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sábado, 28 de janeiro de 2017

TEMPLO DE DEUS - Michelle Coutant

Templo de Deus


Está começando um novo tempo. Tempo de muita limpeza e purificação, Tempo de avançarmos e de tomarmos o caminho da luz mais elevada. Muitos de nós estamos vivenciando desafios físicos extremos. Tenhamos muito cuidado com os nossos receptáculos físicos. Se esticarmos o nosso corpo físico e o pressionarmos demasiado, não conseguiremos manter a integridade da ascensão. Ascensão integrada, ascensão com facilidade e graça e bem-estar.

Quando abusamos de nosso corpo através das substâncias que ingerimos, os líquidos que bebemos e os alimentos que comemos, podemos tornar o caminho mais difícil para nós mesmos. Quando atingimos um determinado nível, um certo quociente de luz, teremos absorvido tanta luz quanto a que nós somos capazes de conter.

O nosso Eu Divino é ilimitado, expansivo, abrangente e contem a eterna luz divina, contudo é o jogo que escolhemos jogar em que nos revestimos deste nosso corpo físico. Para nos movimentarmos com facilidade e graça, uma vez que alcançamos um certo quociente de luz, iremos descobrir que devemos começar a entrar em alinhamento físico mais plenamente, se não o descobrirmos já. A nossa orientação interior far-nos-á saber que estamos, num sentido, a sermos impedidos de aumentar a nossa consciência até que o nosso corpo físico tenha entrado mais em alinhamento.

Pratiquemos a moderação em todas as nossas atitudes. Moderação nas comidas que comemos, nos líquidos que bebemos e em tudo o que levamos ao nosso corpo. O nosso corpo é Templo de Deus. O nosso corpo é Templo para o nosso Eu Divino, e este somos nós. Cuidemos do nosso abençoado templo. Amemos e honremos, acariciemos nosso templo e o retorno será de amor e de generosíssimas dádivas.

Podemos meditar e falar com o nosso corpo elemental, e podemos ajudar grandemente o nosso corpo ao permanecermos em alinhamento. Estamos sintonizados com a nossa sabedoria interior, ela nunca nos enganará. Muitos de nós seríamos beneficiados da libertação de hábitos como os cigarros e o álcool. Muitos de nós deveríamos considerar comer mais alimentos crus, que são a luz viva de Deus. Estes alimentos contêm a força vital que é necessária para sustentar o nosso corpo na ascensão. Estes alimentos estão preenchidos com os blocos de construção que sustêm e criam novos tecidos e constroem o nosso corpo saudável.

Sim, estamos a construir o nosso corpo de luz mas, por favor, não negligenciemos o nosso corpo físico. Ele nos responderá com saúde vibrante, mas nós devemos percorrer o caminho através destes tempos difíceis.  Nós estamos destinados a desfrutar dos prazeres da vida terrena, num corpo físico, que é vibrantemente saudável, um corpo de juventude eterna.

Lembremo-nos de saborear esta jornada, vivendo cada momento do agora. É por isso que estamos aqui, para saborear o prazer de termos um corpo físico, para saborear o nosso prazer nas mais elevadas emoções do amor incondicional, alegria, paz, harmonia e beleza e para desfrutarmos da abundância eterna que é o nosso privilégio divino. Quanto mais escolhas fazemos alinhadas com a vontade de Deus dentro de nós, mais rapidamente conseguiremos desfrutar destes generosos dons. Iremos desfrutar de facilidade e graça e sincronicidade nas nossas vidas e milagres irão ocorrer. Quando saboreamos a jornada, estamos também a viver no momento do agora.

Este é o momento em que está todo o nosso poder. Este é o momento em que estamos a criar. O passado está concluído e devemos planejar o futuro, mas viver no Agora. O Agora é o nosso poder Criativo. O Agora é a nossa ligação divina com Tudo O Que É. O Agora é eterno, nunca acaba, e é abençoado se escolhermos ficar no caminho reto e estreito e fazer com que assim seja.

