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quinta-feira, 13 de junho de 2019

ITABUNA CENTENÁRIA PELA SUA SAÚDE: Naturopatas recomendam esta dieta


Limpa suas artérias e faz você perder até 4 quilos em apenas 5 dias!

Esta dieta é conhecida como "detox alcalino".
Ela dura cinco dias e, além de desintoxicar o corpo e alcalinizar o sangue, ela ajuda a emagrecer.
O resultado é, ao término dela, um organismo muito mais leve saudável.

Veja como é simples:

Ao levantar
Em jejum, tome suco de limão puro com um copo água e sem açúcar. Permaneça sem tomar ou comer nada durante meia hora.


Café da manhã
Sugestões: coalhada pura ou com mel; banana ou abacate amassados com aveia (ou linhaça dourada, ou pólen); vitamina de mamão de outra fruta, feita só com água e um pouco de mel; frutas, uma qualidade de cada vez; para quem faz trabalhos pesados, batata-doce ou cuscuz com coalhada ou com leite de coco ou um ovo cozido; vitamina com leite de girassol ou gergelim.
Uma hora depois de comer, fique tomando água ou água de alho de meia em meia hora (quem tiver pressão baixa, não pode tomar água de alho).
A propósito, é muito importante durante a dieta consumir muita água todos os dias (no mínimo, dois litros).
Se for água alcalina, melhor ainda.


Almoço
Coma verduras cruas (de preferência orgânicas), no mínimo três tipos de folha, como alface, acelga, broto de alfafa, coentro, couve, repolho, rúcula, folhas de batata-doce, de beterraba ou de cenoura; e raízes, como cebola, cenoura, beterraba, rabanete, nabo.
Use também quiabo, chuchu, pimentão, tomate, entre outras.
Rale as raízes; as folhas podem ser cortadas ou não.
Coloque o tempero na hora.
Tempere com limão, alho, óleo (extravirgem de coco, extravirgem de oliva, extravirgem de girassol ou extravirgem de linhaça) e complemente com gergelim torrado e moído; ou ainda com maionese caseira.

– Receita de maionese caseira:
2 batatas-inglesas grandes
2 cenouras grandes
Cozinhe as batatas e as cenouras no vapor.
Deixe esfriar um pouco e liquidifique com um pouco de água, óleo, cebola ou alho, tempero verde, sumo de limão e sal.
Está pronta para usar.
Em vez da batata-inglesa, você pode usar berinjela cozida; somente cenoura, sendo duas cozidas e meia crua; tomate e gergelim; abóbora cozida; feijão branco cozido; grão-de-bico cozido.

Prosseguindo com o cardápio do almoço, consuma também pratos cozidos, como arroz integral, feijão, abóbora, macaxeira.
A proteína é apenas uma pequena porção de filé de peixe ou de peito de frango caipira.
Coma primeiro os alimentos crus e depois os cozidos.
Evite sobremesa doce logo após o almoço.
Mastigue bem todos os alimentos, sobretudo os crus.


Lanche
Uma fruta como maçã, melão (apenas uma fatia) ou pera.


Jantar
Sugestões: verduras (como no almoço), sopa de legumes, banana amassada com aveia ou banana amassada com linhaça dourada moída.
Observação: A banana pode ser substituída por abacate.
Acrescente à banana ou ao abacate uma colher de sopa de pólen ou de linhaça triturada na hora.


À noite (uma hora depois do jantar)
Uma colher (sopa) de mel puro.


Antes de dormir
Uma xícara de chá.
Sugestões: alecrim, hortelã, erva-doce, artemísia, losna, alfazema, camomila, boldo, carqueja, eucalipto, feno-grego.
O chá pode ser puro ou misturado: alecrim com eucalipto, alecrim com alfazema, erva-doce com hortelã, camomila com erva-doce, camomila com hortelã, camomila com boldo, boldo com erva-doce, carqueja com camomila, losna com erva-doce, losna com camomila…
Se fizer com losna, use uma quantidade muito pequena da planta, para que o chá não fique muito amargo.

