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domingo, 15 de março de 2020

REFLEXÕES SOBRE O DIA E A NOITE - Plinio Corrêa de Oliveira


15 de março de 2020

O sol se manifesta à maneira de Deus, e a lua à maneira de Nossa Senhora. Recebendo a luz forte e variegada do sol, a lua a devolve atenuada, como consolação para os que lamentam a retirada do astro-rei.

Plinio Corrêa de Oliveira

O percurso feito por um homem durante a vida pode ser comparado ao curso do sol ao longo de um dia.

Na aurora o sol emite raios suaves, que contemplamos com encanto, e seu brilho se intensifica gradativamente à medida que ilumina todo o panorama. Da mesma forma que o sol, a criança de tenra idade irradia frescores primaveris, reluzentes de encantos que lembram os da aurora. São graciosos atrativos, que não mais se repetem ao longo das idades.

Ao se aproximar o meio-dia, o sol brilha em seu auge. Persistente e imutável, dardeja sem nenhum esforço aparente, parecendo tirar de si todas as energias, para iluminar todas as regiões do universo aonde sua luz deve chegar. Sem parecer fatigar-se com esse esforço colossal, ele se empenha em mostrar uma generosidade imensa. Sua potência incomparável parece fazer a oblação de si mesmo, e nisto simboliza metaforicamente o esforço, a operosidade e a glória de um homem na maturidade.

Quando o sol começa a se pôr, vai aos poucos perdendo o brilho, o que pode ser comparado, na vida do homem, com a fase em que ele já deu o máximo de si, já pode alegrar-se por ter atingido seus objetivos. Diante da missão realizada, do opus factum, ele pode ir-se retirando com dignidade e deixando as coisas deste mundo. Assume uma gloriosa diminuição de si mesmo, como quem diz: Tendo chegado a este ponto, não consigo cessar de repente, e de agora em diante me dedicarei à gloriosa contemplação. Vou sumindo gradualmente, pois foi gradualmente que subi até o mais alto. Combati o bom combate e chego à última etapa, que é a do ocaso.

Bem próximo ao anoitecer, e antes de desaparecer completamente, o sol emite uma última luzinha, que ainda é a glória de si mesmo. Não entra na escuridão, mas o mundo é que perde a luz por ter ele se retirado. A vida do homem justo tem algo disso, quando vai deixando de irradiar luz para entrar na luz da eternidade.

São estes os vários estágios do sol, e em cada um deles temos uma representação da existência de um homem.

Na observação das inúmeras variedades de pôr-do-sol, é interessante considerar também sua semelhança com a história dos impérios, das culturas, da Igreja ou das eras. Sua linha histórica é parecida com a sucessão dos dias: alguns têm suas manhãs magníficas, seguidas de variações diversas ao longo do dia, até que vem a noite. 
A noite representa aspectos inteiramente diferentes.

A lua não tem a potência iluminadora do sol. Ao subir no horizonte, sua luz contrasta com as trevas e as trevas vão crescendo em torno dela. Ela se destaca da escuridão, mas sem crescer em luminosidade. Não visa destruir as trevas, não é essa a sua função. Não visa dominar, nem se impõe como o sol. Não estando ele presente, ela devolve amigavelmente parte da sua luz.

Diante dos homens que estão sós e órfãos do sol, o luar entra na intimidade deles e os consola, dando uma ajuda, um lenitivo, uma esperança. Aos que ficaram atemorizados com o esplendor do sol, a lua tranquiliza: Você não interpretou bem o sol. Eu também sou luz, e se você observar como é a luz em mim, amanhã entenderá melhor o brilho do sol. Graças a essa ação benéfica da lua, de Maria Santíssima, homens assim amanhecem reconciliados com o sol. E sob o sol benfazejo eles recomeçam suas jornadas.

Como consoladora, a meia-luz da lua também atenua o que é feio, tosco, defeituoso, bem ao modo de Nossa Senhora. E o sol prossegue sua ação grandiosa, à maneira de Deus Nosso Senhor.

