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domingo, 1 de janeiro de 2017

2016: O ANO DO DESPERTAR DOS “OTÁRIOS”

31 de dezembro de 2016
Último dia de 2016, um ano que muitos querem ver para trás, de preferência esquecido. A maioria formada por gente de esquerda. É claro que a aguda crise econômica brasileira, com seus 12 milhões de desempregados nas costas, impede uma comemoração muito grande deste ano que se encerra. Fruto das incríveis trapalhadas ideológicas, da incompetência e da infindável corrupção do PT, a crise serviu como um banho de água fria – ou melhor: gelada -, durante os 365 dias corridos do ano. Mas há, sim, muito o que celebrar, apesar disso.

A começar pela própria reação da esquerda. Quanto mais jurássica essa esquerda, maior o pânico que demonstra publicamente. Foi um annus horribilis para essa turma, o que já prova que não pode ter sido de todo ruim para seres decentes e pensantes. Se o PT, o PSOL, o PCdoB, a UNE, a CUT, o MST, os socialistas em geral e os “jornalistas” da GloboNews estão em prantos, então coisas boas devem ter acontecido. E, de fato, aconteceram.

O Brexit tem sido lamentado por muitos que, da noite para o dia, tornaram-se defensores da globalização. É claro que não defendem a globalização liberal coisa alguma, e sim uma visão globalista do mundo, ou seja, mercados cada vez mais controlados pelos estados, de preferência caminhando na direção de um estado global, com George Soros nos bastidores puxando os fios como de uma marionete.

A vitória de Trump foi outro marco desse mesmo fenômeno: a elite aprisionada na bolha não entendeu até agora o grito de protesto dos americanos, que não foram contra a globalização em si, mas contra o establishment “progressista”. E essa vitória expôs todas as mentiras da grande imprensa, seu viés, sua torcida, tudo disfarçado de jornalismo isento. Tiveram que criar esse papo de “pós-verdade” só para esconder a perda do monopólio da mentira. Momentos divertidos, portanto, ver a choradeira dessa patota ridícula.

O acordo de “paz” com os terroristas das Farc sendo rejeitado pela população foi outro acontecimento positivo e hilário em 2016. Os “especialistas” tendo que engolir que o “homem comum” não considera inteligente negociar a “paz” se ela significar se curvar de costas diante de marginais foi algo sensacional.

Mas tivemos, claro, as tragédias na Síria, as com maior destaque, a Venezuela implodindo de vez, e a continuação de problemas graves pelo mundo todo, na maioria dos casos um resultado de políticas defendidas pela esquerda, como o socialismo, o multiculturalismo, o desarmamento de civis, o estado controlador etc. O mundo, definitivamente, não é um parque de diversões infantil onde a retórica pomposa impera sobre a natureza humana, como os “progressistas” gostam de acreditar.

E, voltando ao Brasil, tivemos o impeachment de Dilma Rousseff, a pior presidente de toda a nossa história, uma figura abjeta que inacreditavelmente chegou ao poder, em tempos de profundo sonambulismo dos eleitores. Como não aplaudir um ano em que alguém como Dilma é enxotada do poder, com o massacre do PT se seguindo nas urnas? “Só isso” já é motivo para festejar com a melhor champanhe que seu bolso for capaz de comprar.

Mas não foi “só isso”. O governo Temer, justiça seja feita, iniciou um processo de reformas necessárias, que tinham sido completamente abandonadas pelo PT. Colocou gente séria na economia e no comando de estatais, comprou briga com os sindicatos para flexibilizar as leis trabalhistas obsoletas, aprovou a PEC do Teto para limitar gastos públicos, e pretende até desarmar o esquema da UNE e do PCdoB na emissão de carteiras de estudante. Pode estar aquém do que desejamos e precisamos, mas o governo Temer fez mais em poucos dias do que o PT em quase 14 anos, o que nem é tão difícil, uma vez que o PT só fez cagada e destruiu o país.

