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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

GANHAMOS UM NOBEL? - Arnaldo Niskier


Gostamos de competir sempre com a Argentina. Há um setor em que sofremos há muito tempo: é o da ciência. O país vizinho tem a honra de contar com um Prêmio Nobel (Bernardo Houssay), o que jamais ocorreu ao Brasil. Como se diz no esporte, batemos na trave algumas vezes, com Josué de Castro, autor de “Geografia da Fome”, Jorge Amado e D. Helder Câmara. Não contaram com a simpatia do governo brasileiro.

Agora, o assunto volta à tona, com os desastres ambientais da Amazônia. Fala-se no nome do cacique Raoni, lembrado para o Nobel da Paz, que é dado na Noruega.  É claro que as caneladas nesse país escandinavo estão longe de ajudar nessa conquista desejada, o mesmo podendo ser dito em relação à redução das verbas para os projetos de iniciação científica.

Mas temos outros caminhos, que passam pela medicina, física, química e  matemática, onde há nomes notáveis em grandes instituições brasileiras, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade de São Paulo, a Unicamp e a Universidade Federal de Pernambuco, para só ficar nessas. O tema foi lembrado numa reunião na Academia Brasileira de Letras, com a presença do cientista Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências. São mais do que justas as reivindicações feitas.

Há uma clareira aberta recentemente pelo intercâmbio Brasil-Israel. Lideranças empresariais e políticas de Santa Catarina, como lembrou o jornalista Henrique Bernardo Veltman, visitaram a jovem nação, deixando fincadas as bases de um sólido intercâmbio, a partir da Universidade de Tel Aviv, hoje a maior instituição de ensino superior de Israel, com mais de 30 mil alunos, além de um quadro altamente qualificado de cientistas. Foi uma iniciativa da Conib (Confederação Israelita do Brasil). O mesmo fez a ABMES (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior), sob a liderança do reitor Celso Niskier (Unicarioca). Foram 30 reitores brasileiros a Israel, em busca do necessário intercâmbio. Deixaram assinados oito convênios com esse fim, de olho inclusive nas conquistas do Vale do Silício de Israel, onde há feitos de extraordinário valor para a humanidade. Temos outro dado positivo que é a existência há três anos do projeto Edupark, de que fazem parte a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e a Fundação Cesgranrio. Já foram exibidos nas escolas cariocas vários filmes israelenses (Planeta Casa, Dependentes da Vida e Livre para ser), todos em terceira dimensão, já assistidos com entusiasmo por 42.000 alunos.  Iniciativas assim fazem a diferença.

Já imaginaram se dessa parceria, que envolve os afamados Instituto Weizmann de Ciências e o Technion de Haifa, surgisse a conquista de um Prêmio Nobel? A ideia é perfeitamente possível, no quadro dos entendimentos internacionais que envolvem o Brasil e Israel, inclusive se pensarmos nos 4 milhões de km2 da região amazônica, com seus problemas e desafios, como a existência de queimadas que cresceram mais de 111%, de 2013 a 2019. É um fato que merece a ação prioritária dos cientistas.

Querem o exemplo de um nicho promissor? É o caso da venda consumada de 36 caças Grippen suecos ao governo brasileiro. Prevê-se, a partir do ano próximo, uma intensa troca de tecnologia aeronáutica – e isso pode envolver a nossa Embraer e a Aeronautics Ltd. ou a Israel Aerospace Industries. Dará um Nobel?

Diário Regional, 29/09/2019


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Arnaldo Niskier - Sétimo ocupante da Cadeira nº 18 da ABL, eleito em 22 de março de 1984, na sucessão de Peregrino Júnior e recebido em 17 de setembro de 1984 pela acadêmica Rachel de Queiroz. Recebeu os acadêmicos Murilo Melo Filho, Carlos Heitor Cony e Paulo Coelho. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1998 e 1999.


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SÍNODO DA AMAZÔNIA: QUE OS BISPOS FALEM DE CRISTO E NÃO DE SINCRETISMO


4 de outubro de 2019

Roma, 4 de outubro de 2019

            Que o Sínodo Especial para a Região Pan-Amazônica seja a oportunidade para um verdadeiro reavivamento do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, evitando qualquer tentação ao sincretismo religioso.

            Este é o apelo lançado pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira aos padres sinodais, que se reúnem em Roma de 6 a 27 de outubro.

            Hoje pela manhã, um representante do Instituto, o jornalista Nelson Ramos Barretto, entregou no Vaticano mais de 22 mil assinaturas recentemente coletadas durante campanha organizada pelos jovens voluntários do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que em 20 dias atravessaram vastas regiões amazônica.

            Em carta enviada ao cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o presidente do Instituto, Adolpho Lindenberg, lembrou o trabalho meritório realizado pela Igreja na América ao longo dos séculos, destacando também como o Brasil sempre foi chamado de “Terra da Santa Cruz”.

            A maioria da população da região amazônica — escreve Adolpho Lindenberg — pede à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos “que não atue como uma caixa de ressonância de teorias que estão longe de ter a aprovação da comunidade científica e que poderiam jogar esse imenso território no atraso social e econômico”.

            “Essas teorias — acrescenta ele —, embora amplamente divulgadas pelos poderosos deste mundo, como as Nações Unidas, inúmeras ONGs extremamente ideológicas e a grande mídia, não representam o sentimento comum do homem da rua daquela região, como nossos jovens puderam ver e comprovar”.

            Para amanhã, 5 de outubro, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira organizou um fórum internacional, que será realizado no Hotel Quirinale, na Via Nazionale, das 9h30 às 18h00.

No evento, falarão o príncipe imperial do Brasil, Dom Bertrand d’Orleans e Bragança, autor do livro Psicose Ambientalista, recentemente citado pelo presidente Jair Bolsonaro; o Prof. Luiz Carlos Molion, meteorologista da Universidade Federal de Alagoas; o advogado Jonas Marcolino Macuxí, líder da etnia Macuxí de Roraima, na Amazônia.

                Em seguida, intervirão no fórum José Antonio Ureta, da Association Tradition, Famille, Propriété (TFP) da França; James Bascom, diretor do escritório de TFP de Washington; o Prof. Stefano Fontana, Diretor do Observatório Card. Van Thuận da Doutrina Social da Igreja e Prof. Roberto de Mattei, presidente da Fundação Lepanto. Julio Loredo, presidente da TFP italiana e autor de Teologia da Libertação – Um salva-vidas de chumbo para os pobres será o moderador.

                O programa do fórum de 5 de outubro no link:




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