Total de visualizações de página

sábado, 7 de outubro de 2017

CAMPANHA INTERNACIONAL PARA A ABOLIÇÃO DAS ARMAS NUCLEARES GANHA NOBEL DA PAZ 2017

Após anúncio da premiação, diretora-executiva da Ican afirmou que Trump e Kim Jong-un devem saber que 'armas nucleares são ilegais' e que 'eles precisam parar'.

Por G1
06/10/2017

Beatrice Fihn, Diretora Executivo da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican), recebe garrafa de champanhe do marido após anúncio do prêmio Nobel de 2017 (Foto: Denis Balibouse/ Reuters)

A Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican, sua sigla em inglês) ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2017. O anúncio da premiação foi feito na manhã desta sexta-feira (6), em Oslo, na Noruega.

A organização foi premiada por chamar a atenção para as consequências catastróficas do uso de armas nucleares e pelos seus esforços inovadores para conseguir a proibição do uso dessas armas. A Ican reúne mais de 400 entidades e ONGs com representação em mais de 100 nações.

"Nós vivemos em um mundo onde o risco de armas nucleares serem usadas é maior do que tem sido há muito tempo", disse Berit Reiss-Andersen, líder do Comitê Norueguês do Nobel, ao anunciar o ganhador no Nobel da Paz. A premiação ocorre em um momento em que vários países estão modernizando os seus arsenais, como a Coreia do Norte.

A líder da associação, Beatrice Fihn, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong-Un devem saber que armas nucleares são ilegais. Ao responder ao pedido de dar uma mensagem aos dois líderes, ela foi enfática, segundo a Reuters.

"As armas nucleares são ilegais. A ameaça de usar armas nucleares é ilegal. Ter armas nucleares, desenvolver armas nucleares é ilegal. Eles precisam parar", declarou Fihn.

Campanha internacional para banimento de armas nucleares vence Prêmio Nobel da paz
Ao receber o telefonema que lhe comunicou o prêmio, Beatrice Fihn disse ter ficado "em choque" com a notícia. "É incrível, uma honra", declarou. A ativista é uma das três pessoas que trabalham em um pequeno escritório em Genebra, a sede da Ican. A organização, que começou na Austrália, foi lançada oficialmente em Viena em 2007.

 Na quarta-feira (4), a ativista chamou Trump de idiota no Twitter. Nesta sexta, ela afirmou que estava arrependida, mas fez uma ressalva. “Eu acho que a eleição do presidente Donald Trump fez muitas pessoas ficarem muito desconfortáveis com o fato de ele sozinho poder autorizar o uso de armas nucleares", afirmou, de acordo com a Associated Press.

Daniela Varano, porta-voz da Ican, disse à Reuters que a organização ficou muito entusiasmada por ter ganhado o prêmio. "É um grande reconhecimento para o trabalho que fizeram os ativistas ao longo dos anos e especialmente o Hibakusha (como são chamadas as pessoas afetadas pelas bombas atômicas no Japão). Esse testemunho foi crítico, crucial e para um sucesso tão surpreendente", afirmou.

Diretora Executiva da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican), Beatrice Fihn, em imagem de arquivo (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

Tratado global
Tratado Global para Proibir as Armas Nucleares foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU), porém as potências nucleares têm se mantido à margem desse processo, como os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).

Ele proíbe o desenvolvimento, testes, produção, fabricação, aquisição, posse ou armazenamento de armas nucleares. O tratado foi aberto para assinaturas no dia 20 de setembro e entrará em vigor 90 dias depois que 50 países – dos 122 que votaram – o ratifiquem.

O prêmio é anunciado ainda em um momento em que, além da guerra verbal que Trump trava com a Coreia do Norte, o governo americano ameaça revogar o acordo nuclear com o Irã – a quem Trump acusa de não estar cumprindo os termos do acordo. Em seu discurso de estreia na assembleia-geral da ONU deste ano, o americano classificou o acordo como vergonhoso.

