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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A MODERNIDADE REVERENCIANDO A IDADE MÉDIA - Paulo Henrique Américo de Araújo


26 de setembro de 2019
Evangelho da corte de Carlos Magno

Paulo Henrique Américo de Araújo

A Idade Média exerce uma atração inegável sobre a mentalidade moderna, por mais que isso pareça estranho… aos modernistas. A todo momento, livros, filmes, seriados, novelas, desenhos animados, histórias em quadrinhos se voltam para aqueles tempos, aludindo a um mundo que já não existe, um ideal ou sonho fascinante.

Uma ressalva necessária é que a indústria do entretenimento apresenta castelos, reis, príncipes, princesas e cavaleiros medievais sempre carregados de deturpações, como bruxaria, esoterismo, degradações morais, exagerado romantismo e incontáveis outros desvios, muito distantes da Idade Média real; mas relegam a um seletivo esquecimento os aspectos reais mais atraentes, sobretudo o fato de que a civilização medieval nasceu do Sangue precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo derramado na Cruz e da ação benemérita da Santa Igreja Católica. Não obstante, é forçoso constatar que vez por outra o mundo contemporâneo se inclina diante dos verdadeiros legados medievais, e em certas ocasiões o faz sem perceber.

São Alcuíno de Iorque apresenta um manuscrito a Carlos Magno (afresco) – Victor Schnetz, séc. XIX. Museu do Louvre, Paris.

Para demonstrar esta afirmação, recorro a um artigo de Antônio Prata na “Folha de S. Paulo”, em 21-4-19.1 O autor relata como desde jovem havia se acostumado a escrever seus trabalhos usando no computador a fonte Arial, mas em certa ocasião um problema técnico o obrigou a usar a fonte Times New Roman. Após o desagrado inicial com esses caracteres que lhe pareciam antiquados, confessa que passou a simpatizar com as serifas (pequenos traços e prolongamentos ornamentais acrescentados nas extremidades das letras), pois constatou a firmeza e solidez que o estilo Times transmitia. Consequentemente, a fonte Arial começou a lhe parecer um amontoado de “palitos de fósforo”, e reconheceu que suas crônicas, escritas ao longo de muitos anos, teriam ganhado em qualidade e beleza utilizando o Times New Roman.

Remontando aos tempos de Carlos Magno

Os milagres de Notre-Dame – Jean Miélot, séc. XV. Coleção Philippe “le Bon”, Biblioteca Nacional da França, Paris.

Qual a origem desse estilo de escrita? A resposta envolve uma curiosa descoberta e uma reverência que a modernidade presta à Idade Média, sem o perceber. Não se engane o leitor, a denominação Times New Roman não quer dizer “novos tempos romanos” ou “tempos do novo romano”. Nada mais equivocado. Primeiramente, o termo “Times” se refere ao jornal “Times” de Londres, que na década de 1930 estabeleceu como padrão de impressão a tão conhecida fonte.

Até aqui, portanto, nada parece haver de medieval. Mas de onde vem o termo New Roman? Na realidade, o padrão adotado pelo jornal “Times” fizera pequenas alterações em um padrão tipográfico existente há mais de 500 anos; o qual, por sua vez, remonta a uma época ainda mais distante, levando-nos aos tempos de Carlos Magno. Quem nos relata as origens da tipologia New Roman (“novo romano”) é o Prof. Thomas F. Madden,2 da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos.

Em fins do século VIII, Carlos Magno chamou a si a restauração do antigo Império Romano, e o projeto se consolidou no ano 800, quando de sua coroação como Imperador pelo Papa São Leão III, em Roma. Carlos Magno estabeleceu sua capital em Aix-la-Chapelle, também chamada “New Rome”, ou seja, “Nova Roma”.

Tornava-se necessário preservar a cultura romana, que ia definhando após tantos anos de decadência. O Renascimento Carolíngio foi propulsionado por um grupo de intelectuais, tendo como líder o famoso monge Alcuíno de Iorque. Além de muitos outros legados, ele nos deixou a escrita dita “romana”. Vem dessa época também a “minúscula carolíngia”, isto é, a diferenciação que nos parece hoje tão banal entre as letras maiúsculas e minúsculas, até então desconhecida.

Representação de Gutenberg revisando as primeiras provas da impressão da Bíblia

Com Alcuíno à frente, iniciou-se um árduo trabalho de pesquisa e cópia dos antigos escritos e documentos romanos. Nessa época já se conhecia na Cristandade a importância dos monges copistas na reprodução e conservação de escritos religiosos e litúrgicos dos séculos passados. Mas esse trabalho não abrangia os manuscritos sobre assuntos temporais, que eram simplesmente ignorados pelos copistas em geral. Carlos Magno e Alcuíno notaram essa lacuna, e contrataram copistas para esses importantes documentos, pagando-os com rendas do próprio Reino.

A empreitada não era simples. O Imperador e Alcuíno exigiram que as cópias fossem feitas usando um tipo de letra de fácil leitura, para favorecer estudos das gerações futuras; e os espaços entre as letras, principalmente entre as palavras, deveriam ser bem definidos, para melhor legibilidade; tudo isso sem esquecer o ornato — as serifas, mencionadas acima.

