Total de visualizações de página

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

ROSA DE SHARON


Rosa de Sharon

Há uma passagem na Bíblia onde Deus nos compara as Rosas de Saron. para entendermos essa analogia, temos a seguinte explicação:

Saron era uma terra de difícil sobrevivência, uma terra no deserto, árida e muito quente.

Mas Saron tinha a terra ideal para produzir as rosas mais perfumadas que já se viu na terra, onde apenas uma pétala chegaria a produzir uma grande quantidade do mais valioso perfume.

Essas flores possuíam um valor tão alto que os cultivadores na época de floradas costumavam colocar guardas armados para guardar seus cultivos.

As Rosas de Saron são flores cultivadas em terras difíceis, debaixo de um forte sol escaldante, em meio a terreno pedregoso, cheio de espinhos, onde a água é difícil de encontrar, e os predadores são muitos, pois ela é uma flor muito apreciada.

Meditando na comparação de Deus e as rosas de Saron assim somos nós para Deus, flores cultivadas no meio das provas, das dificuldades, das angústias, testados no fogo ardente, humilhados pelos que poderiam nos amar, perseguidos por aqueles que não amam a Deus, e não reconhecem em nós a beleza das flores e seu perfume.

E, quando começamos a exalar nosso perfume, muitos tentam roubar nosso dom, nossa linguagem, nossa virtude, a alegria de servir a Deus e a confiança de que venceremos, colocando em nós tristezas que até chegam a muitas das vezes nos afastar do jardim de Deus.

Mas assim como os cultivadores das rosas de Saron colocam guardas armados, Deus também coloca seus anjos armados com espadas de fogo como guardas dos seus fiéis, pois aqueles que exala perfume são perseguidos pelo adversário, mas são guardados por Deus.

O perfume do cristão é o seu testemunho, seu temor, sua obediência, a capacidade de suportar as provas sem murmurar, é um doce perfume, e ter em si o dom maior, o amor é o mais caro perfume que temos, e por essa razão Deus comparará aqueles que tem essas características as rosas de Saron.

Somos as flores que produzem o mais valioso perfume: A glória,  obediência, o temor, a consagração, a reverência e toda honra que é dada a um único Deus que fez o céu a terra e tudo quanto neles há!
Perfume esse que o próprio inferno se levanta para tentar roubar.

Mas nada pode te tocar ROSA DE SARON, porque a teu respeito foi dada a ordem aos anjos para te guardarem em todos os teus caminhos.         

VOCÊ É ESSA ROSA!

(Recebi via WhatsApp, sem menção de autoria)

* * *

O FESTIVAL PÔR DO SOL PROMETE AGITAR AS TARDES DE DOMINGO EM ITABUNA


Depois de algum tempo sem produzir eventos em Tabocas, a Associação Cultural Amigos do Teatro - ACATE, volta a cena cultural da cidade prometendo agitar a avenida Beira Rio, tendo como pano de fundo o pôr do Sol às margens do Cachoeira e também o mais novo cartão postal da cidade que é a Passarela da histórica Ilha do Jegue.

Com uma proposta de unificar, socializar e difundir as diversas modalidades artísticas e culturais do imenso celeiro que é a cultura de Itabuna, a ACATE traz uma proposta que não é novidade, pois os festivais não competitivos se espalham por todas as regiões do país, mas são de fundamental importância para divulgação de artistas emergentes e consolidação dos já consagrados numa troca de experiências frenéticas que é semelhante às grandes festas literárias ou festivais de MPB, gastronômico dentre outros.

Segundo Ari Rodrigues, idealizador da ação, a primeira edição do Festival Pôr do Sol é um projeto piloto que se emplacar, movimentará o cenário artístico cultural desta cidade. Rap, Forró e Rock, Literatura, Gastronomia, Contação de histórias, Poesias, Lançamentos de Livros, Artesanatos e muito mais é o que promete a organização do evento. “Como não temos patrocínio, contamos com nossos parceiros, que viabilizaram a realização deste evento” ressalta a presidente da ACATE Eva Lima que chega recentemente de uma jornada por dez cidades do interior realizando um projeto de sua autoria contemplado pelo FAZCULTURA.

A programação começará a partir das 16hs. com as seguintes atrações:
Aulão de Zumba com o Studio S Dance
Contação de histórias com o projeto Letras que Voam da FICC
Apresentação do Raaper Mano Sabota
Apresentação do Coral – Vocal Orion
Número de dança Malandros com Aldenor Garcia
Número de Tango com o grupo Conectango
Show com a Banda Cangaceiros do Forró
Show com a Banda Caput Rock

Esta é a programação que vai acontecer no palco. Paralelo a isso, vão estar acontecendo lançamentos de livros no stand da editora Mondrongo, visitação e também lançamentos de livros no stand da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL, contação de histórias e brincadeiras infantis no stand do projeto Letras Que voam, Chá de tortas doces e salgadas no stand do Instituto Luz do Novo Mundo e bebidas e comidas nas diversas barracas além de chocolates artesanais que estarão a venda também na praça.
A expectativa é que a segunda edição do projeto aconteça ainda neste semestre.

SERVIÇO
O que? Projeto Festival Pôr do Sol
Onde? Avenida Firmino Alves, em frente ao Módulo Center
Dia e hora? Dia 4 de Março das 16 às 22h.

