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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

NASCEU HOJE, IRMÃOS, O NOSSO SALVADOR - Dom Ceslau Stanula

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Nasceu hoje, Irmãos, o nosso Salvador!

Alegremo-nos! 
Não pode haver tristeza quando nasce a vida;
a qual, destruindo o temor da morte, nos enche
com a alegria da eternidade prometida.
Ninguém está excluído da participação nesta alegria;
a causa desta alegria é comum a todos,
Porque nosso Senhor, aquele que destrói o pecado e a morte,
Não tendo encontrado ninguém isento de pecado, a todos veio libertar.
Exulte o santo porque está próxima a vitória;
Rejubile o pecador, porque é convidado ao perdão;
Reanime-se o pagão, porque é chamado à vida…
Por isso é que, quando o Senhor nasceu, os anjos cantaram em alegria ‘glória a Deus nas alturas’ e anunciaram ‘paz na terra aos homens de boa vontade’.
Porque veem a Jerusalém celeste ser formada de todas as nações do mundo, obra inexprimível do amor divino, que, se dá tanto gozo
aos anjos nas alturas do céu, que alegria não deverá dar aos homens cá na terra?» (S. Leão Magno +440).
FELIZ NATAL. 
Com a benção e votos natalinos.
Dom Ceslau
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Dom Ceslau Stanula – Bispo Emérito da Diocese de  Itabuna, escritor, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL.

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POR QUE SE CELEBRA A NOITE DE NATAL COM A “MISSA DO GALO”?

24 de dezembro de 2017
O Patriarca latino de Jerusalém, Mons. Fouad Twal, porta a imagem do Menino Jesus durante a Missa do Galo em Belém
Luis Dufaur

“Missa do Galo” é o nome da celebração litúrgica da meia-noite, na véspera do Natal. A expressão vem da tradição segundo a qual à meia-noite do dia 24 de dezembro um galo cantou mais fortemente que qualquer outro de seus semelhantes, anunciando o nascimento do Menino Jesus.

Assim como o galo anuncia o nascer do sol e seu canto preludia o amanhecer, assim também a “Missa do Galo” comemora e canta o nascimento de Jesus, o Sol nascente que, clareando a escuridão do pecado, veio nos remir.
Galo no alto da torre da Catedral de São Vito, em Praga

O galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque ele representa, histórica e tradicionalmente, a vigilância, a fidelidade e a fé proclamada no auge das trevas.

Por isso podemos ver, no topo do campanário das igrejas, um galo proclamando para todos os quadrantes que Jesus nasceu.

A celebração é feita à meia-noite porque o nascimento ocorreu por volta dessa hora. A “Missa do Galo” foi celebrada pela primeira vez no século V pelo Papa Xisto III na então nova basílica de Santa Maria Maior, onde são hoje veneradas as relíquias do Santo Presépio, conservadas em artístico e alusivo relicário.

Nos primórdios da Igreja, os cristãos se encontravam para rezar na cidade de Belém à hora do primeiro canto do galo. Com a expansão da Igreja, na vigília do Natal os fiéis se reuniam na igreja mais próxima e passavam a noite rezando e cantando.

Ceia de Natal ou “consoada”

Em algumas aldeias espanholas era costume os camponeses levarem um galo à igreja para que ele cantasse na missa. A igreja era toda iluminada com lâmpadas de azeite e tochas. As paredes eram revestidas com panos e tapetes. O templo era perfumado com alecrim, rosmaninho e murta.

Desde o início desta devoção a véspera de Natal é suave e nobremente jubilosa. Por isso é chamada de Noite Santa. Seus cânticos são festivos, como o tradicional Glória litúrgico.

Segundo uma tradição católica muito generalizada, os fiéis iam acendendo uma vela a mais em cada semana do Advento, ou período de quatro domingos antes do Natal. Elas já estavam todas acesas na “Missa do Galo”, solenemente celebrada e na qual a comunhão era oferecida pelo nascimento do Messias.

Em Roma, o Papa deve conduzir pessoalmente a celebração, pois ele é sucessor de Pedro, o Apóstolo designado pelo próprio Jesus para primeiro monarca da Igreja (Mt 16,18).

O Natal é uma das raríssimas datas litúrgicas que contemplam três Missas diferentes: a da noite, a da aurora e a do dia. Segundo São Gregório Magno, a Missa da noite, ou “do Galo” in galli cantu (à hora em que o galo canta) comemora a vinda de Jesus à Terra; a Missa da aurora, celebrada logo depois, comemora o nascimento de Jesus no coração dos fiéis; a Missa do dia, ou Missa de Natal propriamente dita, evoca o nascimento do Verbo de Deus.

