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sábado, 10 de fevereiro de 2018

CARNAVAL 2018: IMPÉRIO SERRANO - samba enredo

Samba-enredo

“O Império na rota da China”
Compositores: Tico do Gato, Chupeta, Henrique Hoffman, Lucas Donato, Arlindinho, Andinho Samara, Victor Rangel, Jefferson Oliveira, Ronaldo Nunes e André do Posto 7.
Categoria: Música
Licença: Licença padrão do YouTube

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                            Confio no meu verde e branco a seguir
Conceda o caminho onde eu possa reinar 
Império de tradições imponentes
Nos Oriente a desvendar
O sábio contou, eu guardei na memória
A lenda do chá que marcou a história
Numa cidade majestosa e proibida
Ganha vida, uma aquarela imperial
A dinastia registrada nos metais
Salve os ancestrais
Um legado imortal. 

Quando soar o gongo

Toca esse agogô 
Roda a baiana, é festa um ritual de amor 
A tradição milenar aprendendo a sambar
Com o melhor professor. 

A sabedoria tão perfeita, 

Feito um oásis de invenções
O vento sopra ao mundo uma colheita 
Dos frutos que mudaram gerações,

Sua fortaleza é o que me faz seguir

Sou mais um guerreiro a lutar por ti 
Não desfazendo de ninguém
Voltei ao meu lugar 
Serrinha custa, mas vem
Pra ficar 

Nossa coroa a brilhar
A China vem festejar
E anunciar o “novo ano” 

Deixa o povo cantar 
Matar a saudade do Império Serrano


* * *

O VESTIDO AZUL - William Netto Cândido

O vestido azul


Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela frequentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança estava quase sempre suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas. O professor ficou penalizado com a situação da menina.

– Como é que, uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, comprou-lhe um vestido novo.

Ela ficou linda no vestido azul. Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, e cortar suas unhas.

Quando acabou a semana, o pai falou:

– Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.

Logo depois, a casa se destacava na pequena vila, pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram, também, arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.

Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e a luta daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito, expôs suas ideias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão, a fim de estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento, que acabou fazendo com que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?

Por acaso, somos daqueles que somente apontamos os barracos da rua, as crianças sem escola e a violência do trânsito?

Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.


(NOVAS ESTÓRIAS AO ENTARDECER)

William Netto Cândido

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