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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

ORAÇÃO PELA GRAÇA DE DEUS - Geraldo Maia

Oração pela graça de Deus


Puxa, como você está linda!
Uma rainha com súditas em volta da mesa
Brilho e champanhe da melhor safra
joias magnificas e o teu sorriso marca
em tua face o quanto estás feliz e triunfante
nos braços do teu amor garboso amante
a dedicar a ti todo amor e carinho
olho de longe e não ouso chegar perto
medo de contaminar com o meu aspecto triste
esse momento de júbilo e de alegria
não quero perturbar com a minha dor
a realização plena do teu novo amor
Fazem de certo um belíssimo casal
'feitos um para o outro' diria o clichê
apenas o coração em silêncio grita 'por quê?'
Se jurastes me amar por toda a tua vida
Se dissestes a todos que eu era a tua vida
Se plantastes em mim que eras a minha mulher
e que ficarias sempre ao meu lado até
que a morte, mas na realidade, um outro,
nos separe, e o coração assiste a tudo quase louco
e pensa: ' será que toda essa felicidade
às custas do sofrimento alheio
toda essa traição que atinge o coração em cheio
com indiferença cruel, toda essa maldade
de mentir sem se importar com a vida do outro
será que esses amantes cúmplices impiedosos
vão mesmo ser felizes às custas de destruir
a felicidade do próximo ou será que existe
algum tipo de justiça que os possa alcançar?
Eu vejo os dois esbanjando sorrisos
brindando ao amor sem nenhum escrúpulo
amor que custou o abandono de quem
só dedicou amor e serviu fiel
a quem não deu o mínimo valor
Eu quero ficar também feliz pelos dois
mas não consigo, apenas me refugio no silêncio
e saio devagar para o carinho da noite
e no canto do olho de tocaia uma gota
de esquecimento mansamente
rola em oração ao colo imenso de Deus
que me consola e me ampara
e cala o meu pranto com Sua Graça.


Geraldo Maia

* * *

BLACK MIRROR MOSTRA LADO SOMBRIO DA NATUREZA HUMANA FOMENTADO PELA TECNOLOGIA MODERNA

29 de dezembro de 2016

“Conheci um coração puro que recusava a desconfiança. Era pacifista, libertário e amava com um único amor abrangente toda a humanidade e os animais. Sim, uma alma de elite, com toda a certeza. Pois bem, durante as últimas guerras religiosas, na Europa, retirou-se para o campo. Escreveu na entrada de sua casa: ‘De onde quer que você venha, entre e seja bem-vindo.’ Quem, segundo o senhor, respondeu a este belo convite? Os milicianos, que entraram como se a casa fosse deles e o estriparam.” – Albert Camus, A Queda

Aproveitando a época mais calma do ano em termos de trabalho, em clima quase de férias para quem nunca tira férias, tenho dedicado mais tempo às séries da Netflix, e com isso pude avançar bem na que estou vendo no momento. Trata-se de “Black Mirror”, com episódios quase sempre marcantes, impactantes, que apontam para o telespectador um espelho e mostram aquilo que está lá, em nosso âmago, mas que tentamos esconder – dos outros e de nós mesmos.

Depois de ver um político que precisa fazer sexo com um porco ao vivo para salvar uma princesa sequestrada, sob o júbilo do povo curioso (o mesmo que sempre frequentou linchamentos em praça pública), um urso de desenho animado que ridiculariza todo o sistema e acaba quase eleito, uma moça que acorda sem memória e é perseguida enquanto todos à sua volta simplesmente tiram fotos, gente que “pedala” e vive confinada em cubículos só sonhando com a fama, vi ontem um episódio que se chama justamente “Queda livre”. Retrata uma espécie de Uber de pessoas, com cada um dando notas aos outros, e sua nota é fundamental para tudo na vida.