E a Folha, hoje, publica dois artigos antagônicos justamente sobre uma retrospectiva de 2016, o favorável assinado por Janaina Paschoal, e o desfavorável por José Eduardo Cardozo. Uma mulher de garra que ajudou na luta pelo impeachment, e o petista que fez de tudo para defender o indefensável. Como ainda ter dúvidas de qual lado tomar? Janaina, inclusive, chegou a mencionar Ayn Rand em seu texto:

Descrição: http://ssum.casalemedia.com/usermatchredir?s=183697&cb=http%3a%2f%2fdis.criteo.com%2frex%2fmatch.aspx%3fc%3d24%26uid%3d%25%25USER_ID%25%25Além de quebrar o círculo vicioso e o verdadeiro compadrio que existia, o processo de impeachment permitiu a conscientização acerca da importância da responsabilidade fiscal. Não foi por coincidência que, em outras esferas de poder, os órgãos de controle passaram a funcionar com maior severidade -basta olhar o número de procedimentos e até de prisões a alcançar governadores, ex-governadores, prefeitos e ex-prefeitos.

O descortinar dos ajustes estabelecidos entre governo e empreiteiras, inclusive com remessa de bilhões de dólares ao exterior, salvo entre os crentes do petismo, deitou por terra a falácia de que Lula e Dilma seriam perseguidos políticos. Se antes eram vistos como pais dos pobres, ficou claro terem sido mães para os ricos.
[…]

Nota-se que, ao mesmo tempo em que deixa de aceitar a corrupção institucionalizada, o povo brasileiro passa a questionar benesses incompatíveis com repúblicas muito mais ricas que o Brasil. Em suma, não vamos ficar calados nem diante das ilegalidades nem frente às imoralidades.

Sempre foi muito cômodo aos poderosos fazer menção ao nosso povo como cordato e conciliador, pois o cordial costuma ser submisso.

Diversamente do alardeado, 2016 não foi o ano perdido. O cidadão comum, ainda que assustado com a lama que eclodiu, voltou a acreditar que é possível tomar as rédeas do destino do país.

Parafraseando a escritora Ayn Rand em seu clássico “A Revolta de Atlas”, penso que 2016 foi o ano da revolta dos otários, aqueles que trabalham para pagar os tributos, até então, sem direito a opinar.

Um povo maduro enxerga sua realidade, por pior que seja, a fim de transformá-la. Este foi o ano de diagnosticar a difícil realidade; 2017 pode ser o da transformação.

Desejo a todos um ano novo com os pés no chão e os olhos bem abertos! A meta é impedir que volte a imperar o silêncio da cumplicidade. Nos corações, que reine a tranquilidade de que é certo fazer o certo.

Sim, concordo com ela: foi ano da revolta dos “otários”, aqueles que a esquerda enxerga como mascotes ou vacas leiteiras. Cansamos dessa elite podre mancomunada com o governo, desses “intelectuais” que defendem o socialismo, dos artistas engajados que só querem mamar nas tetas estatais, dos empresários incompetentes que só pensam em privilégios. Um ano que colocou essa turma toda na berlinda, que deu um baita calor nessa gente, não pode ter sido um ano ruim.

Um ano de derrotas para Obama, Hillary, Lula, Dilma, Farc, Soros e companhia, só pode ser um ano positivo. Um ano em que o maior tirano da América Latina finalmente bateu as botas e foi assombrar o Capeta no inferno só pode ser um ano positivo. Claro, morreu muita gente boa também, como ocorre todo ano. É da vida. Mas há muita coisa a ser celebrada nesse 2016 que termina hoje.

E que 2017 seja ainda melhor, com mais derrotas para a esquerda, com mais despertar dos “otários”.

Do meu lado, só posso agradecer pela confiança dos leitores, visível nos números. Fecho 2016 com 160 mil seguidores no Facebook, quase 90 mil seguidores no Twitter, mais de 50 mil curtidas em minha fan page, quase 40 mil inscritos no meu canal do YouTube, uma média de 70 mil visualizações diárias em meu blog, quase 80 mil curtidas na página do Instituto Liberal, e centenas de pessoas consumindo meus cursos na Kátedra.

Ou seja, enquanto o Brasil ainda afunda pela visão ideológica equivocada, sigo fazendo meu trabalho com alcance cada vez maior, mostrando a mais gente as causas desse nosso fracasso. E pretendo acelerar o ritmo em 2017, pois o Brasil tem pressa!