* * *

OS APELIDOS ENTRAM EM CAMPO - Cyro de Mattos


Os apelidos entram em campo

          
         O humor acontecia no Campo da Desportiva e entrava para o anedotário com os apelidos dos jogadores. Balaco, Galeão, Puruca, Pedra, Tuta, Zé Prego, Sapateiro, Tenente Cotó, Ruído, Pipio,  Jeguinho, Lubião, Bacamarte e Mil e Quinhentos. No  tempo da Associação, São Cristóvão, Grêmio, Itabuna e Janízaros,  primeiros anos do Campo da Desportiva, os apelidos soavam como fantasia ou um sinal de identificação de inteira verdade.

          Apareceram tempos depois jogadores com o apelido de Camamu,   Mão-de-Tripa, Porroló. Galalau, Pantaleão, Nonô Piquete. Carrapeta,   Gajé. Chicletes,  Mundeco, Bita.  Pintado Alfaiate, Ferrugem  e  Diaço.  Dois jogadores tiveram o apelido  de Jeguinho em épocas diferentes. Eram  parentes, tio e sobrinho, jogaram no Janízaros como  zagueiro central.  Bacamarte também foi o apelido de dois zagueiros. Um  jogou na Associação, o outro no Flamengo de Paulo Ribeiro. Eram defensores vigorosos.  O chute violento de cada um deles  explodia como um tiro de bacamarte.
 
        O  apelido era tirado do sobrenome do jogador.  Carpóforo, Mangabeira, Barros, Marinho e Wense, que de vez em quando aparecia no jornal escrito como Vence. Fazia alusão a um bicho. Caxinguelê, Peba e Macaquinho. Bacurau, atacante, gostava de marcar gol no fim do segundo tempo, as sombras do entardecer  começando  a dificultar a visão da bola.

       Às vezes,  a expressão composta de nome e apelido formava o chamamento inusitado.  Eliezer Melgaço, Orlando Anabizu, Ronaldo Chiranha, Edson Gasolina, Alberto Pastor, Valdemir Chicão. Ou consistia em um composto sonoro, com  entonação agradável de ser pronunciada.  Carlos Riela, Fernando Riela, Plínio Assis.  Alguns apelidos revelavam que o seu dono era um jogador de recursos técnicos e possuía um futebol de alto nível. Doutor Clóvis, Professor Juca, Mestre  Delicado.

         Havia Tombinho e Tombinha. O primeiro jogou na Associação, ponta-direita,  de estatura pequena,  o corpo redondo tombava a todo instante, era só o marcador disputar a jogada com o ombro ou encostar nele, mesmo de leve.   Tombinha jogava para o time, não aparecia durante o decorrer da partida. Poucas eram as pessoas que o conheciam quando se falava em  Manoel Marques. Se você falasse em Tombinha, as façanhas do jogador mais catimbeiro que atuou  no Campo da Desportiva eram lembradas por jogadores e desportistas.
  
         Corria no jogo  apelidos com o nome de mulher. Odete e Vanda. Do último se sabe que a alcunha veio da infância. O menino tinha os cabelos grandes e usava trança, a mãe achava-o parecido com uma menina, daí  ter dado ao filho o apelido de Vanda. De tanto os irmãos chamá-lo  pelo apelido, pegou feito visgo.   Também o craque Santinho trouxe o apelido da infância.  Familiares que viam o menino dormindo  diziam que “ele parece um santinho.”

              Uns aludiam a peixe. Piaba,  Peixe-Louro. Outros lembravam um bicho. Caxinguelê. Gato Preto, Aranha, Macaquinho, Ratinho. E ainda outros davam a entender que o jogador tinha outra nacionalidade. Sírio, Sueco, China, Gringo, Americano, Paraguaio.  Para não se falar do apelido indicando que ali no dono  estava  um jogador igual a um corredor nato. Velocidade, Carlito Agonia. Chegavam a ser reverenciados pelos seus admiradores como os filhos do vento, tanto eles corriam. O apelido de Zé Pretinho e Louro revelavam a cor do distinto jogador,  claro.

            Pelé-Cotó. Brezegue, Dinho do Roque, Rocha.  Zezé, Zezeco, Zelinho. Balancê da Mata, Mateirinho, Sami.  Boca-Rica. Charuto,  Barril, Tertu. Lau, Leto, Lua. Caxanga,  Pedrinha, Roliço. Raminho, Bento, Perivaldo. Deti, Bira, Quinho. Neguinho, Maninho, João Som, Gel, Coroinha.

             Qual desses era o melhor, o mais ou menos  e o pior? O artista e o mais eficiente? No começo, meio ou fim de carreira? Qualquer atividade humana é feita com gradações como resultado de quem a exercita. É assim também com o futebol,  um jogo coletivo no qual cabem diversos protagonistas. Nesse esporte, a individualidade  surge com o coletivo. Não importa o apelido, haverá sempre os que se sobressaem,  os que rendem pela eficiência e os que ficam no anonimato.

               Vevé,  Zeferino,  Colatino,  Madeira. Manchinha,  Caticuri, Vivi, Zezito Agonia. Marão, Tindola,  Zoinho,  Mudo.  Noca, David Pintado,  Nocha.   Macarrão, Roseno,   Daú.  Nenzinho,   Jonga,  Beca. Neném, Pinga,  Zé Neguinha,  Nininho.  Abissínia,  Bié.   Mamão.   Justo,  Bel,  Wilson Longo.  Zequinha  Carmo,   Zé Moleque,  Zé Reis. Patuca,   Mágoa, Chico.

             Cada um com a sua classe, seu esforço, sua graça. Levava o torcedor ao pequeno e prazeroso Campo  da Desportiva  para aplaudir, vaiar ou sorrir,  do primeiro ao último minuto do jogo.
     
.................

Cyro de Mattos – é baiano de Itabuna. Escritor e poeta, Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Sul da Bahia). Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia, Pen Clube do Brasil, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna.

* * *