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 12 de junho de 1981. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 830, Fevereiro/2020.



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PALAVRA DA SALVAÇÃO (174)


3º Domingo da Quaresma – 15/03/2020

Anúncio do evangelho (João 4: 5-42)

- O Senhor esteja com você.
- E com seu espírito.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +, segundo São João. 
- Glória a você, Senhor.

 Assim, ele chegou a uma cidade em Samaria, chamada Sicar, perto da herança que Jacó deu a seu filho José.  Havia o poço de Jacó. Jesus, cansado da estrada, estava sentado junto ao poço. Foi por volta da sexta hora.  Uma mulher de Samaria vem tirar água. Jesus disse-lhe: "Dê-me uma bebida".
 Pois seus discípulos foram à cidade comprar comida. Ele diz à mulher samaritana:  "Como você, sendo judia, me pede para beber, como eu sou uma mulher samaritana?" (Porque os judeus não lidam com os samaritanos.)
 Jesus respondeu: «Se você conhecesse o dom de Deus, e quem é que lhe diz:" Dá-me para beber ", você o teria perguntado, e ele lhe daria água viva."  A mulher diz-lhe: «Senhor, nada tens com o que atrair, e o poço é profundo; Onde, então, você tem essa água viva?  És tu mais do que nosso pai Jacó, que nos deu o poço, e ele e seus filhos e seu gado beberam dele? "
 Jesus respondeu: “Todo aquele que bebe desta água terá sede outra vez;  Mas quem beber da água que eu lhe der nunca terá sede, mas a água que eu lhe der se tornará nele a fonte de água que brota para a vida eterna. "
 A mulher disse-lhe: "Senhor, dá-me essa água, para não ter mais sede e não ter que vir aqui para tirá-la".  Ele lhe disse: "Vá, chame seu marido e volte aqui".  A mulher respondeu: "Não tenho marido". Jesus lhe disse: «Você disse bem que não tem marido,  porque teve cinco maridos e o que você tem agora não é seu marido; em que você falou a verdade.  A mulher lhe disse: «Senhor, vejo que você é profeta.  Nossos pais adoraram nesta montanha e você diz que Jerusalém é o lugar onde você deve adorar. "
 Jesus disse a ela: “Acredite em mim, mulher, está chegando a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém você adorará o Pai.  Você adora o que não sabe; adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
 Mas chegou a hora (já estamos nele) em que os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em verdade, porque é assim que o Pai quer que eles sejam aqueles que o adoram.  Deus é espírito, e os que adoram devem adorar em espírito e verdade. "  A mulher lhe diz: «Sei que o Messias, chamado Cristo, está chegando. Quando ele vier, ele nos explicará tudo.
 Jesus lhe disse: "Eu sou o que falo com você".
 Nisto vieram seus discípulos e ficaram surpresos ao falar com uma mulher. Mas ninguém lhe disse: "O que você quer?" ou "O que você está falando com ela?"  A mulher, deixando o jarro, correu para a cidade e disse ao povo:
 «Venha ver um homem que me contou tudo o que fiz. Não poderia ser o Cristo?
 Eles deixaram a cidade e foram até ele.  Enquanto isso, os discípulos insistiram para ele dizer: "Rabi, coma".  Mas ele lhes disse: Tenho comida para comer, que você não conhece.  Os discípulos disseram um ao outro: "Alguém lhe trouxe algo para comer?"
 Jesus lhes diz: «A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.  Você não diz: Mais quatro meses e a colheita chega? Bem, eu lhe digo: levante os olhos e veja os campos que já estão brancos para a colheita. E  que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna, para que o semeador está contente como o ceifeiro.
Pois nisto se prova que um é o semeador e o outro o ceifador.  Eu te enviei a ceifar onde você não está cansado. Outros estão cansados ​​e você aproveita o cansaço deles.  Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram nele por causa das palavras da mulher que testemunhou: "Ele me contou tudo o que eu fiz".  Quando os samaritanos chegaram a ele, imploraram que ele ficasse com eles. E ele ficou lá dois dias.
E muitos outros acreditaram em suas palavras,  e disseram à mulher: «Não acreditamos mais em suas palavras; que nós próprios ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo. "

Palavra de Salvação.
- Glória a você, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Roger Araújo:

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“Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo” (Jo 4,13) 

Diante da imagem do deserto, muito presente durante o tempo quaresmal, a sensação é de sede.