"O acordo com o Irã é uma das piores transações (...) Francamente, este acordo é uma vergonha para os Estados Unidos." Em 15 de outubro, Trump vai se pronunciar no Congresso americano se ele considera que Teerã respeita seus compromissos, como indicado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Diretora Executivo da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican), Beatrice Fihn, ao lado do ator Michael Douglas, durante coletiva na sede da ONU, em Genebra, em foto de arquivo (Foto: Denis Balibouse /Reuters)

ONG Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican) leva Nobel da Paz (Foto: Fabrice Coffrini / AFP Photo)

Veja os vencedores de 2017:

Literatura: escritor Kazuo Ishiguro, de 62 anos.

Química: trio Jacques Dubochet (suíço), Joachim Frank (alemão) e Richard Henderson (escocês) por uma série de melhorias que revolucionaram a observação de biomoléculas.

Física: Rainer Weiss, alemão naturalizado americano, e Barry Barish e Kip S.Thorne, cientistas nascidos nos Estados Unidos, ganharam o prêmio pela observação de ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein há mais de 100 anos.

Medicina: os norte-americanos Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young levaram o prêmio por suas descobertas no ritmo circadiano, o relógio biológico interno dos seres vivos.

O prêmio de economia será anunciado na segunda-feira (9).

Presidente do Comitê nobel norueguês, Berit Reiss-Andersen, durante o anúncio do prêmio Nobel da Paz 2017, nesta sexta-feira (6) (Foto: NTB Scanpix / Heiko Junge via Reuters)

Últimos ganhadores do Nobel da Paz

2016: Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, conquistou o prêmio pelo esforço de pacificação do país. Naquele ano, o governo conseguiu fechar um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) após uma guerra civil que já durava mais de 50 anos.

2015: Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia ganhou o prêmio por sua decisiva contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011.

2014: os vencedores foram o indiano Kailash Satyarthi e a paquistanesa Malala Yousafzay, "pela sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação". A estudante do Paquistão se tornou a mais jovem ganhadora do prêmio.

2013: Organização para a Proibição das Armas Químicas, entidade que supervisiona destruição do arsenal químico na Síria em guerra.

2012: União Europeia (UE) ganhou por ter contribuído para pacificar um continente devastado por duas guerras mundiais.

2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee (Libéria) e Tawakkol Karman (Iêmen), por sua luta não violenta em favor da segurança das mulheres e seus direitos a participar dos processos de paz.

2010: Liu Xiaobo (China), dissidente detido, "por seus esforços duradouros e não violentos em favor dos Direitos Humanos na China".

2009: O então presidente americano Barack Obama foi premiado "por seus esforços extraordinários com o objetivo de reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".

2008: Martti Ahtisaari (Finlândia) foi premiado por suas numerosas mediações de paz em todo o mundo.

2007: Al Gore (Estados Unidos) e o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU ganharam o prêmio por seus esforços para aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas.

2006: O prêmio foi para Muhammad Yunus (Bangladesh) e seu banco especializado no microcrédito, o Grameen Bank, porque "uma paz duradoura não pode ser obtida sem que uma parte importante da população encontre a maneira de sair da pobreza".



* * *

CONEXIÓN BRASIL-SALAMANCA: ALENCART TRADUCE Y PROLOGA ‘DONDE ESTOY Y SOY’, DEL BRASILEÑO CYRO DE MATTOS

La antología, editada por Verbum, tiene pintura de portada de Miguel Elías y epílogo del poeta y filólogo Juan Ángel Torres Rechy

Alencart, Cyro de Mattos y Torres Rechy, en Salamanca / Foto de Pablo Rodríguez

La reconocida editorial Verbum, fundada en Madrid por el poeta Pío E. Serrano y dirigida actualmente por Luis Rafael Hernández, acaba de publicar el poemario “Donde estoy y soy”, del brasileño Cyro de Mattos (Itabuna, Bahía, 1939), poeta, narrador, periodista, abogado y  miembro de la Academia de Letras de Bahía, quien ha obtenido varios
galardones,  como el Premio Nacional Ribeiro Couto, el Premio Afonso Arinos, el Premio Centenario Emílio Mora o el Premio Internacional de Literatura Maestrale Marengo D’oro (Génova).
  
