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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

PAPA ADVERTE: “A VERDADEIRA NOSSA SENHORA NÃO É UMA SUPER-STAR QUE MANDA CARTAS”

11 Fevereiro 2017

No dia 6 de junho de 2015, voltando da viagem a Sarajevo, o papa dizia aos jornalistas: “Estamos muito perto de tomar decisões. Depois, serão ditas. Por enquanto, dão-se apenas algumas orientações aos bispos, mas sobre as linhas que serão tomadas”. 

A reportagem é de Matteo Matzuzzi, publicada no jornal Il Foglio, 10-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O objeto do anúncio de Francisco, as aparições de Nossa Senhora em Medjugorje. O Pe. Federico Lombardi, então diretor da Sala de Imprensa vaticana, convidava à paciência: “Tudo adiado para depois do verão”, assegurava. Mas se passaram dois verões, e, das decisões que pareciam iminentes, nem a sombra.

O que é certo é o dossiê encorpado entregue há quase três anos ao pontífice, preparado pela comissão especial desejada por Bento XVI e presidida pelo cardeal Camillo Ruini. Já estava fixada, dizia-se em 2015, uma reunião da Congregação para a Doutrina da Fé para examinar as pastas, discutir e deliberar.

Silêncio total. Matéria incandescente, divisiva demais, sussurrava-se (e se sussurra ainda hoje) do outro lado do Rio Tibre: qualquer que seja a decisão, a divisão será inevitável. Duas linhas: a mais cética ou pelo menos prudente do cardeal prefeito, Gerhard Ludwig Müller, que proibiu, como de praxe, que os fiéis católicos participassem das reuniões com os videntes de Medjugorje, e a muito mais aberturista do cardeal Christoph Schönborn, que convida a olhar para os frutos que a devoção bósnia produz.

É difícil dizer o que o papa pensa, embora os sinais existam. O último chegou nessa quinta-feira, com a publicação, na revista La Civiltà Cattolica, das respostas que Francisco deu aos superiores gerais, recebidos no Vaticano em novembro passado.

A uma pergunta relativa à escolha dos temas marianos para as próximas três Jornadas Mundiais da Juventude, o pontífice disse, primeiro, que não tinha ele pessoalmente que os tinha escolhido e, depois, esclareceu que saudável é a devoção à “Nossa Senhora verdadeira” e não à “Nossa Senhora chefe de uma agência dos correios que, a cada dia, manda uma carta diferente, dizendo: ‘Meus filhos, façam isso e, depois, no dia seguinte, façam aquilo’. Não – acrescentou Bergoglio –, não essa. A Nossa Senhora verdadeira é aquela que gera Jesus no nosso coração, que é Mãe. Esta moda da Nossa Senhora superstar, como uma protagonista que coloca a si mesma no centro, não é católica”. 

Nenhuma referência explícita a Medjugorje, embora os indícios sejam rastreáveis (os encontros marcados pelos videntes em diversas localidades do mundo, com eventos em estádios e palácios do esporte para assistir às aparições, parecem se encaixar na casuística da “Nossa Senhora superstar”).

Três dias depois da viagem à Bósnia, na homilia em Santa Marta, o papa disse: “Mas onde estão os videntes que nos dizem hoje a carta que Nossa Senhora vai mandar às quatro horas da tarde? Eles vivem disso. Mas essa não é a identidade cristã. A última palavra de Deus se chama Jesus, e nada mais”.

Não se tratava de uma novidade, já que, em novembro de 2013, novamente em Santa Marta, ele observava que “a curiosidade nos leva a querer ouvir que o Senhor está aqui ou está lá, ou nos faz dizer: ‘Mas eu conheço um vidente, uma vidente, que recebe cartas de Nossa Senhora, mensagens de Nossa Senhora’. Mas a Nossa Senhora é Mãe, não é um chefe de uma agência dos correios, para enviar mensagens todos os dias. Essas novidades afastam do Evangelho”. 

O ponto que Francisco enfatiza não é tanto o fato de acreditar ou não nas aparições marianas (em Buenos Aires, como arcebispo, ele permitiu que Ivan Dragicevic, vidente de Medjugorje, realizasse um ciclo de conferências), mas sim a sua excessiva espetacularização, a transformação do Mistério em um show (muitas vezes com bilhete de entrada). 

Daí a ladainha sobre a Nossa Senhora que não é chefe de uma agência dos correios que agenda as suas aparições em turnê pelo mundo, marcando até os horários. Afinal de contas, o exemplo de Lourdes e Fátima, casos em que o caráter sobrenatural das manifestações foi confirmada pela Igreja, ensina: nada de compromissos à la Super Bowl. Maria apareceu a jovens agricultores e pastores.