Aldeões se dirigem à Igreja para a “Missa do Galo”

A Missa começava com um cântico natalício. No momento do “Gloria in excelsis Deo”, as campainhas tocavam para assinalar o nascimento do Redentor. No fim da celebração, todos iam oscular o Menino. Em algumas Igrejas, o presépio permanecia coberto até o momento do cântico.

De início jejuava-se durante a vigília, como forma de desprendimento e convite à contemplação do grande mistério que vai se celebrar. Comia-se apenas peixe — e em Portugal bacalhau, costume que ainda perdura em muitos lares brasileiros.

Depois que se aboliu o jejum, o povo continuou a chamar a ceia de Natal de “consoada”, embora esta tenha passado a ser mais abundante. “Consoada” significa pequena refeição e surgiu no século XVII. Era feita após a “Missa do Galo”.
Até a revolução “pós-conciliar”, após a “Missa do Galo” as famílias voltavam para suas casas, colocavam a imagem do Menino Jesus no Presépio, cantavam e rezavam em seu louvor, faziam a Ceia de Natal e trocavam presentes.

O nome “Missa do Galo” usa-se apenas em português e espanhol. Na maior parte do mundo chama-se simplesmente Missa da noite de Natal ou Missa da meia-noite.

Na Espanha havia uma tradição peculiar: “Antes de baterem as 12 badaladas da meia-noite de 24 de dezembro, cada lavrador da província de Toledo matava um galo, em memória daquele que cantou três vezes, quando Pedro negou Jesus, por ocasião da sua morte”.
Em seguida, a “ave era levada para a igreja e oferecida aos pobres”, informa a agência católica Ecclesia.*

Apesar do laicismo moderno e da escalada do ateísmo materialista, nessa abençoada noite as catedrais de Paris, Londres, Barcelona e muitas outras se enchem, para acompanhar os coros que cantam as santas alegrias do Natal iminente… até o galo cantar anunciando a Boa Nova!
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BISPO DA DIOCESE DE ITABUNA ESCLARECE POLÊMICA SOBRE TRANSFERÊNCIAS DOS PADRES

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O bispo diocesano Dom Carlos Alberto dos Santos, pastor maior da Diocese de Itabuna, concedeu uma entrevista com exclusividade ao repórter do Portal Católico de Notícias, explicando um dos assuntos mais comentados da semana: as transferências dos padres anunciadas no dia 18/12. Na oportunidade, Dom Carlos esclarece todas as dúvidas enviadas ao Portal pelos internautas católicos, paroquianos e população em geral. Confira abaixo a entrevista na íntegra!

Portal Católico: Fale um pouco sobre as transferências dos padres. Eles estavam sabendo dessas mudanças?

Dom Carlos: As transferências são necessárias conforme as orientações que a Igreja nos dá, no mínimo de 6 em 6 anos. Havendo a necessidade, pode acontecer antes ou mesmo depois. Mas a norma, a regra geral, conforme o Direito Canônico, são 6 anos. Aqui, portanto, já tendo gente fazendo 14 anos, já era de se desconfiar, que uma vez, chegando o bispo (já que o anterior não tinha feito), certamente isso iria acontecer. Eu já tinha dito, desde o mês de maio, que cada um se preparasse porque realmente nós pudéssemos fazer isso acontecer. Portanto, todos os padres já estavam sabendo, e de tal forma que, diante de toda necessidade, nós anunciamos essas transferências, para que no próximo ano, a partir do dia 5 de janeiro, possamos já começar a fazer as posses, que já estão marcadas.

Portal Católico: Algum padre que foi transferido está doente? Há algum problema diante dessa situação.

Dom Carlos: Um padre que está doente pediu para ir pra outra Diocese, para fazer uma experiência, tratar da saúde e ficar mais perto da família. Esta foi a palavra que ele colocou em sua carta, por escrito, para mim. Teve um outro caso, que não era tão grave, portanto não tinha motivo para ser transferido para outra Diocese. De forma que, ninguém foi transferido aqui à força, nem para lugares que não tenha como chegar a um médico ou a um hospital. Imaginemos que as pessoas que moram no final de linha da nossa Diocese, que não têm carro, moram no interior, chegam até a paróquia… um padre que tem o carro da paróquia, que tem a possibilidade de alguém que possa trazer, também tem condições de chegar, então este não é motivo para não ser transferido.

Portal Católico: A Igreja Católica tem suas leis reconhecidas no Direito Canônico. Fale um pouco sobre essas normas.

Dom Carlos: O Direito Canônico é o que rege, orienta, conduz, indica caminhos para nós vivermos em nossa Igreja com orientações, metas e orientações de como devemos desenvolver. O Direito Canônico é para aqueles que vivem na Igreja Católica. Nós temos pessoas qualificadas para fazerem as coisas que a Igreja deixou através de Jesus e que possam ser continuadas e cada vez mais amparadas, vivendo na cultura, na sua época, do jeito que Jesus realmente necessita.

