14 de dezembro de 2020
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 840, Dezembro/2020
Em 1974, quando a chamada Ostpolitik do Vaticano
(política para o Leste, ou seja, em relação aos países comunistas) empreendia
uma aproximação diplomática com o mundo comunista, o Prof. Plinio Corrêa de
Oliveira [foto acima] percebeu que ela abriria as portas do Ocidente
para a entrada e aceitação do regime comunista. No entanto, isso se faria
contrariando ensinamentos do Supremo Magistério da Igreja, cujas veementes
condenações ao comunismo não deixavam margem à menor dúvida.
A principal consequência da Ostpolitik para os países
católicos — cujos regimes eram de modo geral democráticos, liberais, e sobre os
quais não pesavam tais condenações — poderia ser a implantação e perpetuação de
governos ditatoriais, contrários ao direito de propriedade e à livre
iniciativa. Podiam-se prever facilmente os prejuízos morais, econômicos e em
muitos outros campos, tanto para os fiéis católicos quanto para os seus
próprios países. Isto ficou claro, alguns anos depois, quando a derrocada do
comunismo evidenciou a decadência e pobreza generalizadas nos países por ele
dominados.
Como a diplomacia deve sempre se orientar por ordens superiores, cabia
unicamente ao Papa (Paulo VI, então reinante) tolher o passo a essas
tratativas.
De comum acordo com as diretorias das TFPs autônomas então existentes, o
Prof. Plinio Corrêa de Oliveira redigiu uma declaração de resistência à Ostpolitik do
Vaticano e orientou sua posterior divulgação em todo o mundo livre. Este
documento pode ser lido integralmente em nosso site http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0280/P01.html
Não se tratava de ‘palavras ao vento’, destinadas a aplausos vazios e
fugazes, mas se transformou na principal bandeira de combate dele juntamente
com seus amigos e seguidores. Durante todos os anos que se seguiram a essa
publicação, todas as tentativas de avanço internacional do comunismo foram
denunciadas e fustigadas meticulosa e constantemente, colaborando assim para
sua final derrocada. Era a continuação da resistência, da qual fez parte a denúncia
dos efeitos da Ostpolitik vaticana.
Esse enorme esforço publicitário ficou registrado para a História em
numerosos documentos, disponíveis em arquivos midiáticos. E não cessou até os
nossos dias, em que o processo revolucionário atinge em cheio o campo da moral
católica e dos costumes em geral. Quem depara hoje com as mentiras e exageros
do ambientalismo; com o aborto dizimando legalmente vidas inocentes; com a
propaganda escancarada em favor de pecados contra a natureza — deve entender
que estamos diante dos mesmos inimigos da Igreja que a combatem há séculos,
podendo-se mesmo falar em milênios.
Algo similar àquela declaração de resistência de 1974 se faz hoje, em relação aos importantes problemas atuais, com a publicação de um manifesto, lançado no dia 28 de outubro último, do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e outras 25 associações coirmãs e autônomas nos cinco continentes.
[Para ler a
íntegra dessa declaração do Instituo click aqui: https://ipco.org.br/urgente-apelo-para-resistir-a-traicao-e-ruina-do-ocidente-fina-flor-da-civilizacao-crista/
Em tal documento é enunciada a posição de resistência ante a atitude
concessiva de autoridades eclesiásticas em vários assuntos no âmbito da vida
pública, das relações sociais, da moral e dos costumes, aos quais os Papas
anteriores opuseram sempre a condenação ou censura.
Da redação de Catolicismo
https://www.abim.inf.br/nova-fase-de-uma-resistencia-que-nao-cessou-mas-se-rearticula-e-revigora/