Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha com
sacrifício.
Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga
desanimou de sua tarefa, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a
sua casa.
A folha era muito maior do que a boca do buraco, então, ela
entrou sozinha.
Pensei: “Coitada, tanto sacrifício para nada".
Mas de repente, do buraco saíram outras formigas, que
começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.
Em pouco tempo, a grande folha deu lugar a pequenos pedaços
e eles estavam todos dentro do buraco.
Imediatamente pensei nas minhas experiências. Quantas
vezes desanimei diante das dificuldades?
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha,
nem teria começado a carregá-la.
Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao
Senhor:
Que me desse a tenacidade daquela formiga,
para “carregar”
as dificuldades do dia-a-dia.
Que me desse a perseverança da formiga,
para não desanimar
diante das quedas.
Que eu pudesse ter a inteligência dela,
para dividir (em
pedaços) o fardo que,
às vezes se apresenta grande demais.
Que eu tivesse a humildade para
partilhar com os outros
o
êxito da chegada, mesmo que
o trajeto tivesse sido solitário.
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir
da caminhada, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez
o caminho a percorrer.
E, agradeci ao Senhor por ter colocado aquela formiga em meu
caminho e, pelo ensinamento da perseverança.
Severiana Paulino Rodrigues (Séve), nascida em Águas de
Santa Bárbara (SP),reside e trabalha em Iaras (SP). Pedagoga na Fundação CASA,
graduada em Pedagogia pela FREA (Fundação Regional Educacional de Avaré),
Faculdade de Ciências e Letras de Avaré, (1997), pós-graduada em Psicopedagogia
Clínica e Institucional pela FSP- Faculdade Sudoeste Paulista Avaré (SP),
(2010).
Desde 2008, participa como escritora quando teve selecionada
num concurso cultural a sua carta de combate ao racismo, que foi publicada no
livro “Racismo: São Paulo Fala”. Cartas selecionadas da campanha cultural 120
Anos de Abolição –“Racismo: Se você não fala, quem vai falar?”,lançado pela
Ipsis Gráfica e Editora, 2008. Participação na Bienal do Livro por meio das
Palavras Abraçadas (poesias), 2016. Participação no livro de Antologia Poética
O Diário das Almas Femininas (2015) e O Poeta do Divã (2016), ambos lançados
pela editora Sanches 2016. Participação no Projeto “Platinum do I ao XXI
”– (poesias, 2016) – Bookess Editora. Lançamento do livro “Caminhos Cruzados”
(Livro de própria autoria) - (poesias, 2016) – Bookess Editora. Participação na
publicação como organizadora, revisão técnica e ortográfica do Livro Degradê
das Grandes (Poesias, 2016) – Bookess Editora.Participação no 3º FLAL (Festival
de Literatura e Artes Literárias) online no Facebook. Edição Especial de
Primavera / Destinado exclusivamente para a literatura de língua portuguesa
para escritores, leitores, editores e profissionais da área técnica literária –
2016. Participação no 4º FLAL (Festival de Literatura e Artes Literárias)
Edição Arte e Estilo online no Facebook. Edição Especial de Primavera destinado
exclusivamente para a literatura de língua portuguesa para escritores,
leitores, editores e profissionais da área técnica literária – 2017.
Participação no Projeto “Ofício da Alma II, (poesias, 2018) – Bookess Editora.
Classificação no Concurso Nacional Novos Poetas Poetize, 2018. Palestrante em
diversas áreas.Participação em livros de outros escritores(as). Revisora
Técnica e Ortográfica de textos para outros escritores(as). Palestrante na área
da Arte Literária (Projeto de Incentivo à Leitura e à Escrita). Administradora
de várias páginas na internet e grupos de diversos assuntos e temas, com
exclusividade para assuntos ligados à cultura, educação, políticas públicas e
literatura.
“Simplesmente vidas, coisas e pessoas que cruzaram o meu
caminho e que de alguma forma ou modo participam ou participaram da minha vida.
Por isso o título “Caminhos Cruzados”.”
Boa Leitura!
Escritora Severiana Rodrigues, é um prazer contamos com a
sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a ter
gosto pela arte de escrever?
Severiana Rodrigues - Muito obrigada pela oportunidade.
Sou toda gratidão. Na verdade, o que me motivou a escrever foi descobrir como
as letras têm um poder mágico de transformar as palavras. Escrever é algo
incrível e formidável!
Como foi a seleção dos textos para compor “Caminhos
Cruzados”?
Severiana Rodrigues - Escrevi de acordo com os temas
que iam surgindo e que me inspirava no momento.
Quais critérios foram utilizados para escolha do título?
Severiana Rodrigues - Simplesmente vidas, coisas e
pessoas que cruzaram o meu caminho e que de alguma forma ou modo participam ou
participaram da minha vida. Por isso o título “Caminhos Cruzados”.
Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária?
Severiana Rodrigues - Amor, mãe, namoro, profissão,
filhos, talento, pessoas, características, sentimentos, política, enfim… sou
muito eclética, no entanto abordo temas do dia a dia.
Apresente-nos um dos textos publicados em “Caminhos
Cruzados”.