Esta dieta deve durar apenas cinco dias.
Tempo suficiente para você perder peso e reequilibrar o pH do sangue.


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TARSILA E A ANTROPOFAGIA - Arnaldo Niskier


Duas grandes surpresas marcaram a nossa visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), para assistir à exposição de Tarsila do Amaral. A primeira foi a alegre presença de dezenas de crianças de 6 a 7 anos na plateia, com professoras entusiasmadas explicando o significado da antropofagia. Nesse momento, fui tomado pelo sentimento da nostalgia, pois lembrei a minha passagem pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, de 1979 a 1983, quando pude desenvolver projetos que buscavam valorizar as artes plásticas nas escolas, para que a criançada começasse, desde cedo, a valorizar os nossos artistas.

Lançamos na época o Plano de Ação de Educação e Cultura (PAEC), relacionando diversas ações para os dois setores. O plano quadrienal conseguiu grandes avanços, incorporando e revitalizando o acervo cultural dos municípios, através das atividades curriculares. Em relação às artes plásticas, organizamos visitas orientadas e dinamizamos os nossos principais museus e também desenvolvemos projetos educativos de montagens de exposições (fixas e itinerantes), formando com isso novos públicos para as manifestações culturais e artísticas do Estado do Rio de Janeiro. Proporcionamos aos alunos contato com instituições como o Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico, Museu da República, Museu de Arte Moderna e Museu Imperial. Essas são boas lembranças do Rio de Janeiro que me chegaram graças à imagem das crianças na exposição de Tarsila do Amaral, em São Paulo.

A segunda surpresa foi a presença do quadro “Abaporu” no local. Através de sua dimensão até certo ponto pequena (85 cm x 72 cm), essa pintura de óleo sobre tela nos mostra a grandeza da nossa artista, que a produziu nos anos 1920, no auge do chamado período antropofágico do movimento modernista.

Apesar de hoje ser o quadro brasileiro mais valioso no mercado mundial, à frente de obras de monstros sagrados como Guignard, Cândido Portinari, Lygia Clark, Milton Dacosta e Alfredo Volpi, infelizmente, o “Abaporu” não nos pertence mais. Em 1995, a tela foi adquirida por um colecionador argentino, por US$ 2,5 milhões, num concorrido leilão realizado na Christie’s, uma das empresas de arte mais importantes do mundo, localizada em Londres, no Reino Unido. Atualmente, em valores atualizados, está valendo mais de US$ 40 milhões. Observem a valorização da obra nesses 24 anos. A nova casa do quadro de Tarsila do Amaral é o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (MALBA), que gentilmente a cedeu para a exposição “Tarsila Popular”.

Dizem que o quadro foi pintado por Tarsila do Amaral para ser ofertado como um presente de aniversário ao seu então marido, o escritor Oswald de Andrade. Outra história bonita está relacionada ao nome da obra. Oswald e o poeta Raul Bopp (autor do livro “Cobra Norato”) capricharam na hora de dar um título para a obra-prima do modernismo brasileiro. Tudo foi muito bem articulado, até chegar a “Abaporu”, que veio à tona com a união de três termos em tupi guarani: aba (homem), pora (gente) e ú (comer), que significa “homem que come gente”. Logo depois foi criado o movimento antropofágico, que se notabilizou por absorver os ingredientes da cultura estrangeira e depois fazer a devida adaptação para a realidade brasileira, “devorando” as más influências, quando necessário. Alguns especialistas também costumam fazer uma analogia da obra de Tarsila do Amaral com “O Pensador”, a famosa escultura de bronze do francês Auguste Rodin. Acho pouco provável, mas o que importa é que são duas grandes obras universais.

Tribuna do Sertão,10/06/2019


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Arnaldo Niskier - Sétimo ocupante da Cadeira nº 18 da ABL, eleito em 22 de março de 1984, na sucessão de Peregrino Júnior e recebido em 17 de setembro de 1984 pela acadêmica Rachel de Queiroz. Recebeu os acadêmicos Murilo Melo Filho, Carlos Heitor Cony e Paulo Coelho. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1998 e 1999.

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