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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O MILAGRE DE LOURDES QUE CONVERTEU UM GANHADOR DO NOBEL



Ele aceitou ir a Lourdes pensando em comprovar pessoalmente a falsidade dos supostos milagres – mas acabou presenciando um deles

Desde a primeira aparição da Santíssima Virgem Maria à menina francesa Bernadette Soubirous, a água da gruta de Lourdes tem sido fonte de curas milagrosas, tanto para quem visitou a gruta quanto para quem usou a água em lugares distantes. Desde a época de Bernadette, mais de 7.000 curas milagrosas foram relatadas ao Departamento Médico de Lourdes por peregrinos que visitaram o santuário. Este número não inclui os casos ocorridos fora de Lourdes.


Havia tantas curas supostamente associadas à água e à gruta de Lourdes que a Igreja Católica decidiu criar o Departamento Médico de Lourdes, a ser constituído e liderado por médicos e cientistas. O objetivo do “Bureau“, como também é chamado, é avaliar os alegados casos milagrosos e verificar, entre outros critérios, se a cura em questão foi quase instantânea, se a saúde restabelecida se manteve durante todo o resto da vida e se a cura é cientificamente inexplicável. O Bureau é constituído por 20 médicos e cientistas. Seus registros estão abertos a qualquer médico ou cientista que queira fazer a própria investigação particular ou contestar qualquer caso específico reconhecido como “milagroso”.

Um dos casos mais significativos já registrados em Lourdes foi a cura de Marie Bailly, testemunhada por um médico então agnóstico, o Dr. Alexis Carrell. Ele próprio acabou se convertendo à fé católica depois de estudar a inexplicável cura que tinha presenciado.sua conversão.

O milagre de Marie Bailly

Em 1902, um amigo médico do Dr. Carrell o convidou para ajudar a cuidar de pacientes doentes que eram transportados por trem de Lyon até Lourdes. Carrell, na época, não acreditava em milagres, mas concordava em ajudar por amizade e pelo interesse em descobrir as causas naturais que permitiam curas tão rápidas como as que aconteciam em Lourdes.

No trem, ele encontrou uma mulher chamada Marie Bailly, que sofria de peritonite tuberculosa aguda. Seu abdômen estava consideravelmente distendido, com grandes massas duras. Marie estava apenas parcialmente consciente. Carrell acreditava que ela morreria muito rapidamente depois de chegar a Lourdes – ou até antes. Outros médicos presentes no trem concordaram com esse diagnóstico.

Assim que o trem chegou a Lourdes, Marie foi levada até a gruta, onde três jarros d’água foram derramados sobre seu abdômen distendido. Após o primeiro derramamento, ela sentiu uma dor lancinante, que diminuiu depois do segundo. Após o terceiro derramamento d’água, ela experimentou o que descreveu como uma sensação agradável. Seu estômago começou a se achatar e seu pulso voltou ao normal.

Carrel estava em pé logo atrás de Marie, junto com outros médicos, tomando notas enquanto a água era derramada sobre seu abdômen. Ele escreveu:

“O abdome, enormemente distendido e muito duro, começou a se achatar. Em 30 minutos [a protuberância] havia desaparecido completamente. Nenhuma descarga foi observada do corpo”.

Marie, pouco depois, se sentou na cama, jantou (sem vomitar) e, no dia seguinte, saiu da cama sozinha e se vestiu. Embarcou no trem, sentou-se em um dos bancos duros e chegou a Lyon revigorada.

Carrel continuou interessado em suas condições psicológicas e físicas e pediu que ela fosse monitorada por um psiquiatra e um médico durante quatro meses. Depois desse tempo, Marie se juntou às Irmãs da Caridade para trabalhar com os doentes e os pobres em uma vida bastante árdua. Ela faleceu em 1937, aos 58 anos.

A conversão de Carrel

Quando Carrel testemunhou esse evento inacreditavelmente rápido e medicamente inexplicável, acreditou ter visto o que as pessoas chamavam de milagre, mas era difícil, para ele, apartar-se do antigo agnosticismo cético.