De Mattos tiene obra publicada en Alemania, Francia, Portugal, Rusia, Estados Unidos, México, Dinamarca, Suiza y Italia. Entre sus libros de poesía están Vinte Poemas do Rio, Cancioneiro do Cacau, Ecológico, Vinte e Um Poemas de Amor, Devoto do Campo y Oratório de Natal.

Son cincuenta los poemas traducidos al castellano por el poeta Alfredo Pérez Alencart, profesor de la Usal y colaborador de SALAMANCArtv AL DÍA. Los mismos fueron seleccionados de nueve poemarios ya publicados por Cyro de Matos, además de dos textos incluidos en la antología salmantina “Decíamos ayer”, aparecida en 2013 como homenaje a Fray Luis de León. Alencart también firma el prólogo, titulado “Poesía y Vida: Cyro de Mattos”.

En la obra publicada por Verbum, la pintura de portada es del destacado artista Miguel Elías, profesor de la Universidad de Salamanca, mientras que el epílogo lo firma el poeta mexicano, Juan Ángel Torres Rechy, doctor en Filología por la Universidad de Salamanca y actualmente profesor de español en la Universidad de Soochow. Toores Rechy también es colaborador de SALAMANCArtv AL DÍA.

Alencart ha traducido a más de treinta poetas portugueses y brasileños.

----------
TRADUÇÃO:

Alencart traduz e prologa 'Onde eu estou e eu sou', do brasileiro Cyro de Mattos

A antologia, editada pela Verbum, apresenta obras de arte de Miguel Elías e epílogo do poeta e filólogo Juan Ángel Torres Rechy

A reconhecida editora Verbum, fundada em Madrid pelo poeta Pío E. Serrano e atualmente dirigida por Luís Rafael Hernández, acaba de publicar a coleção de poesia "onde estou e sou" do brasileiro Cyro de Mattos (Itabuna, Bahia, 1939), poeta, narrador, jornalista, advogado e membro da Academia de Letras da Bahia, que ganhou vários prêmios, incluindo o Prêmio Nacional Ribeiro Couto, Afonso Arinos o Prêmio Centenário Prêmio Emílio Mora e o Prémio Internacional de Literatura Maestrale Marengo D'oro (Gênova).

De Mattos publicou trabalhos na Alemanha, França, Portugal, Rússia, Estados Unidos, México, Dinamarca, Suíça e Itália. Entre seus livros de poesia estão Vinte Poemas do Rio, Cancioneiro do Cacau, Ecológico, Vinte e um Poemas de Amor, Devoto do Campo e Oratório de Natal.

Há cinquenta poemas traduzidos para o espanhol pelo poeta Alfredo Pérez Alencart, professor do Usal e colaborador do SALAMANCArtv AL DAY. Eles foram selecionados a partir de nove coleções de poemas já publicados por Cyro de Matos, além de dois textos incluídos na antologia salmantina "Nós dissemos ontem," apareceu em 2013 como um tributo a Fray Luis de León. Alencart também assina o prólogo, intitulado "Poesia e Vida: Cyro de Mattos".

No trabalho publicado pela Verbum, a pintura é o artista em destaque Miguel Elías, professor na Universidade de Salamanca, enquanto o epílogo é assinado pelo poeta mexicano Juan Angel Torres Rechy, Doutor em Filologia na Universidade de Salamanca e agora professor de espanhol na Universidade de Soochow. Toores Rechy também é colaborador da SALAMANCArtv THE DAY.

Alencart traduziu mais de trinta poetas portugueses e brasileiros.

* * *