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domingo, 26 de abril de 2020

O TETRAPLÉGICO SUSCITADO POR DEUS PARA COMPOR A SUBLIME SALVE RAINHA – Plinio Maria Solimeo


26 de abril de 2020


         Plinio Maria Solimeo


            Hoje em dia tudo é pretexto para o aborto, sobretudo quando o feto apresenta anomalias congênitas tidas como insanáveis. O que dizer então quando o ultrassom prenuncia um menino tetraplégico, com os membros e o tronco totalmente paralisados? Que mãe em nossos dias tem coragem e fé suficientes para permitir que ele nasça?  
            Pois foi o que ocorreu no início do século XI com Hermann Contractus, ou Hermano Contraído ou Aleijado, que se tornou um dos maiores gênios já vistos pelo mundo.
            Esse menino tão disforme, incapaz de caminhar ou de se movimentar, e consequentemente incapacitado para qualquer estudo, nasceu no dia 18 de julho de 1013 em Altshausen, na Alemanha.          
Diante de condições tão desfavoráveis, não sabendo como lidar com o filho, seus pais resolveram entregá-lo aos sete anos de idade aos cuidados dos monges beneditinos do mosteiro de Reichenau [foto ao lado], na ilha do mesmo nome, no lago de Constança, onde possuíam um orfanato para meninos. Naquela época de fé, os monges receberam o infeliz Hermann com compaixão e amor, por verem nele uma criatura de Deus. 
             Comenta o site espanhol Religion em libertad, do qual extraímos esta matéria: “Em qualquer civilização não cristã, de qualquer época e latitude, uma pessoa como Hermann teria sido eliminada, ou não teria nascido. Por que seus pais decidiram não eliminá-lo? Por que os monges de Reichenau decidiram não eliminá-lo? Por que ele, nas dramáticas condições de dor física em que vivia, não pediu para ser eliminado? Mons. Luigi Giussani assim nos explica: ‘Porque para ele Deus era incomensuravelmente mais pertinente e existencialmente mais vivo do que para nós. Só Cristo dá um sentido de Deus tão concreto, poderoso, incisivo, dominante e apaixonante’. Sim, só Cristo dá. E uma sociedade que renega este aporte não é uma sociedade mais evoluída ou mais moderna. É apenas uma sociedade mais pobre e mais cínica”.       
Como reagia Hermann à sua quase total paralisia à medida que crescia? Esse aleijado não era um revoltado contra a sua sorte, contra o mundo e contra todos, como se poderia supor em nosso mundo igualitário, mas, por meio de sua profunda fé, aceitava com espírito sobrenatural o quinhão que a Providência lhe reservara, sabendo dar um sentido à sua existência apesar das dificuldades cotidianas decorrentes de uma dor física que lhe causava um sofrimento contínuo. Por isso era uma pessoa alegre, afável, mansa, humilde e acessível; em resumo, era feliz em meio a todas suas limitações.
            Quando os monges começaram a lhe ensinar as primeiras letras, perceberam que Herman possuía uma inteligência muito acima da média, o que o levava a aprender a ler e escrever com facilidade. Então o fizeram estudar. Aprendeu latim, grego e árabe e se tornou perito em várias ciências. Fez-se monge aos vinte anos e passou o resto de sua vida na Abadia que o acolhera.
            Desdobrando-se em solicitude, os bondosos monges haviam construído para ele uma cadeira transportável que lhe permitia ser levado para onde necessitasse. Nela, entretanto, devia permanecer sempre em uma posição, pois qualquer movimento lhe era doloroso.
   
        As limitações de Hermann não o impediram de escrever numerosos livros, entre eles o Chronicon, onde compilou pela primeira vez os eventos desde o nascimento de Cristo até o tempo em que vivia, quando esses dados estavam espalhados em diversas crônicas. Ele os ordenou de acordo com os anos da era cristã. Um de seus discípulos, Bertoldo de Reichenau, continuou o trabalho.

