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quarta-feira, 8 de maio de 2019

O FLANELINHA E O NAVIO – Alexandre Garcia


Domingo último, o presidente da República foi ao cemitério para o enterro da mãe de um ex-funcionário do seu gabinete de deputado federal. Caminhou até a sepultura com o braço sobre os ombros do filho órfão, entre as pessoas do cortejo.

Três dias antes, havia ido a uma favela construída sobre um antigo lixão, a Cidade Estrutural, para retribuir a visita que recém lhe fizera, no Palácio do Planalto, a menina usada para uma fakenews, em que supostamente recusava o cumprimento do Presidente. Mais uma vez se expôs.

Essas últimas sortidas do presidente mostram que nem o cargo maior da República nem a facada do ex-PSOL Adélio Bispo mudaram o seu modo de ser Bolsonaro. Um risco para a segurança, tal como acontecia, durante a campanha, e teve resultado dramático.

O sonho da oposição é que esse Bolsonaro mude, pois foi esse Bolsonaro que derrotou todos os candidatos - ao contrário do que afirmavam pesquisas. Derrotou as pesquisas e os que pensavam, com arrogância, que poderiam conduzir a cabeça do eleitor. Com as redes sociais, o eleitor se libertou.

Nesses quatro meses de governo, o que se tem visto e ouvido é que os opositores parecem estar ainda em campanha, num terceiro turno, com sede de vingança pela derrota nas urnas.

O estilo aprovado nas urnas virou governo do país, mas muita gente gostaria que o setor público federal continuasse com os velhos vícios, para manter as mamatas, os cargos, os benefícios, a pregação destrutiva do país. Não aceitam a mudança e criam ficções, ainda na tentativa de convencer a opinião pública e enfraquecer o governo. Uma parte mais ingênua do governo é usada, ao dar respostas a provocações.

Um flanelinha num Centro Comercial de Brasília me abordou, outro dia, dizendo que não havia votado em Bolsonaro, e que não gosta dele, "mas agora que ele é presidente, não adianta mais chorar, porque estamos todos no mesmo barco. Não dá prá deixar o navio afundar só porque eu não gosto do capitão”.

Pragmatismo do cidadão flanelinha. Reforma da Previdência, reforma das leis penais, liberdade econômica; corte de mordomias, benefícios, favores e populismos; respeito à independência de poderes, aposta na responsabilidade do Legislativo, enxugamento do estado. É o mínimo necessário para o país se recuperar de anos de corrupção, desperdício e negação da ideia de Ordem e Progresso.
 

Alexandre Garcia
Jornalista
Alexandre Eggers Garcia é um jornalista, apresentador e colunista político brasileiro. Foi porta-voz do último presidente do período do regime militar do Brasil, general João Batista Figueiredo. Wikipédia
Nascimento: 11 de novembro de 1940 (79 anos), Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul

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CAETANO VELOSO É O TEMA DA PALESTRA DE NELSON MOTTA NO CICLO DE CONFERÊNCIAS DA ABL ‘POESIA CANTADA: MELODIA E VERSO’


Jornalista, escritor e compositor Nelson Motta faz na Academia Brasileira de Letras a segunda palestra do ciclo de conferências “Poesia cantada: melodia e verso”, sob coordenação do Acadêmico e jornalista Zuenir Ventura. O evento está programado para o dia 9 de maio, quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr. (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro), e debaterá o tema Memórias de Caetano Veloso. Entrada franca.

Serão fornecidos certificados de frequência.

A Acadêmica Ana Maria Machado é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2019.

“Poesia cantada: melodia e verso” terá mais três conferências no mês de maio, sempre às quintas-feiras, no mesmo local e horário: Poesia e música a partir de Homero, Acadêmico Antonio Cícero, dia 16; O Rio inventou a marchinha, Rosa Maria Araújo, 23; e Vinicius de Moraes: a canção como destino, Eucanaã Ferraz, 30.

O CONFERENCISTA

Jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical, teatrólogo e letrista, Nelson Motta nasceu em São Paulo no dia 29 de outubro de 1944. Autor de mais de 300 músicas tem, entre os seus parceiros, Lulu Santos, Rita Lee, Ed Motta, Cidade Negra, Guilherme Arantes, Dori Caymmi, Erasmo Carlos e a banda Jota Quest. Produziu espetáculos de artistas como Elis Regina, Marisa Monte e Gal Costa.

Nelson Motta é o autor de sucessos musicais como Dancing Days (com Ruben Barra), Como uma Onda (com Lulu Santos), Coisas do Brasil (com Guilherme Arantes) e da canção de final de ano da Rede Globo, "Um Novo Tempo" (com Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle).

02/05/2019


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FORÇA DA ESPERANÇA! - Antonio Nunes de Souza


Indubitavelmente, todas as pessoas, sem exceções, já nascem e crescem com as pretensões de se transformarem em fortes e resistentes mastros, para poder desfraldar com orgulho, sabedoria e vaidade, a maravilhosa e invejada “bandeira da esperança”!

Esse sentimento é bastante forte e, sem maiores esforços domina o homem, já que ele sempre pretende ampliar suas qualidades, status, conhecimentos, posses e riquezas em geral. E, para que isso aconteça, se faz mister que cada um direcione suas maneiras de agir, trabalhar, estudar e, mais que tudo: “Ser econômico e cheio de vontades e desejos de concretizar seus sonhos, projetos e ideais!”
Na contingência atual, em função das turbulências que vivemos, muitas vezes, esse desejo é suplantado e esquecido, já que é um sentimento de olhares futuros, mas, o presente, ocupa muito as mentes e os corpos, em função das atividades normais de sobrevivência.

Mas, como viver sem a perspectiva de esperança?

Sinceramente que a vida torna-se insólita e sem graça, principalmente porque provoca a acomodação, o conformismo, além de incutir nas mentes uma ilusão de que a esperança é algo inacessível para muitos. Quando na verdade, a esperança é um sentimento abrangente e nascido dentro de todos os nossos ideais de vida!

Não é sem sentido que se diz há milhares de anos que: “A esperança é a última que morre!”
Verdadeiramente, trata-se de uma realidade, principalmente quando possuímos  coragem, idealismo, buscas e compromissos para que ela sobreviva sempre e, obviamente, nos proporcione novas expectativas, rumos e conquistas!

Se por ventura, sua esperança esteja, descansando e esquecida, trate imediatamente de repensar suas formas de comportamentos, dê uma volta por cima, sacuda a poeira e volte a ser mais um esperançoso de plantão!

Em alguns casos vale a pena arriscar, seguindo o velho ditado popular: QUEM NÃO ARRISCA NÃO PETISCA!”

Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letra-AGRAL


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