Nós descobrimos esses momentos em que a vida é alegre e gloriosa, e cada vez mais desses momentos tem seu lugar, até que se tornem dias à medida que aprendemos a viver no amor dentro do nosso templo sagrado. Sabemos que muitos de nós já alcançaram este nível e sabemos que, uma vez que o conseguimos, nunca mais pararemos de o alcançar para a auto mestria. O amor, a alegria, a paz, a harmonia e a abundância fluem livremente nas nossas vidas e temos agora uma amostra do que vai ser a nossa jornada terrestre.

Mantenhamos a concentração no que é bom à nossa volta e veremos o bem em todos os outros à nossa volta. À medida que o fazemos, iremos incentivar os outros a viver a nossa verdade superior e haverá o resultado mais elevado para todos.

Avancemos com dedicação e determinação,
enquanto permanecemos no amor do nosso coração sagrado!


Enviado por: " PPS Crystal" ppscrystal@yahoo.com.br

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ITABUNA ONTEM: "Mergulhando" na História de Itabuna

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"Mergulhando" na História de Itabuna


No começo do século XIX teve início a abertura de uma estrada ligando a Vila de São Jorge dos Ilhéus à Vila Imperial de Vitoria da Coquista. A região era formada por densa mata e seguir viajando era muito perigoso, particularmente devido ao constante ataque dos índios - inconformados com a presença branca em suas terras.

Em 1815, por ordem do então governador da província da Bahia, o Conde dos Arcos, formou-se um aldeamento à margem do rio Cachoeira com índios que viviam próximos ao rio Almada e que atemorizavam os viajantes. Formou-se, assim, um pequeno vilarejo com aproximadamente 60 pessoas, denominado Vila de Ferradas. Nesta vila, os Padres capuchinhos desenvolveram o trabalho de catequizar os índios, destacando-se o Frei Ludovico de Livorno, o qual, durante 30 anos, promoveu no lugar seu trabalho de evangelização (Jornal Agora, Edição Especial, 28 de Julho de 2001).

Ferradas tornou-se logo um ponto de pouso para os tropeiros que passavam em direção ao Planalto da Conquista, ali também aproveitavam para trocar as ferraduras de seus animais, desgastadas pela estrada lamacenta, um dos motivos que teria dado o nome à Vila de Ferradas. Outra versão para o nome da Vila dá conta de que os Padres Jesuítas, para demarcarem o território que utilizavam, marcavam com ferro em forma de cruz várias árvores, ficando, assim, Vila das Árvores Ferradas (Jornal Agora, Edição Especial, 28 de Julho de 2001).

Certo é que logo Ferradas se tornou um lugar para negociar e comercializar produtos, a Vila chegou a receber personalidades ilustres como o Príncipe Maximiliano Alexandre Felipe de Wied Newwied (1816) e os brasilianistas Von Spix e Von Martius (1817).

Atraído pela fama da terra fértil, chega à região Félix Severino de Oliveira vindo da Chapada dos Índios - Se. Em 1857, tendo a companhia de Manoel Constantino, o sergipano Félix Severino do Amor Divino ( como ficou conhecido) rumou mata a dentro em busca de terras muito boas para o plantio, como lhe dissera existir o companheiro. Seguiram margeando o rio Cachoeira até uma área 30 quilômetros mata a dentro, onde resolveram fazer uma taboca (roça). A esse local deram o nome de Marimbeta e ali ergueram a primeira casa da futura cidade de Itabuna, uma cabana na verdade.

Foi neste local, denominado Marimbeta, que Severino e Constantino trabalharam abrindo a mata, plantando milho, mandioca, cana-de-açúcar e cacau. Vendo a prosperidade do lugar, Felix Severino do Amor Divino manda vir de Sergipe parentes e amigos seus a fim de suprirem a carência de mão-de-obra e também prosperarem: era o ano de 1867. Dentre os parentes que chegaram , veio um sobrinho chamado José Firmino Alves (então com 14 anos) que mais tarde seria considerado fundador da cidade de Itabuna.