Rodrigo Constantino


SOBRE /  RODRIGO CONSTANTINO

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.




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ANO NOVO - Wagner Albertsson

ANO NOVO

SABOREIE O NOVO ANO
QUE CHEGA,
SINTA A CONSISTÊNCIA
DO QUE É NOVO E DESAFIADOR.
CREIA EM TUDO
QUE FOI POSTO NO PAPEL
PARA ESSE NOVO ANO,
POIS EU
ACREDITO MUITO EM VOCÊ.

REALIZE 
O QUE FOI REDIGIDO
NO TEU CORAÇÃO.

EU SEI QUE
TUDO É MAIS FÁCIL
NOS SONHOS
E EM PAPÉIS
SUBMISSOS.

MAS A TUA PERSEVERANÇA
TRANSFORMARÃO
EM REALIDADE
OS TEUS MAIS 
"IMPOSSÍVEIS" DESEJOS 
NESSE NOVO ANO.

VOCÊ NÃO É
MAIS UM GRÃO DE AREIA 
NO PLANETA;
É UM EVEREST DIVINO 
NO UNIVERSO.

DEUS CONFIA EM VOCÊ 
E EU TAMBÉM.



WAGNER ALBERTSSON

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (7)

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus - Domingo 01/01/2017

Anúncio do Evangelho (Lc 2,16-21)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo: Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ou viram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

http://liturgia.cancaonova.com/

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Paulo Ricardo:

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"Um Menino é a resposta de Deus às nossas perguntas"
“Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12)

Natal: estamos em um tempo que nos fala do essencial: um Deus que se faz carne, o divino que se faz humano; o eterno se estremece diante do que é terno; o infinito abraça amorosamente a fragilidade...  Viver este mistério é viver em Deus, compreender até onde chega a loucura de amor de um Deus que se humaniza para que nos humanizemos. “A humanidade de Cristo é a humanidade vivida à maneira de Deus, ou melhor, vivida por Deus” (José Arregi).

“Deus se humanizou”: tal expressão revela que a Misericórdia de Deus significa também ternura. Apareceu um Menino: apareceu a ternura e a doçura do Deus que salva. Na fragilidade de uma criança se esconde e se revela a grandeza divina. Uma antiga tradição religiosa afirma que a maior seriedade de Deus aconteceu quando Ele virou menino. Louca aventura amorosa de Deus! No rosto de uma criança se faz visível a Misericórdia que desce sempre mais abaixo, que nasce no ventre da terra e se faz terra fértil.

Segundo Jacob Boehme, místico medieval, Deus é uma Criança que brinca... É nessa atmosfera “infantil” que Deus se aproximou de nós. Não veio como um imperador poderoso nem como um sumo-sacerdote ou um grande filósofo. Deus pode ser encontrado não na estrada suntuosa do domínio e do poder, mas na estrada da doação, da partilha, da solidariedade... A única explicação da “descida” de Deus é seu “amor compassivo”. Ele mergulhou na nossa fragilidade fazendo-se uma criança pobre, que nasce na periferia, no meio de animais, deitada numa manjedoura... para que ninguém se sentisse distante d’Ele, para que todos pudessem experimentar o sentimento de ternura que  uma criança desperta e sobre quem nos dobramos, maravilhados. Criança não infunde medo; todos se aproximam dela. Pequenino com os pequeninos, Deus nos faz proclamar silenciosamente:
                “Meu Deus, me dá cinco anos, me dá a mão, me cura de ser grande...” (Adélia Prado).
É a fragilidade de uma criança que ativa em nós a atitude da expectativa, da novidade, do assombro... Cada nascimento é um sinal, um imenso milagre, uma bela promessa, um profundo chamado. Viver é milagre. Só ser já é milagre. E o maior milagre é a ternura que cuida, nutre, consola. Isso é “Deus”.

Dizia o pintor Pablo Picasso que tornar-se criança leva tempo, e poderíamos acrescentar que somente o encontro com o Deus Menino nos devolve a pureza e a inocência primordiais. Quando nos fazemos presentes junto à Criança eterna, então brota em nós o impulso para a renovação de vida, o despertar da inocência escondida, o encontro com novas possibilidades de ação que correm em direção ao futuro.

