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sexta-feira, 4 de maio de 2018

A ORAÇÃO DE GANDHI


Dizem que  Gandhi orava assim:

“Senhor…

Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes
e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.

Se me dás fortuna, não me tires a razão.
Se me dás o sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.

Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda.
Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.

Ensina-me a amar aos outros como a mim mesmo.

Não deixes que me torne orgulhoso se triunfo,
nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede ao triunfo.

Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e  que a vingança é um sinal de baixeza.

Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.

Se eu ofender as pessoas, dá-me a coragem para desculpar-me,
e se as pessoas me ofenderem, dá-me a grandeza de perdoá-las.
Senhor , se eu me esquecer de ti , nunca te esqueças de mim”

                 
Mahatma Gandhi

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SORBONNE - 50 ANOS DEPOIS - Paulo Corrêa de Brito Filho


4 de Maio de 2018
Obstinação contra a Cristandade na revolução sexual, anárquica e libertária de Maio de 68

Paulo Corrêa de Brito Filho

         Muitos julgaram que as primeiras badernas estudantis de maio de 1968, na Sorbonne, eram simples manifestações de jovens extravagantes com ideias amalucadas. Mas tais ideias se expandiram e provocaram grandes mudanças nos costumes tradicionais da França, e a partir daí contagiaram como lepra o mundo inteiro, resultando numa verdadeira revolução sexual e cultural, de acordo com o que berravam os sorbonianos: “Inventai novas perversões sexuais”.

As agitações tomaram as ruas, ergueram-se barricadas, violentos confrontos com as forças da ordem se espalharam para outras regiões. Depois tudo pareceu retornar à normalidade, mas de fato as coisas nunca voltaram a ser como antes. As sementes lançadas em maio de 68 geraram frutos perniciosos para todos os povos.

Incorporada à História como “Revolução da Sorbonne”, ela foi na realidade o marco do que poderíamos chamar de “IV Revolução”, desenvolvendo o processo cujas três primeiras fases foram a Revolução Protestante, a Revolução Francesa e a Revolução Comunista. O que se almejou em maio de 68 foi lançar uma radical revolução sexual, anárquica e libertária, e proclamar a morte dos costumes tradicionais. Foi também o nascimento de uma “nova era histórica” — uma “civilização do instinto” oposta à civilização cristã, tendo por meta a utopia igualitária.

Passados 50 anos da “Revolução da Sorbonne”, o mundo geme no caos. Enquanto isso, o impulso da onda libertária vai destruindo as instituições e encaminhando as nações rumo ao tribalismo, que seria a “V Revolução”.

A matéria principal da edição da revista Catolicismo deste mês, redigida pelo nosso colaborador Benoît Bemelmans, presidente da TFP francesa de 1996 a 2009, aponta para o que realmente pretendiam os revolucionários da Sorbonne, explicita a transformação que eles provocaram na sociedade, na mentalidade dos povos e também nos ambientes católicos, e ressalta a necessidade de uma reação para não nos afundarmos na libertinagem desbragada do mundo contemporâneo.

Na parede da Sorbonne, pichado o lema contestatário: Défense d’interdire!” (É proibido proibir!)

Em face das ideias radicais de maio de 68, sintetizadas no slogan “É proibido proibir” [foto acima], nossa resposta só pode ser: “É necessário proibir”. Basta considerar que, dos 10 Mandamentos da Lei Deus, sete são preceitos proibitivos. Em qualquer sociedade onde tudo é permitido, nada fica de pé. Ela se torna insustentável, e acaba por desaparecer na anarquia geral.

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Aconselho vivamente a aquisição da revista Catolicismo deste mês (edição nº 809), que desenvolve em sua matéria de capa o tema:
SORBONNE – MAIO de 68
Rebelião radical contra os valores da Cristandade
— 50 anos depois, o que ficou?


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