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terça-feira, 17 de outubro de 2017

EM CARTA A DEPUTADOS, TEMER DIZ QUE É ‘VÍTIMA’ DE ‘CONSPIRAÇÃO’


Pedro Ladeira - 26.set.2017/Folhapress
Presidente Michel Temer, que enviou carta aos parlamentares às vésperas da denúncia
DE BRASÍLIA
17/10/2017

Às vésperas da votação da segunda denúncia contra ele na Câmara, o presidente Michel Temer encaminhou nesta segunda (16) aos gabinetes dos deputados aliados uma carta em que se diz "indignado" com o que chama de "conspiração" para tirá-lo do cargo.

"Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis", afirma na carta.

No texto, Temer admite que está fazendo um "desabafo", com críticas ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e aos delatores Joesley Batista, dono da JBS, e Lúcio Funaro, operador do PMDB. O presidente desqualifica as delações premiadas de ambos, homologadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e diz que as colaborações têm o intuito apenas de atingi-lo.

Segundo o presidente, Janot participou de forma ativa de uma "trama", com a ajuda do procurador Marcello Miller, para fechar a delação da JBS com o objetivo de tirar o peemedebista do comando do Palácio do Planalto.

Aos parlamentares que votarão seu destino político nos próximos dias, o presidente diz que está defendendo sua honra e que Janot queria impedir que ele nomeasse um novo titular para a Procuradoria-Geral da República e "ser ou indicar" o novo candidato à Presidência, na disputa que se dará no ano que vem.

"Tudo combinado, tudo ajustado, tudo acertado, com o objetivo de: livrar-se de qualquer penalidade e derrubar o presidente da República", escreveu Temer.

Temer cita na carta a entrevista que o procurador Ângelo Goulart Vilela deu à Folha. O presidente diz que ele permaneceu preso durante 76 dias, sem que fosse ouvido: "Nela, evidenciou que o único objetivo do ex-procurador-geral era derrubar o presidente da República [...] Veja que trama".

Menciona também a entrevista à Folha em que o advogado Willer Tomaz, que foi preso com Vilela, acusa Joesley de ter feito uma armadilha para agradar Janot.

EDUARDO CUNHA

O presidente diz ainda que as declarações do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba há quase um ano, à revista "Época" indicam que a delação de Funaro só foi aceita porque a de Cunha não entregava o presidente.

"Em entrevista à revista Época, o ex-deputado Eduardo Cunha disse que a sua delação não foi aceita porque o procurador-geral exigia que ele incriminasse o presidente da República. Esta negativa levou o procurador Janot a buscar alguém disposto a incriminar o presidente. Que, segundo o ex-deputado, mentiu na sua delação para cumprir com as determinações da PGR. Ressaltando que ele, Funaro, sequer me conhecia", diz a carta.

O texto começou a ser entregue apenas dois dias depois de a Folha divulgar vídeos de depoimentos de Funaro, apontado como o principal operador do PMDB da Câmara, e que implicam Temer em diversos crimes.

A delação de Funaro foi usada por Janot para embasar a segunda denúncia contra o presidente, desta vez por obstrução de Justiça e formação de organização criminosa.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara deve votar nesta quarta-feira (18) o parecer contrário ao prosseguimento da denúncia contra Temer e seus ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).


Leia a íntegra da carta:

Prezado Parlamentar.

A minha indignação é que me traz a você. São muitos os que me aconselham a nada dizer a respeito dos episódios que atingiram diretamente a minha honra. Mas para mim é inadmissível. Não posso silenciar. Não devo silenciar.

Tenho sido vítima desde maio de torpezas e vilezas que pouco a pouco, e agora até mais rapidamente, têm vindo à luz.

Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis.

Começo pelo áudio da conversa entre os dirigentes da JBS. Diálogo sujo, imoral, indecente, capaz de fazer envergonhar aqueles que o ouvem. Não só pelo vocabulário chulo, mas pelo conteúdo revelador de como se deu toda a trajetória que visava a impedir a prisão daqueles que hoje, em face desse áudio, presos se encontram.

Quem o ouviu verificou uma urdidura conspiratória dos que dele participavam demonstrando como se deu a participação do ex-procurador-geral da República, por meio de seu mais próximo colaborador, Dr. Marcello Miller.

Aquele se tornou advogado da JBS enquanto ainda estava na PGR. E, dela sendo exonerado, não cumpriu nenhuma quarentena prevista expressamente no artigo 128, parágrafo 6°, da Constituição Federal.

Também veio a conhecimento público a entrevista de outro procurador, Ângelo Goulart Vilela, que permaneceu preso durante 76 dias, sem que fosse ouvido. Nela, evidenciou que o único objetivo do ex-procurador-geral era "derrubar o presidente da República".