Uma metáfora ao dinheiro e ao status que cada um tem, mas potencializado pela tecnologia moderna. Essa é a temática da série, em resumo: nossa natureza é isso, nada tão bonitinho como gostamos de crer, e as redes sociais têm estimulado esse lado mais individualista e narcísico em nós. Tudo por cliques, por “curtidas”, para ser “amado” por todos, numa tremenda prisão cansativa em que o genuíno é sacrificado pelo artificial.

Tem sido o tema recorrente de textos e livros do filósofo Luiz Felipe Pondé. Os jantares “inteligentinhos”, os filhos adolescentes que só pensam em salvar crianças africanas e bichinhos, os locais que precisam ser visitados nas viagens de férias porque todos visitam, a ausência de qualquer preconceito etc. A vida transformada num desgastante espetáculo para os outros, sob uma ditadura do politicamente correto em que você precisa aparentar ser a alma mais abnegada e descolada do planeta. Ainda que seja preciso sorrir e falar belas palavras para a “amiga” da escola que transou com seu namorado.

Como deve ser cansativo viver o tempo todo pelas aparências! Como a personagem de Jodie Foster em “Deus da Carnificina”, de Polanski. Escrevi sobre isso em Esquerda Caviar:

O filme Deus da carnificina, de Roman Polanski, é uma sátira à hipocrisia do politicamente correto, com Judie Foster fazendo o papel de uma típica representante da esquerda caviar, que se coloca sempre acima dos outros no campo moral.

Ela é capaz de tudo perdoar em nome da “civilização”. É tão descolada que até passou sua lua de mel na Índia! Mas, em certo momento, desabafa: “Por que tudo tem que ser sempre tão exaustivo?”. Usar sempre aquela máscara cansa.

A personagem abraça as causas das pobres crianças africanas, mas, no fundo, esconde seu ódio a tudo aquilo em volta, seu recalque à sua vida medíocre com seu marido acomodado, um simples vendedor de latrinas sem ambição. Eis como Pondé resume a figura em um artigo sobre o filme:

Ela escreve livros sobre Darfur e a miséria na África e, em meio a seus berros contidos de histérica, ela decreta que quem não se preocupa com a pobreza mundial não tem caráter. Tenta passar a imagem de que ama e perdoa a todos, inclusive o filho da Winslet que bateu em seu filho, mas no fundo é uma passiva agressiva, aquele tipo de mulher descrita por Woody Allen, que fala baixinho, mas fere fundo com sua saliva venenosa e cruel.

Em certo momento, o marido afirma que o “amor” que ela sentia pelos negros do Sudão tinha estragado tudo nela. É uma tirada ácida, mas que aponta para essa característica da esquerda caviar com perfeição. Ela “amava” os pobres distantes, mas isso era pura hipocrisia, uma forma de entorpecimento próprio. A esquerda caviar usa a “preocupação” com a desgraça alheia como troféu de sua suposta superioridade moral. As minorias oprimidas são seus mascotes.

Quem não quer – ou não sente a necessidade – de ligar o “FODA-SE” de vez em quando, de deixar aquilo que realmente sente vir à tona e falar mais alto? Claro, há o outro extremo que me parece igualmente nefasto: o “sincericídio”, aquele que não tem filtro algum entre o que pensa e o que sai de sua boca, o bruto incapaz de qualquer “mentirinha social” para agradar ou para não ofender tanto os demais.

Aristoteles já dizia que o homem é um “animal político”, e que somente um deus ou um bruto poderia abrir mão disso, da vida em civilização. E viver em sociedade significa engolir alguns sapos, aceitar com alguma maturidade o espetáculo da vida, o teatro, as máscaras que usamos em público, ou mesmo em casa. Nem um casal suportaria a verdade o tempo todo. Alguma hipocrisia se faz necessária para viver entre os seres humanos (qualquer marido que precisa sempre responder se a roupa da esposa está bonita entende isso). Como não existe deus entre nós, só mesmo um bruto, um bárbaro poderia virar as costas totalmente ao “sistema” e cuspir em todas essas convenções sociais meio falsas.

