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terça-feira, 14 de agosto de 2018

DATA-LIMITE - Merval Pereira


Data-limite

À medida que vai se aproximando a data limite para o registro das candidaturas à presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a discussão sobre a possibilidade de o ex-presidente Lula vir a ser oficializado pelo PT como candidato provoca polêmicas em várias áreas que serão afetadas pela decisão.

O ministro Admar Gonzaga, do TSE, que já defendeu a tese de que a candidatura de Lula deveria ser recusada de ofício, isto é, sem que o tribunal fosse provocado a se pronunciar por um cidadão, um partido político ou pelo Ministério Público Federal, rejeitou ação do servidor Charbel Maroun, candidato pelo Partido Novo em Pernambuco, para vetar desde já a candidatura de Lula à Presidência.

Há uma diferença fundamental entre rejeitar liminarmente o registro e impugnar a candidatura antes do registro oficial. Os ministros do TSE consideram que uma candidatura não pode ser impugnada antes de ser registrada, o que provavelmente será feito pelo PT na quarta-feira dia 15, último dia do prazo oficial.

Escrevo “provavelmente” porque existe um grupo dentro do partido que defende a tese de que o ex-prefeito Fernando Haddad deveria ser oficializado logo como candidato do partido à presidência, sem continuar com a manobra de registrar Lula para depois ter que tirá-lo, pois a impugnação pelo TSE parece certa.

O ex-presidente é inelegível pela Lei da Ficha Limpa, que foi sancionada por ele, por ter sido condenado em segunda instância. A lei eleitoral diz que uma das razões para tornar alguém inelegível é a condenação com trânsito em julgado, ou por um órgão colegiado em segunda instância. A insistência do PT com a candidatura Lula tem o objetivo de tentar que nos primeiros dias de campanha eleitoral, que começa dia 31, ele possa participar dos programas de rádio e televisão. Tudo indica que é um esforço inútil, pois o TSE não parece disposto a permitir que a insegurança jurídica perturbe a eleição.

No limite, a defesa de Lula pretende levar os recursos contra a condenação até o dia 17 de setembro, para que sua foto apareça na urna eletrônica. Se conseguisse chegar à urna, criaria um impasse institucional, pois se, como tudo indica, for impugnado, todos os votos dados à sua chapa – que seria Lula e Haddad - serão anulados, não vão para o vice, e estarão classificados para o segundo turno os candidatos que chegarem em segundo lugar, caso Lula vencesse a eleição, ou o que estiver em terceiro, caso Lula chegasse em segundo lugar.

É claro que anular os votos do candidato vitorioso provocaria uma crise política, mas é a lei. A defesa de Lula argumenta que vários candidatos a prefeito e governador concorreram sub judice, e muitos conseguiram reverter a condenação. É uma falácia, pois a maioria esmagadora desses casos é de disputa judicial sobre improbidade administrativa ou abuso de poder econômico, nada a ver com uma indiscutível condenação em segunda instância.

É certo que, pelo menos antes da data em que as urnas são inseminadas (é assim que os técnicos chamam o ato de registrar na urna o nome e a foto dos candidatos), a candidatura estará impugnada, justamente para evitar essa incerteza política que pode prejudicar a eleição. Um estrangeiro, ou uma pessoa com menos de 35 anos que fossem apresentados por um partido não poderiam se candidatar.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ministra Cármem Lúcia, ressaltou ontem, em uma palestra em Brasília que “leis eleitorais, nacionais, da maior importância, são de iniciativa popular” e citou a Lei da Ficha Limpa. “Foi um conjunto de cidadãos que levou ao Congresso Nacional aquilo que lhe parecia próprio. Uma lei considerada pela ONU uma das melhores leis que existem”.

A única maneira de Lula poder concorrer é conseguir anular a condenação do TRF-4, em recursos para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou para o Supremo, o que dificilmente acontecerá, pois até agora não foi detectado nenhum erro jurídico ou falha constitucional que permita isso. Portanto, Lula não estará sub judice, mas tentando ser candidato contra a letra da lei.

O Globo, 14/08/2018

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Merval Pereira - Oitavo ocupante da cadeira nº 31da ABL, eleito em 2 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, falecido em 27 de fevereiro de 2011, foi recebido em 23 de setembro de 2011, pelo Acadêmico Eduardo Portella.