O deserto evoca nossa sede de água e de plenitude. Onde encontrar a água? Como saciar nossa sede? 

É cada vez maior o número de restaurantes que dispõem de “menu de águas”. Águas dos mananciais mais puros, dos aquíferos mais profundos, das nascentes mais cristalinas... Água abundante e ao alcance daqueles que podem pagar por ela. Uma água para cada sede e uma sede para cada água.

No entanto, no mais profundo de nosso ser, somos habitados por uma sede que nenhuma água pode saciar: sede de sentido, de plenitude, de vida inspirada e criativa...

Bendita sede que nos mantém abertos a Deus e aos outros! As pessoas que fizeram diferença e mudaram o mundo foram aquelas profundamente sedentas. Amaram essa sede de que fala Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus...” Pessoas que ativaram a sede de justiça, no deserto de uma injustiça asfixiante; pessoas que suportaram a sede de paz sob forte pressão das fábricas de armas; pessoas que viveram a fundo sua fé em uma Igreja que, com frequência, as deixava sedentas e as colocava à margem. Pessoas que se encheram de Deus porque renunciaram saciar aquela sede com qualquer água. Precisamos de pessoas, como a samaritana, que nos deem as coordenadas d’Aquele que pode despertar nossa sede, antes de nos dar água.

Jesus, junto ao poço de Jacó, é a viva imagem de um “Deus sedento”, que ama a humanidade até morrer de sede por ela, e que uma esponja molhada em vinagre não conseguirá apagá-la. Junto ao poço, nossa pequena sede e a sede de Deus se encontram. Sua sede de justiça confrontada com nossa sede de harmonia; sua sede de misericórdia confrontada com nossa sede de reconhecimento; sua sede de compaixão confrontada com nossa sede de segurança. Não para diminuir nossa sede, mas para ampliá-la; não para menosprezá-la, mas para dignificá-la.

A vida, carregada de obrigações, compromissos, preocupações, rotinas..., onde investimos tanta atenção e energia, pode maquiar ou bloquear as sensações profundas, fazendo-nos perder o contato com nossa sede original e criando um deserto existencial. Jesus assume nosso deserto; acolhe-o, fazendo-se presente em seus recantos de dúvida, de medo, de solidão. “Dá-me de beber”, ressoará no nosso eu mais profundo. E poderíamos lhe dizer: com a sede que temos, nos pedes que sacie a tua sede? A resposta não se faz esperar: é Deus quem tem sede de nós, é Jesus que nos convida a partilhar de nossa água com Ele.

Jesus cansado e sedento, sentado à beira do poço; uma mulher com sede que acode com seu balde para tirar água. Dois sedentos e com a água no poço.  Sedentos os dois de água, mas, possivelmente, os dois também sedentos de algo mais que água. Jesus sedento quer encher de água viva aquele coração cheio de “maridos”; uma mulher sedenta de algo mais que pudesse apagar a sede que seus maridos não conseguiam.

A samaritana chega ao poço, alheia ao que ali lhe esperava e que, na trivialidade de sua vida cotidiana, tudo fazia-se previsível: vai somente buscar água com o cântaro vazio para retornar à sua casa com ele cheio. Não há mais expectativas, nem outros planos, nem mais desejos. Mas o imprevisível está esperando por ela, na pessoa daquele galileu sentado na beira do poço, que inicia uma conversação sobre coisas banais, talvez para não assustá-la: falam de água e de sede, de poços e de velhas desavenças entre povos vizinhos, coisas de todos os dias.

