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domingo, 31 de março de 2019

O DOSSIÊ DE AMÉLIA TAVARES AMADO – Antonio Baracho


Amélia Amado era uma mulher querida e admirada pela sociedade ilheense e itabunense. Torna-se uma figura proeminente no espaço público, estando seu nome listado como sócia benemérita de várias entidades itabunenses. Como base do seu plano firmado nos princípios da educação familiar, tomando-se um dos grandes ícones da educação regional. Assim é que revendo o dossiê do seu arquivo, extraio algumas palavras que poderiam envaidecer a mulher modesta que ela foi, mas que aí estão para nos orgulhar profundamente.

D. Amélia nasceu em 15 de julho de 1903, em Ilhéus-Ba, descendente de tradicional família ilheense, "os Berberts", filha de Manoel Misael da Silva Tavares e de D. Eufrosina Berbert Tavares. Faleceu em 27 de agosto de 1983, aos 80 anos de idade, em Itabuna. Passou toda a infância e adolescência na cidade de Ilhéus. Jovem irrequieta muito religiosa, Amélia Amado chegou a Itabuna no início do século 20, após ter se casado, com a idade de 17 anos, com Gileno Amado, advogado do seu pai, e teve duas filhas: Maria Célia e Neda Silva. O Dr. Gileno Amado já nessa época participava ativamente das atividades políticas partidárias da jovem Itabuna.

Dedicou-se por cerca de 20 anos às atividades de esposa, acompanhando Dr. Gileno na sua carreira política, e de mãe, dedicando-se à criação esmerada de suas filhas. Após o casamento de Célia e Neda, suas filhas, e estando Dr. Gileno afastado da política, resolve dedicar a herança recebida por ocasião do falecimento do pai para as obras sociais. Em 1946 apresenta à sociedade itabunense seu projeto de assistência social. Após o ano de 1946 realiza o seu sonho instalando solenemente a Ação Fraternal de Itabuna (AFI), como uma instituição de ensino em 13 de julho de 1947 localizado na sua própria residência em frente à praça Olinto Leoni. Inicialmente a instituição oferecia cursos profissionais: datilografia, costureira e tinha um curso de alfabetização chamado LEC (Ler, Escrever e Contar). Com o passar do tempo aumentou a demanda e a casa que ela ofereceu (sua residência) foi deixada só mesmo para a Ação Fraternal. E a partir de então foi morar na fazenda "Estância Santo Antônio", adquirida por seu esposo, localizada na BR-415 entre Ilhéus e Itabuna.

Posteriormente, foi adquirido o terreno que hoje funciona na Av. Amélia Amado, o colégio Ação Fraternal de Itabuna-AFI. Iniciando a construção em 1952.

Suas obras de caráter social foram reconhecidas, inclusive pelo Papa Pio XII, que em 1956 lhe concedeu o Grau de Comendador do Vaticano, recebendo a comenda pelas mãos do então bispo de Ilhéus, Dom Rezende Costa, em 15 de julho de 1957, exatamente no dia do seu aniversário. Recebeu também o título de Cidadã Itabunense, concedido pela Câmara de Vereadores de Itabuna.

Destacam-se dentre as suas obras:
A criação do Colégio Ação Fraternal, iniciada em 1947 e concluída com a sagração da capela em 13 de julho de 1959;

A fundação da Faculdade de Filosofia em 1960;

A instalação do primário e ginásio de Jussari e da Matriz Nossa Senhora das Candeias;

E o Teatro Estudantil de Itabuna.

D. Amélia Amado e o marido Gileno Amado foram inovadores em reforma agrária na região cacaueira, pois costumavam indenizar e ou aposentar seus funcionários comprando para eles pequenas roças, muito antes das leis trabalhistas existirem. Os seus agregados eram tratados como se da família fossem, pois eram ajudados para que pudessem viver com suas próprias rendas. Eram mantidos ainda serviços de atendimento médico, cestas básicas e de tecido para as famílias dos trabalhadores, bem como seguros de acidentes, escolas e bolsas de estudo.

Esta história consagradora provinda do nosso mundo intelectual e de uma mulher que revolucionou o seu tempo, ficará gravada no meu coração que jamais se cansará de reverenciar a memória de AMÉLIA AMADO.
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Antônio Baracho, Poeta Psicólogo.
Pertence a Academia Grapiúna de Letras- AGRAL e ao Clube do Poeta Sul da Bahia.
Tel. (73) 98801-1224 / 99102-7937

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (124)


4º Domingo da Quaresma – 31/03/2019

 Anúncio do Evangelho (Lc 15,1-3.11-32)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Então Jesus contou-lhes esta parábola:
“Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.
Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.
Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.
Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos.
O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.
O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.
Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Frei Gustavo Medella:

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Descobrir o Pai que nos habita
o retorno do filho pródigo – Murilo

“Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão.
 Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos” (Lc 15,20). 

As parábolas mais belas que saíram dos lábios de Jesus, elaboradas nas profundezas de seu coração, foram aquelas nas quais deixou transparecer a todos a incrível misericórdia de Deus. A mais cativante, com certeza, é a parábola do “pai misericordioso”. Aqueles que a escutaram pela primeira vez certamente ficaram surpreendidos. Não era isto o que eles ouviam dos escribas ou dos sacerdotes. A insistência “moralista” no pecado nos fez interpretar esta parábola de uma maneira unilateral. É incorreto chamar o relato de “parábola do filho pródigo”. Ela não é dirigida aos pecadores para que se arrependam, mas aos fariseus e mestres da lei para que mudem sua ideia e imagem de Deus. 

Nesta parábola, Jesus justifica sua postura para com os publicanos e pecadores, desvelando quem é o Deus de misericórdia para todos nós, sejamos “bons” e “maus”. Na maneira de atuar com os dois filhos, o pai da parábola torna visível o rosto do Deus compassivo revelado por Jesus e não o “deus legalista do templo”; a maneira como Jesus acolhe os pecadores e excluídos, torna presente o Deus que ama a todos indistintamente. 

