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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

COISAS DA ALMA, por Agenilda Palmeira

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Coisas da alma
É necessário o amor radical para se romper o ciclo de hostilidade nos relacionamentos humanos. Esse ciclo iniciou a se processar no dia em que Caim matou Abel. E até hoje tem continuado a pleno vapor. Por isso Jesus queria que seus seguidores praticassem o amor radical.
Para existir harmonia nos relacionamentos humanos, é preciso quebrar o ciclo de hostilidade. E somente aqueles que são dotados de amor radical, que andam a segunda milha, que abrem mão de qualquer retaliação conseguem isso.
Quando uma pessoa nos agredir ou injuriar, não devemos pagar na mesma moeda. Temos de absorver as injustiças, em vez de revidá-las. Alguém necessita interromper esse interminável ciclo de violência. Deus está dizendo: “você pode fazer isso, se estiver disposto a amar de forma radical.” Será que estamos rompendo o silêncio quando os sentimentos são feridos no relacionamento conjugal? Em nosso local de trabalho, estamos dispostos a dizer: perdão? Se alguém disser que somos inúteis ou que fizemos algo que nunca fizemos. Uma certa vez alguém dizia para outras pessoas que uma senhora entrava na sua sala aos berros e empurrando a porta de forma grotesca. E isso nunca aconteceu.
A senhora ouvindo tudo aquilo nada disse. A não ser, Jesus nunca respondeu a crítica. A nossa tendência humana é olhar para o outro e retribuir as ofensas com palavras degradantes que o descrevem - ou ao menos expressem nossa raiva- e guardar no coração o que foi dito. Uma piada aqui, uma ofensa alí, risadas e logo temos acumulada tanta amargura que não conseguimos mais nos relacionar com as pessoas.
Mas, porém, com certeza essa não é atitude que Deus espera que tomemos. Há necessidade de desenvolver a comunhão uns com os outros. A tradução de comunhão no grego é “Koinonia” que significa ter algo em comum. A base dela é ter uma natureza comum. É preciso ser pérola como diz a reflexão de Adriana Dantas de Mariz:

"UMA OSTRA QUE NÃO FOI FERIDA NÃO PRODUZ PÉROLA." 
Pérolas são produtos da dor: 
Resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. 
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada NÁCAR. 
Quando um grão de areia a penetra, as células do NÁCAR começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas,para proteger o corpo indefeso da ostra. 
Como resultado, uma linda pérola vai se formando. 
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida CICATRIZADA. 
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém !!! 
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse!!! 
Suas ideias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas !!! 
Você já sofreu os duros golpes do preconceito !!! 
Já recebeu o troco da indiferença !!! 
ENTÃO PRODUZA UMA PÉROLA !!! 
Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR. 
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento .A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem. 
Assim, na prática, o que vemos são muitas "OSTRAS VAZIAS", não porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam PERDOAR,COMPREENDER e TRANSFORMAR a DOR em AMOR. 
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, fala mais que mil palavras.             

              Sejamos pérolas.


Agenilda Palmeira professora,  

Membro da AGRAL (Academia Grapiúna de Letras)
* * *

DIA DO POETA - Glice Bernadete

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Dia do poeta

Como não ser poeta,
Se não me levo tão a sério. 
Se hoje posso ser como ontem 
Mesmo sabendo que não mais sou o que fui.
No presente está agora o momento
Com outras possibilidades me trazem o amanhã 
Ou podem me trazer o passado que foi ontem 
Mesmo sabendo que este não mais existe.
Porém o encontro eternizado na memória
Vem ao meu alcance 
As buscas que trazem o futuro
Contidas no desejo que está no sonho
Este futuro cria um novo hoje
Diferente do ontem e parecido com os desejos do agora. 
Relativizando a beleza
Da criança, da flor e da vida
Em cada dia
Do passado , do presente e do futuro
Na pluralidade do poeta 
É possível sentir o Divino, o absoluto.

Glice Bernadete.
* * *