O Natal é essa ternura que ilumina a história humana, o cosmos do qual somos parte. É a confissão de que a bondade gera e sustenta a vida. É crer que tudo está eternamente movido por um pulsar profundo, criador, maior e mais poderoso que o universo, mais terno e pequeno que o coração de um recém-nascido. É a promessa de que o bem prevalecerá.

Ao recuperar o olhar de assombro e de espanto no interior da Gruta de Belém, nossa mente se abre à imaginação e ao sonho, começamos a considerar as infinitas possibilidades para ser e conviver, brota a alegria do novo, do que está nascendo a cada instante, de explorar recursos inéditos e desconhecidos.
Natal é o tempo para acolher com ternura o que é germinal, o pequeno, o que nasce nos movimentos sociais e humanitários alternativos e nos grupos eclesiais que se empenham por um mundo novo e por uma Igreja mais sintonizada com o sonho de Deus. É o momento de sair para os excluídos, para aqueles que não podem chegar até nós.

Ao entrar na gruta para contemplar o Menino-Deus, conectamos, ao mesmo tempo, com o mais profundo do coração humano, carregado de compaixão e generosidade. A bondade humana é uma faísca que pode se atrofiar, mas jamais se apagar. São necessários alguns momentos densos para que esta chama seja ativada. A vivência do Natal é um deles.

Da “Gruta de Belém” à “gruta interior”: esta é a aventura que nos leva a crescer, amar e compartilhar com os outros o dom da vida; aprender a ver nas pessoas a grande reserva de bondade, altruísmo e generosidade que carregam dentro de si; nunca conformar-nos com a injustiça e a violência, semeando cordialidade e gentileza a todos (as); e, sobretudo, ser mestres da esperança. “...porque é de infância, meu filho, que o mundo precisa” (Thiago de Mello).

O Menino Deus, em Belém, nos oferece uma maneira nova de olhar a realidade e a fragilidade de tantas pessoas. A contemplação de Jesus em seu nascimento nos ensina a contemplar a fragilidade e a exclusão humana como uma forma de presença de Deus. Deus está entre nós como fragilidade, nos excluídos, nos pobres, nas carências de todo tipo, em cada uma de nossas limitações. Por isso mesmo, sair, descer ao encontro das carências humanas, é uma forma de peregrinação para o coração do Deus mais vivo e surpreendente. Com os mesmos passos com que nos aproximamos da fragilidade dos que sofrem, também nos aproximamos de Deus.

A partir dessa debilidade podemos sentir que passa por nós a força de Deus, seu santo braço, que transforma, com nossa ajuda, toda a realidade.  Se Deus correu o risco de encarnar-se, de nascer pobremente e crescer como salvação a partir da exclusão deste mundo, já não há excluídos para Ele, ninguém fica fora d’Ele. E o lugar principal para a festa é ali onde Ele aparece: nos aforas, onde não há lugar, onde tudo parece esgotar-se e é condenado a crescer em meio às ameaças e às intempéries das situações humanas.

O Nascimento de Jesus é um atrevimento, uma verdadeira ousadia, uma surpresa inimaginável...; na verdade, o Natal é a manifestação do impossível que se faz possível no coração de Deus.
“Ele é o eterno Menino, o Deus que faltava; o divino que sorri e que brinca; o menino tão humano que é divino” (Fernando Pessoa).

Agora temos um Deus menino e não um Deus juiz severo de nossos atos e da história humana. Quê alegria interior sentimos quando pensamos que seremos julgados por um Deus Menino! Ao invés de condenar-nos, ele quer conviver e entreter-se conosco eternamente.

Texto bíblico:  Lc 2,1-14

Na oração: Que saibamos escutar a nossa criança interior que clama por ser amada, acolhida, curada de tanta mesquinhez, intolerância, e indiferença.
O Natal é como um poema; nele Deus se revela como uma Criança, pois nos mostra que a vida é sempre dom, novidade que destrava a humanidade para expandi-la por inteira. Que o Deus Menino que vai nascer nos mostre o caminho da verdadeira beleza da vida, e a graça de nunca perdermos a alegria de ser e viver.
Deus seja louvado!
Um abençoado Natal a todos!

Pe. Adroaldo Palaoro sj


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