Total de visualizações de página

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: História de Carnaval - Luiz Gonzaga Dias




História de Carnaval

Luiz Gonzaga Dias

 

O homem mau contou uma história estranha...

Disse que era Arlequim enganando Pierrot,

E que o beijo frio do lança-perfume

Tinha o aroma da sua Colombina.

 

O homem meu pulou, dançou o frevo,

Fez discursos extremistas no salão,

Das serpentinas fez uma gravata,

Bebeu uísque e confete misturados,

Serviu de crooner para o jazz tocar.

 

Deu viva à majestade do Rei Momo,

Clamou que era mau, que era valente,

E no trêfego rumor da batucada

Saiu sozinho pela madrugada,

Pelas ruas vivando o carnaval!

 

(IMAGENS MUTILADAS)

Luiz Gonzaga Dias

 

................

EM LUGAR DE PREFÁCIO

 


            Como um derivativo à luta diária, neste século agitado, nesta época de progresso vertiginoso, aqui estão alguns versos reunidos neste volume, poesias na sua maior parte, dispersas nas publicações brasileiras.

             Sentencia o Evangelho, que nem só de pão vive o homem, sendo, portanto, estes versos, assim como um oásis, no deserto febril da civilização, da política, da atividade multifária dos seres, na era do avião a jato, dos inventos nucleares e do perene choque de interesse dos homens.

          Um momento de arte e descanso, não faz mal ao corpo ou ao espírito exausto.

             Se o leitor não acha que ler poesia é perder tempo, leia um pouco estes versos.

           Ao contrário, desculpe e passe adiante.

             De qualquer modo, queira aceitar os agradecimentos do autor.

 

São Felix, Estado da Bahia, julho de 1962

Luiz Gonzaga Dias

* * *

Entrevista com HELOÍSA PRAZERES | Livro: TENDA ACESA