É preciso, contudo, ressaltar que foi grandemente significativa a presença dos sergipanos para o surgimento da cidade, mas também foi marcante a dos sírio-libaneses e daqueles vindos de Feira de Santana (Andrade, 1986,p. 122).



Fonte de Pesquisa: Cadernos do CEDOC - Publicação do Centro de Documentação e Memória Regional da UESC. Editora da UESC. 

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BAIRRO ARRAIAL DO RETIRO: RETIRO DOS QUILOMBOLAS – Por Davi Nunes

Bairro Arraial do Retiro: retiro dos quilombolas


O arraial sempre fora retiro, assento para o corpo dos viajantes mais intrépidos que carregavam as suas bagagens-vida para procurarem o melhor mocambo, para fugirem das opressões ou simplesmente para fazerem negócios e continuarem a trajetória. Ou para depois de terem findado o trabalho de extração de minério nas pedreiras em 1940, no Cabula, terem o canto-retiro para deitar o corpo cansado.
 Assim, vou nesse assento escritural, buscar dar conta de alguns fatos e tentar traçar um pequeno quadro da história do bairro Arraial do retiro, localizado no centro geográfico de Salvador, o Cabula.

O bairro Arraial do Retiro fora uma parte da fazenda São Gonçalo, a fazenda tinha uma grande extensão, tanto no sentido alto, o Cabula, quanto na margem baixa, São Gonçalo do Retiro, que dá na BR 324. O surgimento da comunidade ocorre quando parte da fazenda foi disponibilizada para a exploração de uma pedreira que hoje divide o local.

Dados da oralidade: outro dia um amigo, em entusiasmo de conversa sobre o Beiru, me disse que um mais velho lhe falou que no Retiro tinha a porteira de uma grande fazenda, a qual daria nas partes mais profundas do Cabula. Se for pensar geograficamente daria mesmo, mas provavelmente ele estava falando da fazenda São Gonçalo. As linhas que costuram as vozes da nossa história chegam sempre aos ouvidos atentos, faz a imaginação fluir fora do campo semântico do mundo branco e constitui as nossas verdades. Isso é um fato. Ouvido aberto para tecer em escrita a nossa história.

O bairro está localizado entre duas pedreiras: uma no lado esquerdo e outra no direito, dividindo a comunidade entre Arraial de cima e o Arraial de baixo. Essas pedreiras tiveram minérios extraídos até a década de 80. Observa-se que com o findar do trabalho com as plantações de laranja, pelo menos na Fazenda São Gonçalo, muitos dos antigos quilombolas foram para o trabalho nas pedreiras, na extração de minério. Foi um trabalho que durou algumas décadas, além de ter deixado infértil o solo para a plantação de laranja.

A socioexistência dos negros que fundaram a região fora sempre de muito trabalho, constituindo sobrevivência e tentando alastrar as vivências quilombolas – continuo de vivências africanas na diáspora – para constituir um bem-viver. No entanto, com a invasão dos brancos na região: primeiro com as chácaras, depois pela desapropriação do estado de muitas terras dos quilombolas, no intuito de criarem os prédios para a classe média baiana, e agora com a forte especulação imobiliária que vem ocorrendo na região, tudo foi ficando mais difícil.

As pedreiras do retiro possuem muita beleza: as suas dimensões são grandiosas, os buracos e paredões compõem o olhar com uma paisagem sublime, além dos lagos que completam a paisagem com o verde forte das águas. Toda essa natureza ainda se mantém forte e agonizante, devido o estado de degradação ambiental o qual passou todo o Cabula durante a sua história.

Outro fator interessante eram as linhas de bonde que surgiram entre 1920 e 1925. Elas vinham da Barroquinha; um subia a ladeira do Cabula, e a outra ia até o final de linha do Retiro, o que beneficiava os moradores da região como todo, inclusive do Arraial.

