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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

HÉLIO JAGUARIBE - Marco Lucchesi

Hélio Jaguaribe 

Estamos aqui reunidos, nesta cerimônia de adeus, pela soma das virtudes que formaram seu espírito intrépido e generoso.  Não são apenas as palavras do presidente da Academia, mas as do outrora jovem professor que se preparava para lecionar história da Grécia. Segui seus livros, Hélio, com encantamento, não apenas os de uma especialidade que não exerci, mas todas as suas reflexões sobre a democracia grega e moderna, sua visão, por assim dizer, goetheana, revestida de ousadia, a desafiar slogans, formas de saber compartimentadas ad nauseam e monocórdias, desprovidas de saltos conceituais e de aventuras. Uma reflexão autônoma, cujo símbolo maior foi seu encontro com Karl Jaspers, rara abertura em nosso meio, cuja sensibilidade interdisciplinar parece ocupar espaço negativamente ficcional.  Como não dizer as reuniões de Itatiaia, a criação do Iseb, essa “grande máquina de pensar”, e uma rede de integração cultural com a América Latina, de que o Brasil não deve se apartar, porque se trata de uma origem e de um destino, que não pode prescindir de uma política real de vizinhança e integração. E nessa paisagem, Hélio, um programa dileto ao seu coração:   desenvolvimento, distribuição da riqueza, promoção da igualdade, democracia não limitada a um gradiente formal e abstrato. E depois o mundo, caríssimo Hélio, antes e depois do exílio, mas sem perder o território, poroso, sem perder o pertencimento de sua cultura radicada na emancipação de povo e nas instituições republicanas.

Nosso primeiro encontro deu-se em Brasília, quando você delineava um diálogo em rede, entre Oriente e Ocidente, um West-östlicher Diwan, caro a tantas dos que aqui se encontram. Como não recorrer a Candido Mendes,  empenhado igualmente, naquela quadra, a encurtar as distâncias da Terra, como pensavam os poetas futuristas.

Seu itinerário tem algo da sinfonia Heroica de Beethoven, um fascinante afresco de ideias, um salto quântico, por assim dizer, uma quebra de paradigma, com as suas últimas direções intelectuais, mediante um ardor geométrico e uma flegma conceitual, sobre o quase épico estudo crítico da história, do ponto de vista hermenêutico e filosófico, ou, ainda, quando esboça uma poética do homem no cosmos, de cuja complexidade e leveza saímos tocados. Atitude rara num cientista social, preso às malhas especiosas de um saber ciumento, de trincheira inamovível. Caro Hélio: você não se limitou a ser guarda de fronteira, a sua antropologia filosófica não quis, não pode, nem tampouco desejou fazê-lo. Você produziu uma ode à liberdade, sinfonia de muitas vozes na partitura de uma derradeira modernidade.  Essa coragem instrumental, seu sotaque, seu acento, combinada com um desejo onívoro de conhecimento, desde a métrica de um logos, seminal e rizomático, traduzem a sua estatura, aqueles antigos heroicos furores de que dizia Giordano Bruno.

Perde o Brasil um de seus maiores interpretes, uma lúcida inquietação, sutil e vigilante. Mas o princípio- esperança permanece inalterado. Enquanto não nos faltar esse princípio a sua ausência, Hélio, brilha e nos incita a prosseguir uma leitura radical da história e do cosmos.

Estarei enganado ou parece-me ouvir um inesperado hino à alegria, na sala dos poetas românticos, para dizer que você permanece mais vivo que os vivos?

Alocução do dia 12/09/2018
Sala dos Poetas Românticos
Portal da ABL, 13/09/2018


Marco Lucchesi - Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Pe. Fernando Bastos de Ávila foi recebido em 20 de maio de 2011 pelo Acadêmico Tarcísio Padilha. Foi eleito Presidente da ABL para o exercício de 2018.

