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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

OH ARGENTINA! A QUE DIVINAS PUNIÇÕES TU TE EXPÕES COM A APROVAÇÃO DA LEI QUE DECRETA A MORTE DE INOCENTES?


Revolucionárias feministas comemoram aprovação da matança de inocentes nascituros na Argentina

“Ai daqueles que estabelecem leis perversas e continuamente escrevem leis de injustiça” (Isaías 10: 1).

“Há algo mais iníquo do que a exaltação do orgulho; há algo mais perverso do que a ignorância da Soberania de Deus; há uma coisa mais perversa do que a universalidade da impiedade […]. Esta coisa mais perversa do que todas as iniquidades é a introdução do mal nas leis”. (Padre Augustin Lemann).

 

Fonte: Sociedad Ecuatoriana Tradición y Acción

Diante da aprovação do hediondo crime do aborto na Argentina, quisemos destacar o texto citado acima, do Padre Augustin Lemann [foto abaixo], a fim de expor a gravidade do pecado que acaba de ser institucionalizado naquele país vizinho e os castigos aos quais se expõe uma nação que pratica uma ofensa tão grande que, de acordo com a doutrina da Santa Igreja Católica Romana Apostólica, clama ao Céu e a Deus por punição.


Uma análise séria da situação argentina nos leva a considerar que os demais países da América Latina também se encontram em grave perigo, pois uma onda radical, revolucionária e anticristã, apoiada por diversos organismos internacionais, trabalha incansavelmente há vários anos para destruir os princípios básicos da civilização cristã.

Múltiplas leis perversas vão sendo paulatinamente implantadas, diante do olhar impassível de muitos que cruzam os braços e continuam indiferentes suas vidas como se nada estivesse acontecendo. Porém, até quando tardará a Justiça Divina em intervir?


Padre Augustin Lemann

É uma pergunta que no início de 2021 todos devemos fazer. Basta um breve olhar sobre a atuação de Deus ao longo da História da humanidade, consignada nas Sagradas Escrituras, para saber que o Supremo Juiz não deixa impunes crimes tão hediondos como o assassinato de inocentes, sobretudo quando tais crimes se tornam lei. Explica o Abade Lemann, ao interpretar as palavras do profeta Isaías:

“A exaltação do orgulho, a ignorância da Soberania de Deus, a própria universalidade da impiedade, coisas tão perversas em si mesmas, nada mais são do que o mal nos fatos. É o mal, sem dúvida sempre crescente, mas ainda limitado à região dos fatos; enquanto as leis ímpias e os decretos perversos são o mal que vai além dos fatos e atinge os princípios, é o mal transportado para a essência das coisas e acantonado no alto.

“Assim morrem as nações: não de maneira precipitada ou repentina, mas gradualmente e como que por etapas, por causa das iniquidades dos homens e os correspondentes golpes da justiça de Deus.”

“Com a introdução do mal nas leis, o cativeiro e a morte”

Ante o perigo iminente do castigo, o que fazer?

Nínive e os ninivitas são o exemplo perfeito dado pelas Sagradas Escrituras de um povo que, percebendo a iniquidade de seus atos, fez penitência e retornou ao caminho do bem:

“Jonas entrou na cidade e andou um dia proclamando: ‘Em quarenta dias, Nínive será destruída’. Os ninivitas acreditaram na advertência de Deus e ordenaram um jejum e se vestiram de saco, do mais velho ao mais novo.

A notícia chegou ao rei de Nínive, que se levantou de seu trono, tirou a capa, vestiu um saco e sentou-se sobre cinzas. Depois publicou esta ordem em Nínive: ‘Homens e animais nada comerão nem beberão. Deixe-os vestir sacos e clamar a Deus com insistência. Que cada um corrija seu mau comportamento e suas más ações. Quem sabe se Deus se arrependerá e cessará sua ira, para que não nos faça morrer?’ Quando Deus viu o que eles estavam fazendo e como se arrependeram de seu mau comportamento, Ele também se arrependeu e não os puniu como os havia ameaçado” (Jonas 3, 6-10).


Imagem de Na. Sra. do Bom Sucesso

Penitência, oração e verdadeiras conversões é o caminho traçado não apenas pelas Sagradas Escrituras, mas também por Aquela que é a porta do Céu sempre aberta e Mãe de Misericórdia, Maria Santíssima, que em suas múltiplas aparições nos últimos séculos tem avisado a humanidade sobre a consequência dos pecados do mundo e a Grande Consolação para aqueles que, permanecendo fiéis, lutam pela implantação de seu Reino na Terra.
“Quando eles parecerem triunfantes, e quando a autoridade abusar de seu poder, cometendo injustiças e oprimindo os fracos, estará próxima a sua derrota. Cairão por terra estatelados…!”