Além disso, ele não queria ser testemunha, como médico, de um evento milagroso: Carrel sabia que, se o caso se tornasse público, a sua carreira na faculdade de medicina de Lyon se arruinaria.

Mas a cura de Marie Bailly se mostrava tão evidentemente milagrosa, por ter sido tão rápida, tão completa e tão inexplicável, que acabaria se tornando pública de qualquer forma na mídia da França e do mundo todo. Repórteres chegaram a publicar que Carrel não considerava que a cura tivesse sido um milagre, o que o forçou a escrever uma resposta pública. Em sua manifestação, o doutor afirmou que um lado, composto por crentes, tinha chegado rapidamente demais à conclusão de que ocorrera um milagre, mas também declarou que o outro lado, composto pela comunidade médica, tinha se recusado injustificadamente a reconhecer fatos que pareciam de fato milagrosos.

Como Carrel temia, a sua defesa da possibilidade da cura milagrosa de Bailly causou o fim da sua carreira na Faculdade de Medicina de Lyon. Ironicamente, porém, o efeito foi muito positivo para o seu futuro: ele se transferiu para a Universidade de Chicago e, depois, para a Universidade Rockefeller. Graças ao seu trabalho em anastomose vascular, Carrel recebeu nada menos que o Prêmio Nobel de Medicina de 1912.

Ele ainda retornaria muitas vezes a Lourdes, e, em uma das ocasiões, testemunhou um segundo milagre: a cura instantânea de um menino cego de 18 meses.

Apesar desses dois milagres que viu com os próprios olhos, Carrel relutou até 1942 antes de finalmente conseguir afirmar conclusivamente a realidade dos milagres. Naquele ano, ele anunciou publicamente que acreditava em Deus, na imortalidade da alma e nos ensinamentos da Igreja Católica.

Cientistas e fé

Mais próximo da nossa época, outro médico premiado com o Nobel de Medicina afirmou:

“Muitos cientistas cometem o erro de rejeitar o que não entendem. Não gosto dessa atitude. Frequentemente cito a frase do astrofísico Carl Sagan: ‘A ausência de prova não é prova de ausência’ (…) Quanto aos milagres de Lourdes que eu estudei, creio que realmente se trata de algo inexplicável (…) Não consigo entender esses milagres, mas reconheço que há curas que não estão previstas no estado atual da ciência”.

Trata-se do Dr. Luc Montagnier, que, entre outras relevantes contribuições à ciência, ficou famoso pela descoberta do vírus HIV. Segundo ele, é recomendável que os incrédulos, em vez de promulgarem os seus próprios dogmas de “intelectualidade superior” diante daquilo que não entendem, procurem conhecer o assunto com mais rigor científico e menos conclusões precipitadas (e anticientíficas).

De fato, são milhares os registros de “curas inexplicáveis” que acontecem todos os anos no santuário mariano de Lourdes, mas são pouquíssimas as curas consideradas efetivamente milagrosas por parte da Igreja, que, talvez para surpresa de muitos, adota critérios rigorosos em sua minuciosa avaliação científica de cada caso. Para saber como é feito o detalhado estudo médico de cada suposto milagre relatado em Lourdes, confira o artigo abaixo sobre os 7 critérios científicos de uma cura milagrosa:

Leia também:

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O DESAFIO DA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL - Marcos Machado


7 de novembro de 2018
O País no rumo de sua grandeza histórica? — Sim, se almejar o cumprimento de sua missão providencial, sendo fiel a si mesmo e fiel à tradição cristã

♦  Marcos Machado

Os resultados do segundo turno das eleições nacionais têm sido objeto, como é natural, de comentários e análises tanto da mídia nacional e internacional quanto de todos os quadrantes ideológicos.

Não é, portanto, nosso objetivo andar sobre terreno batido nem cansar o leitor repetindo pontos de vista já tratados.

Queremos ser práticos e alinhar alguns pontos úteis à reação conservadora que lotou as ruas de nossas grandes cidades a partir de 2015 com o slogan “Devolvam o meu Brasil”.

Slogan nascido de uma negação e de uma afirmação!

Quantas vezes a sabedoria popular cunha um slogan ou um provérbio de significado muito profundo.

