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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

DESABAFO DE UMA SENHORA NO SUPERMERCADO


Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas, já que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:
-Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:
-Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

E a velha senhora responde:

-...Você está certo, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Sabe por quê?

-Naquela época, as garrafas de leite, refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja.

-A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e as garrafas eram reutilizadas muitas vezes.

-Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo.

-Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.

-Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro a cada vez que precisávamos ir a dois quarteirões.

-...Mas você está certo:

-Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente.

-Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.

-Roupas secas não se conseguia usando máquinas bamboleantes de 220 volts, mas era -a energia solar e eólica que realmente secavam nossas roupas.

-Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, -e não roupas sempre novas.

-...Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias.

-Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto.

-E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado -não sei como?...

-Na cozinha, tínhamos que 'bater' tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fizessem tudo por nós.

-Quando embalávamos algo frágil, usávamos jornal amassado, não plástico-bolha ou pets de plástico que duram séculos para se degradar.

-Naqueles tempos não se usava um motor à gasolina para cortar a grama, mas um cortador de grama que exigia músculos.

-O exercício era extraordinário, e não precisávamos ir a uma academia e usar esteiras elétricas.

-...Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente.

-Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos -plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.

-As canetas recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra.

-Usávamos navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte...

-...Na verdade, tivemos uma verdadeira 'onda verde' naquela época: 

-Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou o ônibus,as crianças iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.

-Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede.

-Nós não precisávamos usar um GPS para chegar num restaurante, só íamos ao pizzaria mais próximo.

-...Sua geração que não quer abrir mão de nada e pensa que a minha época foi responsável.

-Então, a atual geração não deve falar da MINHA geração, mas resolver o problema que a SUA vem causando ao meio ambiente... 

Tenham um bom futuro, se puderem, é claro!



(Autor não mencionado)

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FLIPELÔ E CAMPUS PARTY TERMINAM COM GRANDE SUCESSO

13/08/2017
Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil

O colorido letreiro da #FLIPELÔ foi cenário de muitas fotos no PelourinhoSayonara Moreno/Agência Brasil

Dois grandes eventos dos universos das letras e das tecnologias foram encerrados neste domingo (13) em Salvador com sucesso de público e movimento: a primeira edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) e a Campus Party, evento de destaque mundial na área de tecnologia e informática.

Com saraus, mostras e exposições, a Flipelô teve cinco dias de evento em homenagem ao escritor baiano Jorge Amado, que faria 105 anos na última quinta-feira (10). Entre os casarões coloniais do Centro Histórico de Salvador, no Largo do Pelourinho, em frente à sede da Fundação Casa de Jorge Amado, um colorido letreiro com o nome #FLIPELÔ foi cenário de fotos de turistas e participantes da Festa Literária.

A Flipelô teve a participação de mais de 200 convidados em 60 atividades - incluindo mesas de debates, saraus, contação de estórias, exposições e espetáculos de dança e música – o público particpante disse esperar pela próxima edição da festa, com outros homenageados e a presença cada vez maior de escritores e artistas de diversas áreas.

Para a professora de Língua Portuguesa, Carolina Almeida, destacou a festa literária, a leitura e a integração das vertentes culturais como elementos fundamentais para a construção do conhecimento e a inserção social. “Com esse evento, constrói-se a cultura do livro, que a gente não tinha, achei essa ideia bem legal para Salvador. As obras de Jorge Amado são tão importantes que, naturalmente, serão levadas para a eternidade”, comentou.

Saiba Mais
Durante estes cinco dias, passaram pela Flipelô importantes nomes da literatura, como Pasquale Cipro Neto, Talita Rebouças, Antônio Torres e Alexandra Lucas Coelho; a biógrafa de Jorge Amado, Josélia Aguiar; e a escritora mineira Conceição Evaristo, que participou de uma mesa sobre a resistência das mulheres negras, sobretudo na literatura.

Conceição Evaristo foi o destaque da Flipelô, na opinião da estudante de Letras Joelma Conceição, por abordar a invisibilidade da mulher negra na sociedade. “Ela é um exemplo para mim, me sinto identificada com ela, porque venho do trabalho doméstico, assim como ela, e não me sentia inserida na sociedade, não me enxergava representada. Hoje, essa voz negra que dá voz a outras mulheres negras é uma coisa incrível, na qual me espelho muito”, comentou a universitária, de 39 anos.

A programação da Flipelô prosseguiu até o fim da tarde deste domingo, com saraus, mostras audiovisuais, lançamentos de livros e contação de histórias. Tudo o que aconteceu no evento pode ser consultados no site www.flipelo.com.br.

Campus Party Bahia
Também neste domingo, em Salvador, jovens e estudantes se despediram do mundo da tecnologia e inovação da Campus Party, uma feira mundial que aconteceu pela primeira vez na Bahia e inovou ao ser realizado em um estádio de futebol, a Arena Fonte Nova. 

Num dos portões de acesso ao estádio, ônibus se enfileiravam para que os participantes – chamados campuseiros – retornassem para suas cidades de origem, em caravanas. Entre eles, estava a estudante de Sistemas de Informação, Vitória Trindade, de 19 anos. Ela conta que, na volta, a bagagem é maior, devido à carga de conhecimento adquirido durante os cinco dias de evento.

“Adorei tudo, a robótica, as competições, as ideias apresentadas que foram muito boas e sustentáveis. Muito bom saber que estamos nas mãos de jovens tão promissores e criativos, quero muito ser como um deles”, disse a estudante, da cidade de Jequié, a 350 quilômetros de Salvador.

A Campus Party Bahia terminou, oficialmente, na noite de ontem (12), com a premiação de vencedores de competições, palestras de encerramento, apresentação dos organizadores e voluntários e apresentação de orquestra. Ao todo, 4 mil jovens se inscreveram para acampar nas conhecidas barracas de camping da Campus Party. Além disso, cerca de 40 mil pessoas circularam na área aberta ao público, onde houve exposições de inovações tecnológicas, incluindo robôs e simuladores de voo.

Edição: Augusto Queiroz



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