O silêncio de plástico
Mensalões, cartéis, propinas, caixas 2, lavagens de grana,
fuga de capitais, trafico de influências, drogas, contrabandos, delações
envolvendo os bilionários escândalos envolvendo a Petrobras, construção de
metrôs e obras públicas federais, estaduais e municipais, inclusive no INSS,
nos ministérios, secretarias e no emaranhado burocrático público-privado estão
deixando para a população pagar um rombo nas contas públicas estimado pelo
aplicativo 'corruptômetro' em torno de R$ 920 bilhões contabilizados por meio
de superfaturamentos, ações de cartéis, concorrências fraudadas e
montadas.
No governo Collor bastaram alguns milhões desviados criminosamente para tirar o presidente do cargo. Foi quase um rito sumário, povo nas ruas, votação no Congresso, e tchau presidente 'play boy'. Mas nos governos do PT, são doze anos na tela, o mensalão correu solto, até hoje estão soltos, agora é a Petrobrás com 1 bilhão de prejuízo, e não acontece nada, depois chegam as delações, milhões são dedurados, e ainda assim não acontece nada.
A presidente reeleita chora no vídeo como se ditadura e
tortura fossem monopólio da 'direita', sem se importar em chorar também pelos
milhões de torturados e mortos pelas ditaduras militares implantadas nos países
soacilistas considerados de 'esquerda'. Para esses a verdade continua sendo
explicada na bala, na vala comum, nos campos de extermínio que só no Cambodja
resultou na morte de 2/3 da população pelo 'bonzinho', porque de 'esquerda',
Kmher Vermelho.
Mas por que Collor caiu logo e Lula , Dilma, Dirceu, etc, etc, continuam no poder, mesmo com as ruas gritando 'fora Lula', 'fora Dilma', 'fora PT'? Saiu quase despercebida e pouca gente notou, no auge na mais sórdida campanha eleitoral que se tem notícia no Brasil, uma declaração do Pedro Stédile, líder vitalício dos movimentos dos Sem Terra, Sem Teto, Sem Comida, sem Voz, sem Cabeça, sem Vontade, sem opinião, sem Decisão, sem liberdade para andar por seus próprios pés, pensar com o próprio cérebro, decidir segundo sua própria vontade.
Pedro Stédile disse que se a presidente Dilma perdesse haveria guerra civil no país. Não usou outra palavra, foi guerra mesmo. Baseado em que Stédile, o monarca dos sem teto, fez tal afirmação? Observem um assentamento dos Sem Terra. A maravilhosa organização de caráter militar que ali existe. Geralmente liderados por mulheres, a organização dos Sem Terra no seu dia a dia não encontra similar no país ou no planeta. Dotados que são de disciplina digna de fazer inveja a qualquer dos mais bem treinados grupamentos das forças armadas.
O MST também é extremamente organizado no que tange às suas ações produtivas, que são bem diversificadas. Agricultura, criatório, artesanato, cooperativas são utilizadas para produzir alimentos. O MST coordena mais de 100 cooperativas e mais de 1,9 mil associações situadas nos assentamentos trabalhando a construção de 96 agroindústrias. Os assentamentos do MST impactam a vida de um município tanto na esfera social como econômica. Em primeiro lugar, a terra ganha uma função social. Em segundo lugar, um conjunto de famílias ganha instrumentos para a sua sobrevivência. Depois de um período, constroem a casa, conquistam a escola e começam a produzir. A produção garante o abastecimento de alimentos aos moradores das pequenas cidades e gera renda às famílias assentadas. Mas o que existe por trás dos barracos de plástico preto que vai ser utilizado por Stédile em uma guerra civil? Alimentos Orgânicos? Armas automáticas? Munições de grosso calibre, veículos de combate, helicópteros e aviões. Misseis interestaduais? Tanques de lavar roupa ou tanques de guerra? Como Dilma ganhou o silêncio permeia os assentamentos dos Sem Terra.
Aguarda-se as próximas eleições. Quase um Bilhão foi tirado
dos cofres públicos. Para comprar arsenal? Mas guerra contra quem, irmãos
contra irmãos? Esquerda contra direita? Norte nordeste contra o sul sudeste?
Ricos contra pobres? Luta entre as classes? Capitalismo contra comunismo? Muito
bem, até agora do que valeram essas guerras ao redor do mundo?
Mais guerras, mais violência, mais intolerância, mais fome,
miséria, doenças, abandono, indiferença. Dentro do plástico preto ecoa o
silêncio impregnado nos paus de arara armados nos porões da direita e da
esquerda. Qual deles tortura melhor? Qual tortura venceu condenando a outra a
'nunca mais'?
Geraldo Maia, poeta
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO
(incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA
DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação
Pedro Calmon Trabalha na empresa Folha
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