            Hermann escreveu também obras espirituais dedicadas a religiosas e sacerdotes; tratados sobre a ciência da música; diversas obras sobre geometria e aritmética; as gestas de Conrado II e de Henrique III; compôs o Ofício litúrgico de alguns santos (São Gregório Magno, Santa Afra de Augusta, Santos Gordiano e Epímaco e Wolfgang de Regensburg). Além disso, escreveu sequências sobre a Virgem Maria, a Cruz e a Páscoa.
            Quando no final da vida ficou cego, Hermann começou a escrever hinos religiosos, tanto a letra quanto a música, a mais conhecida das quais é asublime antífona Salve Regina (Salve Rainha). Compôs também a letra e música da Alma Redemptoris Mater, que uma alma bem formada não pode ouvir sem profunda emoção.
             Comenta Religion en Libertad“Enquanto compunha o canto da Salve Regina e escrevia o verso gementes et flentes in hac lacrimarum Valle (gemendo e chorando neste vale de lágrimas), Hermann se referia também ao sofrimento que lhe causava sua própria condição física. É incrível que um dos raros hinos que sobreviveram à reforma litúrgica post-conciliar, e que ainda se canta nas igrejas há mais de mil anos, seja precisamente composto por um tetraplégico, um incapaz, uma pessoa que a mentalidade de hoje definiria como ‘indigna de viver’; mais ainda, inclusive ‘indigna de nascer’, e que, com toda probabilidade, na sociedade atual, seria abortada. O fato de que se continue a cantar há mais de um milênio a Salve Regina parece realmente uma dádiva de Deus”.
         
Alguns anos depois, o célebre abade de Claraval, São Bernardo [quadro ao lado], ouvindo essa suave antífona enquanto entrava na catedral de Speyer, na Alemanha, extasiado, ajoelhou-se três vezes, exclamando em cada uma delas: Ó clemens, Ó pia, ó dulcis Virgo Maria! Essas exclamações foram acrescentadas à oração Salve Rainha, completando-a com chave de ouro.
Entretanto, o campo no qual Hermann mais revelou a grandeza de seu gênio foi o da astronomia. São dele dois dos mais importantes tratados sobre o astrolábio, o De Mensura Astrolabii e o De Utilitatibus Astrolabii, com instruções para a construção desse aparelho, na época grande novidade na Europa. Essas obras lhe valeram o epíteto de Prodigium saeculi (milagre do século). Sua fama fez com que o Imperador Santo Henrique III e o Papa Leão IX fossem visitá-lo no mosteiro de Reichenau.
             Continua Religión em Libertad“Dizia Giussani: ‘Como pode uma existência de sofrimento tornar-se tão rica e amável? Essa energia conferida pela adesão à realidade última das coisas permite utilizar também o que o mundo que nos rodeia considera inutilizável: o mal, a dor, o cansaço de viver, a incapacidade física e moral, o aborrecimento, inclusive a resistência a Deus. Tudo pode ser transformado e mostrar maravilhosamente os efeitos de sua transformação quando se vive em função da realidade verdadeira: se ‘se oferece a Deus’, como reza a tradição cristã. Oferecer a Deus qualquer miséria é o contrário da abdicação, de uma aceitação automática, de uma resignação passiva; é o vínculo, afirmado de maneira consciente e enérgica, da própria particularidade com o universal’. Hermann soube ser uma testemunha luminosa dessa transformação em seu oferecimento a Deus com uma serenidade que causou assombro entre seus contemporâneos”.
               Esse gênio santo e sofredor entregou sua bela alma ao seu Criador no dia 24 de setembro de 1054, com apenas 41 anos de idade. Seu fiel discípulo Bertoldo assim descreve seus últimos dias: “Quando, afinal, a bondade amorosa do Senhor se dignou libertar sua santa alma da tediosa prisão do mundo, ele teve uma pleurisia, e sofreu durante dez dias uma grande dor’. Em seu leito de morte, Hermann consolou seu discípulo, que o velava triste, com estas últimas palavras: ‘Não chores por mim, meu amigo. Sinta-te feliz e contente com meu destino. Pensa cada dia que tu também terás que morrer, e esforça-te para estar sempre preparado para esta eventualidade, e reflete sobre tua última viagem, porque não sabes nem a hora nem o dia que me seguirás, a teu queridíssimo amigo Hermann’. Dizendo isto, expirou”, após ter recebido a Sagrada Eucaristia.
               Embora tivesse sido imediatamente venerado como santo, o culto a Hermann Contractus só foi oficialmente confirmado pela Igreja em 1863, quando foi beatificado pelo imortal Papa Pio IX.