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QUANDO ME AMEI DE VERDADE - Kim McMillen

Quando me amei...
Kim McMillen


Auto-estima, Autenticidade, Amadurecimento, Respeito, Amor Próprio, Simplicidade, Humildade, Plenitude, Saber Viver - Fazem parte do seu dia-a-dia? 

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa e no momento exato. E, então pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome...  AUTO ESTIMA!

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é... AUTENTICIDADE!

Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... AMADURECIMENTO!

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... RESPEITO!

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... AMOR PRÓPRIO!

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... SIMPLICIDADE!

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Descobri a... HUMILDADE!

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... PLENITUDE!

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Isso é... SABER VIVER...

Não devemos ter medo dos confrontos... Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.



Enviado por: "Ucha Crystal" uchacrystal@yahoo.com.br

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A PROFISSÃO DE JUPARÁ

A profissão de Jupará


           Jupará foi um dos tipos mais esquisitos da cidade, que se tornou bastante conhecido pela sua mania de prestar serviços relacionados com as pessoas falecidas como sejam: transportar caixões mortuários, capelas, vestir e velar o cadáver.

            O seu tipo de débil mental, alto, magro e feio, sempre metido nas roupas folgadas que ‘herdava’ dos mortos, causava medo às crianças e já estava se tornando numa verdadeira superstição sua passagem pela rua ou porta de uma casa onde houvesse uma pessoa doente. Era um agouro, diziam logo:  - Fulano não escapa, quando Jupará aparece o doente falece...

            Efetivamente, Jupará vagava pelas ruas da cidade, principalmente à noite, “farejando” um defunto, uma sentinela, quando encontrava, se oferecia logo para ir buscar o caixão e se a família do morto lhe permitisse, ele ficava na cabeceira do defunto, sacudindo as moscas, acendendo velas, sempre pronto para qualquer serviço.

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            Contam que certa noite lhe encarregaram de levar um caixão no lugar “Surubim”, na Estrada de Ferradas, porém ele na ansiedade de fazer o serviço, não prestou bem atenção ao que lhe recomendaram e levou o caixão para o “Salobrinho”, na estrada de Ilhéus.

            Enquanto a família do morto, lá no Surubim aguardava a chegada de Jupará, este vagava, altas horas da noite, pela localidade de Salobrinho, com o ‘envelope’ na cabeça, batendo de porta em porta e indagando: - Foi aqui que morreu um defunto?...

            Perto do amanhecer, cansado, botou o caixão no chão, deitou-se no mesmo e adormeceu.

            Pela manhã, houve assombração no Salobrinho. Muita gente correu, quando Jupará, acordando levantou-se do caixão...



DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO ILUSTRADO DE ITABUNA, 1ª Edição -1968 - José Dantas de Andrade

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E AGORA ADERVAN? - Antonio Nunes de Souza

Foto DiárioBahia
E AGORA Adervan?


“A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e AGORA José?”

Esse é o começo do imortal poema de Carlos Drummond Andrade que, merecidamente, recito para meu querido amigo José Adervan, jornalista de primeira água, preocupado com a nossa região, principalmente com o município de Itabuna!

Como todos sabemos, fundador de um dos melhores jornais da região cacaueira, curiosamente, com o nome de AGORA!

“E AGORA José?” que nossa festa momescas acabou, o povo sumiu, a noite esfriou e, pela graça de Deus, você foi também no meio da festa antecipada que, por ironia do destino, antecipou também a sua morte?

Com uma vida bancária invejável, jornalística que fazia inveja, veia política fervorosa e ativa, bom comentarista, orador e político atuante, chefe de família e amigo como poucos!

“E AGORA José?”
Você não deixa somente saudades, está nos deixando uma bela prole que, certamente, dará continuidade a sua obra mais marcante, que é esse jornal diário de grande circulação, fundado as duras e sacrificantes penas, juntamente com meu querido primo Ramiro Aquino, levando e trazendo notícias desse mundo a fora! Criando polêmicas discursões sobre o destino do nosso estado e, consequentemente, do nosso país!

“E AGORA José?
Tenha certeza que será sempre lembrado pela sua orgulhosa e brilhante passagem entre nós, suas atuações impecáveis em clubes de serviços e várias outras instituições!

Sua falta nos deixa uma lacuna das grandes, mas, seguramente, estará orando por nós no reino dos céus, torcendo para que as coisas melhorem, como sempre fez durante sua dedicada vida!

Com tristeza, apresento as minhas condolências aos seus familiares, com o coração cheio de saudade, pela pessoa que você sempre foi!

“E Agora José?”
 A festa acabou,  a noite esfriou, o povo sumiu, levando você!



Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL


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