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EXCLUSIVO - A ANÁLISE DE UM ATENTADO


Análise dos cenários antes e pós-atentado ao candidato Jair Bolsonaro

10 de Setembro, 2018 ( Brasília )

Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
 
Local, Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, 06 Setembro 2018. O ponteiro dos segundos gira e os minutos funcionam como uma chamada para a entrada em rede das principais agências de Inteligência do mundo, com foco na cidade mineira.
São 15h30 / 31 / 32....

O candidato Bolsonaro cumpre mais um evento na cidade mineira com uma caminhada, com seus correligionários, no coração comercial a Rua Halfeld.
A presa e o caçador - A imagem é do fotógrado do Estadão, Fábio Motta, que acompanha a agenda do presidenciável.

Junto à massa de seus seguidores há ADÉLIO BISPO DE OLIVEIRA, que estava próximo à segurança do candidato e arremeteu desferindo uma estocada, com uma faca de cozinha, no ventre do candidato, que no momento era carregado nos ombros por seus apoiadores. 

O atentado ao candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro dispara uma série de alertas e questões: Quem atentou? Como? Quais suas Ligações? E uma infinidade de outras perguntas.

A “estória” que temos para as motivações do atentado até o momento é a que consta no INQUÉRITO POLICIAL 0475/2018-4, da Justiça Federal:  
 
"(...)Que perguntado sobre a motivação religiosa, esclarece que recebeu uma ordem de Deus para tirar a vida de BOLSONARO, haja vista que, embora ele se apresente como evangélico, na verdade não é nada disso; Que questionado sobre a motivação política, informa que o interrogado defende a ideologia de esquerda, enquanto o Candidato Jair Bolsonaro defende ideologia diametralmente oposta, ou seja, de extrema direita; Que se considera um autor da esquerda moderada; Que BOLSONARO, defende o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, situação que discorda radicalmente ( ....) Que declara que não foi contratado por ninguém para atentar contra a vida do Candidato; Que não recebeu o auxílio de ninguém para o intento criminoso (...)" (trechos do depoimento prestado perante a Autoridade Policial em decorrência da prisão em flagrante)

Uma estória perfeita para justificar o ataque e que a imprensa encampou no primeiro momento. Trata-se de um “Justiceiro Social”.

DefesaNet analisou e obteve uma série de informações que levam a um curso diferente. Seguimos primeiramente: 

1 - O Cenário Politico

De quase “outsider”, com um partido pequeno, sem estrutura partidária, Jair Bolsonaro vinha crescendo nas pesquisas. O crime ocorreu um dia depois de o IBOPE divulgar uma pesquisa em que Jair Bolsonaro aparecia com 22% das intenções de voto, seu maior índice na campanha. A sondagem revelou ainda, que a rejeição ao presidenciável também havia chegado a um patamar inédito: 44% disseram que não votariam nele de forma alguma (anotem este item que é importante).

Neste cenário não haveria receio para o “Establishment” ser ameaçado pela candidatura, que segundo o Datafolha seria batida por todos (Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin menos Fernando Haddad), no segundo turno.

Mas a realidade era diferente:

A – O próprio Grupo Globo procurou uma reunião com Paulo Guedes, guru econômico do futuro governo Bolsonaro. Foi realizada uma reunião de 1h30min com o presidenciável.

B – A claudicante campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), levou o setor financeiro a procurar Jair Bolsonaro, e,

C- A possibilidade, já plausível, de a eleição ser decidida no primeiro turno. A junção dos itens B + C são explosivos e necessitam ser detalhados.

A possibilidade de Fraude Eleitoral – O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, percorreu, todos os programas de televisão sempre com um mantra: “o índice de rejeição de Bolsonaro o inviabiliza no 2º turno”

Este era o mote que cobriria a fraude a ser implantada no segundo turno, considerando como certa a passagem de Jair Bolsonaro. Pelo menos duas agências de inteligência estrangeiras fizeram chegar a informação ao candidato Bolsonaro desta ameaça. E ele articulava ações internacionais para denunciá-la.
       