Um bruto ou, claro, um ser completamente imaturo, e também movido por vaidade, ainda que diga o contrário. Ou seja, um sociopata ou alguém infantil. Penso em Stockmann, na peça Um Inimigo do Povo, escrita pelo norueguês Henrik Ibsen no século XIX. Após descobrir que os famosos banhos da cidade estavam contaminados, esperava obter grande respeito e admiração por parte dos demais habitantes. Afinal, sua descoberta mostrava os riscos para a saúde de todos. Mas Stockmann ignorara os fatores políticos e econômicos, já que os banhos eram a principal fonte de renda da cidade.

Aos poucos, mesmo seus supostos aliados, que declaravam apoio pela frente, o atacaram pelas costas, se voltando contra ele. Toda a cidade passou a repudiar o autor da infeliz descoberta, preferindo ignorar os fatos, como se assim estes pudessem, num passe de mágica, desaparecer. Dr. Stockmann agiu diferente, e mesmo que sozinho, sem apoio, escolheu a verdade pura, e enfrentou a maioria. Acabou tachado como um inimigo do povo, na tentativa de ajudá-lo.

Seria ele um homem com a coragem moral de manter sua integridade e convicção apesar da enorme pressão popular contra sua pessoa, ou alguém com postura infantil e sem qualquer jogo de cintura, no fundo agindo assim para superar a estima que seu irmão político tinha perante a população? Parece claro que a inocência de Stockmann beira o absurdo, e que sua convicção confunde-se com fanatismo até, ao se mostrar disposto a ignorar totalmente a pólis e até a destruí-la em nome da verdade irrestrita.

Temos ainda Cordélia em Rei Lear, de Shakespeare. A filha mais jovem do rei, e também a favorita, recusa-se a tecer elogios artificiais em evento público em que cada filha recebe sua herança em forma de propriedade. Ela acha que não é correto usar palavras vazias para expressar seus sentimentos, e não é capaz de abusar da retórica como suas irmãs mais velhas, que possuem o dom da palavra, ainda que falsas no conteúdo. Ela seria mais genuína ou apenas mais infantil, ao não superar esse obstáculo em nome do jogo político em curso? Shakespeare, ao desenrolar a história como uma grande tragédia após este ato de recusa de Cordélia, parece acreditar na segunda hipótese.

Não ser capaz de nenhum ato de elogio artificial pode ser não um sintoma de integridade, mas de infantilidade ou barbarismo. Dito isso, claro que nossa realidade parece inclinada ao outro extremo, a essa obsessão com as “notas” que vamos receber dos outros, até de desconhecidos. E, como alertava Baltasar Gracián, “Para ser benquisto, o único meio é vestir-se com a pele do mais simples dos animais”. Schopenhauer ia em linha semelhante ao afirmar que “quem tem de produzir o bom e o autêntico e evitar o ruim tem de desafiar o juízo das massas e de seus porta-vozes e, portanto, desprezá-los”.

Não acho que seja saudável ou possível “desprezar” totalmente o juízo dos outros, o julgamento que fazem a nosso respeito. Somos “animais cívicos” e a opinião dos outros deve ser levada em conta. Mas com certo equilíbrio. O excesso de preocupação com o que os outros pensam de nós pode levar a uma prisão insuportável, a um comportamento completamente artificial, sempre em busca de “curtidas”, de uma “nota” boa perante a sociedade. Quem vive para isso não vive mais de verdade, não vive para si, não passa de um zumbi, de um robô.