Portal Católico: O que é o Ano Sabático? Dois padres solicitaram. Quem foram eles?

Dom Carlos: O Ano Sabático se tira de 10 em 10 anos. É um tempo de parada, de escuta da voz de Deus e tem o único objetivo: estudar para que possa revisar a sua vida, silenciar, ouvir a voz de Deus, rezar mais um tempo, revigorar as forças para depois retornar ao trabalho, continuando a obra da evangelização. Nesse, sentido. Nada mais, nada menos.

Portal Católico: Dois padres solicitaram o Ano Sabático. E quais os trâmites para o retorno à Diocese de Itabuna.

Dom Carlos: Pediram licença por 1 ano. Então com 1 ano eles têm que voltar. E vão voltar para algum lugar, contanto que a Diocese fique sabendo onde estão. Nenhum padre pode ficar vacante, sem local apropriado. Ao sair, ele terá que deixar endereço, número de telefone, para que numa necessidade possa ser convidado a chegar, ou até mesmo para dar uma notícia. Nenhum padre pode sair daqui sem que outro receba lá. As pessoas que vão, vão com um conhecimento do outro bispo para que o padre possa atuar no destino.

Portal Católico: Como fica a situação dos diáconos com as transferências dos padres?

Dom Carlos: Os diáconos estão a serviço da Comunidade. Eles continuarão no mesmo ambiente, porém nós vamos fazer uma revisão, para ver se há uma necessidade de mudança ou não. Caso haja a necessidade, conversaremos com ele para ser feita a transferência para um lugar mais adequado, mais necessário, e que ele possa continuar a evangelização.

Portal Católico: Os religiosos não estão nessa relação de transferência. Por que?

Dom Carlos: Os religiosos têm o seu caminho próprio, vivendo na Diocese com licença do bispo, mas tem os seus superiores. Superior é o que tem o direito de fazer as transferências porque tem o seu carisma próprio e também suas orientações próprias. Cada superior e cada comunidade religiosa é quem deve fazer as transferências. Os nossos redentoristas estão saindo porque já havia feito um convênio para que quando Dom Ceslau terminasse o seu mandato aqui, eles também iriam para outro ambiente, visto que não tem pessoas para fazer as transferências. Então a gente está fechando essa casa, para poder completar uma outra que, no mínimo, deverá ficar 3 pessoas como Comunidades, mas virá uma outra Comunidade para a Piedade, a fim de que possa tomar conta daquela comunidade paroquial e dá continuidade com a evangelização.

Portal Católico: É preciso fazer campanhas para padres saírem ou permanecerem em suas paróquias?

Dom Carlos: Pode fazer campanhas, não tem problema, mas quem sabe da necessidade é o Bispo. Pode haver campanha, mas aqui não é lugar de político nem de política, é lugar de fazer a evangelização. O Bispo é quem sabe juntamente com o Colégio de Consultores ou o Conselho Presbiteral que é realmente quem sabe direcionar para isso que tem o voto consultivo (não é deliberativo) para que a gente possa saber como devemos reger e fazer. Todos os padres já sabiam que iam ser transferidos e então só feito o comunicado.

Reportagem e foto: Valdeni Elias
Edição de texto: Anara Passos (Comunicóloga- DRT 7574)


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Comentário:
25 / 12 / 2017 reply
Pior de tudo é que os padres mais atuantes (na rebeldia) são os mais antigos nas paróquias, com mais de dez anos, e também que já passaram da idade de ficar dando maus exemplos aos jovens. – Esqueceram completamente do voto de Obediência, no dia da Ordenação Sacerdotal?

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DOM CESLAU STANULA - Mensagem de Natal

23/12/2017
Vivemos o natal


Infelizmente a nossa cultura celebra o Natal sem o dono da festa: o Menino Deus real, substituído pelo fictício do Papai Noel.

Menino Deus compromete e questiona, o Papal Noel aliena e cria irreais ilusões...

Para recuperar o verdadeiro sentido do Natal, citarei alguns Padres da Igreja (Chamados padres da Igreja os Escritores, Pastores e Leigos cristãos, nos séculos entre II a VII).

S. Máximo, bispo de Turim no século IV convida:

“Preparemo-nos, pois, irmãos, para acolher o Natal do Senhor, adornemo-nos com vestes puras e elegantes! Falo, das vestes da alma, não do corpo… Adornemo-nos não com seda, mas com obras boas! Pois as vestes elegantes ornam o corpo, mas não podem adornar a consciência”

Feliz e Santo Natal. Com a benção especial
Dom Ceslau.

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Dom Ceslau Stanula, bispo emérito da Diocese de Itabuna/BA, escritor, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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