"Ele tinha pressa e precisava derrubar o presidente", disse o procurador. "O Rodrigo (Janot) tinha certeza que derrubaria", afirmou. A ação, segundo ele, teria dois efeitos: impedir que o presidente nomeasse o novo titular da Procuradoria-Geral da República, e ser, ou indicar, o novo candidato a presidente da República. Veja que trama.

Mas não é só. O advogado Willer Tomaz, que também ficou preso sem ser ouvido, registrou igualmente em entrevista os fatos desabonadores em relação à conduta do ex-procurador-geral.

Em entrevista à revista Época, o ex-deputado Eduardo Cunha disse que a sua delação não foi aceita porque o procurador-geral exigia que ele incriminasse o presidente da República. Esta negativa levou o procurador Janot a buscar alguém disposto a incriminar o Presidente. Que, segundo o ex-deputado, mentiu na sua delação para cumprir com as determinações da PGR. Ressaltando que ele, Funaro, sequer me conhecia.

Na entrevista, o ex-deputado nega o que o dirigente-grampeador, Joesley Batista, disse na primeira gravação: que comprara o seu silêncio.

No áudio vazado por "acidente" da conversa dos dirigentes da JBS, protagonizado por Joesley e Ricardo Saud, fica claro que o objetivo era derrubar o presidente da República. Joesley diz que, no momento certo, e de comum acordo com o Rodrigo Janot, o depoimento já acertado com Lúcio Funaro "fecharia a tampa do caixão". Tentativa que vemos agora em execução.

Tudo combinado, tudo ajustado, tudo acertado, com o objetivo de: livrar-se de qualquer penalidade e derrubar o presidente da República.

E agora, trazem de volta um delinquente conhecido de várias delações premiadas não cumpridas para mentir, investindo contra o presidente, contra o Congresso Nacional, contra os parlamentares e partidos políticos.

Eu, que tenho milhares de livros vendidos de direito constitucional, com mais de 50 anos de serviços na universidade, na advocacia, na procuradoria e nas secretarias de Estado, na presidência da Câmara dos Deputados e agora na Presidência da República, sou vítima de uma campanha implacável com ataques torpes e mentirosos. Que visam a enlamear meu nome e prejudicar a República.

O que me deixa indignado é ser vítima de gente tão inescrupulosa. Mas estes episódios estão sendo esclarecidos.

A verdade que relatei logo no meu segundo pronunciamento, há quase cinco meses, está vindo à tona. Pena que nesse largo período o noticiário deu publicidade ao que diziam esses marginais. Deixaram marcas que a partir de agora procurarei eliminar, como estou buscando fazer nesta carta.
É um desabafo. É uma explicação para aqueles que me conhecem e sabem de mim. É uma satisfação àqueles que democraticamente convivem comigo.

Afirmações falsas, denúncias ineptas alicerçadas em fatos construídos artificialmente e, portanto, não verdadeiros, sustentaram as mentiras, falsidades e inverdades que foram divulgadas. As urdiduras conspiratórias estão sendo expostas. A armação está sendo desmontada.

É preciso restabelecer a verdade dos fatos. Foi a iniciativa do governo, somada ao apoio decisivo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que possibilitou a retomada do crescimento no país.

Quando se fala que a inflação caiu, que os juros foram reduzidos, que fomos capazes de liberar as contas inativas do FGTS e agora de antecipar as idades para percepção do PIS/Pasep, tudo isso tem um significado: impedir o aumento de preços, valorizar o salário e melhorar a vida das pessoas.

Quero acrescentar o que fizemos na área social. No Bolsa Família, por exemplo. Quando assumimos aumentamos em 12,5% seu valor. E zeramos a fila daqueles que nele queriam ingressar.

Mas nós não queremos que os que estão no Bolsa Família nele permaneçam indefinidamente.
Queremos que progridam. Por isso lançamos o programa Progredir, com participação dos bancos públicos e da sociedade civil com vistas a incluí-los positivamente na sociedade.

Nenhum programa social foi eliminado ou reduzido. O Brasil não parou, apesar das denúncias criminosas que acabei de apontar.

O Brasil cresceu e vem crescendo. Basta verificar os investimentos estrangeiros e o interesse acentuado pelas concessões e privatizações que estamos corajosamente a realizar.

E a agenda de modernização reformista do País avança com o teto de gastos públicos, lei das estatais, modernização trabalhista, reforma do ensino médio, proposta de revisão da Previdência, simplificação tributária.

Em toda a minha trajetória política a minha pregação foi a de juntar os brasileiros, de promover a pacificação, de conversar, de dialogar. Não acredito na tese do "nós contra eles". Acredito na união dos brasileiros.

O que devemos fazer agora é continuar a construir, juntos, o Brasil. Com serenidade, moderação, equilíbrio e solidariedade.

Na certeza de que a verdade dos fatos será reposta, agradeço a sua atenção.