Jesus começa como o frágil sedento que se atreve a pedir água. A mulher, muito segura de si, sente-se dona do poço, da água e do balde. Subitamente, irrompe a linguagem das “coisas do alto”: o dom, uma água que se converte em manancial vivo, a promessa de uma sede saciada para sempre, um Deus que nos busca, fora dos espaços estreitos de templos e santuários.

A samaritana se defende e procura manter a conversa em um nível de trivial superficialidade, fugindo da irrupção do “novo” em sua vida. Mas, no final da cena, o cântaro que era símbolo da pequena capacidade que está disposta a oferecer, permanece esquecido junto ao poço, já inútil à hora de conter uma água viva. E os dois, Jesus e a mulher, terminam esquecendo-se da sede, da água, do poço e do balde. Duas vidas que se encontram e se comprometem: Jesus, que vai abrindo caminho para chegar ao profundo daquele coração feminino; a mulher que resiste, mas, aos poucos, se abre às palavras daquele homem imprevisível; Jesus, que vai desvelando a mulher por dentro, fazendo emergir seus profundos vazios; a mulher que co-meça a sentir o borbulhar do manancial em seu coração, encontrando-se com a verdade de si mesma; Jesus que vai se esquecendo do poço de Jacó e vai abrindo uma nova fonte naquele coração de mulher; a mulher que se esquece da água e do cântaro e regressa ao seu povoado gritando o que seu coração encontrara.

O encontro com a mulher samaritana é um belo ícone para descobrir o Mestre da Galileia que, como um grande mistagogo, vai conduzindo-a ao centro de si mesma, à profundidade de seu mistério pessoal e à consciência de ser uma “mulher habitada”.

“Descer” ao fundo do poço é a oportunidade para descobrir regiões novas e novos horizontes, para conhecer o reino interior, para encontrar a riqueza profunda e assim experimentar a transformação.

O caminho para uma nova qualidade de vida passa pela descida ao mais profundo do nosso próprio poço. Isso requer coragem para passar por todas as regiões sombrias e chegar ao fundo. Mas essa descida nos possibilita descobrir um mundo diferente que não conhecíamos, ou que havíamos perdido. Lá no fundo, encontra-se um bem precioso que podemos levar conosco, que nos ajuda em nosso caminho e que nos faz totalmente íntegros e sãos. 

A CF deste ano, com o tema “Vida, dom e missão”, nos motiva a despertar as potencialidades de vida que ainda permanecem adormecidas. É preciso “descer” até às profundezas para descobrirmos uma nova riqueza que plenificará nossa vida; é “descendo” que poderemos revitalizar a vida que se tornara vazia e ressequida. É preciso despertar, escavar, avançar em direção ao “manancial” e saber que este não é nossa propriedade; ele nos é oferecido. Não basta falar de “água viva”, é também necessário “escavar” nosso “chão interior”, desbloquear e ampliar o espaço do coração para que o manancial ali presente, encontre chance de emergir e dar um novo sabor à nossa vida.

A vida sempre está oculta nas profundezas. A pessoa superficial é aquela que se confunde com suas ideias, seus apegos, suas falsas seguranças.... A pessoa do “eu profundo” é aquela que vive a partir da raiz, da fonte mesma da vida, e deixa vir à tona todas as suas riquezas, dons, capacidades... 

O percurso quaresmal “des-vela” nosso “eu profundo”, o lugar onde habitam os aspectos benéficos da nossa personalidade, as boas tendências, as qualidades positivas, os dons naturais, as riquezas do ser, as beatitudes originais, as aspirações de grande fôlego, as idéias-força, os dinamismos da vida..., que formam o eixo de nossa existência, o melhor de nós mesmos, o fundamento de nossa verdadeira identidade.

O “tesouro do ser” (certezas, intuições, projetos, valores...), ainda que pareça esquecido, permanece armazenado em sua mensagem essencial, e pode se tornar a força que orienta toda a vida, a sabedoria da própria vida, um lugar de fecundidade, de criatividade, fonte de renovação...