Jesus não fala nunca de um Deus indiferente ou distante, esquecido de suas criaturas ou interessado por sua honra, sua glória ou seus direitos.  No centro de sua experiência religiosa não nos encontramos com um Deus “legislador” procurando governar o mundo por meio de leis, nem com um Deus “justiceiro”, irritado ou irado diante dos pecados dos seus filhos e filhas. Para Jesus, Deus é compaixão, e a compaixão é o modo de ser de Deus, sua primeira reação diante de suas criaturas, sua maneira de ver a vida e de olhar às pessoas, o que move e dirige toda sua atuação. Deus sente para com suas criaturas o que uma mãe sente para com o filho que leva em seu ventre. Deus nos carrega em suas entranhas misericordiosas.

A compreensão da “parábola do amor paterno-materno de Deus” pode ser para nós uma verdadeira iluminação. Ela revela não só o “coração compassivo” de Deus, mas também vemos, refletida nela, de maneira sublime, tudo o que devemos aprender sobre o “falso eu” e o nosso verdadeiro ser. Os três personagens representam diferentes aspectos de nós mesmos.

A “parábola dos dois filhos” trata de uma denúncia implacável contra a espiritualidade farisaica. Em primeiro lugar, tanto o filho mais novo como o primogênito habitam em cada um de nós; podemos encontrar em cada um deles, elementos que nos levem a identificar-nos com ambos.

Temos considerado a parábola como dirigida aos “filhos pródigos”. O “filho mais novo” simboliza nossa natureza egocêntrica e narcisista que nos domina enquanto não descubramos o que realmente somos. Dá por suposto que todos temos muito do filho mais novo, que é aquele que rompeu a aliança e se distanciou da casa paterna. A verdade é que a atitude do filho mais velho também deveria ser objeto de uma atenção mais cuidada. É relativamente fácil sentir-nos “filho pródigo”. É fácil tomar consciência de ter di-lapidado um capital que nos foi entregue sem ter merecido. É fácil cair na conta que temos rompido com o pai e com a casa, que temos desejado que ele estivesse morto para herdar seus bens, temos renegado o entorno no qual se desenvolveu nossa existência. Tudo para potenciar nosso egoísmo, para satisfazer nosso hedonismo à custa daquilo que nos foi entregue com amor. O fracasso do filho mais novo e a desesperada situação à qual chegou, facilita a tomada de consciência de que tomou o caminho equivocado. 

É difícil descobrir em nós o “irmão mais velho” e, no entanto, todos temos mais traços deste que do filho mais moço. Com frequência, não entendemos o perdão do Pai para com os pródigos, nos irrita que outra pessoa que se comportou mal seja tão querida como nós; não percebemos que rejeitar o irmão é rejeitar o Pai; caímos facilmente na queixa que envenena e no julgamento que mata. Não só não nos sentimos identificados com o Pai, mas buscamos, por todos os meios, que o Pai se identifique conosco; coisa que não se passa na cabeça do irmão mais novo. A partir desta perspectiva, tampouco descobrimos que precisamos de conversão e temos de regressar ao Pai. Por isso, a parábola deixa em um suspense inquietante a resposta do irmão maior; não nos diz se ele acolheu o apelo do Pai e se incorporou à festa. Isto nos faz pensar. 

A descoberta de que somos o irmão mais novo e, ao mesmo tempo, o irmão mais velho, nos faz perceber o objetivo da parábola, que é o Pai. Todo temos de deixar de ser “irmão mais novo” e “irmão mais velho” para converter-nos finalmente em “Pai”. 

Todos somos chamados a deixar de ser irmãos e identificar-nos com o Pai, como Jesus (aqui podemos descobrir um profundo significado da frase de Jesus: “Eu e o Pai somos Um”). Nossa maturação pessoal acontece quando deixamos transparecer em nós a figura do Pai. “Sede misericordiosos como vosso pai é misericordioso”. A parábola de hoje nos faz tomar consciência que sempre haverá, em nossa vida, etapas a serem superadas, na direção do coração compassivo do Pai. 

Permanecer distanciados de nosso verdadeiro ser é afastar-nos de Deus e caminhar na direção oposta à nossa plenitude. Daí a necessidade de interpretar a parábola não a partir da perspectiva de um Deus externo a nós, mas a partir da perspectiva de um Deus que se revela dentro de nós mesmos. Nós mesmos somos o Pai/Mãe que perdoa, acolhe e integra tudo o que há em nós de fragilidade e engano. Ser verdadeiro(a) filho(a) não é viver submetido ao pai ou afastado dele, mas imitá-lo até identificar-nos com ele. 

O “pai” é nosso verdadeiro ser, nossa natureza essencial, o divino que há em nós. É a realidade que temos de descobrir no fundo de nosso ser. Não faz referência a um Deus que nos ama a partir de fora, mas ao que há de Deus em nós, formando parte de nós mesmos. É o fogo do amor compassivo que derrete a frieza nos nossos relacionamentos, queima toda pretensão de julgamento e intolerância, e ativa o impulso ao contínuo retorno à casa paterna.  Essa realidade fundante tudo abarca e tudo integra nela mesma.

Para re-descobrir o(a) “pai-mãe que nos habita”, não supõe ignorar nossa condição de “irmão mais novo” e “mais velho”; é preciso aceitá-la, é preciso saber conviver com o que ainda há em nós de fragilidade e imperfeição. Devemos buscar superá-la, mas enquanto esse momento não chega, é preciso aceitá-la e ultrapassá-la, ativando o amor incondicional do Pai. Tanto o irmão mais novo como o irmão mais velho que há em cada um de nós, deve ser objeto do mesmo amor. A parábola não exige de nós uma perfeição absoluta, mas que caiamos na conta de que nos resta um longo caminho a percorrer. O que ela pretende é colocar-nos no caminho da verdadeira conversão: a superação do auto-centramento e do perfeccionismo. 