Atenciosamente,

Michel Temer 

* * *

ANTONIO CABRAL FILHO ENVIOU UMA MENSAGEM PARA VOCÊ EM ITABUNA CENTENÁRIA

Assunto: Eglê Santos Machado

(postado há 3 anos, quando ICAL ainda era RSIC)


Ilma. Eglê, hoje tirei um tempinho e fui lendo até à página dez do álbum de postagens e pude constatar o seu esforço em alimentar o portal com matérias úteis, construtivas, recheadas de informações, de modo a fortalecer os respectivos membros com fontes. Você tem a felicidade de saber fazer isso em alto nível cultural, enriquecendo o seu portal e os seus internautas. Não tem uma só postagem de futilidade, uma só fotosinha de egocentrismo, de coisas novelescas.


Neste "rolezinho" que fiz, encontrei nomes muito bons e não vem ao caso citações, até respeito coletivo, mas você conta com um quadro de ESCRITORES muito bom. Embora não os veja "por aí" de blog em blog, como eu, não perderiam em nada a sua QUALIDADE se explorassem mais os seus potenciais. 

É o meu caso aqui: estou me expondo para me conhecer um pouco mais. Gente é sempre novidade. Fico muito feliz quando acontece um comentário, uma opinião, mesmo contrária ao que penso, como aconteceu em um site, onde uma escritora xingou Machado de Assis, dizendo que ele é um parnasiano medíocre, um intelectual omisso, um aliado da Coroa etc, e fui obrigado a dizer-lhe que as qualidades DELE são superiores a qualquer opinião dela e que não estava convidando ninguém a debater Machado de Assis e sim conhecer a poesia dele, uma vez que a prosa é conhecidíssima. E só isso. Ela silenciou e não sei se continua entrando em minha página, mas isso é salutar, mesmo que a gente tenha que dar uma "lenhada!" 

Eglê, lhe desejo sucesso e o que estiver ao meu alcance, farei para promover o Portal. Ah, postei um status com a divulgação da ANTOLOGIA MIL POEMAS A CECÍLIA MEIRELES, da Academia de Letras de São Mateus -ES, vale a pena reforçarmos! Abraços, tenha um bom dia!!

Resposta:

"Caro Antonio Cabral Filho,

Fico feliz pelo que escreveste a meu respeito em relação a nossa ITABUNA CENTENÁRIA- RSIC, ao meu modo de administrá-la. Em silêncio acompanho teu trabalho aqui publicado, a tua atuação e fico admirada com o teu jeito correto de agir respeitando as regras estabelecidas no Regulamento (regulamento há  tempo carente de atualização).  

É verdade temos alguns membros  muito bons, todavia pouco ou quase nada conseguem acrescentar aqui em termos de postagens, já que têm dificuldades em lidar com a Internet. Alguns conseguem postar o texto, mas eu tenho que  arrumar fotos, fonte, parágrafos... Mas faço tudo com carinho e gratidão, pois são pessoas muito queridas, mesmo os que não conheço pessoalmente, a grande maioria. Temos também outros bem competentes, mas com pouco tempo para interagir.

Existem  também alguns que são membros, alegam que não conseguem postar foto do perfil ou textos e enviam-me por e-mail  para que eu o faça, mas sua página no Facebook está  com foto do perfil e vários posts diários – Acontece que o Facebook é bem mais difícil do que RSIC (ICAL).

Amigo RSIC (ICAL) foi criada para homenagear Itabuna pelo centenário  no ano 2010. Como deves ter percebido trabalhamos com o plano Pro da Ning que é completo; embora tenha capacidade para acolher milhares temos menos de 300 membros, já que foi necessário suspender ou mesmo excluir muitos que usaram a rede, uns  para cometer irregularidades enviando e-mails para todos os membros tentando  aliciar para coisas ilegais outros (sempre estrangeiros) postando textos indecentes ou fotos enormes e spans. Aconteceu uma ocasião postarem tantas e tantas fotos que meu PC travou.  Depois disso passei a moderar entrada de novos membros e postagens de fotos. Estrangeiros, principalmente dos EEUU e do Senegal, não aprovo de jeito algum, são terríveis! rsrsrs.

Tenho acompanhado teu jeito gentil no trato com os membros, até 'ressuscitando' alguns sumidos.

Agradeço-te desejando que consigas dar uma injeção de ânimo nos que têm capacidade de colaborar para o sucesso do site.  A plataforma NING também tem andado desleixada no  seu mister de dar suporte eficiente, do mesmo modo que é eficiente no debitar no meu cartão de crédito o valor da mensalidade. Mas isso é outro assunto, meu amigo...

Muito obrigada pela força. Fica à vontade. Um Abraço!

Itabuna, 30/04/2014

Eglê S Machado"

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