Quais são seus reais interesses? Quais são suas paixões genuínas? Você quer tanto mesmo aquele carro novo ou é só para mostrar aos outros? Você está mesmo desfrutando desse prato elaborado nesse caro restaurante ou só pensando na foto que vai tirar para impressionar os demais? Quer mesmo ir àquele lugar ou é só porque é o que se espera de quem tem certo nível social passar as férias lá, no lugar da moda? Você está mesmo feliz o tempo todo ou essas fotos incessantes de sorrisos em lugares bonitos com boa companhia são só para parecer feliz, para inglês ver?

“Nem uma criança de dois anos que acaba de ganhar um balão parece tão feliz”, espeta o irmão da personagem principal do episódio da série, que se esforça com esmero em ser “querida” por todos. Atenção, SPOILER: Até ela surtar. Acho importante buscar um equilíbrio entre as inofensivas “mentiras sociais” e a sinceridade, sendo que essas mentiras são mais toleráveis quando ditas para não ofender gratuitamente os outros, e não para ganhar pontos para nós mesmos. Alguma pitada de artificialidade será necessária para se viver em sociedade. Mas como valorizo mais o genuíno!

Sempre me cansou muito essa tentativa de parecer ser “cool”, estar na “moda”, sorrir o tempo todo um sorriso falso para seduzir os demais, bajular todo mundo, adular os famosos, ricos e poderosos, agir feito um político em campanha 24 horas por dia. Essa é minha visão do inferno! E esse meu inferno está se tornando realidade para a sociedade, com a mãozinha que as redes sociais têm dado à nossa natureza humana vaidosa, insegura, desamparada. Onde isso vai acabar? A distopia retratada em “Black Mirror” dá uma ideia. E ela é assustadora!

Espero que consigamos reverter esse quadro. Mais genuinidade, com boas doses de maturidade: eis o que desejo a todos em 2017. Feliz Ano Novo!

Rodrigo Constantino


SOBRE /  RODRIGO CONSTANTINO

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.





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AUTOR DE CHACINA EM CAMPINAS ESCREVEU CARTA SOBRE SEU PLANO




Em São Paulo

01/01/2017

Autor de chacina em Campinas escreveu carta sobre seu plano

O técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, que matou a ex-mulher, o filho e mais 10 pessoas a tiros durante o réveillon em Campinas, na noite deste sábado, 31, escreveu cartas revelando seus planos de matar a família.
Os textos, um direcionado ao filho e o outro a uma namorada, haviam sido enviados para amigos antes do crime e foram obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Veja a seguir alguns trechos. Foram excluídas citações que ele faz de outras pessoas e acusações sem comprovação. Foram deixadas apenas as partes em que ele relata seu plano de matar a família e comentários políticos. Também foi mantida a sua própria grafia.

"Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos.

Morto tbm já estou, pq não posso ficar contigo, ver vc crescer, desfrutar a vida contigo por causa de um sistema feminista e umas loucas. Filho tenha certeza que não será só nos dois quem vamos nos foder, vou levar o máximo de pessoas daquela família comigo, pra isso não acontecer mais com outro trabalhador honesto. Agora vão me chamar de louco, más quem é louco? Eu quem quero justiça ou ela que queria o filho só pra ela? Que ela fizesse inseminação artificial ou fosse trepar com um bandido que não gosta de filho.

Descrição: http://t.dynad.net/pc/?dc=5550001892;ord=1483355108683Descrição: https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1483355113482
No Brasil, crianças adquirem microcefalia e morrem por corrupção, homens babacas morrem e matam por futebol, policiais e bombeiros morrem dignamente pela profissão, jovens do bem (dois sexos) morrem por celulares, tênis, selfies e por ídolos, jornalistas morrem pelo amor à profissão, muitas pessoas pobres morrem no chão de hospitais para manter políticos na riqueza e poder!

Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar!

A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias. As mulheres sim tem medo de morrer com pouca idade.

Aproveitando, peço aos amigos que sabem da minha descrença, que não rezem e por mim, se fazerem orações façam por meu filho ele sim irá precisar! Quero ser enterrado com a cabeça para baixo se garante que assim posso ir pro inferno buscar a velha vadia (que era até ministra de comunhão na igreja) que morreu antes da hora.
Demorei pra matar ela pq me apaixonei por um anjo lindo!
(...)

