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sábado, 21 de janeiro de 2017

PALAVRAS AÇUCARADAS – João de Paula


Palavras Açucaradas


O elogio faz bem em qualquer situação ou ocasião.



Uma palavra de afeto, sincera, elogiosa, proferida no momento certo e na hora certa faz um bem maior ao nosso coração. Gera felicidade! Gera momentos felizes.

Palavras açucaradas fazem um efeito magnífico na maioria das pessoas. Um efeito amplo e positivo. Muita gente prefere ouvir o falso elogio do que a sinceridade; a verdade, a realidade sem maquiagem.

O importante é a gente contemplar a beleza e manifestar nossa gratidão tal como nossos sentimentos reagem.
Palavras açucaradas... Você é o maior e o melhor.
Palavras leves... Adoro amar você.
Palavras suáveis... Você é amado de todos nós.
Palavras de amor à vida... Deus é o nosso porto seguro.

Palavras que emitimos, que escrevemos, que representamos, que notamos e anotamos; devem ser mensagens de aplausos, encorajamentos e vibrações. Todo mundo gosta de ser notável, gosta de ser percebido, gosta de ser destacado. Por isso, cada pessoa tem seu jeito próprio de ser.

Vaidade? Quem gosta de ser mais um na multidão?
Vaidade? Quem gosta de ser mais um anônimo?
Vaidade? Quem gosta de ficar no anonimato e não ser lembrado por alguém algum dia?
Cada pessoa tem uma personalidade, uma aprendizagem, tem seu momento único e exclusivo.

Existem pessoas que adoram ouvir as palavras adocicadas, açucaradas, os elogios, em locais que têm ecos.
Que ecos! Eu me amo.
Que maravilha! Eu me adoro.
Que beleza! Eu sou do bem.
Que formosura! Eu sou amado.
Que presença! Eu sou belo.
Que beleza! Eu sou dez.
Que valor! Eu sou o Máximo.

As palavras afáveis; carinhosas, elogiosas, conotativa e denotativa, fazem bem em nossa caminhada entre as flores e os espinhos, porque cada coisa tem o seu sabor todo especial.

Faz bem a gente mudar o trato com as outras pessoas nos momentos alegres e tristes, nos momentos gloriosos e gozosos, no convívio do dia a dia, na sociedade em que vivemos e participamos ativamente naquela projeção de fazer amigos. Eu disse: Amigos.

Vamos irradiar luz, irradiar o bem, fazer valer nossas ações e elogios para quem passar por perto da gente. Oferecer presentes e mensagens lindas.

Você é importante para mim. É verdade!
Você é uma pessoa maravilhosa. Sim, presente de Deus.
Você é duas vezes nota dez. Você é espetacular.
Você é uma pessoa legal. Gente do bem.
Você é uma pessoa sincera, benigna, amiga, gente boa, gente fina, abençoada de Deus..
Obrigado por você existir.

Você é uma pessoa livre e cumpridora das suas obrigações. Parabéns!.

Faz bem ouvir palavras positivas, sinceras, elogiosas e de felicitações por nossas boas ações e procedimentos. Soa bem o elogio sincero, verdadeiro, único, sem a bajulação dos puxa sacos e das pessoas inconvenientes

Viva os adjetivos...
Viva os elogios...

Viva as palavras açucaradas, porque elas fazem a grande diferença no relacionamento com as outras pessoas e nos levam para uma aprendizagem de vida maior e melhor.


João Batista de Paula
Escritor e Jornalista



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A VOLTA - Marília Benício dos Santos

A Volta

          Voltei. É tão bom voltar. Rever os amigos, chegar em casa. Tão bom seria meu Deus, se todos tivessem para onde voltar. Mas um dia, depois dessa carreira louca nesse mundo, todos têm para onde voltar.
          Você, meu Deus, está com as portas abertas para receber aqueles que quiserem e que o reconhecer como senhor de todos.
          É bom recomeçar. E foi com alegria que recomecei meus passeios matinais.
          Fui ver o mar. Quarenta e cinco dias sem o ver. Como você estaria meu querido mar? Azul, esverdeado, tranquilo ou as ondas muito fortes? E lá me fui ansiosa para vê-lo. É tão bom estar perto de você novamente. Senti uma alegria imensa ao vê-lo. Suas ondas mais bonitas pareciam convidar-me. Você hoje estava mais bonito. O seu azul confundiu-se com o azul do céu.
          Mas de repente – olhei a bandeira branca, bandeira branca, amor – te peço paz.
          Meu Deus! Será que você, meu querido mar, estava pensando que eu estava brigada, que estava de mal com você?           Não me viu mais aparecer e pensou que eu o havia abandonado. Não, meu querido, estava viajando e por onde andei levei você no coração. Em paris não o vi, mas você estava presente em minha fantasia.
          Fico triste só em pensar que você sentiu minha falta. Não, não estou triste, estou alegre. É bom a gente ser lembrada e, sobretudo, ser amada. O meu mar querido pode por a bandeira vermelha, gosto de vê-lo com as ondas furiosas, batendo com força na areia e nas pedras. Só assim o terei só para mim, apesar de não possuí-lo, mas, ninguém também o possui. Em minhas fantasias, eu o tenho. Você abre os braços para mim e como na estória da carochinha, eu consigo chegar perto e, como nos sonhos de fadas, um caminho se faz para eu passar.


(CARROSSEL)
Marília Benício dos Santos

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            Marília escreve  como quem canta. Naturalmente. Em sua prosa fluente e agradável sentimos a vida palpitando, mesmo nos acontecimentos mais triviais. Fragmentos do tempo, suas próprias vivências constituem seu tema predileto, o qual sob uma aparência singela representa, em última análise, um diálogo ininterrupto com Deus e com o mundo. Não se pense, porém, que se trata de um livro religioso no sentido estrito da palavra. Em momento algum, a autora tenta provar o que quer que seja. No desdobrar de suas reflexões despontam os sentimentos mais intensos do seu coração e Marília possui aquela qualidade tão rara em nosso tempo e tão marcante dos autores místicos: a capacidade de transformar o seu dia-a-dia em uma busca constante de encontro entre a criatura e o Criador.
          Lendo este livro, ou melhor, saboreando suas páginas, aos poucos nos apercebemos de que o trivial é, para Marília, o lugar próprio do encontro e do diálogo. Assim, ela nos prende e nos encanta desde o primeiro momento, precisamente pelo fato de que canta a vida, em suas alegrias e em suas tristezas, mas. Sempre, na perspectiva feliz da esperança.

Ligia Costa Moog (Prefácio do livro Carrossel de Marília Benício dos Santos)

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SILENCIA E ESPERA


Silencia e Espera



No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres igualmente os desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no caminho de tantos companheiros de experiência.

Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a qual disporás de suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de que necessitarás, talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de soçobro nas correntes do desespero.

Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão de pessoas queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto, se o assunto diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera.

Se amigos de ontem transformaram-se em adversários de tuas melhores intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de nada te queixes.

Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida, impondo-te embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios pensamentos na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar.

E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos da alma, sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com que te tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada reclames em teu favor.

Não piores situações em que alguém te coloque, não te revoltes, nem te lastimes.

Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem, restabelecendo a verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na ignorância se curem das ilusões e das crueldades a que se entregam, bastar-lhes-á simplesmente viver.


Autor: Emmanuel

Psicografia de Chico Xavier. Do livro: Calma



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