Total de visualizações de página

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

ITABUNA CENTENÁRIA SORRINDO - Humor

Humor


A loira, grávida, lia a página de economia do jornal, quando o marido vê e fica espantado:
- Nossa! É a primeira vez que eu te pego lendo algo que não sejam os quadrinhos... O que você está procurando na seção de economia?

- É recomendação médica. O doutor disse que é para eu ir para o hospital assim que a Bolsa estourar.


***

Ao chegar de viagem, dona Tereza pergunta para o filho de cinco anos:
- E aí, Joãozinho? Correu tubo bem por aqui na minha ausência?
- Tudo mamãe! Só teve um dia que deu uma chuva muito forte e eu fiquei com medo e o papai veio dormir com eu.
- Comigo, Joãozinho! - corrigiu a empregada.
- Não, Maria! Isso foi no sábado! Eu estou falando de domingo, quando choveu!

***

Durante o jantar, Joãozinho conversa com a mãe:
- Mamãe, por que é que o papai é careca?
- Ora, filhinho... Porque ele tem muitas coisas para pensar e é muito inteligente!
- Então, por que é que você tem tanto cabelo?
- Cala a boca e come a sopa, menino!



***

Um soldado português que está colocado no Iraque, recebeu uma carta da sua namorada que dizia o seguinte:
"Querido João, não posso continuar com a nossa relação. A distância entre nós é simplesmente muito grande. Tenho de admitir que já te enganei duas vezes desde que te foste embora, e isso não está certo para nenhum de nós. Lamento muito. Agradeço que me devolvas a fotografia que te tinha enviado.
Beijinhos
Maria."

O soldado pediu aos seus colegas para lhe darem tantas fotografias quanto possível das suas namoradas, irmãs, tias, primas etc... À fotografia da Maria ele adicionou todas as outras fotografias de lindas raparigas, que os seus colegas lhe tinham dado. Havia 57 fotografias no envelope com um pequeno bilhete que dizia:
"Querida Maria, agora sou eu que lamento, mas não me lembro quem tu és. Agradeço que tires a tua fotografia do molho, e me devolvas as outras.
Sempre teu amigo,
João" 


***

Um brasileiro, um italiano e um português estavam de braços atados atrás das costas, a ponto de ser fuzilados. Quando estão mesmo a apontar o brasileiro grita:
- Terremoto! Terremoto!
Os soldados debandam e o brasileiro foge pela floresta. Toca a vez ao italiano. Quando iam mesmo a disparar, o italiano grita:
- Inundação! Inundação!
Os soldados fogem e o italiano escapa.
Chega então a vez do português. Encostam-no à parede, os soldados apontam e o alentejano grita:
- Fogo! Fogo!




* * *

METADE - Ferreira Gullar

Metade  




Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também.





Ferreira Gullar - Sétimo ocupante da cadeira nº 37 da ABL, eleito em 9 de outubro de 2014, na sucessão de Ivan Junqueira, e recebido em 5 de dezembro de 2014, pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin. Morreu no dia 4 de dezembro de 2016.

* * *