Assim, o Arraial do Retiro ainda é mocambo para os descendentes dos quilombolas, possui uma dinâmica comum dos bairros da periferia, polifonia rítmica dos andares dos jovens negros (as), atentos (as), pois precisam se esquivar às violências do estado baiano, o genocídio.

Velhas(os) que observam as pedreiras, as paisagens, signos que compõem as suas vidas e histórias que são passadas no gesto, na culinária, no olhar, na fala. Há uma natureza que traz o passado e toda uma dinâmica periférica atual que não esconde o desejo que estava incontido nos quilombos antigos, que é de transformação e de restauração da negritude fragmentada em anos de opressão e racismo estrutural.


Davi Nunes, graduado em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia, é poeta,  contista e escritor de literatura infantil.



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FREIRAS DE CÁSSIA ABANDONAM SANTUÁRIO NO CENTENÁRIO DE FÁTIMA

O corpo incorrupto de Santa Rita pode ser posto em local seguro

Freiras de Cássia abandonam santuário no centenário de Fátima

Luis Dufaur (*)


As religiosas agostinianas que cuidavam do famoso santuário de Santa Rita e moravam no mosteiro anexo, em Cássia, Itália, escreveram “com o coração cheio de temor” que foram obrigadas a abandonar o mosteiro, além da célebre Basílica onde se venera o corpo incorrupto da grande santa italiana, escreveu o acatado jornal de Turim “La Stampa”.

O prédio sofreu graves danos estruturais nos sucessivos sismos de 2016.

“A situação é dramática em Cássia e em todas as cidades atingidas pelo terremoto. […] A terra continua tremendo. Nós todas estamos bem, graças a Deus”, acrescentaram as freiras.

Elas explicam também que carecem de vocações. Então, não há freiras jovens para fazer os trabalhos da comunidade, pois a maioria das que ficaram são idosas e requerem muitos cuidados. Boa parte teve que deixar previamente o mosteiro rumo a outro fora da região de Úmbria, atingida pelo terremoto.

De alguma maneira, os terremotos de 2016 reproduziram na ordem material os abalos morais que estão derrubando a vida religiosa no período de modernização pós-conciliar.

Os danos em Cássia foram generalizados.

O santuário de Cassia é um dos locais de peregrinação mais visitados da Itália por milhares de fiéis que todos os anos vão pedir graças a Santa Rita.

Muitíssimas moradias ficaram inabitáveis, milhares de pessoas estão em abrigos precários, o hospital não oferece segurança e os doentes foram evacuados; as ruas estão desertas e os peregrinos não afluem mais.

Pela vez primeira na história, a basílica de Santa Rita foi fechada e as freiras deixaram o mosteiro vazio.

A Mensagem de Fátima não foi ouvida, nem publicada quando ainda havia tempo, como pediu a Irmã Lúcia antes do Concilio Vaticano II.

O drama de Cássia não será uma prefigura dos castigos que estão na iminência de desabar sobre um mundo e uma Igreja que não levaram bem a sério a advertência premonitória de Nossa Senhora aos três pastorinhos um século atrás?


          
( * ) Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador da ABIM


Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

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VIAGEM DOS IMORTAIS! - Eglê S Machado

Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original
Viagem dos Imortais!
         

Rubem Alves, João Ubaldo,
E Ariano Suassuna,
Partem, deixam no Brasil,
Uma terrível lacuna
Foram receber respaldo
Da Celestial Tribuna.

Aqui,  mister encerrado,
Chegam ao fim da carreira!
No Infinito a Luz gentil
Os acolhe alvissareira,
Têm um encontro marcado
Co’ o confrade Ivan Junqueira!

FICA O MUNDO TÃO CHOROSO
E O CÉU  MAIS JUBILOSO!...


Eglê S Machado
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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