Falta-nos dar o último passo no desprendimento do ego e para nos identificar com o que há de divino em nós, o Pai. 

Texto bíblico:  Lc 15,1-3.11-32

Na oração: “Eu e o Pai somos Um”: é a melhor expressão de quem foi Jesus.
Você também é “Um com Deus”, mas talvez não tenha se inteirado disto; descubra-o e esta frase saltará do mais profundo do seu ser.

- Descubra o que há em você do irmão mais novo: deixar-se levar pelo hedonismo individualista, buscar o mais fácil, o mais cômodo, o que o corpo pede... Seu objetivo é satisfazer as exigências de seu falso “eu”.

- Descubra o que há em você de irmão mais velho: distante do coração do pai, fechado na queixa amarga e incapaz de expressar um gesto de acolhida.

- Descubra as marcas do Deus Pai/Mãe nas profundezas de seu ser: cheio de compaixão, festeiro, aberto à vida... 


Pe. Adroaldo Palaoro sj

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sábado, 30 de março de 2019

DEZ LIÇÕES QUE EU APRENDI COM OS ANJOS – Doreen Virtue




Viva com integridade 

Os Anjos me disseram: Passe o seu tempo fazendo atividades que se equiparem às suas intenções mais elevadas. Deixe ir coisas que a sua intuição lhe induza a renunciar. Estas coisas podem então ser curadas, de modo que possa apreciá-las, ou a atividade será facilmente afastada. Os Anjos o incitam a confiar em seu coração. Eles lhe garantem que estará em segurança ao se desligar do trabalho que não se equipara aos seus verdadeiros interesses. Rapidamente perceberá que os anjos estão certos!
Há somente o Agora 

Você é completo e íntegro agora. Não lance os olhos no que o amanhã possa trazer! Isto implica que você é imperfeito ou que lhe falta algo agora, e que você estará completo quando algo chegar a sua vida no futuro. Quando os Anjos dizem isto, compreenderá que está vivendo para o futuro... Seu foco está no que o amanhã lhe trará, ao invés de em suas atuais bênçãos. A partir de hoje faça uma lista de gratidão mental a cada noite.

Todo o conflito está dentro de nossa própria mente

 Qualquer conflito que você perceba ou experiencie no mundo externo, é uma projeção do seu ego. Na verdade, o mundo está completamente em paz e você projeta o seu medo da paz no mundo. Você não quer resolver o seu conflito interior, mas quer afastá-lo de você. Assim, você o projeta em outras pessoas e pensa que elas são aquelas que lhe estão causando desconforto. Outras pessoas são neutras, ardósias em branco, e você as colore com o seu próprio significado e definições. Então, você reage a elas como se estas definições fossem reais. Outras pessoas, por sua vez, tratam-no do modo que você espera, em uma profecia auto realizadora. Quando os Anjos explicam isto, você compreende como muitas vezes tinha permitido que o medo criasse momentos infelizes para si. Mas sempre, terá o poder de escolher os pensamentos e sentimentos que vai atribuir a todas as situações.

Purifique a sua alimentação

Todo alimento tem vibração, e você quer ter uma vibração tão elevada e agradável quanto se sinta ligado. Faça uma dieta de frutas e vegetais frescos, nozes e grãos integrais, os quais têm frequências mais elevadas de vibração. Lembre-se de que a essência de todos os alimentos que você come, o afeta logo após o alimento ter sido digerido. Faça uma dieta bastante saudável. Ainda assim, haverá espaço para aperfeiçoar. Siga o conselho dietético dos seus anjos guardiões e adote uma abordagem vegetariana para a alimentação. A melhoria da sua energia e a aparência será imediata! A escolha de alimentos saudáveis se tornará fácil e natural.

Não dê - afim de obter 

Você conseguirá resultados do ato de doar: esta é a lei universal. Não cabe a você como a causa e o efeito serão circulados. Além disto, se espera algo em troca, você verdadeiramente não entregou nada. Ao invés disto, você o está mantendo na consciência, esperando obter algo primeiro, antes que o libere totalmente. Com plena confiança em seus anjos guardiões, decida liberar todos os cordões ligados aos seus presentes para os outros. Quase imediatamente, começará a receber recompensas surpreendentes, tais como novas oportunidades de negócios e maravilhosas experiências com os amigos.


Passe um tempo sozinho na Natureza

Os sons e cheiros da natureza são invisíveis, assim eles levam a sua mente ao reino invisível do Espírito, onde as coisas têm uma vibração mais elevada e mais rápida do que a matéria. Há propriedades de cura na natureza. Além disto, há anjos muito reais na natureza. Você pode pedir que estes anjos da natureza o curem. Estar na natureza o ajuda a se adaptar ao ritmo natural da Terra, e desde que o tempo e os ciclos são uma parte de tudo, você se torna mais sincronizado com o ritmo da vida. Diante do pedido dos Anjos, comece a passar a hora do almoço ao ar livre. O ar fresco, o sol e a fragrância das flores ajudam a meditar em níveis mais profundos. Sente-se ao ar livre e peça que os anjos da natureza o envolvam.

Desligue-se da Matéria

Quando está apegado em pensamento à matéria, você fica ligado aos produtos da Mente do Ego, e assim, permanece ligado ao ego. Não há modo de escapar desta lei. Mente sobre a Matéria é a Mente do Ego. Seus Anjos Guardiões deixam claro que não há nada errado com itens materiais. A matéria é neutra, de acordo com os Anjos. Eles também compreendem que nós, seres humanos, temos necessidades materiais, tais como os alimentos, roupas e abrigo. Entretanto, quando nós contemplamos excessivamente os itens materiais, como pensar continuamente em dinheiro ou posses, estamos focados em nossa natureza de baixa estima, ao invés de nosso eu superior.

