O sol se manifesta à maneira de Deus, e a lua à maneira de
Nossa Senhora. Recebendo a luz forte e variegada do sol, a lua a devolve
atenuada, como consolação para os que lamentam a retirada do astro-rei.
Plinio Corrêa de Oliveira
O percurso feito por um homem durante a vida pode ser
comparado ao curso do sol ao longo de um dia.
Na aurora o sol emite raios suaves, que contemplamos com
encanto, e seu brilho se intensifica gradativamente à medida que ilumina todo o
panorama. Da mesma forma que o sol, a criança de tenra idade irradia frescores
primaveris, reluzentes de encantos que lembram os da aurora. São graciosos
atrativos, que não mais se repetem ao longo das idades.
Ao se aproximar o meio-dia, o sol brilha em seu auge.
Persistente e imutável, dardeja sem nenhum esforço aparente, parecendo tirar de
si todas as energias, para iluminar todas as regiões do universo aonde sua luz
deve chegar. Sem parecer fatigar-se com esse esforço colossal, ele se empenha
em mostrar uma generosidade imensa. Sua potência incomparável parece fazer a
oblação de si mesmo, e nisto simboliza metaforicamente o esforço, a operosidade
e a glória de um homem na maturidade.
Quando o sol começa a se pôr, vai aos poucos perdendo o
brilho, o que pode ser comparado, na vida do homem, com a fase em que ele já
deu o máximo de si, já pode alegrar-se por ter atingido seus objetivos. Diante
da missão realizada, do opus factum, ele pode ir-se retirando com
dignidade e deixando as coisas deste mundo. Assume uma gloriosa diminuição de
si mesmo, como quem diz: Tendo chegado a este ponto, não consigo cessar de
repente, e de agora em diante me dedicarei à gloriosa contemplação. Vou sumindo
gradualmente, pois foi gradualmente que subi até o mais alto. Combati o bom
combate e chego à última etapa, que é a do ocaso.
Bem próximo ao anoitecer, e antes de desaparecer
completamente, o sol emite uma última luzinha, que ainda é a glória de si
mesmo. Não entra na escuridão, mas o mundo é que perde a luz por ter ele se
retirado. A vida do homem justo tem algo disso, quando vai deixando de irradiar
luz para entrar na luz da eternidade.
São estes os vários estágios do sol, e em cada um deles
temos uma representação da existência de um homem.
Na observação das inúmeras variedades de pôr-do-sol, é
interessante considerar também sua semelhança com a história dos impérios, das
culturas, da Igreja ou das eras. Sua linha histórica é parecida com a sucessão
dos dias: alguns têm suas manhãs magníficas, seguidas de variações diversas ao
longo do dia, até que vem a noite.
A noite representa aspectos inteiramente diferentes.
A lua não tem a potência iluminadora do sol. Ao subir no
horizonte, sua luz contrasta com as trevas e as trevas vão crescendo em torno
dela. Ela se destaca da escuridão, mas sem crescer em luminosidade. Não visa
destruir as trevas, não é essa a sua função. Não visa dominar, nem se impõe
como o sol. Não estando ele presente, ela devolve amigavelmente parte da sua
luz.
Diante dos homens que estão sós e órfãos do sol, o luar
entra na intimidade deles e os consola, dando uma ajuda, um lenitivo, uma
esperança. Aos que ficaram atemorizados com o esplendor do sol, a lua
tranquiliza: Você não interpretou bem o sol. Eu também sou luz, e se você
observar como é a luz em mim, amanhã entenderá melhor o brilho do sol. Graças a
essa ação benéfica da lua, de Maria Santíssima, homens assim amanhecem
reconciliados com o sol. E sob o sol benfazejo eles recomeçam suas jornadas.
Como consoladora, a meia-luz da lua também atenua o que é
feio, tosco, defeituoso, bem ao modo de Nossa Senhora. E o sol prossegue sua
ação grandiosa, à maneira de Deus Nosso Senhor.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa
de Oliveira em 12 de junho de 1981. Esta transcrição não passou pela revisão do
autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 830, Fevereiro/2020.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +, segundo São
João.