Texto bíblico:  Jo 4,5-42 

Na oração: para realizar-se e desenvolver toda a sua potencialidade, busque, na oração, cavar mais profundamente, até atingir as raízes de seu ser, o núcleo original de sua personalidade.
- Diante da presença de Deus, esteja aberto(a) ao contato com a própria realidade interior, para que venha à superfície aquilo que sustenta e dignifica o seu viver.
- Dirija seu olhar para o mais íntimo de si mesmo(a), onde nascem sentimentos e valores, decisões e gestos..., onde você é convidado(a) a se alegrar com os rastros da Graça.
- Deixe-se conduzir pela “sede” de Deus que está enraizada em seu coração.

Pe. Adroaldo Palaoro sj


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MORRE NO RIO, AOS 89 ANOS, O ACADÊMICO AFFONSO ARINOS DE MELLO FRANCO



O Acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco faleceu em casa na manhã de hoje, 15 de março. Segundo a família, o Acadêmico foi vítima de problemas respiratórios. O sepultamento será nesta segunda-feira, 16 de março, às 14h, no mausoléu da Academia Brasileira de Letras. Diante da recomendação de se evitar reuniões e aglomerações por conta do coronavírus, não haverá velório.
O Acadêmico
Sexto ocupante da Cadeira nº 17, eleito em 22 de julho de 1999, na sucessão de Antonio Houaiss e recebido em 26 de novembro de 1999 pelo acadêmico José Sarney. Recebeu o acadêmico José Murilo de Carvalho.
Affonso Arinos de Mello Franco (Afonso Arinos, filho) nasceu em Belo Horizonte (MG), em 11 de novembro de 1930. Filiação: Affonso Arinos de Mello Franco e Anna Guilhermina Pereira de Mello Franco.
Fez o curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, em 1949-53; o curso de Preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, em 1951-52; o curso de Doutorado, Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, em 1954-55; o curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, em 1954; o curso do Instituto Superior de Estudos Brasileiros, no Ministério da Educação e Cultura, em 1955; o curso de Especialização em Política e Direito Internacional na Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Internacional de Estudos Sociais Pro Deo, em Roma, em 1958; o curso de Promoção Comercial no Centro de Comércio Internacional da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento e do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, em Genebra, em 1968; o curso de Economia Teórica e Aplicada na Escola de Pós-Graduação em Economia do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, em 1975; o Curso Superior de Guerra na Escola Superior de Guerra, em 1975; o Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra, em 1980.
Iniciou a Carreira de Diplomata em 1952, como Cônsul de Terceira Classe, e em 1953 fez estágio na Divisão de Questões Jurídicas do Departamento Jurídico das Nações Unidas, em Nova York. Às suas funções e cargos, no Brasil e no exterior, somam-se atividades jornalísticas e de divulgação cultural, legislativas e docentes.
Na área jornalística, foi colaborador da revista Manchete, em 1955-56; correspondente do Jornal do Brasil em Roma, em 1957-58; colaborador da Tribuna da Imprensa, 1960-61; colaborador de Fatos e Fotos / Gente, 1976; colaborador da TV Educativa, 1976; colaborador da Enciclopédia do Brasil Ilustrada, 1977; comentarista da TV Manchete, 1995-99; colaborador do Jornal do Commercio, 2002-03. Escreveu artigos e deu entrevistas para A Época, O Metropolitano, Tribuna da Imprensa,A Noite, Correio Braziliense, Revista Civilização Brasileira, Manchete, Jornal do Brasil, Revista Nacional.
De 1960 a 1962, foi deputado à Assembléia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, na qual se destacou como membro da Comissão de Constituição e Justiça, em 1961, e como presidente da Comissão de Educação, em 1962. Em 1964-65, foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. De 1964 a 1966, foi deputado federal pelo Estado da Guanabara, tendo sido, em 1965-66, membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
 15/03/2020


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