2 – O Atacante

O atacante tem um perfil construído com muita riqueza de detalhes para transformá-lo em “Justiceiro Social”. As palavras mais usadas na imprensa após o atentado foram: intolerância, ódio, revolta, etc.

Isto permitiu que a figura de Jair Bolsonaro fosse atacada e desconstruída inúmeras vezes nas horas após o atentado.

As motivações apresentadas sempre deixam uma saída.

Trabalho da FGV Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) sobre a tendência de tuítes após o atentado. Mostra a batalha nas redes sociais.
 

A – Ideologia

Apresenta que o atentado seria uma consequência lógica de reação às posições ideológicas do candidato.

“o interrogado defende a ideologia de esquerda, enquanto o Candidato Jair Bolsonaro defende ideologia diametralmente  oposta, ou seja, de extrema direita”

Porém afirma:

“Que se considera um autor da esquerda moderada”

B - Motivação Religiosa

“Que perguntado sobre a motivação religiosa, esclarece que recebeu uma ordem de Deus para tirar a vida de BOLSONARO.”

Embora se apresente como evangélico.
“na verdade não é nada disso”

C – Justiceiro Social

Que BOLSONARO, defende o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, situação que discorda radicalmente ( ....)

3 – O Ataque

As cenas do ataque foram vistas por milhões de pessoas, em todo o mundo, e pelos mais diversos ângulos. Mesmo assim indagações surgem a todo instante.

Porém, há a visita ao Clube de Tiro, em Santa Catarina, frequentado pelos filhos do candidato, que pode mudar o curso de investigações tornando-as mais complexas.

“Que declara que não foi contratado por ninguém para atentar contra a vida do Candidato; Que não recebeu o auxílio de ninguém para o intento criminoso (...)"

A Juíza Federal Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, coloca com clareza:

“Ora, não obstante as circunstâncias que envolveram o delito demandem maiores investigações das autoridades policiais, a fim de identificar se houve o envolvimento de terceiros, ou, até o momento, não descartado envolvimento político-partidário; fato é que, a toda evidência, o motivo que imbuiu Adélio foi fútil e inescusável.”

4 – Pós-Atentado

Analisando o Cenário Político e a construção do personagem “Adélio Bispo de Oliveira”, muitas questões surgem. As ações para responder a estas questões começa o pós-atentado.

A – Ao definir pelo sigilo Lei de Segurança Nacional, as autoridades tirarão dos olhos da Sociedade os resultados do andamento das investigações. Talvez o único documento a vir a público foi o do dia 07 Setembro.
   
B – A confusa ação da Polícia Federal passados mais de 72 horas não definiu um Delegado para o caso.
C - As primeiras declarações do Ministro de Segurança, Raul Jungmann, afirmando ser uma ação de “Lobo-Solitário” 
            
DefesaNet tem informações que há o receio de que as investigações sobre o atentado sejam “rifadas” por interesses de grupos políticos e de corporações interessados em negociar assentos no próximo governo, independente de qual for a sigla partidária.

Uma das ações tem sido impor um “stress” à família Bolsonaro e aos membros do partido. Como a Polícia Federal negar segurança à Família Bolsonaro. E a falta de percepção de risco como a do próprio candidato à vice-presidente General Mourão, caminhar sem segurança, no calçadão de Copacabana no domingo, após uma forte posição política na GloboNews, na sexta-feira (07SET2018).

A ação da Rua Halfeld impactará as eleições presidenciais brasileiras de forma clara, mas terão nuances devastadoras e sombrias.

E há indícios que o atentado tenha cunho político-partidário-criminal, com toque de ação de desestabilização de origem externa.

Esta ação de desetabilização é voltada contra todos os candidatos. O Brasil é hoje o campo de uma Guerra Híbrida sem escala.


O jornal Estado de Minas foi o único no Brasil a questionar este importante ponto.

 Matéria Relevante

Acrescentamos esta matéria que traz uma análise fundamental do atual momento brasileiro e os possíveis cenários em um ambiente pós-eleitoral com vitória de qualquer dos candidatos.



