - Migrar é Preciso”?

Maria Ogata - A ideia de escrever o livro surgiu a partir do momento em que me interessei pela elaboração da árvore genealógica de minha família. Verifiquei que demorou muito tempo para que houvesse uma efetiva integração dos nossos imigrantes italianos e japoneses com os brasileiros. Isso me intrigou, pois o Brasil é conhecido pela facilidade com que se dá a miscigenação entre os povos que buscaram seu território para viver. No caso da minha família italiana, levou três gerações, e no caso da família japonesa (do meu marido) levou cinco gerações. Considero que houve muito tempo para se efetivar a mistura de raças. Comecei a buscar as razões dessa demora, e nessa busca fui me apaixonando pela temática.


Apresente-nos a obra.

Maria Ogata - A história migratória da minha família é utilizada como matéria-prima para fazer algumas considerações sobre o movimento dos imigrantes italianos e japoneses para o Brasil.  Eu incluí essa história no contexto da história do Brasil e dos três principais movimentos migratórios mundiais. Por esta razão, ainda que retrate a vida dos meus familiares, ela é a história de todos, pois relata mais de um século de eventos que impactaram, e ainda impactam, nossas vidas. De forma resumida, o livro trata da importância da família, do casamento e da educação como forma de ascensão social do imigrante; da importância do Brasil em transformar todos em brasileiros; e do poder das crianças, dentre muitos outros aspectos emocionais que povoam a mente dos que imigram. O livro trata, também, da importância dos Estados nacionais e das suas fronteiras.


Quem são os “Samurais Alagoanos”?

Maria Ogata - São meus netos Leonardo e Tiago que moram em Maceió, na Região Nordeste do Brasil. São brasileiros nordestinos, descendentes de italianos e de japoneses descendentes de samurais. Esse título chama a atenção para a miscigenação de raças e culturas em terras do Novo Mundo (América). Considerando que a minha família tem imigrantes italianos (eu sou a própria imigrante que veio da Região da Puglia, no sul da Itália, para o Brasil, com dois anos de idade), houve a necessidade de colocar algo que revelasse essa origem. Por causa disso, incluí no título do livro a expressão “...a bambina paulista”, que se refere à minha neta Ayumi.


Quais os principais desafios para escrita desta obra literária?

Maria Ogata - O maior desafio é escrever o livro ao mesmo tempo em que realizo minhas atividades profissionais, além das minhas atividades pessoais, de rotina. É preciso ter muita disciplina para escrever nessas condições, pois não sou escritora em tempo integral. Além disso, o tema migratório foi, é, e sempre será um tema relevante para a história da humanidade. No entanto, há muita dificuldade em se interpretar a história, quando os fatos se encontram em curso. É difícil interpretar o que se encontra em movimento. Esse é um grande desafio para qualquer escritor(a)!


O que mais chamou sua atenção enquanto redigia “Os Samurais Alagoanos e a Bambina Paulista - Migrar é Preciso”?

Maria Ogata - O conteúdo do meu livro passou a tomar outro rumo no momento em que vi a foto de um menino morto em uma das praias do Mar Mediterrâneo, de cabeça para baixo, durante a travessia migratória malsucedida. O mundo inteiro se sensibilizou com aquela foto. Percebi o quanto o mundo é cruel com os imigrantes e passei a contemplar a minha história sob o efeito dos grandes movimentos populacionais de massa. Esses grandes movimentos nem sempre são direcionados por desejos pessoais, mas principalmente em razão dos fatores históricos que induzem as pessoas a saírem de seus lugares em busca de melhores oportunidades de vida.


A quem indica leitura?

Maria Ogata - Os destinatários dessa obra são todas as pessoas que gostam de ler. O livro adota uma linguagem muito simples e de fácil compreensão, mesmo tratando de tema tão complexo, que é a questão migratória. Vale ressaltar que, pelo fato de o Brasil ser um país multirracial, a questão migratória diz respeito a todos. Contudo, considero que meu livro atinge profundamente as pessoas da minha geração (tenho 67 anos).


Onde podemos comprar seu livro?

a) por meio do meu e-mail pessoal: mgoconsult@yahoo.com.br (cujo livro poderá ser enviado autografado, caso a pessoa tenha interesse);
b) pelo site da Scortecci Editora:

Quais os seus principais objetivos como escritora?

Maria Ogata - Expor ideias e fatos para que haja reflexão sobre os temas que merecem ser debatidos. A questão migratória vem revelando um descaso com as pessoas que migram sobre forte pressão política, econômica e outras motivações, transformando todos em refugiados. É preciso dar humanidade a esse tema. No meu caso pessoal, considero de extrema relevância expor a saga dos antepassados em busca de uma vida melhor e explicitar a importância da imigração na vida das pessoas e da humanidade.


Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Maria Gravina Ogata. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Maria Ogata - Convido os leitores a conhecerem meu livro “Os samurais Alagoanos e a Bambina Paulista: Migrar é Preciso…”,pois é muito gratificante que o trabalho seja conhecido e que as pessoas interessadas possam ter contato com o conteúdo que povoou minha mente durante 12 anos de estudo e pesquisa. Além disso, é importante mostrar que o mundo capitalista vive dos fluxos migratórios. Contudo, o fenômeno migratório vem sendo associado ao desemprego, à criminalidade, à insegurança nacional, ao terrorismo e a muitos outros problemas que têm feito as portas se fecharem para quem precisa ou quer imigrar. Os movimentos populacionais trazem importantes mudanças de ordem cultural, econômica e social, tanto para os imigrantes como para os países que os recebem.

Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura


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ABL: ACADÊMICO E PROFESSOR DOMÍCIO PROENÇA FILHO ENCERRA NA ABL A QUARTA E ÚLTIMA CONFERÊNCIA DO CICLO ‘A CULTURA EM PROCESSO’



A Academia Brasileira de Letras prossegue com seu ciclo de conferências do mês de junho de 2018, intitulado A cultura em processo, sob coordenação do Acadêmico e romancista Antônio Torres (excepcionalmente), com palestra do Acadêmico e professor Domício Proença Filho. O tema escolhido foi Língua, cultura e identidade nacional. O evento está programado para quinta-feira, dia 28 de junho, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2018.

Serão fornecidos certificados de frequência.

O CONFERENCISTA

Quinto ocupante da Cadeira 28 da Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 23 de março de 2006, na sucessão do Acadêmico Oscar Dias Corrêa, e recebido em 28 de julho de 2006 pelo Acadêmico Evanildo Bechara, Domicio Proença Filho nasceu no Rio de Janeiro, onde atua como professor universitário de literatura brasileira e de língua portuguesa, ficcionista, crítico literário, roteirista e promotor cultural.

Domício Proença Filho é Doutor em Letras e Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense. Foi Professor Titular Convidado (Gastprofessor) da Universidade de Colônia e do Institut für Romanische Philologie der Rheinisch Westf. Technischen Hocheschule Aachen. Proferiu conferências em universidades de Munique, Tübingen, Paris, Clermont Ferrand, Roma, Bolonha, Pádua, Madrid, Salamanca, Belgrado, Novi Saád, Lisboa, Coimbra, Porto, Minnesota. Também é membro da Academia Brasileira de Filologia e do PEN Clube do Brasil.

Autor de mais de sessenta livros publicados e de dezenas de ensaios em periódicos brasileiros e estrangeiros, Domício Proença Filho escreveu, entre eles, Estilos de época na literatura, A linguagem literária, Capitu-memórias póstumas, romance. São também de sua autoria os verbetes e monografias das áreas de Teoria Literária e de Literatura Brasileira da Enciclopédia Século XX, lançada em 1971, da qual foi diretor de texto, e de cinco capítulos da História da Literatura Brasileira, Lisboa, 1999, dirigida por Sílvio Castro. Idealizou, entre centenas de projetos culturais, a Bienal Nestlé de Literatura Brasileira.

Nos espaços do poema, publicou O cerco agreste, em 1979, uma proposta poética fundada em reflexões existenciais. De 1984, é Dionísio esfacelado (Quilombo dos Palmares), um recuperar poético da presença do negro na formação do Brasil, centrado na saga da luta pela liberdade. Liberdade é também a tônica que perpassa o Oratório dos Inconfidentes – faces do verbo, com duas edições em 1989, nuclearizado na Conjuração Mineira, episódio da história do Brasil, ilustrado com esboços de Portinari integrados a poemas, prosa poética, textos históricos. Os dois últimos e também o seu romance, têm sido objeto de teses universitárias e vários de seus textos integram antologias publicadas no Brasil e no exterior. A prosa poética está presente no premiado Breves estórias de Vera Cruz das Almas, 1991. O risco do jogo, lançado recentemente, retoma, ampliadas, as perquirições existenciais e o acurado trabalho na linguagem.

A crítica especializada destaca na sua poesia a dramatização lírico-épica da História, o empenho político e social, a alta capacidade de construção do texto, o acurado apuro da linguagem, a alta qualidade literária.

Em seu último livro, intitulado Muitas línguas, uma língua, Domício Proença Filho faz um passeio pela História do Brasil, em que perpassa fatos históricos e sociais, e aponta as transições pelas quais a língua passou ao longo dos séculos. A partir de textos representativos e com linguagem acessível, o autor lança, também, um olhar agudo sobre a utilização do português brasileiro nas múltiplas circunstâncias do convívio comunitário: a relação entre a fala e a situação de fala; o papel da escola; as variantes geográficas, sociais e expressivas; a língua e a inclusão social. Num texto claro e objetivo, o acadêmico reúne teoria e sua experiência eminentemente no ensino da língua, para trazer ao leitor abordagens que integram cultura, literatura e a história da língua portuguesa no Brasil.

21/06/2018


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