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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

SALGUEIRO: SAMBA-ENREDO PARA O CARNAVAL 2017

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COMPOSITORES: Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga do Salgueiro, Getúlio Coelho, Ricardo Neves e Francisco Aquino.

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Vou embarcar em ilusões

à loucura me entregar
prazer (ô prazer)


Sou poeta delirante, o amante

na profana liberdade
devoto da infernal felicidade
quero o gostoso veneno do beijo
saciar o meu desejo
me embriagar
nos braços da folia me jogar


Vou me perder pra te encontrar

enlouquecer, morrer de amar!
Pra que juízo, amor? A noite é nossa
do jeito que o pecado gosta!


Sinto minh´alma se purificar

vislumbrar
o paraíso, no firmamento
três com sagrados talentos
vê, estão voltando as flores…”
lá, onde ressoam tambores
toca batuqueiro, dobre o rum
aos presentes de orum
gira baiana e faz do céu um terreiro
tinge essa avenida de vermelho
é nossa missão, carnavalizar a vida
que é feita pra sambar!

Dessa paixão que encanta o mundo inteiro
Só entende quem é salgueiro
só entende quem é salgueiro

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TERRAS DE ITABUNA: A chegada do trem de ferro

A chegada do trem de ferro


          Olinto Leone teve as suas falhas, mas foi uma personalidade marcante na vida administrativa e política de Itabuna. Dotado de uma força de vontade incomum só deixou a chefia do Partido quando estava para morrer, minado por terrível enfermidade.

          Alimentava a impressão de que se finaria num dia treze e se acabou num dia vinte e nove.

          Antes de falecer, recomendou ao irmão Arlindo Leone que elegesse deputado estadual a Gileno Amado. Efetivamente, assim sucedeu. Nas eleições, que posteriormente se processaram, Gileno Amado, embora candidato avulso, se empossou deputado estadual.

          O município Itabunense começava a pesar na balança da produção de cacau, do desenvolvimento comercial e alguns desbravadores aventureiros principiavam a procurar as terras do seu oeste para explorarem a pecuária ao longo do rio Salgado e do vale do rio Colônia. Nesse ano, extraordinário melhoramento fez vibrar a terra e o seu povo, com uma nova força de cooperação aos que tanto penavam pela falta de transporte.

          O trem de ferro, como se dizia naquele tempo, apitou em Itabuna, resfolegou, estremecendo a terra, alegrando os meninos, impressionando as mocinhas, surpreendendo os velhos mateiros, afugentando os animais, deixando o passado, montado nos lombos dos animais e colocando a cidade nos trilhos, ao nível das terras servidas pelos transportes modernos.

          Naquele agosto de 1913, dera-se a inauguração oficial da estrada de ferro para servir aos vinte mil habitantes da nova terra do cacau. A civilização entrava pelas rodas das locomotivas, com aplausos de muitos e restrições de poucos. Esses poucos diziam: “Eu é que não vou trocar o meu cavalo bom por este cavalo de ferro”.

          Tertuliano Guedes de Pinho externava a sua opinião favorável, elogiava os ingleses, donos da estrada de ferro, sem pronunciar-lhe os nomes porque não acertava, não fazia como o Tourinho da farmácia, metido a letrado, e que dizia tudo errado, como Paulino Vieira que denominava a estrada do “Bento Berilo” e desses “ingrêses”.

          Havia opiniões contrárias à estrada de ferro. Henrique Félix e José de Aguiar eram formalmente adversários do trem de ferro,  que chamavam de invenção da “peste”. Da “peste” porque, pela estrada a polícia chegaria com mais facilidade e eles se dedicavam ao cangaço, possuíam jagunços, tomavam empreitadas, as mais desgraçadas, e temiam a polícia.

          No rio Cachoeira, uma criança pescava quando ouviu um rapaz dizer a uma moça: - Você gosta de mim? E a moça respondeu: - Gosto, sim. E combinaram para fugir no trem, no dia imediato.

          Realmente, foi aquele o primeiro casal que fugiu no trem de ferro da antiga Tabocas embalado por um amor do pecado e correndo das perseguições paternas. Ele era palhaço de circo, ela uma moça da sociedade.

          Ao saber da notícia, Henrique Félix exclamou: “Eu não disse que esta estrada só serve para fazer o mal?” – com o que concordou o seu comparsa amigo José de Aguiar.


(TERRAS DE ITABUNA)

Carlos Pereira Filho

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RIO CACHOEIRA: VENTURAS E AGRURAS - Eglê S Machado

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Rio Cachoeira: Venturas e agruras
 
 
O desbravador valente
encheu seu leito de amores,
O tropeiro renitente
arrostou os seus furores,
A lavadeira contente,
encheu suas pedras de cores!
 
O aguadeiro diligente,
abasteceu seus senhores
O areeiro inclemente,
lhe escavou sem pudores ,
Foi ganha-pão excelente
de índios e pescadores!
 
O vivaz adolescente
nadou ágil em seus vigores,
O bambuzal,  imponente,
acolheu  garças e flores,
O jasmim alvinitente,
espalhou os seus olores!
 
Hoje, a jazer descrente,
sem esperanças, em dores
É o retrato eloquente
do descaso dos “doutores”,
Na realidade vigente
que só lhe traz dissabores!
 
Na ignorância premente
E no desprezo aos valores,
A ingerência impudente
lhe proporciona horrores,
Da política indecente
a produzir maus gestores!
  
O rio cachoeira, impotente,
padece  em seus estertores!

 

Eglê S Machado 
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

Licença Creative Commons    http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5154669

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16 DE FEVEREIRO, DIA DO REPÓRTER

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Dia do Repórter

“Um repórter deve trabalhar com ética, buscando sempre a verdade sobre a notícia. Em 16 de fevereiro é comemorado o dia do repórter, profissional caçador de notícias, que nos informa a cada dia todos os fatos ocorridos no mundo”.


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