- Glória a você, Senhor.
Assim, ele chegou a uma cidade em Samaria, chamada
Sicar, perto da herança que Jacó deu a seu filho José. Havia o poço
de Jacó. Jesus, cansado da estrada, estava sentado junto ao poço. Foi
por volta da sexta hora. Uma mulher de Samaria vem tirar
água. Jesus disse-lhe: "Dê-me uma bebida".
Pois seus discípulos foram à cidade comprar
comida. Ele diz à mulher samaritana: "Como você, sendo
judia, me pede para beber, como eu sou uma mulher
samaritana?" (Porque os judeus não lidam com os samaritanos.)
Jesus respondeu: «Se você conhecesse o dom de Deus, e
quem é que lhe diz:" Dá-me para beber ", você o teria perguntado, e
ele lhe daria água viva." A mulher diz-lhe: «Senhor, nada tens
com o que atrair, e o poço é profundo; Onde, então, você tem essa água
viva? És tu mais do que nosso pai Jacó, que nos deu o poço, e ele e
seus filhos e seu gado beberam dele? "
Jesus respondeu: “Todo aquele que bebe desta água terá
sede outra vez; Mas quem beber da água que eu lhe der nunca terá
sede, mas a água que eu lhe der se tornará nele a fonte de água que brota para
a vida eterna. "
A mulher disse-lhe: "Senhor, dá-me essa água,
para não ter mais sede e não ter que vir aqui para tirá-la". Ele lhe disse:
"Vá, chame seu marido e volte aqui". A mulher respondeu:
"Não tenho marido". Jesus lhe disse: «Você disse bem que não tem
marido, porque teve cinco maridos e o que você tem agora não é seu
marido; em que você falou a verdade. A mulher lhe disse:
«Senhor, vejo que você é profeta. Nossos pais adoraram nesta
montanha e você diz que Jerusalém é o lugar onde você deve adorar. "
Jesus disse a ela: “Acredite em mim, mulher, está
chegando a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém você adorará o
Pai. Você adora o que não sabe; adoramos o que sabemos, porque
a salvação vem dos judeus.
Mas chegou a hora (já estamos nele) em que os
verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em verdade, porque é assim
que o Pai quer que eles sejam aqueles que o adoram. Deus é espírito,
e os que adoram devem adorar em espírito e verdade. " A mulher
lhe diz: «Sei que o Messias, chamado Cristo, está chegando. Quando ele
vier, ele nos explicará tudo.
Jesus lhe disse: "Eu sou o que falo com
você".
Nisto vieram seus discípulos e ficaram surpresos ao
falar com uma mulher. Mas ninguém lhe disse: "O que você
quer?" ou "O que você está falando com ela?" A
mulher, deixando o jarro, correu para a cidade e disse ao povo:
«Venha ver um homem que me contou tudo o que fiz. Não poderia ser o
Cristo?
Eles deixaram a cidade e foram até ele. Enquanto
isso, os discípulos insistiram para ele dizer: "Rabi, coma". Mas
ele lhes disse: Tenho comida para comer, que você não conhece. Os
discípulos disseram um ao outro: "Alguém lhe trouxe algo para comer?"
Jesus lhes diz: «A minha comida é fazer a vontade
daquele que me enviou e realizar a sua obra. Você não diz: Mais
quatro meses e a colheita chega? Bem, eu lhe digo: levante os olhos e veja
os campos que já estão brancos para a colheita. E que ceifa
recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna, para que o semeador está
contente como o ceifeiro.
Pois nisto se prova que um é o semeador e o outro o
ceifador. Eu te enviei a ceifar onde você não está
cansado. Outros estão cansados e você aproveita o cansaço deles. Muitos
samaritanos daquela cidade acreditaram nele por causa das palavras da mulher
que testemunhou: "Ele me contou tudo o que eu fiz". Quando
os samaritanos chegaram a ele, imploraram que ele ficasse com eles. E ele
ficou lá dois dias.
