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terça-feira, 11 de julho de 2017

DOM CESLAU STANULA NA POLÔNIA 10 JUL 2017



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Hoje foi o encerramento da festa de Nossa Senhora de Tuchow.

 
Participei de tudo. O nosso povo tem muita fé.

Aqui do ritual da romaria pertence passar de joelhos em torno do altar mor onde está a Imagem Milagrosa e depois participação da Missa e a procissão em torno da Basílica.

Como é lindo reviver estas experiências religiosas aprendidas dos pais na infância. Rezei bom tempo no Santuário e observei, com emoção e entusiasmo, como crianças, velhos, religiosos e religiosas faziam esta experiência da fé. 

Um pensamento: tenho algumas práticas religiosas da infância que, agora aprofundadas, me ajudam enfrentar a dureza da vida!

Rezei por você hoje de modo especial. Com a minha benção te entrego a Mãe das Mães, Maria.

Boa noite.

Observe alguns registros fotográficos:



Enviado do meu Smartphone Samsung Galaxy

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POR QUE MUITOS DE NOSSOS CONTEMPORÂNEOS NÃO SIMPATIZAM COM ASPECTOS DO CARÁTER DE UM HOMEM SÉRIO?

William Clark Gable (1901–1960), ator norte-americano, 
considerado uma das maiores estrelas do cinema 
em meados do século XX.

Lembro-me que, quando viajei de Londres a Paris, estava no mesmo avião Clark Gable. Então, procurei analisá-lo.

Primeiramente, ele causou-me uma impressão de gozar de esplêndida saúde. Homem bem constituído, com movimentos naturais, com um todo que infunde sensação de agradável, de permanente bem-estar, de pessoa de bem consigo mesma.

Esses aspectos inspiram certa confiança. A energia dele não é voltada contra ninguém, não está combatendo alguém ou ensinando com o dedo erguido, com um ar de doutor da verdade. Um homem forte, dando a impressão de que ele ampararia qualquer um que precisasse de seu auxílio contra um bandido que se aproximasse.

De outro lado, um homem risonho, de riso aberto, largamente afável, sem vulgaridade, acolhendo bem qualquer pessoa que se apresentasse. Possuindo certa distinção natural, mas fingindo não notar os outros que não tinham distinção. No avião, percebi algumas pessoas pedindo-lhe autógrafos e sendo tratadas como se hipoteticamente fossem tão finas quanto ele.

Resultado: todo o mundo acabava simpatizando com Gable. O homem de hoje gosta de se relacionar com pessoas felizes, despreocupadas, fortes e que não o esmaguem com a superioridade. Nisso consistiria a ideia do “homem bom”. Um indivíduo bom em todo sentido, de alma e de corpo, é o homem atualmente considerado simpático.

Felipe II (1527–1598), 
filho do Imperador Carlos V, do Sacro Império, Rei da Espanha 
de 1556 até sua morte.

Considere-se outro tipo de homem. Por exemplo, o rei Felipe II da Espanha. Hoje em dia poderia ser considerado antipático. Por quê? — Em primeiro lugar, porque é um homem muito sério. A ideia de seriedade atualmente não agrada. Em segundo lugar, ele mostra uma fisionomia armada contra um adversário, o que também desagrada o homem moderno. Por fim, Felipe II apresenta a fisionomia de um homem muito lógico — o que repele as pessoas de nossa época.

Se apresentarmos ao homem contemporâneo um Felipe II e um Clark Gable, o rei espanhol poderia ser recusado, enquanto o ator norte-americano poderia ser ovacionado. Por quê? — Porque corresponde a certo estado de espírito do público de nossos dias.

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Excertos de uma conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (foto), sem a sua revisão.



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EXISTEM DUAS JUSTIÇAS NO BRASIL: A DOS JUÍZES INDICADOS POR POLÍTICOS E A DOS JUÍZES CONCURSADOS, DIZ JUÍZA

Esse texto, conforme a autora, foi escrito em dezembro de 2016


“Sempre que o STF profere alguma decisão bizarra, o povo logo se apressa para sentenciar: “a Justiça no Brasil é uma piada”. Nem se passa pela cabeça da galera que os outros juízes – sim, os OUTROS – se contorcem de vergonha com certas decisões da Suprema Corte, e não se sentem nem um pouco representados por ela.

O que muitos juízes sentem é que existem duas Justiças no Brasil. E essas Justiças não se misturam uma com a outra. Uma é a dos juízes por indicação política. A outra é a dos juízes concursados. A Justiça do STF e a Justiça de primeiro grau revelam a existência de duas categorias de juízes que não se misturam. São como água e azeite. São dois mundos completamente isolados um do outro. Um não tem contato nenhum com o outro e um não se assemelha em nada com o outro. Um, muitas vezes, parece atuar contra o outro. Faz declarações contra o outro. E o outro, por muitas vezes, morre de vergonha do um.

Geralmente, o outro prefere que os “juízes” do STF sejam mesmo chamados de Ministros – para não confundir com os demais, os verdadeiros juízes. A atual composição do STF revela que, dentre os 11 Ministros (sim, M-I-N-I-S-T-R-O-S!), apenas dois são magistrados de carreira: Rosa Weber e Luiz Fux. Ou seja: nove deles não têm a mais vaga ideia do que é gerir uma unidade judiciária a quilômetros de distância de sua família, em cidades pequenas de interior, com falta de mão-de-obra e de infra-estrutura, com uma demanda acachapante e praticamente inadministrável.

Julgam grandes causas – as mais importantes do Brasil – sem terem nunca sequer julgado um inventariozinho da dona Maria que morreu. Nem uma pensão alimentícia simplória. Nem uma medida para um menor infrator, nem um remédio para um doente, nem uma internação para um idoso, nem uma autorização para menor em eventos e viagens, nem uma partilhazinha de bens, nem uma aposentadoriazinha rural. Nada. NADA.

Certamente não fazem a menor ideia de como é visitar a casa humilde da senhorinha acamada que não se mexe, para propiciar-lhe a interdição. Nem imaginam como é desgastante a visita periódica ao presídio – e o percorrer por entre as celas. Nem sonham com as correições nos cartórios extrajudiciais. Nem supõem o que seja passar um dia inteiro ouvindo testemunhas e interrogando réus. Nunca presidiram uma sessão do Tribunal do Júri. Não conhecem as agruras, as dificuldades do interior. Não conhecem nada do que é ser juiz de primeiro grau. Nada. Do alto de seus carros com motorista pagos com dinheiro público, não devem fazer a menor ideia de que ser juiz de verdade é não ter motorista nenhum. Ser juiz é andar com seu próprio carro – por sua conta e risco – nas estradas de terra do interior do Brasil. Talvez os Ministros nem saibam o que é uma estrada de terra – ou nem se lembrem mais o que é isso. Às vezes, nem a gasolina ganhamos, tirando muitas vezes do nosso próprio bolso para sustentar o Estado, sem saber se um dia seremos reembolsados – muitas vezes não somos.

Será que os juízes, digo, Ministros do STF sabem o que é passar por isso? Por que será que os réus lutam tanto para serem julgados pelo STF (o famoso “foro privilegiado”) – fugindo dos juízes de primeiro grau como o diabo foge da cruz? Por que será que eles preferem ser julgados pelos “juízes” indicados politicamente, e não pelos juízes concursados?

É por essas e outras que, sem constrangimento algum, rogo-lhes: não me coloquem no mesmo balaio do STF. Faço parte da outra Justiça: a de VERDADE.”

Juíza Ludmila Lins Graça



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