Geralmente se usava para documentos escritos, naquela época, o pergaminho (pele de animais), material caro e de confecção difícil. Mas as novas exigências traziam como consequência o pouco aproveitamento dos espaços nos pergaminhos. E também contrariavam a tendência da época, que por motivo de economia e melhor utilização dos pergaminhos forçava os copistas a escrever letras muito próximas umas das outras e com estilo verticalizado, dificultando em boa medida a leitura e o entendimento.3

Carlos Magno proporcionou a verba para que todos esses obstáculos fossem superados. O projeto rendeu frutos incontestáveis, pois mais de cem mil documentos não religiosos da Antiguidade foram copiados, dos quais sete mil chegaram até os nossos dias.4

A tipologia “clássica” passou a dominar

Infelizmente, com a morte do grande Carlos e o período caótico que se seguiu, o método de cópia criado por Alcuíno foi deixado de lado; e as letras nítidas embelezadas com serifas, da época carolíngia, ficaram esquecidas por 600 anos. Então algo surpreendente aconteceu, fazendo-as voltar à luz. Que surpresa foi essa?

Em 1450, Gutenberg apresentou ao mundo uma das mais importantes invenções da História: a imprensa de tipos móveis, uma máquina para reprodução de documentos escritos. O difícil trabalho dos copistas tornou-se assim desnecessário, mas os homens envolvidos na utilização do invento se depararam com um problema: encontrar um padrão tipográfico ideal para a máquina de imprensa.5

Não nos esqueçamos de que esses eram homens da Renascença, por isso rejeitavam tudo o que dizia respeito àquela “época de trevas” medieval. Queriam desencravar um tipo de letra proveniente da Antiguidade clássica, romana, pois aí estava a “verdadeira civilização”, segundo eles.

Iniciaram-se as pesquisas. Foram evitados solertemente documentos sobre temas religiosos ou litúrgicos dos monges copistas, facilmente reconhecíveis, pois eram registrados com caracteres comprimidos, apertados, “grotescos” até.

Mais pesquisas, e finalmente encontraram manuscritos com grafia diferenciada, não relacionados com o cristianismo ou a Igreja Católica. Eram mais recentes, inspirados em antigos escritos clássicos “profanos”. Além disso traziam letras espaçadas, bem legíveis – uma padronização distante daquela “época de trevas” e perfeitamente adequada ao desejo dos pesquisadores.

Satisfeitos, aqueles renascentistas implementaram na máquina de imprensa a tal tipologia “romana clássica”. Não suspeitavam que fosse justamente o estilo de letras desenvolvido por Alcuíno e promovido por Carlos Magno, dois homens símbolos da mesma Idade Média que tais renascentistas tanto menosprezavam.

A partir das rudimentares máquinas do século XV, a tipologia “clássica” passou a dominar todas as formas de imprensa e publicações escritas. Mais recentemente foi incorporada aos sistemas de informática, e até nos métodos chamados virtuais os caracteres medievais reinam incontestes.

Os mesmos homens que desprezaram ou desprezam a herança medieval acabaram agindo, sem o saberem, no sentido contrário aos seus próprios preconceitos, uma espécie de revide histórico às avessas!

 “E Deus zombará de seus inimigos”, diz a Escritura (Salmos 2-4). Também assim a Idade Média se vingou de seus críticos.

*   *   *
Como vimos no início, o cronista Antônio Prata, ao destacar a solidez e beleza da fonte Times New Roman, na realidade se curvou ante o gênio medieval. O mundo moderno faz o mesmo a todo momento, sem o saber. Apesar de representarem uma rejeição aos ornatos medievais, mesmo as fontes sem serifas, como a Arial, têm sua origem no estilo dos tempos de Carlos Magno. O leitor que tem diante dos olhos este texto, seja na versão impressa ou eletrônica, o lê no mesmo padrão proveniente da Idade Média. Não há, portanto, como fugir da reverência a essa época histórica. Todos lhe prestam homenagem, mesmo os seus adversários.
____________________
Notas
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 824, Agosto/2019.


2. The Modern Scholar: The Medieval World, Part II: Society, Economy, and Culture (The Modern Scholar) Audio CD – 2009, Thomas F. Madden, Universidade de Saint Louis.

3. Geralmente designa-se como gótico esse estilo de escrita.

4. Nesse conjunto encontram-se obras de Cícero, Marcial, Estácio, Lucrécio, Terêncio, Júlio César, Boécio, dentre outros.

5. Na Alemanha, as primeiras impressões utilizaram tipos góticos, como a famosa Bíblia de Gutenberg. Na Itália, o mesmo não ocorreu, como se vê mais adiante no mesmo artigo.



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A HISTÓRIA DO DEPUTADO QUE FALAVA SOZINHO ENQUANTO TODOS OS OUTROS SAQUEAVAM A NAÇÃO


30/09/2019


2002: PT eleito. 2006: PT eleito. 2010: PT eleito. 2014: PT eleito. O Congresso Nacional todo comprado, servindo apenas de um mero carimbador para os projetos de lei que vinham do Executivo e como “sócio” do Governo em maracutaias.

Nesse cenário, um Deputado Federal destacava-se (negativamente), falando sozinho no Plenário, em discursos de forte oposição à política da época, nadando contra a maré de roubalheira desenfreada e de fisiologismo.

