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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

ACADÊMICO MEDEIROS E ALBUQUERQUE (1867-1934) É O HOMENAGEADO DA SEGUNDA PALESTRA DO CICLO DE CONFERÊNCIAS ‘MEMÓRIA REVERENCIADA’

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A Academia Brasileira de Letras encerra seu ciclo de conferências do mês de dezembro de 2017, intitulado Memória reverenciada, com palestra do Acadêmico e Embaixador João Almino, sobre o tema Medeiros e Albuquerque, irrequieto inovador.

A coordenação do ciclo é do Acadêmico e Jurista Alberto Venancio Filho e tem como conferencista o Acadêmico e Embaixador João Almino. O evento está programado para o dia 12 de dezembro, terça-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2017.

Memória reverenciada presta homenagem a dois Acadêmicos fundadores da ABL, que estariam completando 150 anos de nascimento em 2017: Oliveira Lima (1867-1928), cuja palestra foi realizada na semana passada, e Medeiros e Albuquerque (1867-1934). As biografias podem ser lidas no portal da ABL.

Serão fornecidos certificados de presença.

06/12/2017




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O ÚLTIMO GOLE – Wagner Albertsson

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O ÚLTIMO GOLE

APEGAR-SE   A UM BEM MATERIAL E TRANSFORMÁ-LO
EM RAZÃO MAIOR DA TUA EXISTÊNCIA,
É PERIGOSO PARA NÃO DIZER, RIDÍCULO.
JÁ HOUVE CASOS, POR EXEMPLO, DE PESSOAS 

QUE MORRERAM POR UM CELULAR USADO,
POR UMA BICICLETA QUEBRADA,
POR UMA PRANCHA DE SURF 

E ATÉ POR UM BONÉ DE GRIFFE.
MAS O MAIS CHOCANTE, PARA MIM. FOI  LER NO JORNAL 
QUE  DOIS MENDIGOS 

DIGLADIARAM-SE ATÉ A MORTE  
PELO ÚLTIMO GOLE DE AGUARDENTE  
NUM JARDIM PÚBLICO 
DE UMA GRANDE  METRÓPOLE  
DO PRIMEIRO MUNDO.

WAGNER ALBERTSSON

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V O L T A


Volta


Adentrei como fosse velho conhecido. Passeei pelos corredores daquela imensa casa. Minha imaginação criou asas. Pra um outro plano viajaram as dores. Ali apenas eu e meus sentidos aguçados. Nada cortante, nada que causasse rumores... Apenas eu e minha vontade alva como bandeira sagrada de paz. 

Viajei pelos aposentos, mirei cada detalhe. E até dos entalhes busquei vivificar intenções, como fosse um analista de sentimentos profundos. Vislumbrei o sol nas janelas. Percebi que no céu desenhavam-se aquarelas. E no mesclar de cores, visualizei mensagens diretas de metas concretas... Verdadeiros sinais da estrada do Bem... 

E percebi que ali residi... Durante minutos, Horas, Dias, Vidas, Sei lá! Não podia precisar, pois naquele momento o tempo não se permitia mensurar. E pelo aroma do perfume singelo, leve, inebriante que se espalhava por todo o lugar, pude constatar que ali não morei sozinho, Ali existiram histórias profundas contidas em alfarrábios que precisam ser relidos, remexidos, revirados. 

Uma sensação de leveza e uma adorável impressão de que braços me envolviam. Não como tentáculos, mas como carícias macias, tenras e doces... E dos meus olhos lágrimas brotaram. Uma sensação estranha... Chorava! Mas em minhas entranhas o que penetrava era uma sensação branda de um bem estar duradouro. Algo imorredouro que jamais ficará pra trás. 

E quando na sala principal deparei-me com um imenso quadro, pude ver minha vida retratada: Eu e alguém. Uma figura de alhures, uma fada encantada. Sim! Aquela era minha amada e aquela um dia foi minha casa, e aquele quadro que venceu o tempo por certo ficou como vestígio, sinal de uma vida onde minha felicidade foi por momentos retratada, de instantes onde as nuances do bem querer embalavam meu corpo e alma... 

Um tempo vivido, um tempo que deixara saudades... Coisas etéreas, sensações que voavam, Momentos perenes, mensagens vivas, Um tempo eterno, um sol de esfuziante brilhar, Uma viagem onde os anjos me levaram para um estágio de minha vida, onde eu ainda me permitia amar.

(autor não mencionado)


Enviado por "Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com

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