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ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: A Linguagem Divina – Geraldo Maia


A Linguagem Divina 


A poesia é a linguagem Divina,
Por isso é preciso se ficar em silêncio
Só a poesia fala e tudo o mais a escuta
Quando o poeta recita Deus está se expressando
O poeta é o canal de expressão e a poesia é o enigma
da Divindade em cada um de nós
O poeta então é um instrumento de Deus
e a poesia o Seu mistério.

A todo instante a poesia traz uma mensagem
da Divindade em cada lugar, em cada montanha, mar, em cada rio
em cada sombra, luar, em cada frio
em cada sol, folha, pedra, grão
em cada pássaro, pedra, em cada verme
no pão, no lixo, no risco, no corisco
no silêncio, grito, sussurro, canto.

A poesia está no riso e no amor
No frio e no calor
No louvor e na oração
A poesia é a palavra de Deus aos homens e mulheres
Com o fio da poesia Deus trama o silêncio de Sua presença
Por isso o grande momento da poesia é só silêncio
E nesse silêncio Deus nasce em você
e você dá à luz a poesia.

A poesia de Deus salta de dentro do mistério
e isso não é lógico nem racional
Apenas uma verdade Divina, sobrenatural, poética
A verdade lógica é fruto da mente comum, limitada
A verdade poética é misteriosa, extraordinária, infinita,
porque vem de Deus, portanto não dá
para argumentar com a poesia.

Poesia é arte, porque Deus é o Artista Supremo,
o Poeta Supremo, o Criador Supremo
de tudo em todos os Universos,
Poesia não é lógica e nem é ciência "in vitro"
Porque a arte não é um argumento
Não dá para argumentar com ela
Poesia é religação com a Divindade
que através dela Se manifesta.

A poesia não se incomoda com argumentos
com a lógica porque é mistério
É o desconhecido em cada obra de Deus
Você se sente absorvido para dentro da
poesia que através de Deus ressuscita
o que há de morto no seu interior.

Nesse instante a poesia de Deus nasce em você
sem que haja necessidade de convencer ninguém
O poeta não tenta convencer
apenas dá o testemunho da obra de Deus
através da poesia.

Mas se alguém fica convencido, tudo bem
Se não fica convencido, tudo bem
Deus é quem opera desse momento em diante
O Deus Espírito Santo transforma aos poucos a vida
da pessoa e nesse sentido convicção não tem muita importância
Se você for convencido através de argumentos
jamais se tornará um poeta porque a comunicação com Deus
tem uma linguagem específica chamada fé, que não tem nada a ver
com convicção, quem precisa ser convencido é quem
vai se tornar um filósofo, um político, um professor, um fanático,
mas não um poeta, a poesia é como o amor, a expressão máxima de Deus
o Amor acontece sem qualquer razão.

No amor você não precisa provar nada, não é necessário
Só é necessário provar algo se você quer um empréstimo,
ou se candidatar, ou vai prestar exames, ou está no laboratório
O amor acontece tão subitamente
que não há intervalo de tempo
O poeta se apaixona rápido
e você se apaixona rápido pelo poeta
Não há como explicar, como provar
E se alguém fala mal de um poeta
É contra um poeta, É muito fácil provar algo contra o poeta
Impossível é provar algo a favor do poeta
Não há provas concretas, científicas, materiais
Só uma relação de entrega profunda, de confiança profunda
de paixão profunda, de cegueira profunda.

Mas essa cegueira exterior se torna
uma profunda visão interior da Divindade em si
Os poetas não podem ser aceitos em qualquer lugar
Os poetas só podem ser aceitos no coração amoroso
O poeta não pode ser absorvido por qualquer coisa estabelecida
Só um envolvimento pessoal, um coração amante e muito louco
pode se tornar o lugar do poeta
Porque o poeta cria o caos no coração das pessoas
O poeta está interessado em demolir
a estrutura morta existente no interior de cada pessoa.

O poeta quer conectar cada ser humano
com o seu único Deus Todo Poderoso Criador dos Universos
O poeta quer afundar a pessoa no poço Divino
que vai torná-la à tona outra vez transformada
no louvor silencioso da poesia.

Para o poeta tudo que existe é expressão da obra de Deus
Ele sente e reflete a beleza da obra de Deus
Presente na terra, no ar, na água no fogo, no éter,
nas folhas, nos olhos, nas mãos, no sorriso
Para o poeta toda a obra de Deus é perfeita e bela
e prenhe de significado, de essência, de
um sentido intrigante, agudo, encantador, profundo,
encantador e misterioso como a graça da salvação
concedida misteriosamente por Deus, e Seu filho
amado, o Salvador, o Remidor, o Redentor, o Poeta do
Novo Tempo, Jesus, o Cristo.