E muitos outros acreditaram em suas palavras, e
disseram à mulher: «Não acreditamos mais em suas palavras; que nós
próprios ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.
"
“Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo” (Jo
4,13)
Diante da imagem do deserto, muito presente durante o tempo
quaresmal, a sensação é de sede.
O deserto evoca nossa sede de água e de plenitude. Onde
encontrar a água? Como saciar nossa sede?
É cada vez maior o número de restaurantes que dispõem de
“menu de águas”. Águas dos mananciais mais puros, dos aquíferos mais profundos,
das nascentes mais cristalinas... Água abundante e ao alcance daqueles que
podem pagar por ela. Uma água para cada sede e uma sede para cada água.
No entanto, no mais profundo de nosso ser, somos habitados
por uma sede que nenhuma água pode saciar: sede de sentido, de plenitude, de
vida inspirada e criativa...
Bendita sede que nos mantém abertos a Deus e aos outros! As
pessoas que fizeram diferença e mudaram o mundo foram aquelas profundamente
sedentas. Amaram essa sede de que fala Jesus: “Se tu conhecesses o dom de
Deus...” Pessoas que ativaram a sede de justiça, no deserto de uma injustiça
asfixiante; pessoas que suportaram a sede de paz sob forte pressão das fábricas
de armas; pessoas que viveram a fundo sua fé em uma Igreja que, com frequência,
as deixava sedentas e as colocava à margem. Pessoas que se encheram de Deus
porque renunciaram saciar aquela sede com qualquer água. Precisamos de pessoas,
como a samaritana, que nos deem as coordenadas d’Aquele que pode despertar
nossa sede, antes de nos dar água.
Jesus, junto ao poço de Jacó, é a viva imagem de um “Deus
sedento”, que ama a humanidade até morrer de sede por ela, e que uma esponja
molhada em vinagre não conseguirá apagá-la. Junto ao poço, nossa pequena sede e
a sede de Deus se encontram. Sua sede de justiça confrontada com nossa sede de
harmonia; sua sede de misericórdia confrontada com nossa sede de
reconhecimento; sua sede de compaixão confrontada com nossa sede de segurança.
Não para diminuir nossa sede, mas para ampliá-la; não para menosprezá-la, mas
para dignificá-la.
A vida, carregada de obrigações, compromissos, preocupações,
rotinas..., onde investimos tanta atenção e energia, pode maquiar ou bloquear
as sensações profundas, fazendo-nos perder o contato com nossa sede original e
criando um deserto existencial. Jesus assume nosso deserto; acolhe-o,
fazendo-se presente em seus recantos de dúvida, de medo, de solidão. “Dá-me de
beber”, ressoará no nosso eu mais profundo. E poderíamos lhe dizer: com a sede
que temos, nos pedes que sacie a tua sede? A resposta não se faz esperar: é
Deus quem tem sede de nós, é Jesus que nos convida a partilhar de nossa água
com Ele.
Jesus cansado e sedento, sentado à beira do poço; uma mulher
com sede que acode com seu balde para tirar água. Dois sedentos e com a água no
poço. Sedentos os dois de água, mas, possivelmente, os dois também
sedentos de algo mais que água. Jesus sedento quer encher de água viva aquele
coração cheio de “maridos”; uma mulher sedenta de algo mais que pudesse apagar
a sede que seus maridos não conseguiam.
A samaritana chega ao poço, alheia ao que ali lhe esperava e
que, na trivialidade de sua vida cotidiana, tudo fazia-se previsível: vai
somente buscar água com o cântaro vazio para retornar à sua casa com ele cheio.
Não há mais expectativas, nem outros planos, nem mais desejos. Mas o
imprevisível está esperando por ela, na pessoa daquele galileu sentado na beira
do poço, que inicia uma conversação sobre coisas banais, talvez para não
assustá-la: falam de água e de sede, de poços e de velhas desavenças entre
povos vizinhos, coisas de todos os dias.
Jesus começa como o frágil sedento que se atreve a pedir
água. A mulher, muito segura de si, sente-se dona do poço, da água e do balde.