Não julgue

 Você julga os outros como um meio de se proteger, para mantê-los afastados de você, assim você não se aproximará deles e se magoará. Mas lhe dissemos que você não precisa pensar em sua segurança. Você está seguro, e um padrão de pensamento opressivo de preocupação com a sua segurança, poderá trazer exatamente a coisa que você teme em sua vida. Os Anjos explicam que atraímos para nós Aquilo que pensamos. Se pensar obsessivamente em perigos físicos ou emocionais, cria um clima no qual os seus piores medos se tornam reais. Com a prática, começará a notar que no momento em que iria julgar outras pessoas, vai começar a liberar os seus medos aos Anjos, e sentirá os seus hábitos de julgamento desaparecerem gradualmente.

Você vive onde a sua consciência está focalizada

 Se você tem um pensamento desprovido de amor, competição, inveja ou preocupação, você sente dor. Você é a sua consciência e sente os efeitos de onde a sua consciência está focada. Você não quer a dor. Portanto, escolha dar A LUZ ao seu pensamento não amoroso. Sempre pensamos que as circunstâncias externas influenciam a nossa felicidade. Entretanto, os Anjos insistem em afirmar que isto é o oposto, e que os nossos pensamentos colorem o nosso mundo. Nossa felicidade não depende do que nós temos, mas sim do que nós pensamos.

A todo instante dê graças à Deus

Não busque a Glória para si mesmo. Em essência, contudo, quando você dá graças à Deus, está dando Glória a esta parte sua que é una com Deus. Ao dar graças à Deus, você permanece afastado do estado do ego, e permanece centrado na consciência do seu Eu Superior. Seus anjos o impulsionam com a lembrança que – desde que o nosso Eu verdadeiro é uno com Deus – estamos louvando o Eu verdadeiro, a cada vez que damos graças à Deus.
As dez lições são agora partes arraigadas e permanentes da sua vida diária. Quando receber algum elogio sobre a clareza de sua orientação Divina, diga: Agradeço, mas todo o crédito vai para Deus e para os Anjos. Eles me ensinam como receber a Orientação Divina.



"Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com


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O MARIDO DISTANTE – Mário de Moraes


A carta me veio de São Paulo, com o endereço e nome de todas as pessoas envolvidas no caso. Pedem-me, porém, confiando em mim, que troque todas as identidades, para evitar um trauma no personagem principal da história. Verifiquei a veracidade do fato e, por isso mesmo, manterei o necessário sigilo.

De verdadeiro, mesmo, apenas as principais cidades onde os fatos sucederam. E estes têm início em São Paulo, há 15 anos.

A menina Dolores, de 10 anos de idade, amanhecera com forte dor de cabeça. Primeiro deram-lhe um comprimido comum, para aliviar-lhe o sofrimento. Nada. Depois pensaram em mal do fígado, aplicaram-lhe uma injeção. Nada. A noite veio o médico receitou um calmante, a garota adormeceu.

Veio a acordar madrugada ainda, repetindo uma frase, que aos pais - gente de muitas posses - pareceu bastante confusa:

- Quero ver meu marido e meus filhos... quero ver meu marido e meus filhos...

- Deve ser efeito do calmante - procurou explicar o pai embora um pouco apreensivo - Vai ver a dose foi demasiada.

A menina voltou a dormir, mas, na manhã seguinte, quando se levantou, na própria mesa do café, pediu súplice:

- Quero ver meu marido e meus filhos. Por favor, levem-me ao meu marido e aos meus filhos...

E nada mais dizia, por mais que puxassem por ela. O médico da família, chamado às pressas, explicou que aquilo não poderia ser proveniente, em hipótese alguma, do calmante que ela tomara, muito fraco por sinal. Dolores deveria estar sendo vítima, provavelmente, de alguma perturbação mental que ele, médico de clínica geral, não saberia diagnosticar.

Começou, então, para os pais da criança, uma autêntica Via Crucis, seu doloroso caminho levando-os por inúmeros consultórios de médicos da cabeça. Psicólogos e psiquiatras foram consultados, métodos os mais modernos empregados, mas nada dava resultado. A menina comia normalmente, dormia normalmente, mas falar, mesmo, apenas estranhas frases:

- Eu quero ver meu marido e meus filhos. Por favor, levem-me ao meu marido e aos meus filhos...

Um parapsicólogo resolveu tentar o hipnotismo, como última solução. Deitada no sofá do consultório, aparentemente adormecida, a pequena foi contando uma série de fatos, totalmente desconhecidos para a sua família. Falava numa cidade distante, na Turquia, onde vivia o "seu marido", de nome Abdul, e nos seus filhos Elias e Simeão. Descrevia a sua casa, nos seus mínimos detalhes, dando mesmo o endereço da mesma. E por fim, contava como "morrera":

- Eu estava ao lado de minha empregada, quando senti a forte dor no peito... queria respirar e não podia... aquilo ia apertando o meu peito... apertando... a empregada correu a chamar o médico... mas quando este chegou, eu estava morta... sem ter visto meu marido e meus filhos... sem ter me despedido deles... por isso eu preciso vê-los... levem-me até eles, por favor...

O mais estranho é que a pequena Dolores, de apenas 10 anos de idade, falava com voz de adulta.

Os pais da criança, completamente desesperados e aconselhados pelo tal parapsicólogo - também entendido em coisas espirituais - resolveu tirar aquilo a limpo. E com o endereço de uma rua na cidade de Esmirna, na Turquia, compraram três passagens de avião e se dirigiram com a filha para aquele lugar. É bom que eu lembre: depois da consulta com o parapsicólogo, assim que a menina acordou, ela voltou a dizer apenas as já conhecidas frases.