Texto da Oração
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
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PALAVRA DA SALVAÇÃO (180)


3º Domingo da Páscoa – 26/04/2020

Anúncio do Evangelho (Lc 24,13-35)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?”

Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.

Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?”

E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Evangelho, feita pelo salesiano Danilo Guedes:

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"Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido” (Lc 24,14)

Nossa vida é parte da História, e esta, por sua vez, é formada pelas histórias de nossas vidas, pontilhadas e marcadas pela presença de outras muitas histórias.

A História, por si mesma, é provocante e nos fascina; ela tem um estranho poder de sedução. Nós nos reconhecemos nas histórias da História; isso nos facilita tomar consciência de onde estamos e quem somos, e nos ajuda a assumir decisões mais maduras frente aos desafios e surpresas que a vida nos reserva.

A vida só tem sentido quando se torna História, isto é, quando não se limita a repetir o passado, mas quando engendra algo novo e diferente a partir de uma História internalizada e saboreada.

É somente no nível mais profundo que o ser humano transforma seu “tempo” em história e seu “espaço” em encontro.

No relato dos “discípulos de Emaús”, o encontro com o Ressuscitado nos ajuda a “ler” a História, pessoal e coletiva, de uma maneira diferente e instigante. A história triste e fracassada dos dois discípulos adquire um novo sentido a partir da luz dos relatos bíblicos que o Peregrino traz à memória.

A partir da “memória bíblica”, eles são movidos a “re-ler” a própria história com novos olhos, re-construindo-a, dando a ela um novo significado e deixando-se impelir a escrever uma nova história.

Marcados pelo dinamismo da Ressurreição, cremos profundamente na força evocativa e transformadora da história; encontrar-nos com ela significa caminharmos para o interior do mistério da mesma história; significa também deixar-nos questionar, iluminar e mobilizar por ela.

Com isso, re-iniciamos um novo caminho de aventura, que consiste não só em receber e celebrar a história, mas atualizá-la, reescrevê-la, confirmá-la... Uma história com rosto de futuro... e um futuro inspirador.

A história se revela, assim, como um húmus vivente, uma atmosfera de graça, uma torrente subterrânea na qual se nutre todo o processo do seguimento de Jesus. Não é fora da História e de sua história que o(a) seguidor(a) de Jesus pode reconhecer a Vontade de Deus e escutar Seu apelo; porque “Deus se fez História” e só o Verbo Encarnado, agora Ressuscitado, pode ser “o verdadeiro fundamento da história” (S. Inácio). A partir do Jesus ressuscitado, a história de cada um e da humanidade inteira adquire uma nova luz e um novo sentido e se abre a um vasto horizonte de compromisso.

A história pessoal do cristão e a história do mundo tornam-se, portanto, o “lugar” habitual da experiência de Deus, a montanha da misteriosa sarça ardente que não se consome. 

Fazer memória das histórias não significa querer mudá-las, mas adquirir nova perspectiva, um novo olhar. Com freqüência, esta perspectiva nos ajuda a entender melhor nossa situação atual. Trata-se da “memória agradecida”: tudo tem sentido, nada é desperdiçado...

Quando a história é contada e re-contada, acontece a cura da memória. Em lugar de uma história opressiva e pesada, passamos a contar com uma “história redentora”. O momento da Graça é precisamente esse: quando, de repente, a perspectiva muda, encontramos um “novo sentido” e surge uma saída do emara-nhado de lembranças, emoções e histórias de fracassos e decepções.

Isso aparece claramente no relato evangélico deste domingo.

Na narrativa, o Forasteiro ajuda os dois discípulos a “desatar” o nó de suas lembranças traumáticas e a compor uma nova história. A história de Jesus, com seu fim decepcionante, tornou-se pesada e eles procuram fugir de Jerusalém e da terrível lembrança da morte do Mestre. Mas a história os acompanha na estrada. Não param de repeti-la. Mesmo quando dizem as palavras certas, a intensidade emocional da experiência não lhes permite ouvir a história de uma perspectiva diferente. 