Subitamente, irrompe a linguagem das “coisas do alto”: o dom, uma água que se
converte em manancial vivo, a promessa de uma sede saciada para sempre, um Deus
que nos busca, fora dos espaços estreitos de templos e santuários.
A samaritana se defende e procura manter a conversa em um
nível de trivial superficialidade, fugindo da irrupção do “novo” em sua vida.
Mas, no final da cena, o cântaro que era símbolo da pequena capacidade que está
disposta a oferecer, permanece esquecido junto ao poço, já inútil à hora de
conter uma água viva. E os dois, Jesus e a mulher, terminam esquecendo-se
da sede, da água, do poço e do balde. Duas vidas que se encontram e se
comprometem: Jesus, que vai abrindo caminho para chegar ao profundo daquele
coração feminino; a mulher que resiste, mas, aos poucos, se abre às palavras
daquele homem imprevisível; Jesus, que vai desvelando a mulher por dentro,
fazendo emergir seus profundos vazios; a mulher que co-meça a sentir o
borbulhar do manancial em seu coração, encontrando-se com a verdade de si
mesma; Jesus que vai se esquecendo do poço de Jacó e vai abrindo uma nova fonte
naquele coração de mulher; a mulher que se esquece da água e do cântaro e
regressa ao seu povoado gritando o que seu coração encontrara.
O encontro com a mulher samaritana é um belo ícone para
descobrir o Mestre da Galileia que, como um grande mistagogo, vai conduzindo-a
ao centro de si mesma, à profundidade de seu mistério pessoal e à consciência
de ser uma “mulher habitada”.
“Descer” ao fundo do poço é a oportunidade para descobrir
regiões novas e novos horizontes, para conhecer o reino interior, para
encontrar a riqueza profunda e assim experimentar a transformação.
O caminho para uma nova qualidade de vida passa pela descida
ao mais profundo do nosso próprio poço. Isso requer coragem para passar por
todas as regiões sombrias e chegar ao fundo. Mas essa descida nos possibilita
descobrir um mundo diferente que não conhecíamos, ou que havíamos perdido. Lá
no fundo, encontra-se um bem precioso que podemos levar conosco, que nos ajuda
em nosso caminho e que nos faz totalmente íntegros e sãos.
A CF deste ano, com o tema “Vida, dom e missão”, nos motiva
a despertar as potencialidades de vida que ainda permanecem adormecidas. É preciso
“descer” até às profundezas para descobrirmos uma nova riqueza que plenificará
nossa vida; é “descendo” que poderemos revitalizar a vida que se tornara vazia
e ressequida. É preciso despertar, escavar, avançar em direção ao “manancial” e
saber que este não é nossa propriedade; ele nos é oferecido. Não basta falar de
“água viva”, é também necessário “escavar” nosso “chão interior”, desbloquear e
ampliar o espaço do coração para que o manancial ali presente, encontre chance
de emergir e dar um novo sabor à nossa vida.
A vida sempre está oculta nas profundezas. A pessoa
superficial é aquela que se confunde com suas ideias, seus apegos, suas falsas
seguranças.... A pessoa do “eu profundo” é aquela que vive a partir da raiz, da
fonte mesma da vida, e deixa vir à tona todas as suas riquezas, dons,
capacidades...
O percurso quaresmal “des-vela” nosso “eu profundo”, o lugar
onde habitam os aspectos benéficos da nossa personalidade, as boas tendências,
as qualidades positivas, os dons naturais, as riquezas do ser, as beatitudes
originais, as aspirações de grande fôlego, as idéias-força, os dinamismos da
vida..., que formam o eixo de nossa existência, o melhor de nós mesmos, o
fundamento de nossa verdadeira identidade.
O “tesouro do ser” (certezas, intuições, projetos,
valores...), ainda que pareça esquecido, permanece armazenado em sua mensagem
essencial, e pode se tornar a força que orienta toda a vida, a sabedoria da
própria vida, um lugar de fecundidade, de criatividade, fonte de renovação...