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REFERÊNCIAS DA VIDA... João de Paula



Sempre vai ter uma vida que sirva de bom exemplo, ou mais. Assim caminha a humanidade.

Vivamos com as referências boas da vida, as virtudes, os gestos e ações dos homens e das mulheres de honra e gloria.

Existe VIDA onde estamos;  cantos e encantos, clamores e agradecimentos, acertos e erros, alegrias e tristezas, amor e ódio, porque tudo isso faz parte do mundo dos vivos.

Gente boa! Amável, Sincera, Atenciosa!
Gente carinhosa! Participativa, do Bem!
Gente especial! Grata, cortês, Feliz!
Gente sincera!
Gente que vale a pena a gente ter 
do lado da gente, ou mais.

Existem pessoas que vivem na doença, na pobreza e no conflito; criaturas sem amigos, sem família, sem posses do que é bom; e vivendo na desigualdade social. Tudo isso faz parte da vida dos humanos. Não devemos é ficar feliz com a miséria alheia. Nem ostentar, mas termos misericórdia e generosidade para compartilhar a vida feliz e duradora.

Nosso papel é o de irradiar paz e a arte do bem viver; e não se corromper pelo egoísmo e nem pela ganancia, nem pelo ódio e vingança, para que possamos ser boas referências da vida, vida a dois, vida abundante, vida com o amor de Deus.

Há sempre um sol para cada pessoa.
Há sempre um sonho, uma meta, um exemplo, uma verdade para ser seguida e o amor para ser erguido, com a bandeira rósea da paz e do bem. Uma estrela brilhando e um sol nascendo...
Há sempre uma vida desabrochando e outra morrendo...
Há sempre um novo amanhecer... Sempre a esperança e o otimismo em dias melhores...
Há sempre um bom amigo na estrada da vida... Sempre flores e espinhos em nossos jardins e nos jardins dos nossos vizinhos.
Há sempre um coração generoso para nos servir e ser útil nas horas em que precisarmos.
Sempre alguém com os pés no chão e o olhar voltado para o futuro.

A bondade, o sabor, o prazer, a decisão, o progredir, a evolução, o nascer e o morrer fazem parte de nós viventes, que devemos fazer do hoje o melhor dia para saltarmos de felicidade com quem amamos, com quem admiramos, com quem devemos fazer juras de amor ou mais. Juntos seremos fortes.

Sempre haverá um coração de fé e otimismo acreditando no maior bem, na prosperidade, no bem estar, na espiritualidade e em Deus.

Sempre haverá um coração amando, outro odiando, outro invejando, outro com toda maldade e impurezas, porque faz parte da vida dos humanos. Nosso papel de ser razão superior é o de manter o equilíbrio, a tolerância, a humildade, o perdão.
Nosso papel é procurar a luz, a luz que não se apaga, é buscar Deus enquanto podemos achar e vivencias as boas novas, as boas notícias, as boas mensagens, as boas verdades.

Há sempre um novo dia para todos que vivem nesse planeta terra, com sorte, com graça, com o progredir infinito, com as mãos que trabalhão e servem de bons exemplos. As mãos da gloria. As mãos da Vitória. As mãos do êxito e do sucesso.

Há sempre uma nova opção de vida, entre o bem e o mal. Uma nova chance, um novo momento, um novo acolher, um novo casamento, uma nova união, uma nova amizade, um novo encontro, uma nova carta, um novo documento, um coração novo, porque tudo isso são referências da vida.

Vamos ao trabalho, ao lazer, ao estudo!
Vamos ao caminho da verdade e da vida.
Vamos todos gerar felicidade 
e não querer entrar a pulso pelo buraco da agulha.
Vamos à oração e á ação.
Vamos nos aproximar cada vez mais de Deus 
com as referências boas da vida.
Viva.
"Assim caminha a humanidade..."


João Batista de Paula 
Escritor e Jornalista

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