Ela não merece ser chamada de mãe, más infelizmente muitas vadias fazem de tudo que é errado para distanciar os filhos dos pais e elas conseguem, pois as leis deste paizeco são para os bandidos e bandidas. A justiça brasileira é igual ao lewandowski, (um marginal que limpou a bunda com a constituição no dia que tirou outra vadia do poder) um lixo!

Se os presidentes do país são bandidos, quem será por nós?

Filho, não sou machista e não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração, tanto é que me apaixonei por uma mulher maravilhosa, a Kátia) tenho raiva das vadias que se proliferam e muito a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha!

Não posso dizer que todas as mulheres são vadias! Más todas as mulheres sabem do que as vadias são capazes de fazer!

Filho te amo muito e agora vou vingar o mal que ela nos fez! Principalmente a vc! Sei o qto ela te fez chorar em não deixar vc ficar comigo qdo eu ia te visitar. Saiba que sempre te amarei! Toda mulher tem medo de morrer nova, ela irá por minhas mãos!"

"(...) eu ia matar as vadias (eu já tinha a arma e raspei a numeração pra não prejudicar quem me vendeu, ela precisava de dinheiro). Família de policial morto não recebe tantos benefícios com a família de presos. Cadê os ordinários dos direitos humanos? Estão sendo presos por ajudar bandidos né? Paizeco de bosta.

Sei que me achava um frouxo em não dar uns tapas na cara dela, más eu não podia te dizer as minhas pretensões em acabar com ela! Tinha que ser no momento certo. Quero pegar o máximo de vadias da família juntas.

A injustiça campineira me condenou por algo que não fiz! Espero que eles sejam punidos de alguma forma.

Chega!! Ela tem que pagar pelo que fez."




* * *

SONHO DE ANO NOVO - Eglê S Machado

Sonho de Ano Novo


Para o Novo Ano eu trago um sonho,
uma  reserva de ternura,
e o desejo de contribuir para reverter
ou pelo menos reduzir
a iminente convulsão social
causada pela corrupção
que leva nações ao desemprego,  ao  medo.

Com a convicção de que vale a pena  lutar
sabendo que nem tudo são  rosas,
porém não deixando que
prevaleçam os espinhos, que machucam.

Sonho amar e proteger,
não tripudiar, não discriminar;
sentir vergonha de ser aplaudida
por odiar e vilipendiar!

Sonho com um mundo de paz,
almas em paz semeando a paz;
crianças respeitadas e confiantes,
protegidas por adultos sem temores.

Sonho com jovens serenos
na plenitude de seus voos juvenis
amando e curtindo a fase mais bela da vida,
longe de vícios, destemidos, audaciosos,
e libertos de sentimentos fúteis!

Sonho contemplar meus filhos
vivendo na esperança e da esperança,
corações íntegros, sem medos, brilhantes,
trabalhando por um mundo menos hostil.

Quero seguir apaixonada pela poesia
e com os amigos poetas poetizar a vida,
percebendo nos olhares e sorrisos carinhosos
a afeição pela nossa arte.

Sonho ser  possível
participar de um engajamento
pela melhoria da saúde do meu povo!
Usar a voz e ser ouvida
clamar por uma paz sem trégua,
por uma luz sem sombras,
uma velhice sem solidão
participando da vida em família
tendo vez e voz.

E ao findar o ano
sonho ter a ventura
de celebrar a vitória do bem,
ser premiada com uma consciência tranquila,
coração sem mágoas
sincronizado com uma alma leve,
na gostosa sensação do dever cumprido!

E continuar amando,
fazendo  feliz e sendo feliz!
- Afinal não custa sonhar...
FELIZ ANO NOVO!



Eglê S Machado
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL





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