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sábado, 4 de março de 2017

ITABUNA ONTEM: OS DIABOS GRAPIÚNAS - Helena Mendes

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Os Diabos Grapiúnas


            Quando o ataque da seleção de Itabuna dispara, fulminante, rumo ao campo adversário, o coração dos torcedores para de bater. De repente, um locutor de rádio grita, quase estourando o microfone:

            - Gôôôôôôôôôl de Fernando Riella!

            Riella é uma das estrelas do onze famoso da cidade de Itabuna. É o Leônidas, é o Zizinho, é o Pelé, é o Heleno de Freitas, é o craque absoluto, genial, assombroso, que dá alegria ao público.

            Poucas vezes, em todo o mundo, uma seleção tem conquistado tantos triunfos como a de Itabuna: são nove anos de superioridade, embora o título tenha sido disputado apenas seis vezes. Em 1957 conquistou o seu primeiro troféu arrasando as seleções de Belmonte, Ubaitaba, Valença e Salvador. Em 1961 conseguia o bicampeonato, eliminando as representações de Belmonte, Itajuípe, Jequié, São Félix e Feira de Santana. Em 1962, a Taça ficou definitivamente em Itabuna, quando os diabos grapiúnas da Liga Itabunense de Desportos Atléticos venceram Ilhéus e Alagoinhas, sagrando-se tricampeões do Intermunicipal.

            Em 1963, de posse definitiva da Taça Estado da Bahia, a LIDA conquistou nova taça, eliminando Ilhéus e Santo Amaro. Em 1964, ganhou o pentacampeonato cinco títulos! Na marcha batida, novamente derrotou Ilhéus e foi buscar sua segunda taça em Alagoinhas. No dia seguinte, houve o tradicional Carnaval da Vitória, com toda a cidade cantando e sambando nas ruas. Não esqueçamos, porém, os nomes de Asclepíades, Plínio,  Luiz Carlos, Abiezer, Nininho, Santinho, Carrapeta, os irmãos Riella, Piaba, Ronaldo, Gagé, Florizel, Humberto, Zé Reis, Carlito, Carlos Modesto, e tantos outros que deram, ou dão, ainda, toda a sua alma pelas cores de Itabuna nos gramados baianos. Não esqueçamos também os nomes de Gérson de Souza, Gil Nery de Souza, Demóstenes de Carvalho, Yêdo Nogueira, José Maria Gettschalk, Hemetério Moreira, Raimundo Campos, José Carlos de Brito Carmo, José Anselmo de Souza – dirigentes e técnicos da Liga Itabunense de Desportos Atléticos (LIDA), que, dirigindo e orientando  seus jogadores, transformaram a seleção Grapiúna em verdadeiro fantasma para os times da Bahia.
  
Helena Mendes

(figuras e fatos de ITABUNA)

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ITABUNA CENTENÁRIA SORRINDO: O NEGÃO E O PAPA

O Negão e o Papa

O Papa chegou ao Brasil em missão não oficial.
O Negão, o melhor motorista da Sé, o aguardava no aeroporto.
O Papa tinha um compromisso e estava atrasado, mas o negão
não passava dos 80 Km/h nem a pau!
Impaciente, Sua Santidade pedia:
- Negón, piú veloce, per favore.
- Santidade, não posso. Dá multa, dá pontos na minha carteira, e desmoraliza a Sé!
E continuava,  nos 80 km/h . O Papa, desesperado, disse então:
- Negón, passe aqui, per favore. Dammi l'auto.
O Negão foi no banco de trás e o próprio Papa foi dirigindo a limusine, agora a 150 km/h .
Lá na frente, um policial rodoviário os interceptou.
Quando viu quem era, resolveu passar um rádio pro chefe,
sussurrando discretamente:
- Chefe, peguei um cara importante voando na Dutra, e não sei o que fazer!
- Quem é... Um deputado? - Perguntou o chefe.
- Não chefe, é mais importante.
- É um senador?
- Não chefe, é mais importante ainda...
- Então, é um governador de estado?!  Um juiz do supremo tribunal?!?
- Que nada chefe, é mais importante ainda...
- O presidente?!!
- É mais importante que o Temer, chefe...
- Puta que pariu, então é o Papa!?
- Que nada chefe, o Papa é apenas o motorista dele,
acho que é São Benedito




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A POLITIZAÇÃO DO CINEMA É A MORTE DA ARTE

27 de fevereiro de 2017
Quando o artista troca sua expressão artística pelo proselitismo ideológico a arte morre, sai de cena, desaparece.
Em vários aspectos, o próprio conceito de arte é o oposto da propaganda política.