Ninguém o levava a sério, e até mesmo o ridicularizavam, já que ele era motivo de chacota.
Agora, que ele é Presidente da República, e continua se mantendo firme e fiel aos mesmos princípios que sempre teve, ao primeiro sinal de que seu governo será mais difícil do que alguns pensavam, já vejo gente desanimada, e disseminando histerismo nas redes sociais e na internet.

Você, que não aguenta 9 meses de um governo que, antes mesmo de tomar posse, já sabia que receberia forte oposição e sabotagem de todo o sistema (incluindo-se aí os outros 2 Poderes e o próprio Executivo, com setores da administração pública indireta, como universidades, além da totalidade da mídia do país), sem dar chilique e ficar nervoso, com crises de ansiedade e pânico: quer um conselho?

O mundo não tem lugar pra gente fraca. Se for o seu caso, que já desistiu do Presidente que ajudou a eleger (obviamente, estou escrevendo para quem votou em Bolsonaro, ainda que no 2º turno por “falta de opção”, como gostam de falar) e do Brasil, saia das redes sociais e da internet, e vá viver a sua vida tranquilamente, tentando ter paz de espírito.

Não fique contaminando pessoas que têm fé e esperança, e que acham que o que fazem juntas, conscientizando todos sobre a necessidade de se empenharem para o Governo dar certo, é importante para o Brasil.

Saiba você que, no fundo, Jair Bolsonaro continua lutando sozinho contra essa corrupção que se espalhou e se instalou em nosso país. Queremos apenas ajudá-lo, para tornar a sua missão um pouco menos dolorosa e seu fardo um pouco menos pesado.

É que nós não vamos simplesmente cruzar os braços, ver o barco afundar e não fazer nada. Não e não. Ficaremos até o final. Até o último homem. Até o último suspiro. Porque sabemos que o que fizemos na urna, no ano passado, não acabou, e nosso pensamento é de longo prazo; a mudança que implementamos em nosso país, quanto à forma de se fazer política, é irreversível.

Mas se isso tudo é demais para você, mais uma vez eu sugiro que saia da internet, para se preservar do sofrimento com as crises de ansiedade e histerismo. Volte em 2022, para ajudar a reeleger Bolsonaro, para continuarmos o trabalho que iniciamos em 2018 (e do qual você participou). Será muito bem recebido, como sempre. Sabemos que no fundo você quer o mesmo que nós, só que não aguenta a luta, as consequências da batalha, e entendemos isso.

Mas, por outro lado, se você está é decepcionado e desanimado com o Governo de Jair Bolsonaro, e já se pondo em dúvida se está arrependido com o seu voto, fique tranquilo que em 2022 você poderá votar em João Dória, Luciano Huck, João Amoedo, ou ainda em Ciro Gomes. Eles certamente não farão você se arrepender do seu voto.

Já nós todos aqui, repito, ficaremos até o final, junto com aquele deputado que falava sozinho diante de um plenário vazio, na época em que nenhum outro parlamentar o ouvia, porque estavam todos ocupados saqueando a Nação.



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domingo, 29 de setembro de 2019

TRANSFORME-SE EM UM JARRO! - Antonio Nunes de Souza


Nosso poder de concentração mental tem, seguramente, a capacidade de transformar nossos pensamentos, cérebros e corações, dirigindo-nos para os lados e caminhos que mais nos aprazem, enfeitando melhor nossas vidas, ajudando a termos coragem, perseverança, fé e confiança que dias melhores virão!

Parece em princípio, mais uma das normais ladainhas que ouvimos, lemos e vemos espalhadas pelas esquinas, mas, nesse nosso caso, estou atendo-me a chegada da nossa querida “Primavera”, estação das mais belas que, carinhosamente, nos rodeia de lindas flores, embelezando os jardins, ornamentando nossas paisagens e, consequentemente, nos revitalizando para enfrentarmos a convivência brutal dessa vida louca que vivemos, onde, pelas podres atitudes animalescas, cotidianamente, somos transformados em grandes latas de lixo, para, obrigatoriamente, recebermos tristemente os atos e fatos dos mais absurdos possíveis!

Chegamos ao ponto mais crítico de termos que, obrigatoriamente, em nossas salas estarmos assistindo atentados, guerras, decapitações, crimes e roubas, como se essas barbaridades fossem naturais e banais entre os seres humanos. Se, com esforços e tristezas, conseguimos nos capacitar a tolerar por falta de opções tais assuntos, nos fazendo de lixões, por que não, com a chegada da “Primavera”, não nos transformamos em lindos jarros para acolher a grande diversidade de cores das suas belíssimas flores?

Tenhamos todos a consciência e paixão efetiva e afetiva, mostrando ao mundo, ou, mesmo que seja apenas em nossa volta, que podemos, queremos e desejamos um mundo bem melhor, onde exista não só o respeito humano, como também a valorização da natureza!

Transforme-se em um jarro, ou no mínimo uma tulipa, mas, não deixe de acolher as flores que perfumam e enfeitam esse mundo que Deus criou e nos entregou com muito carinho e amor!

Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL


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PALAVRA DA SALVAÇÃO (150)


26º Domingo do Tempo Comum – 29/09/2019

Anúncio do Evangelho (Lc 16,19-31)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: “Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado.
Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.
Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.
Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo entre nós; por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.
O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’.
Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’
O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’.
Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos’”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Prof. Felipe Aquino:

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A indiferença cria abismos

“E, além disso, há um grande abismo entre nós”. (Lc 16,26)

O Evangelho deste domingo volta a tratar do tema das riquezas com a parábola do rico Epulón e o pobre Lázaro. Uma parábola desconcertante e inquietante porque nos situa frente a uma cena que sacode o coração, pois concentra, em uma só imagem, a realidade presente em nosso mundo: o abismo entre ricos e pobres. Existe a injustiça, existe a humilhação e a indiferença para com os menos favorecidos; existe o esbanjamento de uns frente à miséria de outros. E isto acontece também entre nós, comunidades e famílias cristãs. 

Há muitos aspectos da riqueza que podem ser injustos e nocivos; mas nesta parábola Jesus critica a indiferença do rico diante do sofrimento do pobre que está próximo, à porta. Jesus nos previne contra essa tendência a evitar que os problemas alheios perturbem nossa “zona de conforto”.

O pobre necessitado não é alguém que possamos escolher; ele aparece junto à porta de nossas vidas...

Assim, pois, estamos diante de um texto duplamente perturbador: ele nos deixa inquietos ante a humilhante situação inicial do pobre, coberto de chagas e com vontade de saciar-se das migalhas que caiam da mesa do rico; e diante do destino último do rico, que gritava para que Lázaro lhe refrescasse a língua porque as chamas o torturavam.

Se tivéssemos que escolher uma palavra que fosse a chave de leitura da parábola deste domingo, essa palavra seria “abismo”. E se pudéssemos nomear a atitude denunciada na mesma parábola, essa seria “indiferença”.

Experimentamos um grande pecado de raiz, que a todos nos envenena: a cultura da indiferença. Questões gerais, comuns a grande número de pessoas, não nos provocam e nem nos movem para além de nossos umbigos. Também os problemas dos outros não nos dizem respeito. E se há fome e sofrimento ao nosso redor, isso não nos inquieta. A maldade, a violência, as mortes, as perseguições e escravidões não nos afetam mais. E vivemos como se nada disso tivesse relação conosco. Não choramos mais as dores do mundo que construímos e ao qual pertencemos. E o caos que enfrentamos em nossa sociedade nos deixa sem horizontes e perspectivas de futuro. Sentindo que tudo vai muito mal, anestesiamos nossa sensibilidade e entramos num estado de apatia e indiferença para com o mundo, as coisas e as pessoas.

A indiferença é cruel. Ela edifica uma barreira instransponível entre grupos, classes sociais, ideologias, religiões... Tornamo-nos uma ilha sem vida e triste, negamos a condição criatural de vivermos ao lado dos diferentes, nossos semelhantes. Em nós, a indiferença é sintoma de desumanização. E essa desumanização é tanto prejudicial a nós quanto às outras pessoas. Todo mundo perde. Aos poucos, nos recolhemos em nossos medos, em nossas inseguranças e começamos a acreditar que os diferentes são nossos inimigos. Da indiferença passamos aos discursos fascistas, às práticas fundamentalistas, à segregação... 

“Os cristãos devem ser ilhas de compaixão num mar de indiferença”.

O grau de humanidade (ou de indiferença) de nosso mundo se mede pelo grau de sensibilidade diante da dor humana. E é a compaixão a melhor expressão dessa sensibilidade e humanidade: deixar-nos afetar pelo que acontece – ou seja, ter uma sensibilidade limpa, desbloqueada e vibrante.

Definitivamente, a compaixão é central para sermos humanos. O sofrimento das vítimas nos “descentra” e nos faz “descer com paixão” aos seus pés e nos situar ao lado (a favor) delas. Sempre podemos fazer a “travessia para o outro lado”. Ali é onde se abrem espaços à compaixão.

Esta compaixão não é meramente um sentimento privativo, mas reação “apaixonada” diante das injustiças sangrentas de nosso mundo. Nos sofredores há algo que atrai e convoca, que nos faz sair de dentro de nós mesmos e nos tornar próximos deles; aí reside a origem da solidariedade que suscita uma ação eficaz e um compromisso de vida a favor de quem é vítima de situações injustas.

Não resta dúvida que o sentimento nuclear do evangelho, o eixo ao redor do qual tudo gira, é a compaixão. Na sua missão, Jesus sempre se mostrou um homem compassivo, que revelou um Deus Compaixão e que, como consequência, nos convida a viver essa mesma atitude: “Sede compassivos como vosso Pai é compassivo” (Lc 6,36).

Expressão de fraternidade e vivida como serviço, a compaixão é a capacidade de situar-se no lugar do outro, sentir e sofrer com ele. É provavelmente o máximo sinal de maturidade humana e todas as tradições espirituais reconhecem isso. No budismo, especialmente, se afirma que, enquanto alguém não for capaz de colocar-se no lugar do outro, não poderá alcançar a iluminação.

Se a compaixão constitui a coluna central do evangelho, não causa estranheza que as denúncias mais fortes de Jesus são dirigidas contra a atitude de indiferença. É o que Ele revela na parábola deste domingo, onde a indiferença é retratada na atitude do rico epulón, que não causa dano ao pobre Lázaro, mas é incapaz de abrir a porta de sua casa e deixar-se afetar pela situação miserável dele.

