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terça-feira, 17 de julho de 2018

UMA TRAGÉDIA ESTÁ ACONTECENDO NO BRASIL - Alexandre Garcia resume porque as pessoas estão fugindo do País

17/07/2018
Milhões de brasileiros estão unidos por um pensamento. Deixar o país.

Sair para viver e trabalhar, principalmente nos Estados Unidos e Portugal. É resultado de uma pesquisa do Datafolha, divulgada há poucos dias. A maior parte, jovens entre 16 e 24 anos. Nessa faixa etária, 60% dos jovens pesquisados gostariam de ir embora. Entre 25 e 34 anos, metade dos brasileiros ouvidos gostariam de abandonar o país. Entre 35 e 44 anos, 44% sonham em deixar o Brasil. De 45 a 59 anos, um em cada três pesquisados pensam em ir embora. Entre os acima de 60 anos, um em cada quatro. Como se nota, na medida em que a idade avança, em que as pessoas têm mais compromissos familiares, empresariais, laborais - raízes, enfim - o percentual diminui. Mas entre os jovens que buscam oportunidades, seis em cada dez gostariam de ir embora.

As razões dessa ideia de tanta gente são muitas. Jovens que já estudaram no exterior e experimentaram mais segurança, mais valorização ao conhecimento e a ciência, mais oportunidades de melhores salários, voltam e ficam chocados. Brasileiros que passaram a viajar mais para o exterior, ficaram conhecendo ambiente mais organizado, mais seguro, mais previsível. Os de mais idade fazem planos para uma aposentadoria longe de assaltos, balas perdidas, trânsito caótico; em lugares onde possam passear, sair à noite, ir a restaurantes e a espetáculos com mais frequência. Todos dizem que fora do Brasil e vida é mais barata e, óbvio, mais segura.

As gerações mais jovens são o maior patrimônio de uma nação; elas são a garantia de sobrevivência, de continuidade, de futuro. Por isso, uma país como Portugal, nossa matriz, abre as portas para jovens com conhecimento. Com 11 milhões de habitantes e natalidade baixa, Portugal incentiva a vinda de jovens bem formados, que vão ser cidadãos úteis e produtivos para o país. Nossa pátria-mãe tem noção de algo que o Brasil parece ter perdido. Interessante que haja milhares de brasileiros ilegais nos Estados Unidos - calculam em mais de 100 mil - que fugiram do país cheio de leis trabalhistas para buscarem emprego no país que não tem leis trabalhistas.

O que está havendo conosco? Que desânimo é esse? O que perdemos ou o que nos tiraram? Já que estamos em clima de Copa do Mundo, lembro do tricampeonato no México, em 1970. Eu tinha quase 30 anos e testemunhei o entusiasmo do “Pra Frente Brasil”, do “80 Milhões em Ação”, que ajudou a fazer o Milagre Econômico: o país cresceu, por três anos consecutivos, à média de 11,2% ao ano - um crescimento chinês. Não havia desemprego. Atividade econômica plena.

Por puro entusiasmo, que mandava os que pegaram em armas para implantar aqui uma ditadura socialista(como conta um deles, Fernando Gabeira), irem embora: “Brasil, ame-o ou deixe-o” dizia o plástico nos vidros de grande parte dos automóveis. 

Pois agora querem deixar o país aqueles que o amam. Uma tragédia.

Alexandre Garcia

Texto extraído do Facebook Oficial de Alexandre Garcia


ITABUNA CENTENÁRIA UM SONETO: As navalhas do vento – Geraldo Maia


As navalhas do vento


As navalhas do vento voltaram afiadas
depois de dançarem na beira de vulcões
chegaram sedentas de noite e canções
de enganar o sol e se puseram caladas

entre as camadas da pele e os desvãos
dos cobertores a tolher o cio das mãos
com suas luvas de alabastro e cachecóis
no riso e no olhar a sombra dos faróis

de neblina envolvem o coração de pânico
que pende calor do ácido e do tânico
e termina embriagado de seu próprio sangue

e sonha com os tiros de um bangue-bangue
cheiro de pólvora mistura ao de café
o sabor bem quente do ventre da mulher.


Geraldo Maia, poeta 
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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ABL comemora, no dia 19 de julho, quinta-feira, 121 anos de fundação, e entrega duas de suas comendas mais importantes: as medalhas Machado de Assis e João Ribeiro


A Academia Brasileira de Letras comemora seus 121 anos de fundação no dia 19 de julho, quinta-feira, a partir das 17 horas, em Sessão Solene no Salão Nobre do Petit Trianon. O Acadêmico, escritor e jornalista Cícero Sandroni será o orador oficial da solenidade.

Depois do discurso, o Presidente Marco Lucchesi convidará o Acadêmico Domício Proença Filho para fazer a entrega da Medalha Machado de Assis de 2018 ao Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (a comenda será afixada no estandarte da corporação). A seguir, convidará o Acadêmico Arnaldo Niskier para entregar a Medalha João Ribeiro ao jurista e ex-ministro Bernardo Cabral.

O cerimonial prevê, ainda, a apresentação do grupo Música Antiga da UFF, integrado pelos músicos Lenora Pinto Mendes, Leandro Mendes, Márcio Paes Selles, Mario Orlando e Virginia Van der Linden.

13/07/2018

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