Arte – ao menos o que merece tal rótulo – normalmente fala fundo às nossas emoções, de forma atemporal, justamente porque lida com as angústias e paixões humanas, enraizadas em nossa natureza. Substituir isso pela mensagem conjuntural e efêmera da política é cometer um ato de assassinato contra a verdadeira arte.

Infelizmente, temos visto cada vez mais “artistas” se deixando levar por essa onda proselitista, usando sua “arte” apenas para divulgar mensagens políticas e partidárias. É um espetáculo lamentável. E o Oscar, claro, é a apoteose desse fenômeno tosco.

A pressão politicamente correta dentro de Hollywood tem sido fatal para um julgamento artístico isento, que deveria analisar apenas os critérios efetivamente artísticos, não seu teor político. Paradoxalmente, os que mais saem prejudicados com essa postura acovardada são as próprias “minorias” que esses grupos dizem defender.

Alexandre Borges explica  melhor essa visão, usando como base um excelente texto de Paulo Cruz:

Sou do tempo que o assunto do Oscar era cinema. Triste momento da politização de tudo.

O maior estrago causado por essa geração de atores ideologicamente radicais, mimados, alienados e afetados de Hollywood foi o “Oscars So White”, movimento cotista para o prêmio que fez tanto barulho ano passado (lembre aqui http://bit.ly/2lY3khD). Perto disso, a gafe histórica de errar no nome do vencedor do Oscar de Melhor Filme não é nada.

Neste ano, os dois vencedores do Oscar de Melhor Ator e Atriz Coadjuvantes são negros: Mahershala Ali, o eterno Remy Danton de House of Cards, e Viola Davis. Mahershala Ali é também o primeiro ator muçulmano a ganhar este prêmio, o que faz dele um combo de minorias.

Mahershala Ali e Viola Davis são dois bons atores, mas como saber agora se o prêmio foi por mérito ou ação afirmativa?
Como ter certeza de que não houve qualquer influência política na escolha? É uma dúvida que mancha a credibilidade do Oscar e cobre a vitória de ambos com uma nuvem de suspeição.

Como disse o grande Paulo Cruz, “ser livre é também ser preterido, e cobrar reparação perene é voltar à escravidão”.
Nada a acrescentar.

Rodrigo Constantino


RODRIGO CONSTANTINO
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.



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D E S E J O - Jenário de Fátima & ATALHOS DE SONHO - Mírian Warttusch


D E S E J O



Quero estar bem junto a ti, a qualquer hora,
Não importa a quilometragem e a distância,

Pra saciar a minha sede, a minha ânsia,
de ter-te enfim, comigo, aqui e agora.

Todo este tédio, o meu céu descolore,
E talvez  seja a falta da tua presença.
Porém me fica a esperança, fica a crença,
De ter-te, um dia, mesmo que  demore.

Quero tua boca, o teu corpo e o teu beijo,
Pra saciar a minha fome de desejo
E apagar este fogo que me inflama.

Depois do gozo, acariciar tua pele nua
E nem me importar, se com ciúme, a lua,
Vier deitar junto de nós, na mesma cama.



Jenário de Fátima


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ATALHOS DE SONHO


Venha me dar o teu abraço quente...
Boca na boca, me ofereça um beijo ardente...
Hora de entrega, paixão, corpo presente,
Sentir-te pleno, no embalo do meu ventre...

 Antes do sol, te apressa ...vem me ter...
A madrugada não nos poderá conter...
Lençóis desfeitos, sangue a nos ferver,
Lua, estrelas altas, já a se esconder...

 Mãos ansiosas, percorrem, eletrizadas,
Nossas loucas veredas, sendas desbravadas...
Trilhas de sonho, as mais lúdicas estradas...

 Magníficos oásis, naturezas incontidas...
E quando me sentires, atada e exaurida,
 Explode e te derrama ...faz nascer a vida!



Mírian Warttusch 

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