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domingo, 17 de dezembro de 2017

IVES GANDRA: “A DISCRIMINAÇÃO IMPOSTA PELA LEI E PELAS AUTORIDADES”

O jurista questiona a legislação que favoreceu as minorias com a concessão de inúmeros benefícios nos últimos anos

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Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê?

Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins*

Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles!

Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela – passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele.

 Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados. Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para realçar as suas tendências – algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo!

Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse ‘privilégio’, simplesmente porque esse cumpre a lei..

Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para ‘ressarcir’ aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema?

Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo.

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*Ives Gandra da Silva Martins, é um luso-descendente e prestigiada figura da Comunidade Luso-Brasileira, renomado professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo

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O AMANHECER - Cyro de Mattos

Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original
Amigos e Amigas
Como no poema do anexo, desejo-lhes um Natal  com a luz suave desse menino e um Ano Novo com êxito e paz.
Abraços.
Cyro de Mattos 
......
O Amanhecer
Para Firmino Rocha,
em memória

A estrela desponta,
A nuvem se descobre,
O galo clarineta
E anuncia que em Belém
O menino já chegou
Na manhã mais bela.

A boa notícia corre
No fiozinho do rio
Que da montanha desce.
Segue no vento leve
Que sopra a flor sozinha
Na plantinha do brejo.
Vem com a borboleta
Que pousa na roseira
E fica brincando
Com os raios de sol.
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Cyro de Mattos é autor de 43 livros individuais. Organizou dez antologias. Tem doze livros publicados em várias editoras europeias. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia.  Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (57)

3º Domingo do Advento

Anúncio do Evangelho (Jo 1,6-8.19-28)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”.

Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”.

Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?” João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?”

João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.

Isso aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo, e acompanhe a reflexão de Dom Alberto Taveira Corrêa:

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VOZES QUE CLAMEM
Os primeiros versículos do evangelho deste domingo fazem parte do prólogo do Evangelho de João. João Batista é apresentado como testemunha da luz e homem enviado por Deus para levar as pessoas à fé. Último dos profetas do Antigo Testamento, era muito venerado no final do primeiro século da era cristã, a ponto de ser confundido com o tão esperado Messias
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Quando interrogado sobre sua identidade, ele tem a humildade e a coragem de negar ser o Messias, Elias ressuscitado ou alguma personagem importante do Antigo Testamento. Antes de dizer quem é, o Batista diz quem não é. Num segundo momento, apresenta-se como “voz que grita no deserto”. Ele é a voz que fala em nome de outro.

Como há falta de vozes que gritem pelas ruas e avenidas, pelas praças, bairros e povoados contra os “caminhos tortuosos” que desvirtuam o projeto de Jesus! Mais do que nunca, há necessidade de sair às ruas para gritar contra tanta injustiça, corrupção, violência, oportunismo fingido e falta de respeito e tolerância.

Mais do que nunca, a Igreja necessita de testemunhas de Jesus, pessoas que não falem de si mesmas, mas sejam voz daquele que as chamou à vida, voz de esperança e libertação no meio da sociedade conturbada. A mais importante palavra é aquela que deixa o Mestre falar.

João confessa ser apenas uma voz que grita no deserto. Nos desertos da vida, clama e convoca: “Endireitai o caminho do Senhor…” Ele tem a missão de preparar o caminho do Messias. Como há necessidade de reparos em nossos caminhos para que o povo sinta a presença do Senhor Deus caminhando junto!

A mensagem bíblico-litúrgica do evangelho deste dia estimula a comunidade ao seguimento, ao anúncio e ao testemunho alegre de Cristo, pois Jesus é ainda o grande desconhecido de muita gente. A alegria proclamada na liturgia de hoje não é a felicidade superficial de um Natal movido a comércio por obra de uma sociedade consumista, mas é a própria presença de Cristo em nosso meio.

Pe. Nilo Luza, ssp



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