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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

CONVERSANDO NO FACEBOOK

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07/07/2014

Samuel Matos:

Eglê, como vai? Sobre Caymmi, além de nos ter deixado 120 canções tecnicamente perfeitas, em termos de ritmo, prosódia, etc., sem falar na bela poética do amor, da natureza e da cultura baiana, entendo que ele também nos deixou um conjunto rico de lições de vida sobre a relação com o trabalho. Ele se dedicava com afinco à composição e à pintura, mas sobretudo priorizava o prazer, a alegria, e a realização imaterial, sem se preocupar com os “resultados”.

Quando se cansava de música, ou quando a música lhe colocava em situação de impasse (quando as letras lhe faltavam), ele simplesmente largava aquilo e passava a pintar quadros. Quando não queria mais pintar, dava-se ao direito de bater papo com os amigos, contar piadas, rir, despreocupadamente. Não tinha pressa nem para terminar o quadro, nem a música. Esse processo às vezes durava anos.

Porém, o que fazia (e concluía), ele o fazia perfeita e prazerosamente. Entendia que há um tempo apropriado para cada coisa, que não adianta “forçar a barra” e que é preciso saber esperar. Inclusive, em certas situações, compunha esmeradamente uma música. Em outras, fazia da música uma brincadeira, para seu próprio divertimento.

Há um caso engraçado (ou uma anedota) sobre a canção Adalgisa. Fala-se que Caymmi chegou num bar, onde estavam alguns dos seus amigos. Pegou o violão e cantou:

“Adalgisa mandou dizê / Que a Bahia tá viva ainda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá”. 

Aí perguntaram: “Ô, Caymmi, é só isso? E ele respondeu: “Não, ainda não terminei”. 

Passaram-se dez anos, até que um dia, no mesmo bar, ele disse: “Lembram daquela história da Adalgisa? Terminei”. 

“Foi mesmo, Caymmi? Então canta aí pra gente”

E ele pegou o violão e cantou o restante da música: 

“Que nada mudou inda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá / Pela graça de Deus inda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá / Que a Bahia tá viva ainda lá”

E os amigos insistiam: 

“Mas Caymmi, é só isso mesmo? Só acrescentou esse pedacinho”?

- “É, é só isso. Precisa mais”?

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Eglê:

Rsrsrs! - Ô, caro confrade Samuel Matos, o Caymmi foi perfeito, como perfeito foi o seu grande amigo, Jorge, o AMADO!
Samuel, que tal você conversar com o Presidente da AGRAL, Ivann Krebs Montenegro, sobre apresentar um trabalho falando de Caymmi,  como o fez tão brilhantemente no centenário do Vinícius de Moraes? Seria mais uma pérola a adornar o tesouro da Academia Grapiúna de Letras.
Muito obrigada pelo comentário a esta postagem que muito enriqueceu nossa página aqui no Facebook! Abraço!

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JEGUE GATE OU GOLDEN GATE? - Antonio Nunes de Souza


Jegue Gate ou Golden Gate?


Como o prefeito prometeu, inicialmente, a inauguração da “JEGUE GATE” para julho, no dia do aniversário da cidade, antecipando a inauguração e os festejos do evento, escrevi uma crônica relativa à nossa nova “ponte/passarela” que, simpaticamente apelidei de JEGUE GATE, numa referência a majestosa ponte americana GOLDEN GATE que fica ao lado da Ilha de Alcatraz, onde funcionou por muitos anos o famoso e fantástico presídio de Alcatraz. Sendo que a nossa passarela/ponte fica na nossa não menos famosa e importante, a querida “Ilha do Jegue”!

Mas, segundo alegações da administração do Sr. Fernando Gomes, em função das chuvas constantes, as obras foram paralisadas, voltando agora a sua continuidade, ficando então para o final do ano sua grande e majestosa festa de inauguração!

Espero que não haja novos atrasos, pois, seguramente, é uma obra de grande valia para a comunidade, abreviando o caminho do bairro da Conceição para o centro. Cheguei a pensar em nominá-la como Jerico Bridge por ser mais sofisticado, mas, depois pensei e achei que a Ilha é, por mais de 90 anos, conhecida na região, como Ilha do Jegue e seria desprestigiar nosso famoso quadrúpede, dando-lhe um nome acadêmico de Jerico!

Só nos resta agora aguardar a entrega dessa obra especial e necessária, ampliando assim, as possibilidades de travessias do nosso lindo e desprezado Rio Cachoeira!


Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

antoniodaagral26@hotmil.com

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ESCRITORA ABORDA CULTURA MINEIRA EM ROMANCE OS AMANTES DAS GERAIS

Shirley M. Cavalcante (SMC)

Maria Jacinta de Resende Borges nasceu em Perdizes (MG) e passou sua infância e juventude em Uberaba, no mesmo estado, onde iniciou sua profissão de professora, no Grupo Escolar Jacques Gonçalves.

Atualmente mora em Sertãozinho (SP). Aposentada, é diretora de escola.

Lançou, no dia 09/03/2017, seu primeiro livro, o romance “Os amantes das Gerais”.

A história se passa em Perdizes e abrange o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba. É matizada com casos pitorescos da região e leves pinceladas históricas das Alterosas.

“É uma nova versão de um amor quase impossível, ambientada na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.”

Boa Leitura!


Escritora Maria Jacinta de Resende Borges, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever “Os amantes das Gerais”?

Maria Jacinta - “Os Amantes das Gerais” foi escrito há mais de trinta anos, mas só agora, após minha aposentadoria como diretora de escola, decidi publicá-lo. Sempre gostei de ouvir casos. Eles oxigenavam a minha mente, e aos poucos fui percebendo que já possuía farto conteúdo para escrever um romance ligeiramente semelhante a Romeu e Julieta, os amantes de Verona. Daí surgiram Théo e Matilde, os amantes das Gerais, namorando às escondidas nas matas e montanhas das Alterosas e atraindo para si extremos sacrifícios.

Onde se desenvolve o enredo que compõe “Os amantes das Gerais”?

Maria Jacinta - É uma nova versão de um amor quase impossível, ambientada na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A vida no campo, o trabalho, o lazer, a fé, tanto dos fazendeiros como dos serviçais, os usos e costumes do início do século XX e a intriga familiar formaram o pano de fundo desse romance entre dois jovens de classes sociais distintas.

Quais os principais desafios para a escrita desta obra literária?

Maria Jacinta - Escrevi “Os Amantes das Gerais”  num momento em que meu tempo era dividido entre os afazeres profissionais, domésticos e as funções primordiais da maternidade. Então, nunca podia dedicar-me inteiramente a ele. O desconhecimento quase total sobre o mercado editorial também contribuiu para o “esquecimento”  temporário do sonho de publicar meu livro. Ele hibernou por longos anos, mas agora senti que já era tempo de trazê-lo à tona e oferecê-lo aos leitores.

Podemos dizer que se trata de um romance histórico mineiro?

Maria Jacinta - Creio que romance regional seria o termo mais adequado, pois ele aborda com mais intensidade, somente duas regiões de Minas Gerais; são poucas as nuances históricas, e elas aparecem apenas para matizar o enredo.

O que mais a encanta em “Os amantes das Gerais”?

Maria Jacinta - Tudo. Meu encantamento por ele vai do primeiro ao último capítulo. Tentei retratar da melhor maneira possível os acontecimentos mais significantes que marcaram e alegraram a minha infância, a de meus familiares e amigos. Os “causos” contados de maneira solene, para a plateia familiar, exerciam sobre mim um verdadeiro fascínio. A televisão roubou-lhes o encanto, não há mais tempo nem interesse em contar ou ouvir causos oralmente, porém eles, até agora, permanecem vivos na memória cultural de um povo. Pensando assim, acredito que ainda haja espaço para divulgá-los numa nova roupagem – o livro.

Onde podemos comprar o seu livro?

Maria Jacinta - O livro foi publicado em edição independente e não se encontra à venda em livrarias.
Para adquiri-lo, basta acessar o site: www.osamantesdasgerais.com.br
Para mais informações: mjacintarb@globo.com
(16) 9 9383-2929

Seu livro foi publicado de forma independente; caso alguma editora se interesse em dar suporte à publicação de uma segunda edição, você teria interesse em conhecer proposta?

Maria Jacinta - Claro que sim! Mas nunca vou esquecer ou ignorar a força das redes sociais. Foi por meio delas que iniciei, temerosa e solitária, a comercialização do meu livro, descobri inúmeras possibilidades que a internet oferece e encontrei generosos amigos virtuais que estão participando ativamente de sua divulgação, até em outros países. Jamais vou deixar de utilizá-las.

Quais os seus principais objetivos como escritora?

Maria Jacinta - Conquistar o gosto dos leitores, dar visibilidade à minha escrita e transmitir com coerência e sensibilidade tudo aquilo que minha imaginação for capaz de criar.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Maria Jacinta de Resende Borges. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Maria Jacinta - Conhecer novos nomes que estão surgindo no universo literário, apostar no potencial que têm, principalmente os nacionais, e aventurar por diferentes estilos e modalidades de leitura.

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