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sábado, 13 de janeiro de 2018

TRABALHO REALIZADO SOBRE BULLYING SERVE DE REFERÊNCIA PARA OUTROS EDUCADORES

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Evandro Ferreira Rodrigues, nascido em 12/06/1979 em São Gonçalo (RJ), atualmente reside em Caucaia (CE). Licenciado em Matemática, está cursando Pedagogia e é Pós-Graduado em Matemática Financeira e Estatística e em Gestão Escolar. Evandro atua como professor, sempre trabalhando poesia e leitura na escola.

Publicou os livros “Momentos Apaixonados Escritos em Poesia”, “Amar com Poesia” e “Bullying, estou fora!” (infanto-juvenil).
Ministra palestras sobre o tema “bullying, prevenção e intervenção!”, em escolas, faculdades, igrejas etc. Participa do “Abraço Literário”, promovido pelo Sesc de Fortaleza e faz parte da ALMECE (Associação dos Escritores dos Municípios do Ceará). Tem cinco poemas na antologia “Vozes Escritas” e ficou entre os 3 primeiros no IV Prêmio Radiotelegrafista Amaro Pereira, de crônicas, organizado no Rio de Janeiro. Também está na antologia “Mil almas, mil obras”.Lançou esse livro na XI Bienal Internacional em Fortaleza e X Feira do Livro da UEFS (BA) e Programa Literatura, no BNB (2015 e 2017). Tem três anos de carreira literária e atualmente está terminando dois livros infantis para 2018.

“Muitos têm tomado consciência, pois tenho organizado, quando posso, rodas de conversa, pedido relatos, ouvido o que eles apresentam e se queixam, e prestado mais atenção em todos. Eles sabem disso!”

Boa Leitura!


Escritor Evandro Ferreira, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever sobre bullying?

Evandro Ferreira - Pelo fato de trabalhar em escolas e observar o comportamento da maioria dos adolescentes me incomodou ver certas atitudes e não poder fazer nada. Escrevi o livro pensando justamente em chegar até eles para conversar, ministrar palestras e conscientizá-los daquilo que nem eles sabiam, isto é, que o bullying é sério e considerado crime. Dessa forma, podemos conscientizar os pais sobre o comportamento dos filhos e também dos cuidados a serem tomados. Assim, toda comunidade escolar poderá ser envolvida no processo de diminuição e erradicação do bullying.

Apresente-nos seu livro “Bullying, estou fora”.

Evandro Ferreira - Um livro com uma linguagem leve e clara, com algumas ilustrações, por meio das quais a criança que já sabe ler poderá entender e criar o hábito pela leitura e o respeito pelo próximo. O livro conta uma história baseada em muitas situações reais, e pode ser lido por pessoas de qualquer faixa etária. O legal tem sido o feed das crianças e mães, no que diz respeito à personagem principal – Josefina.Todos sofrem com ela, mas no fim vem a grande lição.

A quem você indica a leitura desta obra literária?

Evandro Ferreira - Todas as pessoas, especialmente crianças e responsáveis. Sem esquecer que pode ser bem trabalhado nas escolas e na igreja, por que não?!
Tenho tido experiências fantásticas de crianças que começam a tomar gosto pela leitura, pois são envolvidas pela história e ilustrações do livro. Elas já contam para seus pais e outros, toda a história, ou seja, a leitura é de fácil entendimento.

Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio da leitura de “Bullying, estou fora”?

Evandro Ferreira - A atenção para essa praga que se alastra na sociedade, independentemente de faixa etária e classe social. Creio que à época da infância e adolescência de muitos de nós podia-se brincar e tirar “sarro” dos colegas, mas vejo nos dias atuais crianças e adolescentes se matando por banalidades. O objetivo é conscientizar, alertar, prevenir e saber como e quando intervir na situação.

Como têm sido as experiências com o livro em sala de aula?

Evandro Ferreira - Maravilhosas. Percebo que alunos do Ensino Fundamental II não sabem o que é, mas praticam. Muitos têm tomado consciência, pois tenho organizado, quando posso, rodas de conversa, pedido relatos, ouvido o que eles apresentam e se queixam, e prestado mais atenção em todos. Eles sabem disso! Mas precisamos de ajuda de todos os professores, da gestão escolar e dos adultos que estão por perto. Os meios de comunicação têm sido muito mal utilizados pela maioria. Então o cyberbullying também aparece. É preciso que os responsáveis acompanhem seus filhos e dialoguem sempre, pois quem sofre tem medo de falar e sofre ameaças. É um trabalho de formiguinha, mas é prazeroso quando gostamos e vemos os resultados positivos.

Além do livro sobre bullying, você tem outros livros publicados. Apresente-nos estes livros.

Evandro Ferreira - O livro “Momentos Apaixonados Escritos em Poesia” é meu primeiro trabalho. Lancei-o em 2014,e mesmo sem muitos acreditarem, as portas foram se abrindo por meio de igrejas católicas, centros culturais, recitais, roda de leitura e amigos mais próximos.
O segundo livro, Amar com Poesia, veio completar o primeiro, pois ambos falam de amor. Ouvindo as poesias que a maioria do público, que é feminino, dizia ter gostado, investi mais nesse segmento e apostei em poesias e prosas amorosas e reflexivas, que falam dos 3 tipos de amor: Ágape, Eros e Filia. Os casais, namorados, solteiros e pessoas que amam a poesia têm gostado bastante. Eu fico feliz!

Onde podemos comprar seus livros?

Evandro Ferreira - Como as livrarias infelizmente cobram um percentual muito alto, podem ser comprados diretamente comigo,e o exemplar já segue autografado e com dedicatória.