Aqui, a chave de compreensão da parábola é encontrada na expressão “um grande abismo”. Um abismo que, não só se faz intransponível depois da morte, mas que foi alimentado exclusivamente pela indiferença do rico. Não tinha feito mal ao pobre; simplesmente, não tinha visto aquela pessoa necessitada de suas migalhas para saciar sua fome. É esse “não ver” que cria um abismo profundo em nossas relações pessoais, em nossos países e em nosso mundo.

Há uma “massa sobrante” que se torna “invisível” porque nossa sensibilidade está bloqueada ou petrificada, fechando-nos em um caracol egocêntrico e instalando-nos na indiferença, que está na origem das injustiças e violências que diariamente ferem o nosso mundo.

Vivemos tempos de “globalização da indiferença”, ou seja, a indiferença está se convertendo em um fenômeno mundial. É uma mancha de óleo que invadiu todos os ambientes, é um som desagradável que molesta todos os ouvidos, é um comportamento nefasto que se espalhou como pólvora, é um péssimo modo de proceder que se converteu em denominador comum de toda a humanidade.

Nós, seguidores(as) de Jesus, precisamos vigiar se não quisermos cair na tentação da indiferença. Costumeiramente, tendemos ao conformismo. A cultura da indiferença é fortalecida toda vez que deixamos de acreditar que a realidade pode e deve ser diferente. Não podemos nos dar por vencidos acreditando que estamos no fim, que nossas forças já se esgotaram, que não há mais sentido para lutar.

O primeiro convite que nos faz a parábola deste domingo é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. Sempre é tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós o encontra no próprio caminho. Cada vida que se cruza conosco é um dom e merece aceitação, cuidado, amor.

Nesse sentido, “amar é abrir a porta”. 

Texto bíblico:  Lc 16,19-31

Na oração: É possível superar os tempos sombrios que estamos vivendo, não nos deixando dominar pela indiferença, alimentando a capacidade de nos indignar, compadecer e afetar pela situação do outro. Que a dor, a injustiça, a morte, a fome, a mentira, o futuro não nos seja indiferente.
- Quê lugar ocupa a “compaixão” em sua vida interior, em seu compromisso diário, no horizonte de sua vida, nos encontros cotidianos? 

Pe. Adroaldo Palaoro sj



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sábado, 28 de setembro de 2019

GRANDES MILAGRES OPERADOS PELO PADRE PIO - Plinio Maria Solimeo


27 de setembro de 2019 
O santo chegou a deter o percurso de aviões durante a II Guerra Mundial, que bombardeariam sua cidade
Plinio Maria Solimeo
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O Padre Pio de Pietrelcina já era mundialmente famoso antes mesmo de sua morte, ocorrida em 23 de setembro de 1978, e de sua canonização por João Paulo II no dia 16 de junho de 2002. Com efeito, muita gente já o considerava santo em vida por causa de seus muitos carismas e dons espirituais, entre os quais o da bilocação, levitação, de operar curas milagrosas e, sobretudo, por ter recebido de Nosso Senhor Cristo Jesus os estigmas da Paixão.

Por isso multidões acorriam a San Giovanni Rotondo (pequena cidade italiana da região da Puglia – Foto abaixo), onde ele vivia, para vê-lo, assistir sua Missa e, se possível, ser atendido por ele em confissão.
Impede aviões de bombardearem sua cidade

Vista da cidade

Hoje apresentamos quatro extraordinários milagres ocorridos com ele, entre os quais o de parar aviões na II Guerra Mundial, impedindo-os de bombardear sua cidade.
Esse fato insofismável é relatado pelo Pe. Damaso di Sant’Elia, superior do convento de Pianisi (Itália), na Positio — isto é, no documento oficial utilizado no processo de um Servo de Deus no caminho de beatificação e canonização – ecitado pelo site católico Aletéia, em português[i]. Portanto, provém de fonte segura.