Texto bíblico: Jo 4,5-42
Na oração: para realizar-se e desenvolver toda a sua
potencialidade, busque, na oração, cavar mais profundamente, até atingir as
raízes de seu ser, o núcleo original de sua personalidade.
- Diante da presença de Deus, esteja aberto(a) ao contato com
a própria realidade interior, para que venha à superfície aquilo que sustenta e
dignifica o seu viver.
- Dirija seu olhar para o mais íntimo de si mesmo(a), onde
nascem sentimentos e valores, decisões e gestos..., onde você é convidado(a) a
se alegrar com os rastros da Graça.
- Deixe-se conduzir pela “sede” de Deus que está enraizada
em seu coração.
O Acadêmico e diplomata Affonso
Arinos de Mello Franco faleceu em casa na manhã de hoje, 15 de março. Segundo a
família, o Acadêmico foi vítima de problemas respiratórios. O sepultamento será
nesta segunda-feira, 16 de março, às 14h, no mausoléu da Academia
Brasileira de Letras. Diante da recomendação de se evitar reuniões e
aglomerações por conta do coronavírus, não haverá velório.
O Acadêmico
Sexto ocupante da Cadeira nº 17, eleito em 22 de julho de 1999, na sucessão de
Antonio Houaiss e recebido em 26 de novembro de 1999 pelo acadêmico José
Sarney. Recebeu o acadêmico José Murilo de Carvalho.
Affonso Arinos de Mello Franco
(Afonso Arinos, filho) nasceu em Belo Horizonte (MG), em 11 de novembro de
1930. Filiação: Affonso Arinos de Mello Franco e Anna Guilhermina Pereira de
Mello Franco.
Fez o curso de Bacharelado em
Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade
do Brasil, em 1949-53; o curso de Preparação à Carreira de Diplomata no
Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, em 1951-52; o
curso de Doutorado, Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito
da Universidade do Brasil, em 1954-55; o curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas
no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, em 1954; o curso
do Instituto Superior de Estudos Brasileiros, no Ministério da Educação e
Cultura, em 1955; o curso de Especialização em Política e Direito Internacional
na Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Internacional de
Estudos Sociais Pro Deo, em Roma, em 1958; o curso de Promoção Comercial no
Centro de Comércio Internacional da Conferência das Nações Unidas para o
Comércio e o Desenvolvimento e do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, em
Genebra, em 1968; o curso de Economia Teórica e Aplicada na Escola de
Pós-Graduação em Economia do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas, em 1975; o Curso Superior de Guerra na Escola Superior de
Guerra, em 1975; o Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra, em 1980.
Iniciou a Carreira de Diplomata em
1952, como Cônsul de Terceira Classe, e em 1953 fez estágio na Divisão de
Questões Jurídicas do Departamento Jurídico das Nações Unidas, em Nova York. Às
suas funções e cargos, no Brasil e no exterior, somam-se atividades
jornalísticas e de divulgação cultural, legislativas e docentes.
Na área jornalística, foi colaborador
da revista Manchete, em 1955-56; correspondente do Jornal do Brasil em Roma, em
1957-58; colaborador da Tribuna da Imprensa, 1960-61; colaborador de Fatos e
Fotos / Gente, 1976; colaborador da TV Educativa, 1976; colaborador da
Enciclopédia do Brasil Ilustrada, 1977; comentarista da TV Manchete, 1995-99;
colaborador do Jornal do Commercio, 2002-03. Escreveu artigos e deu entrevistas
para A Época, O Metropolitano, Tribuna da Imprensa,A Noite, Correio
Braziliense, Revista Civilização Brasileira, Manchete, Jornal do Brasil,
Revista Nacional.
De 1960 a 1962, foi deputado à
Assembléia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, na qual se
destacou como membro da Comissão de Constituição e Justiça, em 1961, e como
presidente da Comissão de Educação, em 1962. Em 1964-65, foi professor de
Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de
Letras da Universidade de Brasília. De 1964 a 1966, foi deputado federal pelo
Estado da Guanabara, tendo sido, em 1965-66, membro da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara dos Deputados.