“Terá chegado minha hora em que Eu, de maneira assombrosa, destronarei o orgulhoso Satanás, pondo-o debaixo de meus pés e acorrentando-o no abismo infernal, deixando finalmente a Igreja e a Pátria livres dessa cruel tirania”. (Revelação de Nossa Senhora do Bom Sucesso, Quito – Equador).

https://www.abim.inf.br/oh-argentina-a-que-divinas-punicoes-tu-te-expoes-com-a-aprovacao-da-lei-que-decreta-a-morte-de-inocentes/

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UM CARPINTEIRO ORDINÁRIO – Ariston Caldas

 


         Meu pai dizia que Pedro Longuinho era um carpinteiro ordinário. Acrescentando:

            - Nunca aprendeu a arte.

            Pedro era primo terceiro de minha mãe – esmirrado, ombros estreitos e cabelo escorrido caindo sobre a testa. Sua fala era quase um resmungo. Ele não tinha filho e residia com a mulher numa casa abarracada em uma rua que ia dar na beira do rio, onde havia uma ponte de madeira.

            Os transportes para a cidade eram escassos e ruins e ele havia acertado fazer umas cancelas numa fazenda distante três léguas. Como meu pai tinha bom conhecimento com proprietários de caminhões, Pedro apadrinhou-se dele para conseguir um lugar no primeiro carro que aparecesse.

            - Graças a Deus estarei na fazenda bem antes do meio-dia. – Ele falou para a mulher que ajeitava uns bilros numa almofada feita de chitão.

            - Homem, o carro é seu? Então não fique aí fazendo planos à toa. – Advertiu-lhe ela.

            Antes de ter uma confirmação do meu pai, ele começou no domingo à tarde a arrumar as coisas num bocapio enorme. Chovia e o rio vinha enchendo rápido. Os moradores falavam que “já subiu mais de um metro”. Isso preocupava Pedro que tinha plano de viajar no dia seguinte bem cedinho.

            - É, a ponte é muito alta. Para o rio chegar até o lastro dela precisa de um mundo de água, e a chuva não está tão grossa assim – comentou para a mulher sentada ao lado da almofada de chitão, enquanto arrumava coisas num bocapio – serrote, martelo, enxó, esquadro, compasso; calça velha, uma camisa de brim, um pedaço de fumo de corda e o que ia lembrando. Não queria deixar nada para a última hora.

            Quando o dia amanheceu, ele pulou da cama, coou café, cozinhou aipim e deu milho às galinhas no terreiro do quintal; vestiu uma roupa limpa, calçou os borzeguins amarelos, fez algumas recomendações à mulher e saiu rua a fora, com o bocapio, em direção à cabeceira da ponte onde costumavam esperar transporte. Por algum tempo ficou de pé, teso, bocapio ao lado, certo de que o caminhão arranjado por meu pai não iria demorar. Mais de uma hora depois ele cansou e resolveu sentar-se numa pedra grande que havia perto da cabeceira da ponte, onde ficou chupando roletes de cana, olhando para o rio que parecia baixar.

            - Inda bem que a chuva passou e o rio está secando, resmungou para si mesmo. O caminhão só apareceu próximo das dez horas, quando Pedro já se encontrava aporrinhado. Junto a ele o carro parou. O motorista, sujeito sarará e barrigudo, de bigode cheio, desceu da cabine e perguntou-lhe:

            - Pedro Longuinho é o senhor?

            - Pois não! – respondeu ele, saliente.

            - ... É. Mestre Chico me falou para levá-lo até uma fazenda. Mas olhe a situação. Houve um imprevisto... – disse o motorista apontando para a carroceria do caminhão cheia de vacas leiteiras, e para a cabine onde iam duas mulheres com uns meninos ao colo. Pedro, sustentando o bocapio pesado como chumbo, ficou entalado e quando o carro sumiu na curva depois da ponte, ele resmungou, com raiva. “Diabo os leve!” – jogando para um lado o resto dos roletes espetados em taliscas de bambu.

 

(LINHAS INTERCALADAS)

Ariston Caldas

 

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Ariston Caldas nasceu em Inhambupe, norte da Bahia, em 15 de dezembro de 1923. Ainda menino, veio para o Sul do estado, primeiro Uruçuca, depois Itabuna. Em 1970 se mudou para Salvador onde residiu por 12 anos. Jornalista de profissão, Ariston trabalhou nos jornais A Tarde, Tribuna da Bahia e Jornal da Bahia e fundou o periódico ‘Terra Nossa’, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia; em Itabuna foi redator da Folha do Cacau, Tribuna do Cacau, Diário de Itabuna, dentre outros. Foi também diretor da Rádio Jornal de Itabuna.

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