Assim que chegaram próximo à rua da distante Esmirna, os olhos de Dolores adquiriram um novo brilho e ela gritou entusiasmada:

- Graças a Deus! É aqui mesmo, é aqui mesmo!

E desvencilhando-se das mãos dos pais, subiu célere par uma rua enladeirada. Foi parar em frente a uma casa, onde bateu forte na porta. Quando o pai e a mãe de Dolores conseguiram chegar lá em cima, a menina estava sendo recebida por um senhor, com quem conversava em estranha língua. O homem parecia sinceramente espantado, enquanto a guria o abraçava, chorando desesperadamente. Apareceram, depois, dois jovens, com quem Dolores também se agarrou alucinada.

Veio um intérprete, que tentou explicar o que estava se passando:

- Esta menina diz que é esposa do Senhor Abdul e que os rapazes, Elias e Simeão, são seus filhos... Os senhores me desculpem, mas ela deve estar maluca. A esposa e mãe desses homens, morreu há mais de 10 anos...

Para os pais da menina, porém, algo muito além da compreensão estava acontecendo naquele lugar, pois a menina, que só falava português, fazia-se entender perfeitamente na língua turca.

Depois que ela conseguiu beijar o senhor e os dois moços, caiu desmaiada. Voltou a acordar muitas horas mais tarde, já no hotel do centro de Esmirna. Sem lembrar-se de nada que acontecera, desde a noite da terrível dor de cabeça. E até hoje ela só sabe que esteve doente e que seus pais fizeram aquela viagem para curá-la. A conselho de um psiquiatra, nunca lhe deram os detalhes do acontecido, preferindo mantê-la na ignorância dos 'inexplicáveis acontecimentos.


Mário de Moraes

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sexta-feira, 29 de março de 2019

COMO CONHECI CASTRO ALVES - Cyro de Mattos


(Para Joaci Goes)


            Foi nos idos de 1953. Saltei do bonde na parada próxima ao Restaurante Cacique e Cine Guarani, com o firme propósito de conhecer aquele monumento de mais de dez metros, um homem lá no alto encimando o pedestal. Aquele homem de cabeleira negra e basta devia ser muito importante para que fosse homenageado em monumento tão grandioso.

             Atravessei a rua com a luz forte do verão caindo no asfalto e me aproximei do monumento. Meu olhar curioso viu que em um dos lados estava um livro aberto com um sabre atravessado, tendo em letras douradas os versos: “Não cora o sabre do hombrear com o livro”. Em placa de mármore, numa das faces da base, lia-se: “A Bahia a Castro Alves.”

            Aquela estátua de bronze assentada no alto representava um poeta, muito querido pelo povo baiano, estava ali na atitude de fala importante, de quem declamava, tendo a cabeça descoberta, fronte erguida, olhar perdido no infinito, chapéu mole de estudante à mão esquerda, braço direito estendido. De um lado da coluna no monumento, vi um grupo em bronze, representando um anjo em posição de voo, a levantar uma mulher escrava pelo braço, erguendo-a ao alto.  E também um casal de escravos.

            Quem era esse poeta que a Bahia dedicava imenso amor? Lembrei da biblioteca da agremiação estudantil no Colégio dos Irmãos Maristas. E foi lá, durante a semana, à hora do recreio, folheando o livro ABC de Castro Alves, de Jorge Amado, que fiquei conhecendo a vida e a obra daquele grande poeta, que os baianos com orgulho chamavam de gênio.
 
            Era um rapaz esbelto, que vivera pouco. Nasceu na fazenda Cabaceiras, próxima a Curralinhos, na Bahia, em 14 de março de 1847. Tinha grandes olhos vivos, maneiras que impressionavam a quem o assistisse declamando versos de amor, às flores e em solidariedade aos escravos. Causava admiração aos homens e arrebatava paixões às mulheres. Seu estilo contestador contra a situação da escravidão dos negros na Bahia o tornou conhecido como O Poeta dos Escravos. Além de abolicionista exaltado, foi um liberal atuante, que clamava pela instalação da República no Brasil. Teve como colega Rui Barbosa no Colégio Abílio Borges, em Salvador, e na Faculdade de Direito do Recife. Faleceu aos seis de julho de 1871, aos 24 anos, em Salvador, vítima de tuberculose.

            Depois de conhecer um pouco a vida do poeta romântico, interessei-me por sua poesia. Fui ler, um a um, os livros desse poeta, cantor do amor, da água, das pétalas, dos negros escravos e da liberdade. Publicara em vida apenas um livro: Espumas Flutuantes, em 1870. Seus outros livros, A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876, Os Escravos, 1883, Hinos do Equador, 1921, tiveram edição póstuma. 

            Na medida em que fazia a leitura duma poesia cativante e libertária, ia anotando alguns versos no caderno, que me enriqueciam a sensibilidade.
  
            Como esses: Senhor Deus dos desgraçados! / Dizei-me vós, Senhor Deus, / Se eu deliro... ou se é verdade / Tanto horror perante os céus?!... / Ó mar, por que não apagas / Co'a esponja de tuas vagas / Do teu manto este borrão? / Astros! noites! tempestades! / Rolai das imensidades! / Varrei os mares, tufão! ...

            Ou esses:  Oh! Bendito o que semeia / Livros à mão cheia / E manda o povo pensar! / O livro, caindo n'alma / É germe – que faz a palma, / É chuva – que faz o mar!

            Ou ainda esses, escritos com graça e leveza: Prendi meus afetos, formosa Pepita... / mas, onde? / No tempo? No espaço? Nas névoas? /Não rias... / Prendi-me num laço de fita!