Quais os seus principais objetivos como escritor? Você pensaem publicar novos livros?

Evandro Ferreira - Levar o gosto pela leitura até as pessoas que não a experimentaram ainda, e fazer dela um momento prazeroso de descobrir um novo mundo.
Atualmente estou terminando dois livros infantis: uma fábula e outro de poesias infantis que englobará datas importantes a fim de que as crianças possam conhecer e ser trabalhados nas escolas infantis. Será meu novo desafio. Estou animado (rs).

Quais os principais hobbies do escritor Evandro Ferreira?

Evandro Ferreira - Ouvir música (Bon Jovi, U2, Bryan Adams, Legião Urbana, Pe. Fábio de Melo, Anjos de Resgate, Rosa de Saron, Celina Borges etc.), escrever, ler,apreciar a natureza, caminhar na areia da praia descalço; gosto de animais (tenho um cachorro, o Fred, e dois gatos– George e Jeremias). Também gosto de uma bela música ao vivo e amo futebol. Ah, sou Fluminense. Não poderia deixar de mencionar o amor a Deus, por meio da música, boas palestras, tv Canção Nova e a missa dominical, se é que posso chamar de hobby, mas são momentos que consigo equilibrar meu ser para continuar a luta pelo bem neste mundo.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Evandro Ferreira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Evandro Ferreira - Que foi um prazer ter refletido aqui em cada pergunta. Gosto de fazer amizades e interagir com o público, mas peço que cada um que ler esta entrevista possa me ajudar nesse trabalho de formiguinha, pois são apenas 3 anos e não tenho nenhum apoio. Saibam que quero uma sociedade melhor, mais justa, amorosa e sem essas corrupções que vemos a cada dia. As crianças não podem crescer sem perspectiva ou achando que o errado é o que se dá bem na vida. Vamos expandir o amor, pois nele está o respeito, a paz, a igualdade, a humildade e a dignidade humana para um amanhã mais feliz!
Conto com o apoio de cada um de vocês.
Obrigado!

Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura



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PREPAREM SUAS FANTASIAS! - Antonio Nunes de Souza

Preparem suas fantasias!

Na nossa querida e maravilhosa Bahia, cheia de encantos aos milhões, temos a oportunidade de conviver com dezenas de dias Santos, feriados estaduais e nacionais, lavagens de igrejas, festejos dos diversos Orixás, enforcamentos de dias ligados a esses eventos, pontos facultativos, ensaios de blocos e comemorações a nossa encantadora etnia negra que, magnificamente, enfeita todos esses eventos com charme, sutileza, sensualidade e uma apimentada “malícia” em seus gestos, andares e movimentações, sem contar as coloridas e bonitas roupas, acompanhadas de suas artesanais joias e enfeites!

Somos, desculpe minha imodéstia, um Estado super  abençoado por Deus, cuja beleza é o nosso maior cartão postal!

Entre todas essas coisas que citei acima, como um monstruoso acontecimento, temos e oferecemos ao mundo, nosso exuberante, animado e loucamente gostoso CARNAVAL, tido como o melhor do planeta terra!

Todos esses festejos movimentam as populações dos seus 417 municípios que, pobres ou ricos, não deixam de enriquecer mais ainda o que parece impossível, com suas belíssimas manifestações folclóricas! Além de grandes ou modestas “micaretas”.

Parece até que aqui não se trabalha, mas, a verdade é que sabemos dar valor ao lazer, cumprir as obrigações necessárias e determinantes, seguindo as doces manifestações festivas, até como fonte de renda no comercio informal. Ser baiano é ser uma pessoa especial!

Logicamente, como bom baiano, prepare suas fantasias mentais e físicas, logo no início de janeiro, para que esteja bem paramentado nos festejos e não fique parecendo os tolos “caretas” que não sabem e não conhecem esses saborosos sentimentos, pelos cantos condenando comportamentos!

Somos bem diferentes da capital federal (Brasília), pois lá, sua festa maior é São João, que eles têm umas grandes quadrilhas, capazes que quebrar uma nação rica, apenas com seus descalabros!

Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras AGRAL 
antoniodaagral26@hotmail.com

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O MENINO DAS MEIAS VERMELHAS - Carlos Heitor Cony

Todos os dias, ele ia para o colégio com meias vermelhas.

Era um garoto triste, procurava estudar muito, mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava.

Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.

Ele contou com simplicidade:

- "No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela".

Os garotos retrucaram:

- "Você não está num circo! Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?"

Mas o menino das meias vermelhas explicou:

- "É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim vai me encontrar e me levará com ela".

Quantas crianças e adolescentes estão HOJE, solitários e tristes, chorando  por alguém  que se foi. Colocam "meias vermelhas," na esperança que alguém as  identifique, em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.

São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.

Perdendo os melhores tesouros: seus próprios filhos.

Lesadas em sua afetividade, essas crianças vivem cada dia à espera de alguém, que as entenda, que lhes dê esperança, um aconchego.

Têm sede de carinho e fome de afeto.

Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.

Ninguém no mundo pode medir a dor de um coração quando abandonado por alguém que tanto amou e esperou.

Talvez, HOJE, exista alguém, bem pertinho de você usando meias vermelhas, esperando uma pessoa que ame a Deus e a encontre.

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Carlos Heitor Cony - Quinto ocupante da Cadeira nº 3 da ABL, eleito em 23 de março de 2000, na sucessão de Herberto Sales e recebido em 31 de maio de 2000 pelo acadêmico Arnaldo Niskier. Faleceu dia 05 de janeiro de 2018.

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