Cada Pessoa
Cada pessoa é bela
É um ser humano único
Cada qual com o seu jeito
Com a sua habilidade
Cada pessoa tem a sua frustração
Possui a sua neurose
Se rasga na criatividade
E define sua identidade
Cada pessoa tem dentro de si
Sua inocência
Sua timidez
Cada pessoa esbanja charme
Genialidade
Solidariedade
Sabemos que cada texto é um pedacinho do autor. Comente um
pouco sobre o momento da escrita deste texto, em que momento o texto foi
escrito?
Severiana Rodrigues - Este texto foi escrito no momento
em que eu presenciei a falta de respeito de um superior ao seu subordinado, a
arrogância e a prepotência de como tratou o subordinado, então eu escrevi sobre
cada pessoa. Foi oportuno o momento para que eu pudesse escrever e relatar o
meu sentimento.
O que mais a inspira a escrever?
Severiana Rodrigues - A vida, o amor, o céu, as
estrelas, tudo à minha volta me inspira e me faz escrever.
Quais os seus principais objetivos como escritora?
Severiana Rodrigues - Divulgar a leitura e a escrita e
incentivar essa geração “made in celular”versustecnologia a importância do ler
e escrever para as nossas vidas.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom
conhecer melhor a escritora Severiana Paulino Rodrigues. Agradecemos sua
participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos
leitores?
Severiana Rodrigues - Eu que agradeço por poder
participar de um projeto tão grandioso e parabenizo toda a equipe pela criação
e divulgação deste incrível projeto.
Que não devemos nunca desistir de nossos sonhos, devemos
correr atrás de nossos objetivos com garra, força e coragem, pois através da
persistência alcançaremos o topo!
Leiam meu livro! Divulguem o meu trabalho! Conto com vocês!
Abraço fraternal a todos. Severiana (Séve).
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura
Todas nossas publicações podem ser publicadas em sites,
blogs... de editores, profissionais que desejem compartilhar literatura. A
todos o nosso muito obrigado!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Como meu
Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu
guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse
isso, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena.
Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como
eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos
amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não
vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo
amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos
escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto
permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto
é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.
Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. André
Teles:
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Amor vivido na
alegria: quinta-essência da vida cristã
“Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós e
a vossa alegria seja plena” (Jo 15,11)
O Evangelho deste domingo é desenvolvimento do tema do
domingo anterior, ou seja, a videira e os ramos. Jesus explica em quê consiste
essa “conexão” dos seus seguidores à Videira verdadeira. Apresentando como
inspiração sua união com o Pai, Jesus vai des-velando a essência de sua
mensagem. Sem usar metáforas nem comparações, Ele nos coloca diante da
realidade mais profunda da mensagem evangélica: o Amor que, vivido na alegria,
é a essência divina que mais nos humaniza.
Trata-se de entrar em sintonia, de “ajustar-se” ao modo de
amar de Deus: amor descendente, amor sem fronteiras, oblativo, expansivo... e
que se “revela mais em obras do que em palavras” (S. Inácio).
O(a) seguidor(a) de Jesus encontra-se, assim, envolvido(a)
pelo Amor transbordante de Deus e, ao mesmo tempo, entra no fluxo desse Amor
criativo, “descendo” à realidade cotidiana e ali deixando transparecer esse
mesmo Amor através dos encontros com os outros. Portanto, o ser humano, na
mística cristã, é o “ponto” no qual convergem o Amor “que desce do alto” e o
Amor que flui para o outro, o Amor que vem do outro e o Amor que retorna à sua
Fonte.
João põe na boca de Jesus a senha de identidade que
distingue os(as) seus(suas) seguidores(as). É o mandamento novo, em oposição ao
antigo, ou seja, a Lei. Fica estabelecida a diferença entre as duas alianças.
Jesus não manda amar a Deus nem amar a Ele, mas amar como Ele ama. Na
realidade, o mandamento do Amor não é lei que se impõe de fora; mas emana do
coração alegre de Deus e de todos nós. É dinamismo expansivo que brota de
dentro e nos impulsiona em direção ao outro, sem buscar recompensa.
Não se pode impor o amor por decreto. Todos os esforços que
façamos por cumprir um “mandamento” de amor, está fadado ao fracasso. A busca
deve estar encaminhada a descobrir o Deus que é amor, dentro de nós. No fundo,
o evangelho deste domingo(6º Dom Páscoa) está nos dizendo que, para o(a)
seguidor(a) de Jesus, a primazia é a experiência de Deus. Só depois de um
conhecimento intuitivo do que Deus é em nós, poderemos descobrir os motivos do
verdadeiro amor.
Nosso amor será “um amor que responde ao amor de Deus”; e
Jesus deixou transparecer esse amor de Deus até o extremo da doação de si.
Portanto, amor de Deus é a realidade primeira e fundante: descobri-la e
vivê-la, é a verdadeira identidade daquele(a) que segue Jesus. Qualquer relação
com Deus sem um amor manifestado em obras, será pura idolatria. A nova
comunidade não se caracterizará por doutrinas, nem ritos, nem normas morais. O
único distintivo deve ser o amor manifestado. Jesus não funda um clube cujos
membros devem ajustar-se a uns estatutos, mas uma comunidade que experimenta
Deus como amor e cada membro n’Ele se inspira, amando como Ele.