            Perguntava-se como era que no coração de um poeta tão jovem como Castro Alves cabia tanta afetividade e solidariedade aos excluídos.  Com a leitura de cada livro do poeta, minha alma foi-se impregnando da beleza e da verdade postas de maneira maior em versos comoventes, em tons vários escorridos com amor e talento raro, que só os gênios possuem. Castro Alves tornou-se em pouco tempo um ídolo para o moço do interior, desses em que a marca de uma época ou de um tema brilha com a individualidade manifestada numa espécie de criador, a permanecer sempre ante a vida que passa.
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Cyro de Mattos é ficcionista e poeta. Da Academia de Letras da Bahia. Possui prêmios importantes no Brasil e exterior. Publicado também por várias editoras europeias.  Primeiro Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz.

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QUEM MANDOU MATAR MARIELLE? por Raquel Brugnera


Passaram meses perguntando "quem matou Marielle", encontraram os assassinos e as expectativas foram frustradas ao descobrirem que eles eram empregados do tráfico de drogas e armas, ou seja, o mandante é alguém ligado a contravenção.

Sabendo que contraventores e traficantes odeiam o presidente da República, "a sede de justiça" acabou! Os Psolistas silenciaram porque sabem o que podem encontrar no centímetro final desse novelo e isso não interessa mais.

A narrativa de que a vereadora morreu lutando contra algum político da direita, caiu por terra e no resumo dessa triste passagem, daqui alguns anos, ela será só mais uma vítima do crime organizado.

A vida dela valia tanto quanto a de todos os outros que o tráfico matou, principalmente para as famílias de cada um, mas sabemos que alguns eram "mais úteis" à sociedade (me perdoem a sinceridade). Assim como a vereadora defendia as comunidades, temos médicos que faziam trabalhos voluntários levando conforto aos pacientes que agonizavam, morrendo de câncer em suas casas sem estrutura alguma; tínhamos professores que atuavam na tentativa de tirar jovens do mundo do crime; tínhamos estudantes que contribuíam com causas nobres como a dos animais, dos portadores de HIV, do bullying, da preservação do meio ambiente, enfim... Perdemos muita gente boa para o crime e Marielle foi uma delas. 

Uma breve pesquisa na internet te fará constatar que bandido não tem senso de justiça, matam quem eles "precisam" matar.

Mas há quem diga que esse tipo de bandido também é vítima, principalmente dentro do partido da Marielle, o PSOL; Toda a morte ensina algo para quem fica vivo, talvez o PSOL reveja seus conceitos sobre a relação Oportunidade x Perversidade.

No final dessa novela o que fica é a sensação de que, nunca foi por justiça, sempre foi por interesse eleitoreiro.

Agora sou eu quem pergunto: 
Quem mandou matar Marielle? 
E por quê?


Raquel Brugnera



quinta-feira, 28 de março de 2019

A OUSADIA DO IRREVERENTE RODRIGO MAIA - Júnior Gurgel


22/03/2019
Conta a fábula que uma grande comunidade de ratos vivia tranquila e se reproduzia rapidamente num velho armazém. Por mais que seu proprietário tentasse envenená-los, não conseguia. Ratoeiras? Nem pensar, cardápio diferente... Era melhor continuarem nos grãos. Até que cansando, o dono do depósito resolveu botar um gato. Na primeira noite, três vítimas. Durante o dia ou a qualquer hora, o gato atento, mesmo dispensando refeição extra, matava-os por instinto predatório. Em uma semana, as baixas foram grandes. Os ratos acuados se reuniram para discutir o destino da comunidade. Surgiu a ideia de botar um chocalho no gato, pois ao andar, com o som do chocalho, eles localizariam onde estava o bichano. Todos concordaram. Então veio a pergunta irrespondível: quem vai botar o chocalho no gato? Não apareceu o voluntário.

No sábado (17.03.2019), um dia antes de o presidente Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, o irreverente Rodrigo Maia convidou-o para um churrasco íntimo em sua casa, onde discutiriam “minúcias” sobre a reforma da Previdência. No encontro, apenas ele, o ministro Onyx Lorenzoni e o convidado (Jair Bolsonaro). Desconfiado da cortesia e conhecedor da “malandragem carioca”, o presidente foi. Mas, levou consigo 17 convidados. Dentre eles, alguns generais, o ministro Heleno do Gabinete de Segurança Institucional. Para surpresa de todos, quem estava lá era o Ministro Dias Toffoli, presidente do STF, David Alcolumbre (presidente do Senado) e seu ex-ministro da Casa Civil, Gustavo Bebianno (?).

A ousadia do destemido Rodrigo Maia, pressionado e instigado pelo famigerado “centrão”, é de um afoito inominável. Ao lado de David Alcolumbre – presidente do Senado - “armaram” para tentar botar o chocalho no gato (Bolsonaro). Mas, para o bem geral da nação, o ímpeto foi abortado pelo excesso de testemunhas. A partir da “cabeça” do ministro Sérgio Moro, ocupação de cargos estratégicos (com dinheiro) pelo centrão; barrar pedidos de impeachment de ministros do STF; impedir instalação da lava-toga e fim da lava-jato, tudo seria discutido e pleiteado. Um registro fotográfico discreto seria providenciado, e espalhado nas redes sociais, fato que geraria suspeitas no eleitorado de Bolsonaro e em toda a sua equipe de abnegados da causa de mudar o país. A foto ainda foi feita e divulgada. Mas, não conseguiram esconder o Gen. Heleno, delegado Waldir, ministra Damares...

O “centrão” é um movimento de deputados federais suprapartidário, que surgiu das cinzas do “baixo clero” - aglomerado de parlamentares espertos - que elegeram em 2005 o pernambucano Severino Cavalcanti para presidência da câmara, uma candidatura avulsa, derrotando o pretendente do governo (PT) e adversários lançados por composições das grandes legendas de então, PMDB, PFL; PDT; PTB... Severino Cavalcanti durou pouco mais de 07 meses como presidente. Em manobras para abortar o mensalão, fazendo todo tipo de negociação espúria e trancando a pauta com o apoio da gang que o cercava, foi alvo do MPF em investigação destinada, onde descobriram um “mensalinho” pago a ele pelo concessionário que explorava os serviços de restaurante da câmara. Temendo ser cassado, renunciou à presidência e seu mandato.