Eis o que o Pe. Damaso narrou na Positio“Vários pilotos, da aviação britânica e norte-americana, e de várias nacionalidades e religiões diversas que, durante a II Guerra Mundial, depois de 8 de setembro de 1943, estavam na área de Bari para cumprir missões em território italiano, foram testemunhas de um fato fora do normal. No cumprimento de suas obrigações, alguns aviadores passaram pela região de Gargano, perto de San Giovanni Rotondo, e viram um ‘monge’ no céu que lhes proibia lançar bombas no local.”
 Casa natal do Padre Pio
Ora, isso circulou muito nos meios militares, o que fez com que “o general da Força Aérea Italiana, Bernardo Rossini, que na época fazia parte do Comando de Unidade Aérea junto com as forças aliadas, quis certificar-se por si mesmo do alegado fato. O general Rossini me referiu que, entre os militares, falava-se de um ‘monge’ que aparecia no céu e fazia os aviões se retirarem. Muitos riam incrédulos diante dessas histórias mas, devido à ocorrência repetida dos episódios, e sempre com diferentes pilotos, o general decidiu intervir pessoalmente: assumiu o comando de uma esquadrilha de bombardeiros para destruir um depósito alemão de munições que ficava justamente em San Giovanni Rotondo. […] Quando a esquadrilha retornou, fomos de imediato encontrar o general que, atônito, contou que, logo ao chegar ao local, tanto ele quanto seus pilotos, viram no céu a figura do ‘monge’ com as mãos elevadas; as bombas se desprendiam sozinhas, e caíam num bosque; e os aviões deram a volta sem qualquer intervenção dos pilotos. Todos se perguntavam quem era aquele ‘fantasma’ a quem os aviões obedeciam.
“o general da Força Aérea Italiana, Bernardo Rossini, que na época fazia parte do Comando de Unidade Aérea junto com as forças aliadas, quis certificar-se por si mesmo do alegado fato. O general Rossini me referiu que, entre os militares, falava-se de um ‘monge’ que aparecia no céu e fazia os aviões se retirarem. Muitos riam incrédulos diante dessas histórias mas, devido à ocorrência repetida dos episódios, e sempre com diferentes pilotos, o general decidiu intervir pessoalmente: assumiu o comando de uma esquadrilha de bombardeiros para destruir um depósito alemão de munições que ficava justamente em San Giovanni Rotondo. […] Quando a esquadrilha retornou, fomos de imediato encontrar o general que, atônito, contou que, logo ao chegar ao local, tanto ele quanto seus pilotos, viram no céu a figura do ‘monge’ com as mãos elevadas; as bombas se desprendiam sozinhas, e caíam num bosque; e os aviões deram a volta sem qualquer intervenção dos pilotos. Todos se perguntavam quem era aquele ‘fantasma’ a quem os aviões obedeciam.
“Ao ouvir dizer que em San Giovanni Rotondo havia um frade com estigmas, considerado santo pela comunidade, o general pensou que talvez fosse ele o ‘monge’ visto no céu e resolveu comprovar pessoalmente assim que fosse possível. Quando a guerra acabou, foi esta a primeira coisa que fez. Acompanhado de alguns pilotos, foi até o convento dos capuchinhos e, ao cruzar o limiar da sacristia, viu-se diante de vários frades, entre os quais reconheceu imediatamente aquele que tinha parado os seus aviões.
“O Padre Pio se aproximou e, colocando a mão sobre seu ombro, disse: ‘Então era o Sr. que queria matar a todos nós?’. O general se ajoelhou diante do Padre Pio que, como de costume, tinha lhe falado no dialeto de Benevento. O general, no entanto, tinha certeza de que o ‘monge’ lhe falara em inglês. Os dois se tornaram amigos e o general, que era protestante, se converteu ao catolicismo”.
Cura um câncer terminal e converte ortodoxos
Entre os incontáveis milagres atribuídos a São Padre Pio, está o da cura de um câncer terminal e a subsequente conversão à fé católica de toda uma paróquia de greco-cismáticos da Romênia.
O fato ocorreu em 2002. Lucrécia, mãe do sacerdote ortodoxo Victor Tudor, foi diagnosticada com um câncer no pulmão, já em metástase, pelo que lhe davam poucos meses de vida. Outro de seus filhos, Mariano, que era pintor especializado em iconografia, morava em Roma e quis que a mãe fosse atendida lá por um médico italiano.
Lucrécia viajou então para Roma. Entretanto, o médico que a examinou disse que no caso dela, pouca coisa podia fazer. Pediu, entretanto, mais alguns exames, mas alertou que só podia receitar alguns remédios para aliviar suas dores.
Em sua estadia em Roma junto ao filho, Lucrécia, para não ficar só, começou a acompanhá-lo a uma igreja católica, onde Mariano produzia um mosaico. Enquanto o filho trabalhava, ela ficava contemplando a igreja e as imagens.
Foi assim que descobriu, num canto do templo, uma imagem que chamou sua atenção. Era a do Padre Pio. Mariano lhe contou brevemente a história do santo de Pietrelcina e dos inúmeros milagres atribuídos a ele.
Ocorreu então que, nos dias seguintes, notou que a mãe passava boa parte do tempo sentada em frente à imagem do santo, “conversando” com ele, como se falasse com uma pessoa. Mais especificamente, pedia ao taumaturgo que a curasse de sua terrível enfermidade.
Qual não foi a surpresa de ambos quando, duas semanas depois, mãe e filho foram ao hospital para novo exame, e constataram que o câncer terminal tinha desaparecido completamente!