Enquanto caminhavam, conversavam e discutiam com tal intensidade que nem perceberam a aproximação do forasteiro. Falar de maneira tão intensa de uma experiência recente demonstra que ela teve forte impacto na vida deles, mas o significado desta dura experiência está envolvido numa obscuridade.

Para eles, a história não faz sentido. A história de Jesus, com seu fim decepcionante, tornou-se agora traumática. Esforçam-se para encontrar a única coisa que vai ajudá-los a superar a dor, transformar a lembrança, permitir que continuem suas vidas, refugiando-se no passado.

Foi preciso discernimento por parte do Forasteiro para libertar seus discípulos daquela interpretação nociva da história. Ele reorienta a história sem diminuir a gravidade do que acontecera.

O Forasteiro não só reconta a história de Jesus, mas também tem de remodelar todas as histórias das relações de Deus com Israel. A “história pessoal” é “recontada” e considerada no contexto de uma história muito mais ampla; há uma ligação profunda entre todas as histórias, constituindo-se na grande História da Salvação. A descoberta desta nova perspectiva acontece como momento de graça que desce sobre eles.

A história re-contada começa a reconstruir a humanidade deles, a esperança vai retornando, os corações vão se aquecendo, a alegria vai surgindo em seus rostos... O Forasteiro, ao criar um círculo de confiança, abriu “espaço terapêutico” para que os discípulos contassem sua história em segurança e começassem a re-alimentar uma nova esperança. Foi criado um ambiente de hospitalidade que culminou na Ceia.

É nesse ambiente que a taça do sofrimento transformou-se na “taça da esperança”.

Das cinzas brotaram a esperança, o entusiasmo e os sonhos... e eles apressaram-se a voltar para Jerusalém a fim de partilhar a descoberta de um novo sentido da história. 

A partir do fundamento da História (Jesus Cristo), contemplamos nossa própria história (pessoal e institucional): história que deve ser observada, lida, discernida. Tal experiência nos ajuda a abrir os olhos para a novidade inesgotável da vida, nos faz “aquecer o coração”, desperta em nós o desejo e mobiliza todas as nossas capacidades para um compromisso de ação transformadora na história pessoal e coletiva.
A História está sempre aberta, desafiando-nos, arrancando-nos de nosso imobilismo, despertando nossa criatividade para ser re-escrita de uma maneira diferente.

Nossa história pode ser poderosa motivadora de mudança; ela nos levanta quando estamos dispersos e sem direção; ela não é apenas relato do passado, mas parte viva do que somos agora; ela nos traz para “casa”, para nossa própria integridade e identidade.
Assim, a experiência pascal significa “conhecer”, “sentir” e “amar” a nossa própria história. É uma verdadeira experiência de Ressurreição.

Só assim a história se converte em “Epifania” (manifestação) de Deus e nos permite compreender, acolher e integrar tudo o que acontece, dentro e fora de nós.

Este é um tempo de Graça: o encontro vivo da “história” celebrada com o compromisso de construção da “nova história”, mais ousada e mais criativa. Trata-se de um momento tão fortalecedor e jubiloso que estremecemos reverentes diante do que celebramos.
Sem a luz da Ressurreição, nossa história, pessoal e coletiva, se reduz a eventos opacos, vazios, tristes...

Com a Ressurreição, a história se ilumina, se transfigura e nos desafia. A Ressurreição plenifica, dá sentido e costura os eventos, constituindo-se em “História de Salvação”. Ela nos faz ver o que todo mundo vê, mas de um “modo” diferente: vemos mais longe, vemos além, vemos mais fundo... 

Texto bíblico:  Lc 24,13-35
Na oração:   Diante da história pessoal e social, sinto-me desafiado? Paralisado(a)? com medo? Inquieto(a)?
                    Quanto de esperança carrego em meu interior?
                    O que me faz abrasar o coração diante de uma história que parece um fracasso?

Pe. Adroaldo Palaoro sj
   
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