A tática do centrão é levar o governo de plantão ao desgaste. Na medida em que o governo se impopulariza, cresce o centrão, passando a ocupar a esplanada dos ministérios e negociando pessoalmente (deputado por deputado) votos para projetos que tragam benefícios diretos para o povo e o governo brasileiro. De bolsos cheios, renovam seus mandatos com folgas. Até as eleições de 2014, os campões de votos por estado, eram todos do centrão. O “baque” veio em 2018. Mas, com o aprofundamento da crise, a pressão do centrão empurra o presidente da câmara para chantagear o executivo até que ele ceda. O destempero do presidente Rodrigo Maia não é por acaso. Já disse que “a câmara não é cartório para registrar queixas do povo” (?). Depois disparou com outra: “a câmara e seus deputados são soberanos...” Um internauta respondeu que “soberano” não se elege, já nasce soberano. O povo vota em representantes. Quarta-feira (20.03.2019) foi a vez de agredir e humilhar um dos nomes mais respeitados do país, o Juiz Sérgio Moro. “Ele é funcionário de Jair Bolsonaro... Está trocando as bolas, eu converso com o presidente”. Ontem, quinta-feira, veio a prisão de seu sogro, ex-governador do Rio Moreira Franco. Seus comparsas quiseram atribuir a uma retaliação corporativa do Juiz Marcelo Bretas, em defesa de Sérgio Moro. Rodrigo Maia conferiu que o mandado de prisão foi expedido um dia antes 19.03.2019.

Queiram ou não, para aprovar a reforma da Previdência, Bolsonaro terá que botar um “gato” (PF e lava-jato) na câmara. E Rodrigo Maia, se tiver juízo, renuncia imediatamente a presidência e seu mandato. Imagine se na busca e apreensão na casa de seu sogro, a PF tiver encontrado algo como “doação de campanha não declarada”?




Júnior Gurgel 
Jornalista político e memorialista


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JOAQUIM NABUCO É TEMA, NA ABL, DA SEGUNDA PALESTRA, DO CICLO DE CONFERÊNCIAS ‘PRESENÇAS FUNDAMENTAIS’




O Acadêmico e historiador Evaldo Cabral de Mello fala sobre Joaquim Nabuco (primeiro Secretário-Geral e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras), na segunda palestra do ciclo de conferências da ABL, intitulado Presenças fundamentais, sob coordenação do Presidente Marco Lucchesi. O tema escolhido foi Nabuco: uma visão do passado brasileiro. O evento está programado para quinta-feira, dia 28 de março, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

Serão fornecidos certificados de frequência.
A Acadêmica Ana Maria Machado é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2019.

Clique e veja o vídeo abaixo:




Presenças fundamentais terá mais uma palestra, intitulada Rui Barbosa, 170 anos, dimensão da atualidade do seu percurso, com o Acadêmico Celso Lafer, dia 4 de abril, no mesmo local e horário. Na semana anterior, dia 21 de março, o Acadêmico e professor Domício Proença Filho falou sobre Machado de Assis.

As três palestras celebram os aniversários dos homenageados: Machado de Assis, 180 anos, e Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, 170.

O CONFERENCISTA

Evaldo Cabral de Mello nasceu no Recife em 1936 e atualmente mora no Rio de Janeiro. Estudou Filosofia da História em Madri e Londres. Em 1960, ingressou no Instituto Rio Branco e dois anos depois iniciou a carreira diplomática. Serviu nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri, Paris, Lima e Barbados, e também nas missões do Brasil em Nova York e Genebra, e nos consulados gerais do Brasil em Lisboa e Marselha.

Um dos mais destacados historiadores brasileiros, Evaldo Cabral de Mello é especialista em História regional e no período de domínio holandês em Pernambuco no século XVII, assunto sobre o qual escreveu muitos de seus livros, como Olinda restaurada (1975), sua primeira obra, Rubro veio (1986), sobre o imaginário da guerra entre Portugal e Holanda, e O negócio do Brasil (1998), sobre os aspectos econômicos e diplomáticos do conflito entre portugueses e holandeses. É organizador do volume Essencial Joaquim Nabuco, da Penguin-Companhia das Letras.

25/03/2019



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quarta-feira, 27 de março de 2019

PARABÉNS, DOM CESLAU!...


 27/03 - ANIVERSÁRIO DE DOM CESLAU STANULA

ALMA DE MISSIONÁRIO,
TÃO PERFEITO COROLÁRIO
DE UM CORAÇÃO SOLIDÁRIO!
TUA VERVE E ITINERÁRIO,
TEU ENGENHO LITERÁRIO
E O TEU AFETO DIÁRIO
PELO AMOR TRINITÁRIO
- RIQUEZA DO TEU FADÁRIO!
DEPOSITO EM RELICÁRIO
E ENVIO AO DESTINATÁRIO
- O CRISTO LÁ NO SACRÁRIO,
PELO TEU ANIVERSÁRIO!...

Eglê S. Machado
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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DESACORDOS ESCLARECEDORES – Péricles Capanema


27 de março de 2019
Péricles Capanema

O texto poderia ter como cabeçalho “Necessidade urgente de discriminação positiva”. Com efeito, faz falta ação afirmativa para grupo de vulneráveis, no caso enormemente relevante. Vou começar uma agora. Já que ninguém fala por ele, serei eu o pequeno porta-voz autonomeado.