Nenhuma outra realidade pode substituir o essencial. Se isto
falta, não pode haver comunidade cristã.
Jesus não apresenta este mandato do amor como uma lei que
deve reger nossa vida, fazendo-a mais dura e pesada, mas como uma fonte de
alegria. Quando entre nós falta o verdadeiro amor, cria-se um vazio que nada
nem ninguém pode preencher de alegria. A alegria é o sentimento central na
experiência cristã da Páscoa. Nossa alegria é Cristo ressuscitado. Ele é a
causa de nossa alegria.
A alegria na vida cristã aninha-se e cresce na vivência do
mistério pascal. A ressurreição de Jesus causou uma imensa alegria na
comunidade dos(as) discípulos(as). A alegria é contagiosa. Tem uma dimensão
social e comunitária. Nós não estamos alegres só porque Jesus está vivo, mas
porque nos fez partícipes de sua ressurreição, de sua nova vida. Assim nossa
alegria é a alegria de Jesus.
A vida cristã, por vocação e missão, deve ser alegre. Toda
ela é profecia de alegria e esperança. A participação afetiva na alegria de
Cristo é a forma de expressar o desejo da íntima comunhão no amor que reforça o
seguimento. “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles
que se encontram com Jesus. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria”
(Papa Francisco).
Essa alegria, da qual nos fala Jesus, não é um simples
sentimento passageiro; trata-se de um estado permanente de plenitude e
bem-estar por ter encontrado nosso verdadeiro ser, luminoso e indestrutível. No
encontro com o Ressuscitado surgirá espontaneamente a alegria, que é nosso
estado natural.
A alegria, portanto, não é um estado de ânimo, mas um estado
da pessoa. Por isso, a alegria não é algo que acontece na pessoa: é a pessoa
mesma acontecendo. A alegria é “gerúndia”: é a pessoa alegrando-se. Só quando
descobrimos quem realmente somos, estamos, então, em condições de viver para os
demais sem limites. O verdadeiro amor é expansivo, é dom total; e a prova de
fogo do amor é o amor ao inimigo. Se há um limite em nossa entrega, ainda não
alcançamos o amor evangélico.
Os santos e santas, por viverem profundamente fundamentados
no amor de Deus, foram testemunhas da alegria. Eles(elas) deixaram transparecer
que o amor que Deus nos tem suscita a alegria e esta motiva, dá energia, gera
confiança. Este amor é o que nos faz sair de nós mesmos, reencontrar-nos e
entregar-nos aos demais. E aqui está o “peso” do amor, o vigor da alegria.
O amor é o princípio que ordena a vida e a alegria irradia
harmonia e bem-estar àqueles que nos rodeiam. Existe, portanto, uma relação de
reciprocidade entre a alegria e o amor. São como vasos comunicantes: a alegria
brota do amor, o amor se expressa na alegria. É na atmosfera da alegria que o
mandamento do amor revela seu pleno sentido.
Nisto consiste a verdadeira alegria: sentir que um grande
mistério, o mistério do amor de Deus, nos visita e plenifica nossa existência
pessoal e comunitária.
A alegria que brota do amor é a experiência da vida já
ressuscitada; e este amor oblativo já não busca seu próprio interesse, mas
somente o serviço e a glória do Ressuscitado. O Pai, em seu amor, pronunciou a
palavra definitiva de fidelidade que consola e enche de esperança. Seu amor nos
inunda e ativa a alegria pascal: é preciso devolvê-lo em gratidão e em
generosidade para com o próximo.
A alegria sempre indica que a vida está se expandindo, que
ganhou terreno, que conseguiu ir além de si mesma. Um sinal de identidade da
alegria é o olhar profundo, amplo e expansivo da vida. Mesmo em meio à dor e ao
sofrimento, não faltam o bom humor e a ternura. Quem é cristãmente alegre se
desgasta menos, integra melhor os acontecimentos, é feliz e faz felizes os
outros.
Quem vive na alegria se sente sereno, livre, pensa
positivamente, está próximo dos pobres, acolhe as adversidades, integra suas
contradições, ama sem pôr condições, louva, canta e bendiz sem cessar.
De fato, a alegria experimentada não nos põe na retaguarda
nem nos acomoda; pelo contrário, nos pede que sejamos mais radicais nos
questionamentos e nos compromissos. Está em jogo a glória de Deus e a dignidade
de seus filhos e filhas.
Texto bíblico: Jo 15,9-17
Petição: Sentir em si mesmo a alegria de Cristo;
alegria que é dom do Espírito do Ressuscitado. Em Cristo, as alegrias humanas
são divinizadas. Considerar na oração os diversos motivos que lhe enchem de
alegria.
“A maior prova da existência de Deus é a alegria dos pobres.
Eles não tem outro motivo para se alegrar a não ser em Deus”. (D.
Luciano Mendes de Almeida).