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terça-feira, 31 de outubro de 2017

VENTOS DO DESERTO: ESPIÃO NAS TERRAS DE ALÁ É DESTAQUE EM ENTREVISTA COM O AUTOR FELIPE DAIELLO

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Felipe Luiz Ribeiro Daiello, engenheiro por vocação, gaúcho de Porto Alegre, ao longo da sua vida foi professor universitário concursado, pesquisador no Instituto de Física da UFRGS, analista financeiro do BRDE, dirigente sindical e empresário. Na juventude, obteve brevê de piloto civil, oportunidade em que, visto de cima, descobre um mundo diferente. Precisava viajar.

Como empresário e engenheiro, a Elcom, sua empresa, vai absorver quase toda a sua energia durante quase 40 anos. Família para criar era a prioridade, formação de patrimônio, outra necessidade. Nas folgas e nos intervalos escapar para outras fronteiras era vital no seu manual de vida. Começam as viagens.

A partir de 2002, a situação nacional apresenta nuvens negras. A Elcom não terá futuro viável, outra bússola deveria nortear sua vida. A partir de 2005 e 2006, a decisão de encerrar a fase empresarial foi tomada, e a de escritor tomou formato e decisão. Surge o personagem Felipe Daiello, um iniciante em literatura. Desafio para superar.

“Em ‘Ventos do Deserto’, os temas interligam a espionagem, a ascensão e queda do Estado Islâmico, os conflitos entre sunitas e shiitas e o surgimento de um novo Estado, o Kurdistão.”

Boa leitura!


Escritor Felipe Daiello, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, em que momento descobriu que gostava de escrever?

Felipe Daiello - Sempre fui leitor fanático, desde os cinco anos. Como professor e empresário era responsável por redigir pareceres, propostas, defesas e ajustar palavras, algo que dava prazer. Fosse o linguajar técnico, protocolar e mesmo jurídico. Com o fechamento da Elcom, a necessidade de escrever exigia outras fronteiras. Oficinas de literatura e bons professores eram passos na minha reciclagem. Descobri o prazer de escrever, de colocar ação, emoções e viagens no papel.

Você tem livros publicados em várias temáticas e segmentos. Como surgiu esta diversificação literária?

Felipe Daiello - Pela minha experiência de vida, pela curiosidade em descobrir detalhes e encontrar os acidentes históricos. A investigação sempre presente exige novo tema em cada tentativa. Repetir os mesmos temas é desafio para evitar. Os campos para escrever são extensos, as técnicas que aprendemos nas leituras são novas lições que preciso assimilar. A novidade é algo que estimula minha imaginação e obriga a novas ações.

Em que momento pensou em escrever seu livro “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”?

Felipe Daiello - As múltiplas viagens ao Oriente Médio preparavam o palco; o tema familiar era uma ideia antiga, mas uma viagem para a Jordânia deslanchou o enredo. Depois havia desafio de colega escritor. Carlos Abbud exigia um romance longo.
Em pouco tempo, o corpo do livro ficou pronto. Concentração, tempo quase integral, em três meses formatei o corpo do livro. Depois a equipe da AGE ajudou na edição. Mais de quatro meses de trabalho.

Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária?

Felipe Daiello - Em “Ventos do Deserto”, os temas interligam a espionagem, a ascensão e queda do Estado Islâmico, os conflitos entre sunitas e shiitas e o surgimento de um novo Estado, o Kurdistão. Não podemos esquecer o eterno problema dos refugiados e o permanente conflito das decisões, tanto no nosso futuro como no presente das nossas ligações sentimentais. Qual o parceiro adequado para o sucesso pleno na nossa vida?

De forma resumida, apresente-nos os principais personagens que envolvem a trama.

Felipe Daiello - Miguel, o espião e empresário, é o centro de tudo com suas obrigações, suas ações em duas frentes. Depois Júlia, a ocidental, deve superar Yasmim, a mulher oriental. O conflito de civilizações e as divergências religiosas ajudam no tempero das emoções. Não esquecer Renata, que traz segredos do passado e vai encontrar antiga paixão proibida.

O que veio primeiro: o título ou o enredo? Comente.

Felipe Daiello - No caso, o enredo surgiu primeiro, depois trabalhamos na capa, pois ela deveria refletir o espírito do livro. Com os primeiros esboços, o título surgiu ao natural. Não podia ser outro. O vento é sempre portador de novidades, boas ou más.
“Ventos do Deserto” ficou excelente.

O que mais o encanta em “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”?

Felipe Daiello - O enredo ficou bem atual, apresenta estudo geopolítico que vale para entender os conflitos atuais e futuros da região e do mundo. Apresenta locais com selo da ONU como monumentos da humanidade e permite uma melhor compreensão da história da humanidade. Pena que muitos locais ficaram proibidos à visitação ou destruídos pelos conflitos. A sorte das minorias cristãs exige maior atenção da mídia. Nossos irmãos na fé foram abandonados até pelo Vaticano.

Onde podemos comprar o livro?

Felipe Daiello - Livraria Decameron (estoque), na Saraiva e na Cultura por encomenda.
Minha editora AGE é referência para aquisição. Não esquecer que a recessão fechou mais de 1.400 livrarias.

Quais os seus principais objetivos como escritor?