Mas o milagre não parou aí. A cura chamou a atenção do filho, Pe. Victor, que até então nada conhecia do Padre Pio. Começou então a admirá-lo imensamente e ler sobre ele.
Fez mais: contou o milagre aos seus paroquianos. “Todos conheciam minha mãe, sabiam que ela tinha ido à Itália para tentar uma operação, e que voltou para casa curada, sem que nenhum médico a tivesse operado”.
Isso levou toda a comunidade ortodoxa da paróquia a procurar conhecer e amar cada vez mais o Padre Pio. Líamos tudo o que encontrávamos sobre ele. A santidade dele nos conquistava”, diz o Pe. Victor.
O que levou outros enfermos da paróquia a recorreram ao Padre Pio, e a receberem também graças extraordinárias por sua intercessão. Desse modo, os quase 350 paroquianos, juntamente com seu pároco ortodoxo, decidiram se tornar católicos. Eles hoje pertencem ao rito greco-católico da Romênia e, embora suas vidas tenham sido transformadas, ainda precisam enfrentar grandes provas de fé.
Em entrevista à TV Padre Pio, o pároco relata que ele e sua paróquia passaram por “inúmeras dificuldades”, inclusive políticas e até policiais, quando resolveram se tornar católicos num país ortodoxo com passado comunista. Mas os novos católicos não só não desanimaram, como ainda começaram a construir uma igreja dedicada ao Padre Pio. Para isso enfrentaram novos desafios de todo tipo, financeiros a burocráticos, além de não terem durante a construção uma igreja onde celebrar os Santos Mistérios. Tiveram mesmo que celebrar a missa na rua, sob as gélidas temperaturas do inverno.
O Pe. Victor recorreu novamente a Roma para pedir ajuda, e relatou a um bispo as dificuldades que enfrentava, quando o prelado lhe perguntou: “Quem será o padroeiro da sua igreja?”. Ao ouvir que seria o Padre Pio, o bispo sorriu e o tranquilizou, dizendo: “O próprio Padre Pio vai fazer essa igreja”.
Em 1959, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a cidade de San Giovanni Rotondo. Nesta ocasião, o Padre Pio rezou diante da imagem e ofereceu-lhe um terço de ouro [na foto, Padre Pio colocando o terço nas mãos da imagem].
Curado por Nossa Senhora de Fátima
O outro fato ocorreu com o próprio Padre Pio. Ele era muito devoto de Nossa Senhora de Fátima, recorrendo a Ela com frequência. Ora, em abril de 1959, quando estava com 72 anos de idade, foi atacado por uma pleurisia tão grave, que teve de parar de ouvir confissões, de dar a bênção do Santíssimo Sacramento, e até de celebrar o Santo Sacrifício. A doença piorou muito em maio.
Foi então que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegou à Itália, começando a percorrer algumas localidades. O Padre Pio não estava em condições para acompanhar a peregrinação. Entretanto, ocorreu uma providencial mudança de planejamento, que fez com que a imagem fosse levada exatamente a San Giovanni Rotondo.
Desse modo, apesar de bastante debilitado, pôde o Padre Pio, no dia 6 de agosto desse ano de 1959, ir até a igreja para venerar Nossa Senhora de Fátima. Sentado diante dela, rezou um rosário, e osculou os pés da imagem.
             Sucedeu então outro fato inesperado: à tarde, quando o helicóptero que levava a imagem peregrina levantou voo para se dirigir a outra localidade, deu três voltas imprevistas sobre o convento do Padre Pio. O piloto afirmou depois que não sabe explicar por que fez isso.
            Alegre com o ocorrido, o santo de Pietrelcina rezou: Ó minha Mãe, quando vieste à Itália, me encontraste com esta doença. Vieste para me visitar aqui em San Giovanni, e me encontraste ainda sofrendo com ela. Agora estás de partida, e eu não fiquei livre da minha doença!” Nesse instante, subitamente sentiu um arrepio seguido da sensação de calor e bem-estar, e exclamou: “Estou curado! Nossa Senhora me curou!”.
Quis assim a Santíssima Virgem premiar seu filho dileto cuja devoção a Ela era sem limites. Ele rezava os 15 mistérios do rosário até 35 vezes por dia, e um de seus conselhos aos peregrinos era:
“Amar Nossa Senhora e rezar o rosário, porque o rosário é a arma contra os males do mundo. O Santo Rosário é a arma daqueles que querem vencer todas as batalhas. Invoquemos sempre o auxílio de Nossa Senhora!”
Cura do câncer um menino brasileiro
O outro fato miraculoso obtido por intercessão do Santo Padre Pio ocorreu com um menino brasileiro em Corbélia, no Paraná.
A Sra. Greicy Schmitt, mãe do menino miraculado, narra que seu filho Lázaro [Na foto ao lado, em trajes de coroinha na paróquia], em maio de 2017, foi diagnosticado com um câncer maligno (retinoblastoma, ou câncer nos olhos). Um amigo sugeriu a ela que recorresse ao Padre Pio. Ela não o conhecia, mas a família começou a rezar a ele suplicando a cura do menino.
O tratamento durou nove meses, durante o qual o pequeno Lázaro teve que fazer a enucleação do olho esquerdo, e passar por várias sessões de quimioterapia. Quando chegou na última, a Sra. Schmitt fez uma promessa ao Padre Pio pedindo sua proteção, comprometendo-se a dar uma imagem dele ao noviciado de uma irmandade católica, O Caminho.
O Padre Pio não se fez esperar, e o menino foi curado de seu câncer. A mãe comunicou então o milagre no Instagram@opadrepio por Grecy Schmitt, mãe do menino, que hoje vive com a família em Corbélia.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2019/09/23/ha-51-anos-o-padre-pio-partia-desta-vida-relembre-4-dos-seus-incriveis-prodigios.