Assim, “Devolvam o meu Brasil”, nasceu de uma insatisfação profunda do povo brasileiro — melhor diria da alma brasileira — com o lulopetismo.

Só insatisfação? — Não!

Claro que a roubalheira, os desfalques dos cofres públicos, a formação de poderosas quadrilhas para beneficiar petistas e bolivarianos contribuiu poderosamente para levar às ruas milhões de brasileiros.

Temos também uma afirmação: é a noção de um Brasil que foi destinado pela Providência a uma missão especial no concerto das Nações ibero-americanas e em nível mundial.

Combater a esquerda e edificar o novo Brasil, eis o gigantesco programa-desafio que se abre para nós com a derrota do lulopetismo.

 “Este ainda será um grande País”

         Conforme Plinio Corrêa de Oliveira, “É certo que a Providência nos galardoou com escolhidíssimos dons naturais. Destes dons, o Brasil tem alguns que nenhum outro país do mundo pode se jactar de possuir. Outros, nós os temos em grau apreciável, embora menor do que certas regiões da Europa, da Ásia e da África. Raros, entretanto, são os países que podem inventariar em seu território uma tão larga, tão rara e tão preciosa série de riquezas quanto o Brasil”.1

Ao lado dessa grandeza de território e de riqueza material, há na psicologia do brasileiro uma característica, certa esperança, dir-se-ia uma certeza, de que o Brasil ainda será um grande País.
Essa esperança de que o Brasil tem uma missão providencial nota-se nos mais diferentes ambientes ou regiões e nas mais diversas camadas sociais.

Construiremos sobre os alicerces dos valores morais

Convido o leitor a transpor o que segue, ipsis litteris, para 2018:

“Eu tenho a certeza que esta Nação responderá com uma força que ainda ninguém lhe conhece, mas que está nascendo nas tormentas do momento atual. Responderá: Ego sum! E todos os agitadores serão obrigados a se prostrar. E os agitadores cairão por terra, porque conhecerão isto que existe entre outras coisas de autenticamente novo no Brasil novo. É a decisão de progredir fiel a si mesmo e fiel à tradição cristã; fiel à família, fiel à propriedade, e de lutar com uma força que impressionará o mundo, contra quem quer que imagine que sua mansidão é moleza e que contra ele pressões possam trazer resultado”.2

Grandeza de alma do brasileiro

Tratamos da grandeza natural com que Deus galardoou o Brasil. Vamos agora à grandeza de alma.

“Um exame mais atento da História do Brasil convenceu-me, por outro lado, que os fatos demonstram à saciedade a grandeza de alma com que Deus dotou o brasileiro.

“O brasileiro, quando se empolga por um ideal que dele se apodere inteiramente, é capaz de chegar aos mais extremos sacrifícios, aos mais árduos esforços, às mais absolutas privações. É um erro imaginar que o indiferentismo é um traço distintivo do brasileiro. Quando o brasileiro se deixa dominar por um ideal, ele se torna coerente e intransigente como os povos que mais o sejam.

“O brasileiro ainda poderá ser um homem à altura das grandezas materiais dentro das quais nasceu? Sim!

“Envia o vosso Espírito, e todas as coisas serão criadas, e será renovada a face da Terra, exclama a Sagrada Liturgia. E esse Espírito que criou o mundo e que pode renová-lo, não quererá ou não poderá renovar esse Brasil que Ele próprio criou?”3

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Como afirmou Santa Joana d´Arc, “os soldados batalharão e Deus lhes dará a vitória”. O Brasil se levantou a partir de 2015, o PT foi alijado do Poder, e agora temos diante de nós o desafio da reconstrução do Brasil.

O Cristo Redentor e Nossa Senhora Aparecida  inspirem e guiem nossos passos nesta grande Reconquista do Brasil rumo à sua grandeza histórica e sua missão providencial.
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Notas:
Trecho do discurso no encerramento da Campanha contra a infiltração comunista na Igreja, 12-9-68.
Idem.
Plinio Corrêa de Oliveira, Patriotismo autêntico, “Legionário”, 29-1-1939.


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