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sábado, 6 de janeiro de 2018

DOM CESLAU STANULA – Do laicato e dos leigos 3

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03/01/2018

(Passaram festas natalinas, euforia do fim do ano. O Ano Novo está em curso. A todos os que me mandaram mensagem natalina e do fim do ano, agradeço de coração. Que Deus lhes retribua, em dobro, as lindas palavras e o bom coração).
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Estamos vivendo o ano do laicato. 
Iniciamos as nossas reflexões sobre a dignidade do leigo que lhe vem do batismo e sobre a sua missão. Pensamos retomar e continuar estas reflexões para tomar consciência da nossa missão e responsabilidade pelo mundo que é a nossa casa.

Gostaria inicialmente de falar sobre o tema, um tanto pouco refletido, que é o sacerdócio comum dos fiéis. Falamos e muito do sacerdócio ministerial, que exercem diáconos, padres e bispos. Mas dos fiéis, não se fala.

São Pedro na primeira carta diz: “Mas vós sois uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo da sua particular propriedade, a fim de proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas a sua luz maravilhosa” (1 Ped.2,9).

Com estas palavras animadoras somos: “uma nação santa” iniciemos o ano novo com confiança de que o mundo vai melhorar se compreendamos esta declaração de Deus sobre quem somos. Com a benção especial e a oração.
Dom Ceslau.

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04/01/2018
O que é o sacerdócio

Em qualquer religião o sacerdócio e  a mediação são categorias afins. Então se poderia dizer que o sacerdócio é o serviço de mediação.

O povo do Antigo Testamento que havia feto do culto a Deus o ápice da sua vida, valorizava altamente a função mediadora dos sacerdotes. Até instituiu uma categoria do povo que só se dedicava a este serviço. Era a classe dos Levitas.

E quando o povo de Deus já se assentou na terra de Canaã, sacerdotes cumprem a sua missão nos santuários, como guardas.  O Santuário para eles era considerado o sinal da presença de Deus e então os sacerdotes estavam a serviço desta presença de Deus.

O sacerdócio é a mediação entre Deus e o seu povo. Deus criou tudo o que existe. Criou para participarem da sua gloria. E o Rei da Criação é a pessoa humana. Deus escolhe algumas pessoas para se tornarem mediadores e estiverem a serviço desta mediação dentro do povo.

Como Deus nos valoriza!

Um grande abraço e a benção com a minha humilde oração por você e sua família.
Dom Ceslau.
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05/01/2018

O Sacerdócio e a mediação entre Deus e a humanidade, se realiza, segundo a tradição do Povo de Deus no A. Testamento, em várias funções.

No Antigo Testamento vemos isto assim:
Em primeiro lugar cabe aos sacerdotes consultar a Deus, sobre a sua vontade para com o povo (Num. 20, 6 ss), e transmitir-lhe  está  vontade (Ex. 34,29 ss).

Segundo lugar, ensinar as suas normas e seus mandamentos. Os sacerdotes são peritos da interpretação da Lei do Senhor. Eles explicam qual deve ser o comportamento das pessoas, segundo a vontade de Deus, e o que está certo ou errado; discernem o que está puro ou profano.

No terceiro lugar celebrar o culto, oferecendo os sacrifícios no altar para a glória de Deus.
Finalmente a tarefa dos sacerdotes é abençoar em nome de Deus (Num 6,22-27).

Em todas as funções, seja transmitindo a lei de Deus e interpretando-a, seja levando ao altar os dons oferecidos pelo povo e presidindo as orações, fazem-no em nome do povo. Com esta dupla mediação: ascendente e descendente, o sacerdote é a recordação viva da aliança de Deus com o seu povo. Então, todas as atividades do sacerdócio do Antigo Testamento tendem criar a comunhão entre Deus e o povo.

Pedindo a Deus a benção especial para você e sua família, com a minha oração.
Dom Ceslau.
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Dom Ceslau Stanula – Bispo Emérito da Diocese de Itabuna-BA, escritor, Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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CARLOS HEITOR CONY MORRE AOS 91 ANOS

Ele estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, e causa da morte foi falência múltipla de órgãos, segundo a Academia Brasileira de Letras.
Por G1
06/01/2018

O jornalista e escritor Carlos Heitor Cony morreu, por volta das 23h desta sexta-feira (5), aos 91 anos. A informação foi confirmada ao G1 pela assessoria da Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual ele era membro desde 2000. Cony estava internado desde 26 de dezembro no Hospital Samaritano, no Rio. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Com uma longa carreira de jornalista iniciada nos anos 1950 e atuação nos principais jornais e revistas do país, Cony escreveu diversos romances, como "O ventre" (1958), "Pilatos" (1973), "Quase memória" (1995), que vendeu mais de 400 mil cópias, e "O piano e a orquestra" (1996). Com os dois últimos, ganhou o prêmio Jabuti.

Também foi autor de livros de crônicas, coletâneas de contos e novelas para a TV, além de comentarista de rádio, função que exerceu até o fim da vida, na rádio CBN.

Carlos Heitor Cony nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Era filho do jornalista Ernesto Cony Filho e de Julieta Moraes Cony. Cursou humanidades e filosofia no Seminário de São José.

Começou a carreira de jornalista em 1952, como redator do "Jornal do Brasil" – e entre 1958 e 1960 colaborou no "Suplemento Dominical" do mesmo veículo, escrevendo contos, ensaios e fazendo traduções.
Carlos Heitor Cony veste o fardão de membro da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Ao fundo, sua mulher, Bia (Beatriz Lajta) segura o chapéu. Foto de maio de 2000 (Foto: Antônio Gaudério/Folhapress/Arquivo)

Seu primeiro romance foi "O ventre" (1958), que havia sido escrito em 1955, quando o autor tinha 29 anos, para um concurso promovido pela ABL. Depois, vieram "A verdade de cada dia" e "Tijolo de segurança", com os quais ganhou, por duas vezes consecutivas, o prêmio Manuel Antônio de Almeida.

Já em 1961, entrou para o "Correio da Manhã", nas funções de redator, cronista, editorialista e editor. Em 1964, após o Golpe Militar, chegou a ser preso em diversas ocasiões e se exilou na Europa e em Cuba.

Mais tarde, trabalhou por mais de 30 anos na revista "Manchete" e foi diretor de "Fatos & Fotos", "Desfile" e "Ele Ela".

Entre 1985 e 1990, dirigiu o setor de teledramaturgia da Manchete, tendo sido autor das novelas "A Marquesa de Santos", "Dona Beija" e "Kananga do Japão".

Em 1993, substituiu Otto Lara Resende como cronista da "Folha de S.Paulo". Também entrou para o conselho editorial do mesmo jornal.

Em 23 de março de 2000, foi eleito para a cadeira número 3 da ABL.

Carlos Heitor Cony foi casado por 40 anos com Beatriz Latja e tinha três filhos: Regina, Verônica e André.

Veja, abaixo, prêmios recebidos por Carlos Heitor Cony:
Duas vezes o Prêmio Manucel Antônio de Almeida, pelos romances "A verdade de cada dia", em 1957, e "Tijolo de segurança", em 1958;
Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra, em 1996;
Prêmio Jabuti em 1996, pelo romance "Quase memória";
Prêmio Jabuti em 1997, pelo romance "O piano e a orquestra";
Prêmio Jabuti em 2000, pelo romance "Romance sem palavras";
Ordre des Arts et des Lettres, em 1998, concedido pelo governo da França.



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