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RAONI: UMA fábula


"Uma fabula chamada Raoni...

Anita Roddick é o nome de uma dona de casa inglesa que começou a fabricar cosméticos e perfumaria com ingredientes naturais e se transformou em um gigante da indústria de cosméticos com mais de 5 400 lojas em todo mundo THE BODY SHOP

Essa mulher notável e muito adiante do seu tempo como defensora do meio ambiente teve uma desoladora experiência (como ela mesmo descreve em seu livro) no Brasil.

Eram os anos 80 e seu amigo o cantor Sting a convenceu a visitar o Brasil e a Amazônia de onde saía boa parte da matéria prima utilizada nos produtos da Body Shop.

Ao conhecer a Amazônia e as comunidades indígenas ela também foi apresentada pelo Sting ao Cacique Raoni da tribo yannomani de quem o cantor havia recebido uma Cobra Sucuri de presente e que usava pendurada no pescoço em seus shows.

Encantada com toda aquela natureza e após tomar banho pelada no rio Negro em companhia das índias (imagina isso na cabeça de uma inglesa) ela determinou que a sua empresa realizasse doações de 10 milhões de dólares através da ONG Cobra Coral para comprar remédios e instalar ambulatórios e escolas nas comunidades indígenas.

Isso feito após passados alguns meses ela recebeu a solicitação da compra de um segundo avião ambulância no valor de seis milhões de dólares.

Achou o pedido estranho e pediu para sua auditoria verificar a necessidade da aquisição.

Que SURPRESA!

A tal da Fundação Cobra Coral do cacique larápio descobriu que não existia mais um centavo das doações e que o primeiro avião comprado estava apreendido por contrabando e que os índios pilantras estavam todos andando de F1000 e compraram máquinas para garimpo e extração de madeira ilegal das suas reservas chefiados pelo Cacique Bandido Raoni.

Para encurtar a história

Essa mulher que faleceu em 2017 determinou que a Body Shop jamais abrisse uma loja no Brasil por conta da maior decepção da sua vida (O nome é Raoni).

Após o seu falecimento o The Body Shop foi vendido para Natura que então abriu a primeira loja da marca no Brasil.

Se duvidarem é só ler o livro da Anita Roddick.

Está tudo lá!

Uma Vergonha!".


(Recebi via WhatsApp)

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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

ITABUNA CENTENÁRIA PELA SUA SAÚDE: Medicina preventiva antienvelhecimento



Após uma conferência sobre prevenção do câncer, alguns pontos interessantes surgiram: 


1-Não para óleo refinado.

2- Não a lixos de origem animal (por exemplo, leite ninho).

3- Não para cubos (knorr, maggi, sazon).

4- Não ao consumo dos sucos gaseificados e as diferentes cervejas...  (32 peças de açúcar por litro).

5. Não aos açúcares refinados.

6. Não ao micro-ondas.

7. Não à mamografia, prefira a eco mamária.

8. Não a seios muito apertados, não use sutiã depois de voltar do trabalho.

9. Não ao álcool.

10.Não para reaquecimento de refeições congeladas.

11. Não à conservação de água na geladeira em garrafas de plástico.

12. Todas as pílulas anticoncepcionais não são boas porque alteram o sistema homônimo da mulher e geram câncer.

13. Os desodorantes são perigosos, especialmente roll-on, secos e pós barbear.

14. As mulheres que amamentam são menos propensas a ter câncer de mama do que as que não amamentam.

15. Células cancerosas alimentam-se principalmente açúcar, e todo açúcar é sintético, mesmo marrom.

16. Um paciente com câncer que evita açúcar em sua dieta vê sua doença regredir e pode viver por muito tempo: açúcar = inimigo mortal.

17. Um copo de cerveja permanece 5 horas no corpo e, durante esse tempo, os órgãos do sistema estão funcionando preguiçosamente. 


Diga Sim a: 


1.Legumes

2. Mel em quantidades medidas no lugar do açúcar.

3. Proteínas vegetais, como grãos

4.  Dois copos de água com o estômago vazio antes de escovar os dentes, beba água em temperatura ambiente, evite água muito gelada.

5. Evite refeições reaquecidas.

6. Suco bons para prevenir o câncer: aloé vera (parte gelatinosa da babosa), gengibre, salsa, alho-poró, promalina (parte dura do abacaxi). Bata tudo no liquidificador, misture e beba com o estômago vazio.

7. Coma cenoura ou o suco de cenoura crua ou cozida todos os dias.

Apenas para reforçar esta informação, a Associação de Médicos Americanos deu respostas à causa do câncer:

1.Não beba chá quente em copos de plástico.

2. Não coma nada quente em papel ou plástico.  Evite batatas fritas, melhor assada sem gorduras.

3. Não cozinhe alimentos com micro-ondas usando material plástico. Mais um lembrete: Quando o plástico está em contato com o calor, libera substâncias químicas que podem causar 52 tipos de cânceres. Esta mensagem é melhor do que 100 SMS fúteis. Informe seus entes queridos para se libertar desses efeitos. 

4. Evite beber Coca-Cola, muito menos com abacaxi ou depois de ter comido abacaxi como sobremesa.  Abacaxi com Coca-Cola é mortal! Muitas pessoas estão morrendo com isso e acreditamos erroneamente que foram envenenadas... Eles foram vítimas da ignorância desse coquetel fatal!!! 

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DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA SAÚDE


 Atente para zumbido no ouvido esquerdo.

Nunca tome medicação com água gelada.

Não coma refeições pesadas depois das 20 horas (noite).

Beba mais água pela manhã e menos à noite.

O melhor horário de sono é 10h - 6h.

Não se deitar imediatamente após tomar medicação ou refeições, espere 30 minutos.

Quando a bateria do seu telefone estiver fraca na última barra, não atenda o telefone, porque a radiação é 1000 vezes mais poderosa.


Texto atribuído a José Luiz Verde, médico da medicina preventiva.

(Recebi via WhatsApp)

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