Felipe Daiello - No momento procuro incentivar a leitura. Participo de eventos, como a Semana Literária do GNU e do BR, dou palestras. Estarei na 63ª Feira o Livro de Porto Alegre. Tenho o projeto do Balcão da Leitura; estou montando minha livraria digital onde meu acervo está disponível. Procuro mais espaço para divulgar meus trabalhos, pois tenho muito material para publicar. Nas folgas, além de viajar, dou atenção a uma série de contos, material para participar de concursos. Por sinal, dia 13/11 receberei premiação no Clube Paulistano em São Paulo.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”, do escritor Felipe Daiello. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Felipe Daiello - Agradeço a oportunidade para divulgar meu trabalho, e aos leitores a mensagem é clara:
No mundo globalizado, onde teclamos em vez de falarmos, o sucesso em qualquer atividade depende da nossa memória de longa duração. Por isso são importantes a leitura e a necessidade de exercitar nossos neurônios. Importante transmitir a mensagem para os nossos filhos e amigos e depois para os conhecidos.
Com o tempo, após a devida bagagem, por que não deixar de ser apenas o leitor e escrever o nosso próprio roteiro?
Minha mãe e meu pai tinham bons conselhos. Agradeço.

Felipe Daiello

Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura


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MARIA POR DOM CESLAU (III)

27/10/2017:
Reflexão de Dom Ceslau

O mês de outubro, o mês mariano, o mês do Santo Rosário. Foi o motivo das nossas reflexões mariológicas. A Festa de Nossa Senhora do Rosário foi instituída pelo papa Pio V, em ação de graças a Deus pela vitória das forças cristãos sobre o mundo muçulmano em 1571 em Lepanto, atribuída a reza do terço.

A origem do terço é muito antiga. Remonta aos anacoretas orientais (monges cristãos eremitas) que usavam pedrinhas para contar suas orações vocais. Em 1328, segundo a tradição, Nossa Senhora apareceu a São Domingos, recomendando-lhe a reza do Rosário para a salvação do mundo. Nasceu assim a devoção do Rosário, que significa coroa de rosas oferecidas a Nossa Senhora. O Rosário - popularmente chamado o Terço, é uma das mais queridas devoções a Nossa Senhora que, aparecida em Fátima, ela pediu aos pastorzinhos: "Meus filhos, rezem o terço todos os dias.”

E o Papa Paulo VI disse: O Terço (Rosário) é a Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. (....) já foi chamado “o compêndio de todo o Evangelho” pelo Papa Pio XII (MC 46). A Reza do Terço compreende: a meditação dos mistérios da salvação, a repetição litânica da saudação do Anjo (Ave Maria), e a oração dominical o Pai Nosso. Termina cada dezena, com a louvação da Santíssima Trindade (Gloria ao Pai....). A oração linda, proveitosa, bíblica e mariana. Que Ela, Maria a nossa Mãe terna, te envolve carinhosamente com o seu manto materno. Boa Noite. Dom Ceslau.

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28/10/2017:
Reflexão de Dom Ceslau  (II)

A Igreja sempre nos convida a orar. Com a oração santificar o nosso tempo. Os teólogos africanos, nos primeiros séculos, principalmente o Tertuliano e Cipriano (II século), procuravam ver a ligação da oração com a vida cotidiana. Ensinavam, que devíamos rezar pela manhã, de noite, antes das refeições etc. A forma mais perfeita da oração segundo eles, e o Pai Nosso, porque só o cristão tem o “Deus como o seu Pai”. (História da Igreja Católica, Pe. M. Banaszek – edição em polonês).

Rezemos, pois, sempre, pelo menos pelos curtos atos de elevar o pensamento a Deus, seja agradecendo, seja pedindo, seja confiando.

Deus te abençoes e proteja. Uma excelente noite. Dom Ceslau.

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30/10/2017
Reflexão de Dom Ceslau (III)

Uma das formas de evangelizar é fazer o sinal da cruz. É o costume, que nos vem desde o início do cristianismo. No século II já era o costume entre os cristãos de fazer as orações perante o crucifixo e fazer o sinal da cruz sobre si. Para isto temos testemunhas desde o primeiro século. Os mais antigos textos cristãos atestam que desde os primórdios o Crucifixo, e fazer sinal da cruz era confessar o triunfo de Cristo sobre a morte e o prenúncio da sua futura vinda. Sobre isto escreve o Tertuliano (160 -220), nascido em Cartago – África), assim: “em todas as nossas saídas e vindas, no inícios e fins das atividades, vestindo se ou calçando, antes de tomar banho ou refeição, quando nos deitamos para descaço noturno, ou nos levantamos, quando iniciamos o trabalho e o terminamos, em cada uma das ações marcamos a nossa testa com o sinal da cruz”. (Hist. Da Igreja, edição em polonês, pag. 99)

Daí vem o nosso costume de fazer sinal da cruz. Este costume vem de longe... Do início  de cristianismo. Que bom que Tertuliano anotou estes pormenores, que nos encorajam também hoje professar a nossa fé pelos sinais simples, mas tão profundos. 

Seria tão bom que os nossos irmãos evangélicos estudassem a história do cristianismo, com mais objetividade e também dos tempos antes do ano 1517, isto é, da reforma de Lutero para não afirmar que fazer o sinal da cruz sobre si é algum pecado.

Deus te abençoes. Com a minha oração. Dom Ceslau.~

Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.
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Dom Ceslau Stanula, bispo emérito de Itabuna/BA, membro correspondente da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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