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Geraldo Maia
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto) Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBACoordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro CalmonTrabalha na empresa Folha NotíciasFilho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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ÓDIO COMUNISTA EXTERMINOU A FAMÍLIA ROMANOV - Paulo Corrêa de Brito Filho

14 de agosto de 2018

Capa da revista Catolicismo, Nº 812, agosto/2018

O extermínio da Família Imperial russa, perpetrado pelo ódio do comunismo igualitário, hoje disfarçado na defesa dos direitos humanos…

♦  Paulo Corrêa de Brito Filho

Cem anos se passaram desde o brutal extermínio da família imperial russa. Mas a lembrança de tal barbárie, que muitos procuram encobrir, nunca passará. Devemos tê-la bem presente a fim de jamais alimentarmos ilusões sobre tirânicos ditadores, como os que planejaram e executaram esse monstruoso crime.


O comunismo igualitário não podia suportar a existência de uma família nobre, que governara a imensa Rússia por diversas gerações. Alguns meses após a tomada do poder, Lenin ordenou esse massacre, um dos mais vergonhosos da longa lista de crimes contra a humanidade perpetrados pelo comunismo.

Para manter aceso o ódio de seus sequazes, os chefes bolcheviques de 1918 precisavam praticar atos radicalmente sanguinários, como a execução do Tzar Nicolau II e de sua família. Registrando tal necessidade revolucionária, Leon Trotsky escreveu em suas memórias: “A severidade da punição [a chacina da família imperial] mostrou a todos que continuaríamos a lutar sem piedade, sem nos determos diante de nada. Não se tratava apenas de amedrontar, aterrorizar e infundir o senso de desesperança no inimigo, mas também de sacudir nossas fileiras, demonstrando que não havia outra saída: vitória total ou ruína definitiva”.

Este foi o início de uma história escrita com sangue, a qual prosseguiu do mesmo modo e acrescentando muitos outros instrumentos, como prisões, torturas, fome e guerras fratricidas. Não só na Rússia, mas também nos diversos países que tiveram suas populações subjugadas pela tirania comunista. E o sangue continua a ser derramado ainda hoje, onde quer que se insista em implantar ditaduras semelhantes à soviética.

Em memória deste centenário, cerca de cem mil russos fizeram em 17 de julho último uma peregrinação na cidade de Yekaterinburg   [foto ao lado]. Eles passaram pelo local da casa-presídio onde a família Romanov e alguns de seus servidores foram chacinados, e percorreram 21 quilômetros até o lugar onde, em 1918, os comunistas dissolveram os cadáveres em ácido e os incineraram, antes de enterrarem os restos mortais.

Tais fatos não podem cair no esquecimento, sob pena de nos deixarmos surpreender futuramente pela multiplicação de perversidades semelhantes. A revista Catolicismo, na sua missão de relembrar verdades esquecidas, narrar grandes fatos silenciados, publicar crimes que seus autores pretendem ocultar, não poderia deixar passar o centenário do massacre da família Romanov sem recordar as atrocidades então praticadas. Com esse objetivo, nosso colaborador Renato Murta de Vasconcelos elaborou a matéria de capa da edição deste mês [foto no topo]. Aconselho a todos sua aquisição ou sua leitura por meio de nosso site ( http://catolicismo.com.br/ ).

Movimentos que se apresentam como “sociais”, agindo em nome dos “direitos humanos”, das “minorias” ou dos “marginalizados”, com muita frequência partem para a criminalidade. Eles não têm a menor clemência em relação aos sofrimentos humanos, praticam qualquer tipo de violência para alcançar seus objetivos. “Bons sentimentos” nunca se coadunaram com a “ditadura do proletariado”, que sempre foi o objetivo comunista, mesmo quando alegam a defesa de “direitos humanos”. Deus não tem permitido que o solo brasileiro seja atingido por essas desgraças, mas não faltam agitadores organizados com o objetivo político de tomar o poder e nele se perpetuar. Deus continuará a nos proteger contra esses sanguinários, desde que façamos por merecê-lo.

http://www.abim.inf.br/odio-comunista-exterminou-a-familia-romanov/#.W3MF5s5KjIU

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