Grupos vulneráveis, sabemos todos, são coletividades que necessitam de proteção especial do Poder Público (ou, de forma análoga, estendendo o conceito, da opinião pública). São as vítimas da seleção natural (ou da seleção cultural). Então o Estado faz em relação a eles a intitulada discriminação positiva, favorece-os de alguma maneira para assim restabelecer a igualdade proporcional. Privilegia-os, às vezes sensatamente. A palavra vem hoje carregada de preconceito, é manipulada por esquerdistas e progressistas. Na análise fria, trata-se da criação de privilégios, alguns razoáveis, repito, avanços; outros absurdos, retrocessos, quando inibem a competição justa e o prêmio ao mérito justificado.

Privilégios, ensina a etimologia, são leis privadas, só valem para determinada coletividade. É necessário notar, no presente os movimentos revolucionários utilizam a discriminação positiva para tentar impor a igualdade gradual em setores da sociedade, prejudicando a harmonia social, mais amplamente, o bem comum.

Temos ações afirmativas em relação a crianças, adolescentes, empregados, idosos, mulheres, negros, colégios públicos, homossexuais, índios, pobres, deficientes físicos e mentais, refugiados. A lista não para de crescer.

Transporte público gratuito e preferência nas filas, por exemplo, para idosos (gente que já passou dos sessenta anos). Outro, cota de 30% para as mulheres nas listas de candidatos dos partidos; e ainda 30% do Fundo Eleitoral. Na prática, tem sido terreno fértil para falcatruas. Uma terceira, critério especial para vagas nas instituições federais de ensino superior (para as de ensino médio federais os critérios são praticamente os mesmos), a chamada lei das cotas. 50% das vagas (mínimo) estão destinadas a alunos provenientes de escolas públicas; os outros 50% vão para os aspirantes de procedência diversa, em geral do ensino pago. Dos 50% destinados à rede pública, a metade fica com pretendentes provenientes de unidades familiares com renda igual ou menor a um e meio salário mínimo por cabeça. A outra metade vai para os postulantes de unidades familiares com renda superior a um e meio salário mínimo por cabeça. Nas vagas destinadas à rede pública, porcentagem no mínimo igual à do último censo do IBGE para a região de negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência é destinada a tal grupo. Discriminações positivas.

Fazem parte de tendência universal e são em geral chamadas de ações afirmativas. Negam na prática, ou pelo menos deixam de lado, o princípio darwiniano do survival of the fittest (sobrevivência dos mais aptos), base da seleção natural, a espinha dorsal do evolucionismo.

Vou propor agora uma ação afirmativa de alcance universal (calma, não é norma positivada). Valeria até mais que norma legal, se entrasse fundo nos espíritos. Acima, muitas vezes para promover a igualdade setores revolucionários desconsideram a lei darwiniana, tida como natural do survival of the fittest. Os menos aptos são protegidos.

Aqui, no segundo caso, como veremos, em geral para justificar uma sociedade libertária, apegam-se à teoria da evolução e, com isso, pelo menos na prática, contestam a ação de um Ser transcendente, legislador e providente (Deus).

Aos fatos. Inimigos efetivos da civilização ocidental, das mais variadas procedências, pretendem impor, de maneira intolerante e obscurantista, o darwinismo como dogma universal. Esteadas nele, a corrente de opinião criacionista e os partidários do Intelligent Design são furiosamente atacados nos Estados Unidos (aqui também e alhures). Certamente você já leu e ouviu muita gente, com escora na teoria de Darwin, descer a madeira nos criacionistas, como se todos eles fossem propagadores de disparates.

Aos fatos. Circula desde 2001, sem grande divulgação, manifesto intitulado “Dissent statement” (em tradução livre, “Posição discordante). Esse “Dissent Statement” já tem mais de mil signatários. Não são zé-manés, como é corrente em proclamações de pretensos eruditos por aqui. Colocaram ali suas assinaturas grandes especialistas dos Estados Unidos, Rússia, Hungria, Inglaterra, França, Israel, para citar alguns países. Entre outros, são doutores e professores de Harvard, Yale, Princeton, MIT, Cambridge, Universidade Ben-Gurion de Israel. Inclui grandes nomes em biologia molecular, bioquímica, entomologia, química quântica computacional, microbiologia, psiquiatria, biologia marítima, física, antropologia; paro por aqui.

Formulam pedido sensato e, quem sabe, por causa da sensatez, furiosamente atacado: “Somos céticos a respeito das afirmações da possibilidade da mutação fortuita e da seleção natural serem responsáveis (e causa) da complexidade da vida. Deve ser encorajado o exame cuidadoso das razões apresentadas como fundamento da teoria de Darwin. Existe discordância científica em relação ao darwinismo. Merece ser ouvida”. Enfim, reclamam estudo e reexame, mas nem isso é tolerado. E alguns deles colocam uma evidência inafastável: nunca houve um exemplo documentado de uma mutação genética que acrescentou informação genética em vez de destruí-la. O Dr. Michael Egnor da Stony Brook, instituição nova-iorquina de nome, sustenta que “intuitivamente os cientistas sabem que o darwinismo explica algumas coisas, mas não outras” E continua, os partidários do darwinismo “nunca se colocaram de maneira científica se a mutação fortuita e a seleção natural podem gerar a informação contida nos seres vivos”.


São milhares de bons cientistas empurrados de lado, silenciados por repressão implacável. Sabemos, a “peer pressure” e a sanção social podem ser piores que a lei da mordaça inscrita em códigos. Tais homens de estudo vivem hoje em situação de vulnerabilidade, e só por isso merecem que de começo já se lhes seja destravada a língua. Pelo bem da ciência, pelo progresso da humanidade, por pena deles, são claros credores de ação afirmativa, de serem discriminados positivamente para que se restabeleça certa igualdade em relação a colegas seus prestigiados por posições, microfones, divulgação e dinheiro.


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