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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

CHORO MINHAS DORES DO RIO - Efigênia Oliveira

Choro Minhas Dores do Rio

Chora a chuva gotas secas, 
Envergonhadas. . .
Todos querem o sol!

O orvalho lacrimoso rouba das nuvens
a seiva que umedece a relva
na terra ressequida pela loucura 
travestida de riqueza estéril.

Nuvens finas, leves, aladas
Choram carregando 
carneirinhos escondidos nas estrelas.
Nuvens grossas, pesadas, negras
Choram no ozônio de crescentes dores.

O rio constrangido, contaminado,
Obrigado a escorregar imundo 
pelas margens ressecadas de fétido egoísmo
Chora a humilhação de sucumbir
À chegada de lugar nenhum.

Choro a desilusão de ser humana
coracional, sentimental, mental
frágeis gritos opacos, lamentos perdidos
Nas ruelas caóticas da insensatez.

Rio... rios... rios!
O resto de tuas águas
Trespassa minha alma escorrida
Carrega meus tortuosos fardos
Afogados no mar 
da lama da minha espécie.



Efigênia Oliveira
Professora, co-autora do livro
Violeta Lilás

* * *

FLORES FALARÃO POR MIM - Sílvia Schmidt

Flores Falarão por Mim
Sílvia Schmidt
  

Não sei como vou te encontrar, mas essas flores falarão por mim:
Seja ou não teu aniversário, que elas te signifiquem o mais singelo presente.
Tenhas ou não crianças por perto, que elas te levem um viço de nova vida.
Se perdeste um ente querido,
que elas possam lembrar-te que Deus protege os que sofrem!
Se não tens estado feliz, que elas te ajudem a recuperar a felicidade.
Se a tua Fé tem sido abalada, que elas possam fazer com que milagres aconteçam.
Se alguém magoou teu coração,
que elas levem luz a esse espírito que não conhece a Lei do Retorno.
Se finanças te preocupam, possam elas te lembrar que o Universo
sempre acaba suprindo nossas necessidades.
Se te vês sozinho e esquecido,
que elas te façam sentir a presença do teu Anjo Guardião.
Se pensas que ninguém te dá importância,
que elas façam com que reconheças teu próprio valor.
Nesse lugar onde estás, deixa que essas flores falem por mim...
Eu só desejo que tu estejas bem.
Mas se não estiveres, lembra-te:
Sob a Luz do Amor não há mal que não encontre seu fim!



Enviado por: "Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com

* * *

BOB DYLAN VENCE O PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 2016

Bob Dylan vence o prêmio Nobel de Literatura de 2016
OUTUBRO 13, 2016.

O resultado do Prêmio Nobel de Literatura costuma surpreender, mas quem poderia esperar o nome que seria anunciado na manhã desta quinta-feira (13) pela Academia Sueca?
Aos 75 anos, o cantor e compositor Bob Dylan foi o premiado da vez  por “criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana”, conforme informou comunicado oficial.

Nascido em Duluth, Minnesota, nos Estados Unidos, o artista é um dos maiores nomes da música americana do século 20 e no último fim de semana se apresenteou no badalado festeival Desert Trip, no qual dividiu o palco com grandes bandas e roqueiros clássicos, como o The Rolling Stones e Eric Clapton.
Durante o anúncio da premiação, a secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, afirmou que, por mais que a escolha seja surpreendente, ela tem relação com os escritos dos clássicos gregos Homero e Safo. “Eles escreviam textos poéticos que tinham como objetivo serem encenados, e o mesmo acontece com Bob Dylan. Nós ainda lemos Homero e Safo nos dias de hoje e gostamos”.
Ele é o primeiro americano a vencer o Nobel de Literatura desde Toni Morrison, em 1993. Ele se junta agora a um panteão que inclui autores emblemáticos do século 20, como TS Eliot, William Faulkner e Ernest Hemingway.
Em 2012, Dylan chegou a ser considerado seriamente ao prêmio. O nome dele figurava como o segundo entre os mais cotados na lista de apostas da Ladbrokes, atrás de Harumi Murakami, escritor japonês tido como eterno favorito ao Nobel, ao lado do queniano Ngugi wa Thiong’o e do poeta grego Adonis. Este ano, o trovador era azarão, com apostas em 50/1.
Não é a primeira vez que o trovador vence uma premiação literária. Em 2008, ele recebeu uma menção especial do Pulitzer, a principal honraria literária americana, em reconhecimento a seu profundo impacto na música popular e na cultura americana.
Apesar de conhecido e premiado por sua carreira musical iniciada em 1962, traduzida em canções como “Blowin’ in the Wind” e “Like a Rolling Stone”, Dylan também é formalmente autor de livros e já publicou a coletânea de poesia experimental “Tarântula” (1971), além da autobiografia “Crônicas – Volume 1” (2004), que não chegou a ganhar continuação. Seu álbum mais recente, “Fallen Angels”, foi lançado este ano e é o 69o da carreira do artista.
Dylan é também o primeiro compositor e letrista a ser consagrado com o prêmio literário, já entregue para autores de outras linguagens artísticas, como o teatro – é o caso do dramaturgo Dario Fo, morto também nesta quinta (13).
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